EntreContos

Detox Literário.

Vacilante (Pedro Paulo)

Apertei demais? O pai se sobressaltou. Achou quase ter deixado seu primogênito despencar para a primeira queda, mas a enfermeira o pegou. Falou algo ininteligível e saiu, comprou maço e isqueiro. Agora tinha o cigarro entre os dedos como em todas as dezenas de vezes em que retornara ao vício. Nenhuma das antigas razões para não tragar lhe bastaram, mas seu tremelique mal conservava o isqueiro aceso. O fogo vacilava. Um minuto depois já havia jogado o fumo intocado no lixo e retornava à ala da maternidade. Ali aguardava quem lhe daria todos os motivos para as melhores escolhas.

54 comentários em “Vacilante (Pedro Paulo)

  1. Leila Patricia
    16 de julho de 2025
    Avatar de Leila Patricia

    Pedro,

    há uma contenção bonita aqui — quase tudo silencia, menos o medo.

    O gesto do pai, o fogo que não acende, a pergunta que ecoa depois: “Apertei demais?”

    Tudo isso permanece vibrando.

    Gosto quando um texto não se apressa em explicar. E você deixou espaço para o abismo.

    Parabéns.

  2. Sidney Muniz
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Um belo conto!

    Interessante como a abordagem forte de um vício pode ser feita aqui com tanta excelência e maior ainda a forma como ele abandonara ele, ou tende a abandonar.

    Eu gostei principalmente de colocar isso em imagens, quanto coloca o nervosismo e a tremedeira, ainda mostrando como o pai estava abandonando o fumo e sentindo ainda o efeito da falta dele.

    Gostei demais!

    Parabéns e boa sorte!

  3. Roberta Andrade
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Um belíssimo conto! A conexão entre o nascimento do filho e a superação do pai é bem retratada. A narrativa bem construída e o final esperançoso deixaram uma impressão muito boa sobre o conto.

    Parabéns pela escrita e boa sorte!

  4. Diego Gama
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    gostei da escrita mesmo não gostando tanto do tema! Achei simples mas bem feito! Boa sorte

  5. Raphael S. Pedro
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    O texto é bem construído, trouxe com clareza o sentimento do pai e aquilo contra o qual lutava. Contudo, sinto que faltou um “algo a mais” e confesso que esse sentimento não costumo “exigir” em microcontos, mas foi a sensação que o texto me passou. No mais, parabéns e boa sorte!

  6. Victor Viegas
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Bic!

    A maternidade, principalmente com a vinda do primeiro filho, é algo assustador. Um evento novo que não sabemos como lidar e como vai ser. Nossa cabeça se afoga em um monte de incertezas e os “e ses…” invadem nossos pensamentos. Neste conto, você proporcionou essa reflexão com o personagem. Com poucas palavras eu consegui compreender a ansiedade dele, muito por causa da chegada do bebê, como inicialmente lidou com isso e o final com ele, aparentemente, saindo do vício para abraçar uma nova vida com as “as melhores escolhas”. Muito bonito. Parabéns! Boa sorte no concurso!

  7. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Seria este o pai que um dia teve uma recaída, saiu para comprar cigarros e foi abduzido por uma nave espacial enquanto voltava com cigarros, pão, leite e um Kinder Ovo para o Enzo?

    Brincadeiras à parte, gostei do microconto. Bem curtinho, mas passou essa sensação de ansiedade, insegurança, medo, felicidade, esperança e mais um monte de sentimentos confusos que um homem experimenta ao ser pai. Não passei por essa experiência, mas acredito que também ficaria do mesmo jeito. O que eu mudaria a partir deste momento? Nunca fumei ou bebi, então isso continuaria da mesma forma. Mas alguma coisa teria de ser deixada para trás, pois nem tudo pode ser mantido quando tem um filho para criar, né? Claro que nem todos têm essa consciência e por esse mesmo motivo não irão entender os sentimentos desse pai de primeira viagem.

    Boa sorte no desafio, paizão.

  8. Elisa Ribeiro
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    A consciência da morte e sua capacidade de transformação que decorre dessa súbita iluminação é para mim o tema do seu texto. 

    O conto retrata o primeiro encontro com a inevitabilidade –  e o  medo – da morte de um homem personagem no nascimento do seu primogênito. O segundo, para a maioria  costuma ser mas adiante, na meia idade,  com a perspectiva (ou a realidade) da perda dos pais. 

    O tema muito bem escolhido e apresentado, e a construção desse personagem em tão poucas linhas alinhavam o impacto do seu texto. Parabens! 

    Em tempo, o título está aquém do seu texto. 

