EntreContos

Detox Literário.

O Plano de Marty (Augusto Quenard)

Ele escuta o pequeno Seamus Jr. tocar seus primeiros acordes, vê o sorriso à espera da aprovação, a palheta que cai sobre o pedal, Chuck sai de sua cama para verificar se não é um pedaço de bolacha, e nesse momento acontece o déjà vu às avessas, Marty se lembra das primeiras notas arrancadas ao violão, o pai sentado à frente com a cara de bobo que ele tinha antes de tudo ser desviado, aquela cara de fracassado, e então lhe ocorre um insight, doído como toda desilusão, irremediável.

O que se passou na cabeça do Doc ao viajar para o futuro e corrigir algo que ainda não havia acontecido? Será que fui uma cobaia?, pensa Marty. O Doc não hesitava em usar seus cachorros nos experimentos, por que não o teria usado também? Mas ele tem nutrido saudade, e não suspeitas, pelo Doc, que também sempre foi vítima da megalomania que a solidão e a inteligência podem causar.

Então ele sorri para Seamus, assim vai ganhar tempo e fazer uma viagem interior. Lembra quando o Doc chegou às pressas, como se isso fizesse sentido: qual é o motivo da emergência, por que agir rápido,quando se tem a máquina do tempo? E ainda mais quando o problema está a vinte anos no futuro.

E depois aquela espécie de sonho – o reconhecimento de Marty Jr., a briga com Griff, a Jennifer levada à própria casa, a casa de seu próprio futuro, o resgate arriscado, sua demissão por fax –, e a informação secundária que agora lhe parece fulcral: não podia mais tocar guitarra depois daquele acidente causado durante uma arrancada com Needles. Esse é pensamento que lhe cai nos ombros ao ver seu filho mais novo, o esperto e desinibido Seamus, tocar guitarra: aquele acidente o havia salvado de ter uma vida de fracasso, bem mais patética do que a que a Jennifer viu, que ele não pôde ter.

Sejamos sinceros, se diz Marty, aquela demissão poderia ter sido o início de uma vida de paz. Como eu reorganizaria minha profissão, meu casamento, meu tempo livre? A Jennifer viu apenas o ápice, o cume do morro que a partir dali seria todo meu. 

Aquela informação que não deveríamos ter sabido, pensa Marty, suprimiu o acidente, me fez preservar o antebraço, me fez devotar toda a energia de um operário assalariado com alma de burguês a um sonho insípido de sucesso, sonho americano da esposa eternamente adolescente, da mansão, do reconhecimento. E nada disso conquistei; ao contrário, depois de ser preterido em todos os concursos de bandas, percebo que a guitarra foi minha perdição, o lastro na carreira e em todos os aspectos da vida que não explorei e que nem mesmo a máquina do tempo poderia me devolver.

Marty vai visitar o Dr. Emmett Brown. O grande inventor, que também havia falhado em suas tentativas, pois, mesmo com a fórmula do tempo, não havia resolvido a difícil equação das alternativas possíveis do futuro, do embaraço da subjetividade, que conduzia sempre para os mesmos cenários e angústias.

Marty foi recebido por Hawking, o cachorro peludo do Doc. Entrou no quarto de seu amigo. Encontrou-o numa cama hospitalar. Por baixo das cobertas, pequenas mangueiras, conectadas à veia cava, conduziam o sangue ao pulmão externo que o Doc inventara, para oxigená-lo. Diante daquele corpo em repouso, com a expressão descansada, Marty reconsiderou o plano. Talvez não fosse sensato. Enquanto estudava o envelhecimento do amigo, acariciou o rosto enrugado. Então ouviu uma voz familiar no quarto ao lado. 

A peça era limpa e organizada. Na parede, numa tela de cristal líquido, Marty viu o Doc com seu sorriso de garoto eufórico. 

–Marty! – cumprimentou o velho cientista. – Por favor, veja se o Hawking tem comida suficiente, eu me transportei e esqueci de programar a alimentação.

Marty o tranquilizou, encontrara um prato transbordante de ração ao entrar na casa. 

– Ah, claro! – disse o Doc espalmando a testa. – Eu já tinha iniciado o programa de autossuficiência do Hawking! Esquece, Marty, estou tão empolgado com essa nova invenção que mal consigo pensar na realidade. Como está aí? Pelos meus sensores, o quarto em que se encontra meu corpo está a 25 graus, 60% de umidade relativa, pressão de 850 hPa… que estranho, você mexeu alguma coisa, Marty? A pressão parece baixa. 

– Não, Doc, eu acabei de entrar – respondeu o velho Marty, gesticulando. 

– Ah, claro, Marty! É isso mesmo, você abriu a porta, está fechada agora? – perguntou o Dr. Brown.

– Está, claro, Doc! – respondeu Marty, que deixara a porta aberta. – Mas, Doc, Doc, o que é isso, por que você está aí? Preciso falar sobre uma ideia que tive, quando vai acordar?

– Ah, Marty… – disse o Doc, entre misterioso e enérgico. – Não sei se voltarei. Eu esperava que você chegasse, precisava te contar essa novidade. Mas não se preocupe, não estou sozinho, Marty. – O Doc fez um gesto para o lado e, timidamente, apareceu Clara, sua companheira, com um vestido longo e abanando com as mãos enluvadas.

– Clara! Fantástico, Doc. E o Julio e o Verne?

– Bah! – respondeu o Doc dando um tapa no ar. – Eles são novos, Marty, já terão a sua oportunidade na velhice. Mas Clara e eu – abraçou a esposa – podemos viver melhor aqui do que na realidade material. Ah! Sim, antes que eu esqueça, o corpo da Clara está no quarto dos fundos. Por favor, não entre, ela ainda não se acostumou com a ideia de que é somente a matriz que usamos para viver aqui dentro.

O Doc explicou para Marty de que se tratava o experimento. Depois de viajar em vão em busca de algo que rejuvenescesse os corpos e permitisse uma vida razoável, o Doc se frustrou e mudou o plano. Passou a desenvolver tecnologias que mantivessem os corpos vivos para sustentar uma vida virtual, dentro de uma Hill Valley controlada por ele. Agora, afirmava, o passado e o futuro estavam mais em suas mãos do que com o caótico e temperamental capacitor de fluxo. “Aproveite sua vida física, Marty! O presente é tudo o que temos” disse o cientista antes de se despedir.

Ele está certo, pensou Marty ao sair do quarto. Talvez ele tenha entendido que tentar corrigir o que quer que seja no tempo é uma ilusão diante da que não podemos resistir porque não fomos educados para isso. Talvez, depois de tantas viagens, ele tenha entendido que realmente somos nós que escrevemos o destino.

Dirigiu-se para a cozinha, ainda confuso com aquilo que tinha pensado pela manhã. Verificou o alimentador do Hawking, pegou um refrigerante na geladeira e sentou-se à mesa. O acidente. E se o fato de abandonar a guitarra, não se dedicar à música, tivesse lhe permitido ter uma vida mais plena? O Doc tinha falado do presente. E a música não o tirava, de certa maneira, dessa dimensão? Horas e horas de criação, de imersão, tudo inútil, um jogo vaidoso e narcisista. O acidente deveria ocorrer. Mas então se sentia tomado pela outra ideia, era uma ilusão que a vida melhoraria ao mudar o passado, sem a escolha plena no presente.

Precisava voltar. Aproximou-se da cama de Hawking para despedir-se. O cachorro mordeu sua calça e correu para os fundos. Queria lhe dizer alguma coisa? Seguiu-o pelos latidos, passou a área de serviço, a sala dos computadores, o laboratório, o depósito, a sala de robótica, a biblioteca e chegou ao pátio. O cachorro fez a volta na piscina e entrou por um buraco que havia nas portas do galpão. Marty foi atrás. As grandes portas de madeira antiga não tinham trava nem fechadura. Marty abriu os portões. Hawking pulou em suas pernas, depois foi até os fundos e trouxe um brinquedo. Depositou-o no chão, aos pés de Marty: era uma galinha.

Marty riu, se abaixou e fez um carinho na cabeça do cachorro. Não podia ser uma provocação. Hawking mordeu outra vez o boneco, que fez um cacarejo. Marty sentiu-se provocado. Brincou com o cachorro e, ao olhar para frente, acreditou reconhecer os pneus daquilo oculto sob uma lona verde. Ficou de pé, incrédulo, e de um golpe só levantou o pano até a metade do veículo. Era o Delorean. O Delorean com as calotas prateadas, o aro vermelho e os pneus com as faixas brancas.

Não é possível, pensou Marty, o Doc reconstruiu o Delorean de 1885. Por que ele fez isso? Caminhou em torno do veículo e abriu a porta. Sentou-se no lugar do motorista. A chave estava na ignição; nos pés do acompanhante, o hoverboard.

Para qual momento valeria a pena voltar se ele queria permitir que o acidente ocorresse? Antes que o Doc chegasse à sua casa e o forçasse a viajar para o futuro com Jennifer? Mas então Marty Jr. seria preso, não queria isso. O momento em que Jennifer, escondida em sua casa de 2015, soube que ele sofreu o acidente? Ou então no carro, quando ela relatara o que acreditava ter sido um sonho? Ou ao próprio racha com Needles? Não, Marty estava velho e confuso, não seria ele ao volante, seria o Marty autêntico de 1985. Qual foi a origem do problema?, pensa Marty. Foi o Doc, a ideia descabelada de corrigir o futuro. Ok, mas preciso me concentrar, pensa Marty, o que deu errado no plano do Doc? Sim, a polícia. Que tal voltar ao momento em que Jennifer ficou desacordada na rua, para que não seja conduzida à sua casa de 2015? Perfeito.

Data e horário configurados. O novo Delorean de 1885, Marty logo percebe, não precisa de pista, como o segundo Delorean de 1985. Marty não hesita. Levanta voo e em menos de cem metros a viagem no tempo acontece.

Quando chega ao lugar, estaciona a uma quadra de distância. Desce e, escondido, vê como o Doc dá a roupa nova ao outro Marty. Eles carregam Jennifer e a colocam num canto do beco, para que ninguém a encontre. Assim que o outro Marty se dirige ao bar, onde deverá encontrar Griff Tannen, Marty sai de seu esconderijo e avança até a loja de antiguidades. No fundo, não voltei também para isso?, pergunta a si mesmo. Compra o almanaque de esportes e espera o sinal.

Ainda lembra a cena, Griff pelos ares, arrastando seus comparsas, estraçalhando o portal envidraçado do Tribunal de Hill Valley. O barulho dos vidros se faz ouvir. Sabe que tem poucos minutos para acordar Jennifer. Ele não pode simplesmente carregar Jennifer. Ele tem que fazer com que os outros a encontrem no mesmo lugar, para que nada aconteça além do roteiro.

Vê as policiais e sai da loja. Então alguém, na vitrine seguinte, vira e lhe interrompe o passo:

– Marty! Meu querido, o que você faz aqui, não deveria estar no escritório?

É a mãe. A mãe que não vê faz anos. 

Marty fica sem reação. Ela o segura pelos ombros.

– Marty, você parece tão velho, tem certeza que esse trabalho está te fazendo bem?

Ele não pode deixar de observá-la. É inevitável a lembrança dos últimos dias, do velório, da ausência. Ela não existe mais, como pode estar aqui? De repente nada faz sentido,  a realidade é absurda. Por cima do ombro dela, vê que a polícia está a caminho de Jennifer. Recompõe-se. Precisa corrigir o destino. E não vai dar tempo, não consegue deixar sua velha mãe. Ele a abraça e não sabe o que dizer.

– Marty, você está bem? Meu filho, eu tenho que ir, mas não se preocupe, hoje à noite vamos à sua casa.

É isso, pensa Marty. Preciso chegar antes da polícia. A mãe entende em seu silêncio alguma preocupação profissional, o abraça e o beija outra vez, e se afasta. Ele fica com o estômago apertado, ela não estará lá quando ele voltar para casa. 

É noite, o bairro é escuro, ele reconhece a casa, que continua igual, e sabe qual é o melhor canto escuro do jardim para falar com Jennifer. Examina a tinta ainda nova das paredes, as plantas que ele mesmo deverá retirar quando secarem. Assim, sua atitude não é suspeita quando as policiais chegam. Sou o marido, diz. Usam o identificador. Está certo. Diga à sua esposa para ter mais cuidado. Sem problema, responde. Então leva Jennifer para a sombra:

– Jennifer, querida – diz enquanto toca seu rosto. 

Ela acorda. Ele precisa ser breve, dar as orientações e partir, observar. E assim acontece. Na semiescuridão ela o reconhece sem perceber sua velhice. Que bonita, a Jennifer de 1985, ele pensa, e sente por ela o que não sentia faz tempo.

– Jennifer, escute bem, e não tenha medo. Você precisa ficar aqui, o Doc já vai chegar, Jennifer, meu amor. Fique aqui simplesmente. E guarde isso. Escute, isso é importante, guarde esta revista e não fale disso até que estejamos sozinhos, sãos e salvos em Hill Valley.

Então ela sente a revista que ele coloca por baixo da sua blusa, e abraça os joelhos e fica ali sentada. Escondido, vê como chegam para buscá-la e viajam no tempo. A alternativa rica de Biff nunca existirá. Seu acidente, sim. Está feito, pensa Marty, estou livre de novo de meu fracasso artístico.

Marty chega à casa do Doc, de volta a 2025, e não é mais a mesma. A construção é menor, está arruinada. Estaciona na calçada e não entra sem antes confirmar que é a casa do Doc. Vê jornais acumulados na porta com o nome do amigo. É mesmo esta casa, embora pareça desabitada. Sua chave funciona na fechadura. Nenhum cachorro o recebe. Tanto a sala do corpo como a da tela estão escuras, empoeiradas. Procura algum aparelho que possa guardar uma mensagem do Doc. Algum sinal. Nada. Senta na cozinha escura e pensa no que pode ter acontecido. Alguém toca a campainha.

É um funcionário do correio:

– Marty McFly? Estou surpreso. No correio fizemos uma aposta, não acreditamos que você estaria aqui. A carta foi postada há exatos 140 anos, com a indicação expressa de que fosse entregue para você neste endereço, neste dia e horário. Acho que eu perdi – diz o entregador sorrindo e estende o envelope.