  9. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Olá, Bic,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Seu microconto explora a transformação emocional de um pai no momento do nascimento do filho. A narrativa contrasta a insegurança inicial, simbolizada pelo tremor das mãos e a tentativa de retomar um hábito nocivo, com a redenção do abandono do vício. O cigarro descartado é o início de uma nova era na vida do pai.

    Uma curiosidade: o título “Vacilante”, o pseudônimo Bic (dos esqueiros e também das canetas) e o princípio do texto me fizeram pensar que poderia ser um texto sobre um pai ensinando um filho a escrever.

    O texto está bem escrito e possui um tema tocante. Particularmente, acho que no final você poderia ser menos explícito. A última frase mastiga algo que o leitor poderia concluir por sua própria conta. O pai abandonar de vez o vício tabagista já demonstra que ele encontrou algo ali que o fez se tornar um ser humano melhor.

    Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio!

  10. Thata Pereira
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Thata Pereira

    Olá, Bic.

    Contexto pessoal

    O conto não me fez pensar em nenhuma situação específica que vivi. Isso não é critério avaliativo para mim, só estou trazendo para contextualizar sentimentos. Assim, acredito que li seu conto sem nenhum viés e gosto disso.

    Análise do conto

    Bem escrito, bem conduzido. Um pai de primeira viagem que a partir desse momento encontra um motivo, um grande motivo, para tomar boas decisões. Engraçado, mas o que eu mais gostei no conto foi a ligação entre o nome e o adjetivo dado ao fogo. Fiquei me perguntando o motivo do tremilique, mas acho válido que esteja assim, afinal o filho havia acabado de nascer.

    Conclusão

    Gostei muito do conto, vai para a minha lista de possíveis indicados.

    Desejo um bom desafio!

  11. leandrobarreiros
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Uma história original e singela. E uma ótima imagem rs

    Não acho que vai estar entre as minhas preferidas, mas isso não significa que o texto é ruim. Produzir literatura singela assim é uma missão muito mais difícil do que cativar através de eventos absurdos. O autor fez um bom trabalho. Talvez se o discurso fosse um pouco mais indireto, se é que isso faz sentido, o texto figuraria na minha lista.

    Técnica: Acima da média. Como mencionei é difícil cativar pela leveza. O autor não faz uso de linguagem poética, é um estilo mais direto. Inclusive, lembra o meu, mas aplicado a um evento de vida mais realista, pequeno, mas importante. Não sei se esse é sempre o estilo do autor, se é antigo ou novo, mas adoraria ver alguém tentando trilhar um estilo assim, pq geralmente esses textos mais singelos são cheios de lirismo e este autor poderia fazer um contra ponto.

    Interesse: Acima da média. Como disse, achei interessante o uso da linguagem menos figurativa pra abordagem da questão no texto. Original, gostaria de ver o autor fazendo mais coisas nesse sentido.

    Objetivo do autor: Emocionar o leitor ao final, fazendo-o primeiro se identificar com o pai desajeitado, depois, com o homem que faz boas escolhas por conta dos outros.

  12. André Lima
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    É uma premissa simples, mas que tem seu êxito na execução, embora o conto flerte com o piegas. É uma ideia interessante, mas pouco original.

    A técnica é ótima. O(a) autor(a) constrói frases muito bem. Gostei do uso de “tremelique”. Acho palavras assim muito sonoramente agradáveis, tal como “piripaque” kk. Gosto desse artifício de combinar palavras coloquiais numa escrita mais rebuscada, eu mesmo utilizo bastante disso nos meus contos.

    Parabéns pelo trabalho!

  13. Felipe Lomar
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    o conto versa sobre o impacto da maternidade sobre as escolhas da vida. Eu diria que é bem sublime e fácil de se identificar, mas ao mesmo tempo tem uma construção um tanto confusa.

    boa sorte!

  14. Marco Saraiva
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Um filho cura muitas coisas. Muda a vida inteira. Altera prioridades. Gostei muito deste conto. Além de ser muitíssimo bem escrito e ambientado, ele fala do poder da paternidade (e maternidade). Fala de como você pode tudo ao entender que agora é responsável por uma vida. Dizem que o cigarro está entre os vícios mais difíceis de largar, mas a perspectiva alterada pelo nascimento do primogênito fez o pai triunfar onde tantas outras vezes desistiu.

    Muito bom!