Marty vê o remetente. É uma carta do Doc! Grita. O funcionário fica perto, a curiosidade é grande. Marty lê: 

Hill Valley, 1885. Querido Marty, eventos inesperados em 2015 acabaram fazendo com que nem tudo saísse como eu planejava. Não foi um raio desta vez. Por motivos científicos eu já havia visitado este ano, meu período histórico predileto. Aquele raio que atingiria o Delorean em 1955, depois de você ter recuperado e queimado o almanaque, me traria diretamente a este ano, e também a algo que você esqueceu ao mudar novamente a linha temporal: a Clara. Por isso voltei, Marty. Estamos bem, mas o Delorean sofreu algumas avarias na chegada, não garanto que poderei visitá-lo novamente. Espero que esta carta o encontre no futuro. Abraço, seu amigo Doc.

– O Doc está vivo! – gritou Marty, diante do entregador do correio, que olhava sem entender.

Saiu para a calçada e se lembrou de Jennifer, de seus filhos, de Seamus, da realidade alternativa que acabara de construir. Correu pelas ruas de Hill Valley, cruzou a praça e viu a torre do relógio digital em pleno funcionamento, com seu sistema de para-raios na cúpula da igreja, na porta da escola viu o neto de Strickland, que respondeu “preguiçoso!” à sua saudação, e chegou à porta de sua casa, que, embora diferente da torre do Biff do almanaque, também se erguia como uma pequena mansão.

Na entrada da garagem, encontrou o velho Biff polindo sua camionete preta. 

– Marty, Marty – falou Biff, surpreso, serviçal. – O carro da senhora McFly está pronto, no seu falta a terceira camada.

Marty agradeceu, estupefato com o que via. Não entrou na casa. Jennifer saiu, apressada, vestia um uniforme esportivo e carregava uma mochila vermelha. Beijou-o carinhosamente:

– Oi, querido! Vou para o clube. Hoje você voltou cedo do escritório? Deu folga para seus funcionários? Eles devem te amar.

Marty sentiu que sua ideia estava certa, não só o almanaque, mas o acidente o tinha colocado num lugar de dignidade, fora da permanente e infrutífera criação artística.

– Mais ou menos, meu bem – respondeu. – E o Seamus? Está na escola?

– Quem?

– O Seamus, nosso filho – brincou Marty, antes de aceitar a realidade.

– Nosso filho? Não sei que brincadeira é essa, mas eu preciso ir, minhas amigas me esperam para o jogo – respondeu Jennifer e lançou um beijo de seu conversível em movimento, depois de Biff abrir e fechar a porta para ela.

– Biff, Biff – exclamou Marty increpando o velho conhecido.

– Ela está quase pronta! – reagiu Biff, com um sorriso submisso.

– Não é isso. Me responde, quantos filhos eu tenho, você conhece o Seamus?

Biff se contorceu sem saber o que dizer, na dúvida de ser um teste ou uma brincadeira.

– Filhos? Você não tem filhos, não que eu saiba, Marty. E não conheço nenhum Seamus. É um amigo?

Marty corre outra vez. Precisa reverter a situação. Na rua, enquanto ouve outro grito de Strickland, pensa em como será o novo plano para desfazer a linha alternativa que acaba de criar. Onde começou? Quando chega à casa do Doc, percebe à primeira vista que o Delorean não está mais onde ele o tinha deixado. Entra na casa, procura a garagem dos fundos, mas não há nada. Vazio, tudo vazio.

Marty senta na calçada e não sabe o que fazer. São tantas datas, tantas possibilidades, onde encontrar outro Doc, outra máquina do tempo? Como voltar no tempo, do modo mais rápido possível?

Um estrondo rasga o céu. Um Delorean station wagon sobe na calçada bruscamente. Desta vez, quem abre a porta, vestida com um traje à prova de radiação e óculos espelhados, é a Jennifer.

– Marty, vamos! Precisamos voltar. Voltar outra vez para o futuro – diz ela, e lhe estende a mão.

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20 comentários em “O Plano de Marty (Augusto Quenard)

  1. Thiago
    14 de junho de 2025
    Avatar de Thiago

    Com esse conto ocorreu o mesmo com alguns outros: representa um mundo no modelo ficção científica, mas não nos leva até ele. Não nos sentimos naquele mundo. Em se tratando de narrador onisciente, porém, a construção é boa, uma das melhores até aqui, falta apenas corrigir alguns problemas, como o do primeiro parágrafo, por exemplo: “Ele escuta o pequeno Seamus Jr. tocar seus primeiros acordes, vê o sorriso à espera da aprovação, a palheta que cai sobre o pedal, Chuck sai de sua cama para verificar se não é um pedaço de bolacha, e nesse momento acontece o déjà vu às avessas, Marty se lembra das primeiras notas arrancadas ao violão, o pai sentado à frente com a cara de bobo que ele tinha antes de tudo ser desviado, aquela cara de fracassado, e então lhe ocorre um insight, doído como toda desilusão, irremediável”. Quem lê pela primeira vez pode ter dificuldade em saber quem é esse “ele” de “Ele escuta o pequeno Seamus Jr. tocar seus primeiros acordes”. Isso porque, depois de Seamus, ainda aparece Chuck. Pensamos: esse “ele” é o Chuck? Chega Marty e percebemos que estão sendo enumeradas algumas pessoas e não sabemos se Marty é outra das pessoas enumeradas ou se é o “ele” de quem se fala no começo, ou seja, a mente de que parte a narração. Isso é sinal do velho ato que muitos de nós cometemos: não deixar claro para o leitor o que, na nossa cabeça, é claríssimo. 

    Como o conto parte de uma mente, uma individualidade, ainda mais em um mundo diverso, caberia um trabalho mais apurado com a forma, de maneira que cause estranhamentos e deslocamentos, isso daria a tensão que faltou ao conto. 

  2. leandrobarreiros
    14 de junho de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Tecnicamente falando, o texto está bem construído, e o autor é mais do que competente na condução do fluxo narrativo.

    A execução, no entanto, tropeça em alguns pontos, na minha opinião.

    Primeiro, por haver excesso de referências às histórias originais. Acho que o autor tentou situar o leitor no contexto geral, mas errou na quantidade de referências e não acertou na profundidade delas. Assim, embora tenha citado muitos elementos, a maioria acabou não tendo um significado relevante.

    E essas referências consumiram boa parte do texto.

    Daí meu segundo problema com a história: parece haver muito início e pouco meio e fim. Tive a impressão de que demora um pouco para o segundo ato da história começar e, quando acontece, as coisas se movem rápido demais em direção à conclusão.

    Dito isso, acho que o autor conseguiu fazer o que mais importa em uma fanfic: capturar o espírito da obra original. O conto tem o “coração” de De Volta para o Futuro, e a resolução se encaixaria perfeitamente em um possível filme da série.

  3. Thales Soares
    14 de junho de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Considerações Gerais:

    Este conto é, ao mesmo tempo, uma homenagem ambiciosa e uma extensão do universo dos filmes do De Volta Para o Futuro. O autor demonstra um domínio profundo da trilogia original, costurando eventos, personagens e até pequenos detalhes do cânone com criatividade e precisão. A ideia de fazer um desdobramento existencial e filosófico da jornada do Marty, questionando o próprio valor da mudança temporal e o peso das escolhas, é sofisticada e interessante. A ambientação é rica, a linguagem é bem cuidada e o tom casa perfeitamente com o espírito do material-fonte, ainda que com um viés mais reflexivo.

    A construção do Doc como alguém que encontra refúgio numa existência virtual, ao lado de Clara, é original e até emocionante. O final, com a Jennifer do futuro surgindo em um Delorean station wagon (!), fecha a história com um aceno cinematográfico empolgante, bem a cara dos finais dos filmes.

    Pedradas:

    O maior problema do conto é que ele exige demais do leitor. Trata-se de uma leitura bastante nichada, pensada quase exclusivamente para quem já assistiu à trilogia (e de preferência mais de uma vez). Termos como “almanaque de esportes”, “Needles”, “Clara”, “Strickland”, entre outros, são utilizados sem qualquer tipo de contextualização, o que pode confundir ou até afastar leitores que não estejam imersos nesse universo. Mesmo quem é fã pode se perder em meio a tantos saltos temporais e reaproveitamentos de cenas, dado o nível de detalhe envolvido.

    A trama é longa e densa. O texto aposta em reflexões filosóficas e debates internos do personagem, o que às vezes atrasa o ritmo e compromete a fluidez narrativa. A ausência de pausas mais leves ou momentos de respiro pode deixar a leitura cansativa, especialmente para um desafio onde a maioria dos contos concorrentes possui um tom mais leve e fofo.

    Conclusão:

    Esta é uma fanfic feita com carinho, respeito e um conhecimento admirável do universo De Volta para o Futuro. Para os fãs da franquia, é uma leitura divertida, cheia de referências e ideias criativas. Para os demais leitores, no entanto, pode soar confusa e excessivamente densa. Ainda assim, a proposta é interessante, e a cena final dá aquela sensação de que a aventura, felizmente, nunca acaba. Um conto que merece aplausos pela ambição, mas que talvez se beneficiasse de um pouco mais de acessibilidade e síntese.

  4. Gustavo Araujo
    13 de junho de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Escrever fanfic pode ser uma tarefa muito ingrata. É que ao escrevermos sobre um universo que nos é caro fazemos uma aposta no sentido de que o leitor também guarde certo carinho e conhecimento sobre ele. Quando essa coincidência acontece, a conquista do leitor fica abreviada, não garantida, mas um tanto mais fácil. O contrário também ocorre: se o leitor nada conhece a identificação e o prazer da leitura acabam prejudicados. Quanto mais profundo o mergulho, mais arriscado é.

    A mim parece ter sido o caso aqui. O autor usa uma espécie de perfuratriz para acessar o âmago da franquia De Volta para o Futuro, trazendo à tona detalhes que somente os fãs mais ardorosos da trilogia têm capacidade de entender. Eu, que cresci com os filmes – assisti ao primeiro no cinema –, que os vi sem conta depois na TV, tive que buscar nos calabouços da memória os nomes, as situações, os personagens e as reviravoltas para acompanhar a narração alternativa que se desdobra neste conto.

    Aqui Marty revê suas decisões, descontente que está com o rumo dos “consertos” anteriores, e decide desconsertar tudo, imaginando que se o destino tivesse seguido seu curso natural, sua vida teria sido melhor. Só que para fazer isso, ele precisa viajar de novo, encontrar o Doc, desfazer o fez, criar linhas paralelas alternativas às alternativas.

    Embora haja lógica, embora se possa perceber as explicações entre idas e vindas, o que se tem no fim é uma história um tanto confusa e, receio dizer, chata. A impressão que se tem é que para dar sentido à narração, ou melhor, para não afastá-la da proposta original, o autor teve que ser muito cuidadoso em termos de coerência espaço-temporal e isso acabou prejudicando a fluidez.

    Mesmo eu, conhecendo os personagens, conhecendo as situações, não me senti atraído pela ideia dada a profusão de possibilidades. Talvez, sem os limites de palavras, de um modo mais lento, a proposta se torne mais interessante. Do jeito que ficou, infelizmente não funcionou comigo, ainda que esteja coerente com a obra original, ainda que a escrita seja segura.

  5. Andre Brizola
    13 de junho de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Marty!

    Muito corajoso de sua parte de revistar uma das trilogias mais compactas, em termos narrativos, da história do cinema. Não é preciso muita análise para encontrar problemas de continuidade nas idas e vindas temporais da trilogia De Volta para o Futuro e, mexer nesse roteiro, é procurar dor de cabeça. E, para comentar seu conto, devo dizer que desta vez optei para um método um pouco mais organizado de análise, para conseguir ser mais prático, e também ser mais justo com os participantes.

    Técnica – O conto insere mais um capítulo à já confusa história de Marty McFly e Doc Brown, com o rapaz tentando corrigir mais um efeito colateral de suas tantas andanças temporais. E, como já se esperava, a quantidade de informação necessária para tal, acabou fazendo do texto um tanto mais complexo do que o normal. Em primeiro lugar, acho que há uma quantidade grande de informações sobre datas, locais e pessoas, que visam a situar o leitor na história original. E isso tudo, embora seja louvável, deixa tudo bastante truncado e difícil de ler. Em segundo lugar, há uma constante preocupação em deixar claro que é de Marty o ponto de vista que acompanhamos, com construções como “pensa Marty” e “se diz Marty”, e que, lá pela quarta ou quinta vez, começa a deixar tudo muito repetitivo e cansativo. “Doc explicou para Marty”, por exemplo, é algo óbvio, pois todos os outros personagens na cena não fazem parte do contexto, então um simples “Doc explicou” bastaria, pois é implícito que é para o rapaz, sabe? Pensando assim, e esta é a minha visão da forma como eu teria tratado o texto, seria interessante simplificar detalhes, e tentar facilitar para o leitor acesso ao enredo, que é onde está a graça principal do conto.

    Enredo – Ok, aqui, fuçando dentro do pequeno labirinto textual, encontramos um enredo interessante, em que Marty McFly deduz que toda sua vida, a partir de um determinado momento, poderia ser diferente, e que essa mudança estaria a uma viagem no tempo dessa diferença. Como disse antes, é corajosa essa tentativa se intrometer-se em um roteiro já meio confuso, e aqui a coisa não é diferente, sobretudo porque a forma como o conto foi criado, reforça essa confusão. No final, vemos que McFly conseguiu, sim, alterar algo, mas as coisas não ficaram do jeito que ele queria. É interessante, mas poderia ser um conto muito mais divertido, se o acesso ao enredo fosse mais simples.

    Tema – Neste aspecto, desta vez, decidi ser bastante rígido no que diz respeito ao respeito ao que foi proposto. Entendo que os temas são um tanto quanto diferentes do usual, mas essa foi a proposta do EntreContos e acho que nós, autores, deveríamos honrá-la com textos que a atendessem da melhor forma possível. E aqui o seu conto se adequa perfeitamente. Um dos que mais atinge o que o portal define como fanfic, aliás.

    Impacto – Escrevo esse item do meu comentário alguns dias após ter lido o conto, para medir a forma como reagi ao texto e como ele me afetou. Acho que se a experiência foi boa, se o enredo me provocou, me fez pensar sobre o assunto, ou se há algo extremamente particular, mesmo que ruim, o conto reaparece em minha cabeça e penso sobre ele depois. O Plano de Marty encontrou, sim, algum espaço em minha mente nos últimos dias. Mas não de uma maneira positiva, tenho que dizer. Desde que o li, tenho pensado em como fiquei frustrado com minha leitura. Sabe, sou um grande fã da trilogia, e quando vi os comentários de que havia um fanfic, e que seria de minha leitura obrigatória, fiquei animado. Mas, no final das contas, no final da leitura, vi que não havia gostado do resultado. Hoje, escrevendo essa parte do comentário, vejo que a coisa não é bem assim. Há elementos muito bons no enredo e, se a técnica não acompanhou isso, é tudo uma questão de ajustes futuros, pois há potencial. Então, sim, esse conto causou impacto.

    No geral, reforço aquilo que apontei no item técnica. É um conto que está difícil de ler. Foram inseridas informações em excesso, há bastante repetição, e o enredo, que já tem potencial para ser confuso, pois trata de viagens no tempo, se aproveita da densidade do texto para ficar ainda mais difícil. Entretanto, é um enredo interessante, e isso existe, está aí, não importando o nível de dificuldade para encontra-lo, e isso é mérito do autor.

    É isso. Boa sorte no desafio!

  6. Amanda Gomez
    13 de junho de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem ?

    Nossa, esse conto me fez lembrar que eu não lembro nada de De Volta para o Futuro, só tenho na mente flashes e cenas do cientista, do garoto e do carro. Seu conto foi muito difícil de ler, é complexo e depende demais da obra original para a gente entender ou ao menos lembrar como começou e como termina. As cenas me soaram confusas; eu não conseguia saber quem é quem, para onde cada um vai e por que as coisas aconteceram.

    De Volta para o Futuro é uma história que exige atenção para não se perder e seu conto segue o mesmo ritmo. Por isso merece ser bem homenageado, mas infelizmente não funcionou para mim no aspecto de entretenimento.

    Consegui captar várias ideias interessantes que você inseriu, como a realidade virtual como alternativa ao fracasso das experiências humanas. Sério, tem pontos muito bons, mas juntos não funcionaram para mim. Deve ser culpa minha, primeiro por não lembrar bem da história original e depois por estar em um péssimo momento para leituras.

    No mais, está bem escrito e ousado… você trouxe uma nostalgia legal ao texto.

    Boa sorte no desafio!

  7. cyro eduardo fernandes
    11 de junho de 2025
    Avatar de cyro eduardo fernandes

    De volta para o futuro, com todas as referências possíveis. Boa técnica. Baixo impacto para mim.

  8. Pedro Paulo
    11 de junho de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    Olá! Tentando simplificar, estarei separando meus comentários em “forma” e “conteúdo”, podendo adicionar um terceiro tópico para eventuais observações que eu não enquadre em um ou outro.

    FORMA: A escrita funciona sempre que narra ações, pensamentos e diálogos, caracterizando personagens e informando ao mesmo tempo. Mas quando tenta explicar, perde o leitor rapidamente, com parágrafos de intrincadas exposições que só devem funcionar para quem é familiarizado com os famosos filmes sobre viagem no tempo. Talvez fosse melhor se investisse em menos nomes e achasse uma forma mais orgânica de apresentar o drama ao leitor. A estrutura também funciona, embora, novamente, com a falha da explicação, o objetivo da aventura fica perdido, ainda que a autoria tenha sucesso em passar o senso de urgência, melancolia e nostalgia do retorno do protagonista.

    CONTEÚDO: Não assisti aos filmes, mas já vi tantos trechos que o Doc me pareceu muito bem representado em sua faceta de gênio maluco eufórico, enquanto Marty tem a sua nostalgia e melancolia enraizadas na insatisfação com o seu atual presente, o que, reitero, não absorvi bem, mas ainda senti com o personagem. São passagens muito bem escritas o seu reencontro com a mãe e as impressões que tem de Jennifer mais nova. O desfecho, entretanto, não escapa das clássicas conclusões da viagem no tempo, à guisa das tragédias gregas em que lutar contra o destino só torna o combatente mais próximo da sina. Não houve surpresa com o sumiço de Seamus, apesar de que, confesso ter ficado instigado pela possibilidade de uma nova história com a segunda Jennifer aparecendo ao final… mas gostaria de ter me envolvido mais com essa primeira. Mais uma boa fanfic para o nosso certame!

  9. Mariana Carolo
    10 de junho de 2025
    Avatar de Mariana Carolo

    História: Uma fanfic sobre De volta para o futuro, um dos grandes clássicos dos anos 80. Muito legal, mas, admito, fiquei pensando que (assim como em O Poderoso Chefão etc.) não tem como superar a obra original né. Mas talvez não tenha sido essa a intenção e tá ótimo. Aqui o Marty está mais velho e desiludido, pensando sobre o passado após escutar o filho tocar guitarra. A partir daqui, decide não impedir o acidente dele. Cabe que o recurso da guitarra me lembrou o Em Busca do Tempo Perdido, quando ele começa a história depois de comer a madeleine. 1,8/2

    Escrita: É uma escrita contida, quase como se o autor tentasse ir na contramão dos filmes originais (uma escolha interessante, por sinal). Tem uma melancolia contemplativa, bonita. Nenhum erro aparente 2/2

    Impacto: Gostei bem mais do que achei que ia gostar, foi uma boa surpresa e demonstrou mais respeito por material original que muito estúdio de Hollywood 1/1

  10. Leo Jardim
    9 de junho de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 TRAMA (⭐⭐▫▫▫)

    Pontos Fortes:

    • Nostalgia Bem-Explorada – O uso do universo De Volta Para o Futuro é cativante para fãs da franquia.
    • Conceito Interessante – A ideia de um Marty mais velho questionando suas escolhas e tentando “consertar” o passado tem potencial.
    • Algumas Cenas Marcantes – A descoberta do Delorean escondido e a carta do Doc em 1885 são momentos criativos.

    Pontos de Melhoria:

    • Falta de Coerência Temporal – Por que Marty só age em 2025? E por que o Doc não o avisou antes?
    • Marty Fora do Personagem – Ele age de forma impulsiva (sabendo dos riscos de mudar o passado), o que contradiz seu desenvolvimento nos filmes.
    • Final Aberto Demais – A chegada de Jennifer no Delorean station wagon parece um deus ex machina, não uma conclusão satisfatória.

    📝 TÉCNICA (⭐⭐▫▫▫)

    Problemas Identificados:

    • Narração Confusa no Início – O primeiro parágrafo é uma única frase longa e truncada, dificultando a imersão.
    • Ritmo Desigual – A história demora para engrenar (só melhora após a descoberta do Delorean).
    • Excesso de Exposição – Muitos pensamentos de Marty são repetitivos (ex.: “o acidente me salvou do fracasso”).

    🎯 TEMA (⭐⭐)

    • Fanfic: De Volta Para o Futuro
    • Tópicos Tratados:
      • Arrependimento e Segundas Chances – Marty questiona se sua vida teria sido melhor sem a música.
      • Consequências do Viajar no Tempo – A mudança no passado apaga seu filho, mostrando os riscos de mexer com o tempo.
      • Crítica ao “Sonho Artístico” – Aborda a frustração de dedicar a vida a algo que não deu certo.

    💡 CRIATIVIDADE (⭐⭐▫)

    • Doc em Realidade Virtual – A ideia do Doc transferir sua consciência para um mundo digital é inovadora.
    • Delorean Station Wagon – Um toque divertido na versão final da máquina do tempo.
    • Pouca Originalidade – A premissa é basicamente “E se Marty consertasse o futuro… de novo?”.

    🎭 IMPACTO (⭐⭐▫▫▫)

    • Falta de Emoção Profunda – Apesar da nostalgia, não há um momento realmente impactante (como o relógio na torre no filme).
    • Marty Incoerente – Sua decisão de mudar o passado parece impulsiva, não uma consequência natural de seu arco.
    • Final Cíclico – Termina como começou (com Marty tentando consertar o tempo), sem fechamento.
  11. danielreis1973
    5 de junho de 2025
    Avatar de danielreis1973

    O Plano de Marty (S. S.)

    Segue a minha análise, conforme método próprio e definido para este desafio:

    CONCEITO: o escolhido da vez foi a trilogia De Volta para o Futuro, sendo a ambientação no momento do futuro (ou seja, num ponto do futuro “não alternativo” retratado no episódio 2). Apesar disso, o conto mistura conceitos das linhas alternativas de tempo e das decisões de Marty, causando diversos twists na história.

    DESENVOLVIMENTO: Justamente por isso o conto me pareceu um pouco confuso. Vê-se que foi muito bem estudado pelo autor, porém exige que o leitor faça o mesmo para se conectar com as variantes da história e os dramas das personagens. 

    RESULTADO: apesar dessa “confusão” e da necessidade de conhecer os personagens e fatos de toda a trilogia, o conto é muito bem tramado e resulta numa leitura interessante como exercício de imaginação. Gostei!

  12. Priscila Pereira
    5 de junho de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, S.S! Tudo bem?

    Temos aqui uma fanfic dos filmes De volta para o futuro! Muito bom! Assisti aos filmes muito tempo atrás… então não lembro de quem é quem, e fiquei boiando em algumas partes… em quase tudo, na verdade. Mas entendi o básico, eu acho, e gostei do conto.

    Deu aquela nostalgia boa de assistir aos filmes e você soube colocar no “papel” em um espaço tão curto, o dilema do personagem, voltar pra ser financeiramente independente e depois ver que assim seus filhos não existiriam. Eu gosto desse plot, e gostei de que ele tenha a chance de recuperá-los.

    A escrita é eficiente, direta e clara. Sem erros de revisão aparentes. Uma boa fanfic! Parabéns!

    Boa sorte no desafio!

    Até mais!

  13. Kelly Hatanaka
    22 de maio de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Uma fanfic de De Volta Para o Futuro.  

    Marty volta no tempo de novo para corrigir mais uma coisinha só e perde algo mais importante. O engraçado é que, no começo, Marty está questionando as razões para Doc tentar consertar coisas no tempo, mas ele não pensa duas vezes antes de fazer o mesmo.

    É um bom conto, que parte de uma história amada e nostálgica. Por isso, talvez, eu tenha esperado mais dele.

    Eu tinha dito que não ia tirar pontos por tema porque, sinceramente, essa história de fanfic me deixa confusa. E mantenho isso. Talvez eu esteja equivocada e, se for este o caso, fique tranquilo porque não vou mesmo tirar ponto de tema. Mas, imagino fanfic como a exploração de personagens ou ambientações dentro de lugares ou situações novos. Este conto, porém, é mais do mesmo, em termos da história original. É um De Volta Para o Futuro 4. 

    Qual o problema com isso? São dois. Primeiro, que tivemos três filmes da série, que já deixaram alguns fãs com aquela sensação de que esticaram demais a história. Para mim, particularmente, poderiam ter parado no primeiro filme, pois o 2 e o 3 já foram dispensáveis. E o segundo é que um De Volta Para o Futuro 4, com limite de 3000 palavras, dificilmente vai ser tão interessante quanto os filmes, a menos que explorasse algo diferente, o que não foi o caso. Mais uma vez, temos Marty viajando no tempo para consertar algo.

    O questionamento interessante acaba não sendo explorado e ficando quase de escanteio, esperando ser notado: a importância de viver o presente.

    Do lado bom, o conto está bem escrito e traz de volta todos os personagens que os fãs do filme amam.

    Parabéns e boa sorte no certame!

    Kelly

  14. Marco Saraiva
    19 de maio de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Marty McFly, já na sua velhice, pondera sobre a possibilidade de uma vida mais digna, então decide viajar no tempo uma última vez para criar um futuro melhor. Após o ato, descobre que lidar com viagens no tempo é algo mais complexo do que simplesmente alterar uma única variável. Todas elas se interconectam, e alterar um evento pode criar um efeito borboleta de consequências – neste caso, ele consegue o dinheiro e a dignidade, mas perde o filho.

    O texto chama a atenção não só por nos transportar novamente ao mundo de “De Volta para o Futuro”, mas também pela série de questionamentos e reflexões interessantes que ele traz. Desde Marty indagando-se sobre a futilidade da pressa do Doc ao encontrá-lo pela primeira vez (“para quê pressa, quando se tem uma máquina do tempo!”), até reflexões mais profundas, como a conclusão do Doc de viver no presente, e a decisão de Marty de escrever seu próprio destino.

    Ironicamente, a próxima cena do conto – assim que Marty decide escrever o próprio destino – é uma baita de uma coincidência, onde Hawking o leva até o delorian de forma completamente inesperada. Ou seja, apesar de Marty querer controlar o próprio futuro, o destino ainda o controla, ele volta e comete os mesmos erros, e o ciclo continua no final, com Jeniffer unindo-se a ele agora nas infinitas viagens temporais.

    É um conto que traz uma sensação nostálgica, reflete bem as personalidades dos personagens que aprendemos a amar, e cria uma história nova que, ao mesmo tempo, parece que já vimos antes: um novo episódio na saga de McFly.

    NOTAS:

    • Acho que o conto é dificílimo de seguir para quem não é conhecedor da série de filmes. Acho que todos já assistiram os filmes, mas lembrar de cada detalhe, cada nome e momento da trama, é uma coisa diferente. Este é um dos grandes desafios deste certame: escrever fanfics que tragam o “look & feel” da obra, mas ao mesmo tempo podendo ser lidas por pessoas que não conhecem a obra. E, neste caso, para quem não se lembra dos detalhes dos filmes (como eu), sinto que perdeu 50% das referências e até partes importantes da trama do conto.
    • A cena em que a mãe de Marty o confunde com a sua versão mais nova é extremamente inverossímil. “Você parece velho, tem certeza que este trabalho está te fazendo bem”? Pegou pesado na suspensão de descrença 😂
  15. Luis Guilherme Banzi Florido
    16 de maio de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Boa tarde! (esse conto nao afz parte das minhas leituras obrigatorias)

    Olha, vou ser sincero de cara: eu nunca assisti os filmes da franquia, entao nao tenho base nenhuma pra entender o conto. Isso aconteceu com um conto da serie, mas naquele caso eu era obrigado a comentar, e foi bem complicado. No caso do seu conto, por nao ser uma leitura obrigatoria, li mais tranquilo. Pesquisei as coisas que nao sabia, me inteirei no geral da historia, e acho que deu pra pegar as ideias aqui. Mas uma vez que eu nao tenho a base do original, e dessa forma nao sou impactado da mesma forma, meu comentario aqui vai ser mais curto que os outros, sinto muito por isso. Eu ate pensei em nao comentar esse, mas achei que ficaria desagradavel deixar só um sem comentar. Entao vamos la.

    Baseado em tudo que pesquisei, sua ideia nessa fanfic foi trazer um Marty insatisfeito com sua vida, mesmo depois de todas as mudanças que fez ao longo dos tres filmes. Parece que ele entra naquele paradoxo temporal em que, nao importando quantas vezes tentemos mudar o passado (o futuro, aqui), quando nao se compreende a importancia do presente, acaba sendo frustrado. Acho que esse é o tema central da sua historia, e achei que foi muito bem retratado aqui. Gostei da ideia do Doc ter cansado de tentar mudar o futuro, e ter decidido simplesmente viver numa realidade virtual, onde nao existem passado, presente e futuro.

    O desfecho é muito bom. O Marty bagunça tudo, e a esposa aparece, e eles vao ter que mudar o futuro de novo, sugerindo essa ideia de insatisfação eterna que cria um ciclo de tentativas de mudança fracassados.

    Pelo menos essas foram minhas percepções, baseado no que aprendi sobre os filmes em minhas pesquisas. Desculpe nao ter a bagagem para desfrutar plenamente do conto. Falando dele unicamente como conto, e nao como fanfic, achei uma boa historia, um enredo amarradinho, provocativo, que repensa a ideia original e que propoe situações filosoficas. Por outro lado, achei que a escrita deixa um pouco a desejar. Em alguns momentos, as coisas ficam um pouco truncadas, confusas, sabe? O começo especialmente. Demorei um pouco pra entender os dois paragrafos. Acho que voce podia trabalhar melhor especialmente o primeiro paragrafo, que é a cara do conto. Ele precisa ser claro e atrair a atenção, coisas que vao influenciar a forma como o leitor mergulha na leitura do restante do conto.

    Parabens pelo trabalho e boa sortE!

  16. andersondopradosilva
    14 de maio de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Olá, autor.

    No contexto do desafio, tão somente, julguei o seu conto mediano, ou seja, nem gostei, nem desgostei, enfim vi qualidades e defeitos.

    Julguei seu conto muito dependente da obra original. Quem não conhece a obra original terá dificuldade para compreender.

    Também julguei o seu conto simples, uma fanfic, tão somente, pouco propondo, pouco discutindo, pouco convidando à reflexão.

    Por outro lado, a simplicidade também é uma qualidade do seu conto. Sem ousar muito, acabou errando tecnicamente pouco.

    Pela participação mediana, uma nota mediana, 3.

    Abraço.

  17. Givago Domingues Thimoti
    13 de maio de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    O Plano de Marty:

    Bom dia, boa tarde, boa noite! Como não tem comentários abertos, desejo que tenha sido um desafio proveitoso e que, ao final, você possa tirar ensinamentos e contribuições para a sua escrita. Quanto ao método, escolhi 4 critérios, que avaliei de 1 a 5 (com casas decimais). Além disso, para facilitar a conta, também avaliei a “adequação ao tema”; se for perceptível, a nota para o critério é 5. Caso contrário, 1. A nota final será dada por média aritmética simples entre os 5. No mais, espero que a minha avaliação/ meu comentário contribua para você de alguma forma.

    Boa sorte no desafio!

    Critérios de avaliação:

    • Resumo: 

    O Plano de Marty nos apresenta o “De volta para o futuro, parte 4”; logo é uma autêntica fanfic (5!) que aprofunda a história da trilogia, mostrando o arrependimento de Marty com o presente dele e sua tentativa de corrigir o passado.

    • Pontos positivos e negativos: 

    Positivo: Desculpe a franqueza, mas não percebi qualquer ponto positivo. Foi um conto difícil de ler e avaliar. 

    Negativo: uma escrita muito atrapalhada e travada, com muitas ideias postas juntas, com muitos personagens…Enfim, esse conto precisa ser retrabalhado em muitos aspectos

    • Correção gramatical – Texto bem (mau) revisado, com poucos (muitos) erros gramaticais. 3

    De uma forma geral, identifiquei poucos erros gramaticais.:

    • Vírgulas mal posicionadas/ em excesso .
    • Palavras estrangeiras devem ser escritas em itálico; hoverboard, Hill Valley, 
    • Uso incorreto de pronome relativo. “ilusão diante da que não podemos resistir…” Da qual
    • “Esse é pensamento que lhe cai…” o pensamento
    • Estilo de escrita – Avaliação do ritmo, precisão vocabular e eficácia do estilo narrativo. 1

    O estilo de escrita tem alguns problemas sérios. Separei alguns trechos para exemplificar:

    • “Sejamos sinceros, se diz Marty, aquela demissão poderia ter sido o início de uma vida de paz” = Sejamos, verbo na primeira pessoa do plural, num contexto de uma pessoa falando com ela mesma…
    • ”(…) . – Mas, Doc, Doc, o que é isso, por que você está aí? Preciso falar sobre uma ideia que tive, quando vai acordar? Ah, Marty… – disse o Doc, entre misterioso e enérgico. – Não sei se voltarei. Eu esperava que você chegasse, precisava te contar essa novidade. Mas não se preocupe, não estou sozinho, Marty. (…) = Aqui, embora num momento o Marty pergunta quando o Doc vai acordar, o Doc aparece responde meio misterioso e enérgico… Eu entendi o que você quis dizer, como se o Doc tivesse transferido sua consciência para um computador enquanto mantinha o corpo vivo para um periodo no qual a ciência permitisse superar de vez a barreira entre vida e morte. Ainda assim, não está bem escrito isso. 
    • Jennifer, escute bem, e não tenha medo. Você precisa ficar aqui, o Doc já vai chegar, Jennifer, meu amor. Fique aqui simplesmente. E guarde isso. Escute, isso é importante, guarde esta revista e não fale disso até que estejamos sozinhos, sãos e salvos em Hill Valley. => Repetições, muitas repetições. Essa repetição de nomes até pode ser um artifício para emular o jeito como falamos, mas é desnecessário e cansativo.
    • – Marty, vamos! Precisamos voltar. Voltar outra vez para o futuro – diz ela, e lhe estende a mão.

    Note que esses erros vão se repetindo ao longo do texto, diversas e diversas vezes. Esse conto realmente carece de uma revisão em termos de limpar as informações, deixar o mais claro possível, com uma escrita mais bem cuidada.

    • Estrutura e coesão do conto – Organização do conto, fluidez entre as partes e clareza da construção narrativa. 1

    Sabe aquele ditado, “a primeira impressão é a que fica!”? O primeiro parágrafo é uma enorme frase (7 linhas), apenas separadas por vírgulas. É um trecho confuso, recheado de ações e que nos apresenta, de cara, três personagens: Chuck (que eu imagino que seja um cachorro), Seamus (filho de Marty) e Marty.

    Bom, essa parte, de certa forma, resume o conto em termos de estrutura e coesão: muitos personagens, muitas ideias sendo colocadas juntas, com uma escrita não tão bem cuidada/lapidada e voltada principalmente para as frenéticas ações. Logo, a narrativa não é tão bem amarrada.

    Por diversas vezes, eu tive que ler, reler e refletir sobre o que eu li para ter certeza que entendi certo. E não foi de um jeito bem realizado, de uma escrita enigmática e dúbia propositalmente. Aqui, o que eu percebi foi erro de execução mesmo. 

    • Impacto pessoal – capacidade de envolver o leitor e gerar uma experiência memorável: 1

    Baixíssimo. Pessoalmente, eu não lembro de ter assistido a trilogia “De Volta para o Futuro”. Conheço algumas referências, como o DeLorean e o hoverboard. Contudo, senti que o conto exigia que o leitor tenha assistido para compreender a história. E aí é um risco; afinal, não é possível que todo mundo tenha assistido a uma determinada película…

    Por exemplo, a parte do acidente foi algo que não entendi. Por exemplo, isso aconteceu em algum dos filmes? Ou apenas no conto? Porque no conto isso não foi bem delimitado.

    Enfim, essa dependência do leitor em assistir De volta para o futuro, somado ao estilo de escrita não bem trabalhado e ao texto muito confuso e denso estragaram minha experiência. 

    Acho necessário retrabalhar esse texto, repensando bem a questão das ideias, como colocá-las da melhor forma, facilitando a compreensão do leitor.

    Nota final: 2,1

  18. Afonso Luiz Pereira
    11 de maio de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Esse conto é uma fanfic que mergulha fundo no universo de De Volta Para o Futuro, mas requer que o leitor esteja com a trilogia bem fresca na memória. Muitos detalhes da trama original são revisitados e reinventados, o que torna o texto nostálgico de ler. Em vários momentos, me vi tentando puxar pela memória os eventos dos filmes pra conseguir acompanhar melhor o raciocínio do Marty. Ou seja, o conto é um prato cheio pra fãs da série, embora possa deixar meio perdido quem só viu os filmes uma vez há muito tempo (como é o meu caso).

    De qualquer forma, dá pra perceber que o autor é fã mesmo. A dedicação aos detalhes, que se observa nos diálogos que soam naturais para os personagens, no clima meio caótico e emocionante da narrativa, reforça a fidelidade ao universo original. A forma como Marty reflete sobre seu passado e os efeitos das viagens no tempo é madura, melancólica até, e dá uma camada nova ao personagem. Ele não é mais só o adolescente aventureiro: agora ele é um homem lidando com arrependimentos, escolhas e perdas. Isso foi um dos aspectos que mais me agradou na releitura proposta.

    Talvez o único ponto de atenção, especialmente pra leitores que não estão imersos no universo da franquia, seja a quantidade de detalhes e linhas temporais sobrepostas. É fácil se perder um pouco tentando lembrar quem é quem, qual evento vem antes ou depois, ou de que versão do Marty estamos falando. Mas não é um problema de escrita, é uma característica do tipo de narrativa que o conto propõe.

    “O Plano de Marty” é uma homenagem criativa, inteligente e criativa de um clássico do cinema. Gostei e, embora eu não lembre de tudo, a nostalgia permanece como uma lembrança gostosa da Sessão da Tarde na TV dos anos 90. Parabéns.

  19. toniluismc
    9 de maio de 2025
    Avatar de toniluismc

    Comentário Crítico do Conto “O Plano de Marty” (S. S.)
    Avaliação por critério: Técnica · Criatividade · Impacto

    🛠 TÉCNICA: EXUBERANTE E AMBICIOSA

    Este é um texto que não teme ser grandioso — e sua ambição técnica é impressionante. A linguagem alterna reflexão filosófica, fluxo de consciência e narrativa sci-fi clássica com bastante fluidez. O autor domina os tempos narrativos e brinca com a cronologia diegética de forma tão natural quanto um verdadeiro fã da franquia De Volta para o Futuro saberia fazer.

    • A construção da narrativa é densa, com parágrafos longos e introspectivos, que exigem atenção e recompensam com grandes insights sobre identidade, fracasso e destino.
    • Diálogos com o Doc, inserção do cachorro Hawking, uso do almanaque, revisão de eventos canônicos… tudo é feito com rigor estrutural e fidelidade temática, equilibrando bem entre fanfic e obra independente com valor literário próprio.
    • A escrita é madura, reflexiva, e demonstra excelente domínio estilístico — há frases inteiras que poderiam estar em romances consagrados de sci-fi melancólica.

    🎨 CRIATIVIDADE: EXTREMAMENTE ALTA

    É notável a originalidade conceitual dentro de uma narrativa que poderia se restringir a uma homenagem. Aqui não temos apenas nostalgia, mas uma reinvenção do cânone: e se o acidente fosse, na verdade, uma bênção? E se a interferência temporal fosse a verdadeira vilã da trajetória de Marty?

    • O conto propõe uma inversão dramática do destino, colocando o sucesso como armadilha e o fracasso como libertação.
    • O uso de realidades alternativas criadas por pequenas escolhas traz uma profundidade quase Dickiana (à la Philip K. Dick), mas ainda com o espírito lúdico do universo original.
    • O desfecho com a Jennifer futurista salvadora é um aceno metalinguístico inteligente, quase como se dissesse: o conto é um loop, e a história ainda não terminou — há sempre uma próxima viagem.

    📌 IMPACTO: INTELIGENTE E EMOCIONALMENTE RICO

    O impacto é profundo, mas sutil. O conto não se apoia em viradas bombásticas, e sim na angústia de Marty — um homem aprisionado entre aquilo que foi, aquilo que poderia ter sido e aquilo que, por um descuido quântico, se tornou. O reencontro com a mãe, por exemplo, é de uma delicadeza emocional raríssima em fanfics, e gera um dos momentos mais memoráveis do texto.

    • A pergunta “quantos filhos eu tenho?” dita no novo presente, dói mais do que qualquer acidente de carro poderia causar.
    • A carta do Doc sela a narrativa com um toque de humor melancólico que remete ao charme da trilogia, mas é também uma metáfora pungente sobre legado, memória e mortalidade.

    🧾 CONSIDERAÇÕES FINAIS

    “O Plano de Marty” é uma das melhores reimaginações de universo ficcional que se pode encontrar. Não apenas expande De Volta para o Futuro, mas aprofunda-o, usando a ficção científica como pretexto para debater tempo, escolhas, fracasso e identidade.

    Com coesão, sensibilidade e potência criativa, o autor entrega um conto longo que jamais se torna cansativo — porque está carregado de inteligência emocional, questionamento existencial e um amor evidente pelos personagens.

  20. Antonio Stegues Batista
    8 de maio de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    O conto é uma fanfic do filme, De Volta Para o Futuro. Me pareceu que o enredo é o mesmo, não baseado. Tem pouca diferença, embora  fanfic seja assim mesmo, mas achei que faltou algo mais original. As idas e vindas no tempo, me pareceram confusas. Não consegui visualizar uma história fora do enredo original. Me pareceu uma casa velha, reformada e lustrada. Achei a narrativa bem corrida que não me deu tempo para sentir o gosto da emoção. De qualquer maneira lhe dou os parabéns por ter participado, e boa sorte.

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Publicado às 3 de maio de 2025 por em Liga 2025 - 2B, Liga 2025 - Rodada 2 e marcado .