  15. jowilton
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O conto narra a história de homem que acaba de ser pai e que imagina que o nascimento do filho irá proporcionar melhores escolhas, como parar de fumar. É um bom conto. Apesar de achar um tanto ingênuo o pensamento de o nascimento de um filho possa realmente nos livrar de certas coisa que nos faz mal. Achei aquele “Apertei de mais” no início um pouco estranho, depois entendi que foi o homem pensando se havia apertado demais o filho, coisas de pai de primeira viagem. A técnica é boa, o impacto foi médio.

    Boa sorte no desafio.

  16. Gustavo Araujo
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Há um tanto disso neste conto sobre um homem que encontra no filho recém nascido a razão para parar de fumar. A construção da trama é bem feita, dado o uso inteligente das palavras que pouco a pouco vão formando o cenário. Imagino que as pessoas que fumam ou que um dia fumaram, tendo parado depois de muito esforço, podem se identificar muito bem com essa guerra interna que o protagonista trava consigo mesmo.

    Visto por esse ângulo, talvez seja esse o motivo pelo qual o conto, a despeito de estar muito bem montado, não venha a cativar tanta gente. Eu mesmo, que nunca fumei e que considero esse hábito algo execrável, não consigo me afeiçoar muito a quem sucumbe ao vício. Logo, não consigo me afeiçoar ao personagem principal. Antes, fico estarrecido por ele, logo depois de ter largado o último cigarro, voltar a segurar o bebê com os dedos impregnados de nicotina.

    Pensando por esse lado, o conto tem sucesso ao provocar certa ojeriza, o que não deixa de ser um atestado de qualidade literária.

    Imagino que o(a) autor(a) tenha pretendido focar na paternidade redentora, no poder de transformação que os filhos exercem sobre os genitores, mas a mim o que se sobressai é a sensação de repulsa.

  17. Fabiano Dexter
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Um bonito conto sobre a paternidade, com uma bela mensagem ao final.

    Embora eu tenha uma queda por assuntos assim, o conto não me pegou. Pareceu ser uma experiência muito pessoal e, como não fumo, me falta a ideia da dificuldade de se largar tal vício.

    O conto é bem escrito e desceve bem a cena do nascimento e dilemas do pai, mas falta algo mais para causar algum impacto.

  18. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Olá, Bic, um conto de maternidade. Um pai de primeira viagem, tremendamente ansioso e que não sabe como lidar com o menino que está nascendo. Ele e seus dilemas que nessa hora tão importante acabam se tornando mais intensos ainda. Mas naquela hora ele pelo menos não irá fumar. A criança que vem é sempre sinal de esperança de um caminho de escolhas melhores do que aquelas tomadas até então. E, mesmo vacilante, o pai sente a expectativa de que será melhor, de que será diferente. Mas aqui já viajo na maionese. Parabéns, como te disse acima, curti muito o seu microconto.

  19. Priscila Pereira
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Bic! Tudo bem?

    Seu conto parece extremamente real. Talvez você ou alguém muito próximo já tenha passado por isso. As palavras que escolheu usar passam muito verossimilhança.

    Pra derrotar um vício é preciso de um motivo realmente impactante. Só por isso já vemos o que a paternidade significa para o personagem. Gostei principalmente dessa ideia, de como o filho era importante para o pai.

    O conto está bem escrito e carrega uma mensagem importante de forma bem sutil.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  20. Mariana
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Esses tempos eu me deparei com uma boa reflexão: muitos pais e mães dizem que morreriam pelos filhos, mas e viver por eles? Mudar hábitos, curar feridas etc. É sobre isso que trata o conto, o que é bem legal de se pensar. A escrita é boa, a narrativa está bem amarrada e termina de um jeito bonitinho. Parabéns e boa sorte no desafio.

  21. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Homem resiste ao vício, agora que tem um motivo especial para isso.

    Desenvolvimento: Achei a narrativa bem segura, o autor ou autora parecendo bem certo do que quis mostrar. E ficou muito bonito isso, de fazer todo o esforço para não fumar, para deixar o vício, pensando no filho, que era hora de fazer as melhores escolhas.

    Destaque: Para a estrutura narrativa, que traz todo o plot que o autor/autora quis passar. A forma como organizou as ideias, sem dar respostas muito fáceis ao leitor, mas possibilitando tudo o que era necessário para compreender o enredo. 

    Impressões da leitura: Eu gostei bastante do conto e terminei a leitura desejando ver a sequência, saber mais do que veio a seguir. E eu gosto muito dessa sensação. Parabéns!

  22. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Sei que não conta na avaliação, mas sua imagem… é sensacional!! Agora, a história, é muito boa. Fala sobre as mudanças e escolhas, sejam elas a paternidade ou largar um vício.. e as dificuldades delas. Nunca se sabe se se está “apertando demais” as coisas. E, principalmente, é humano e normal retroceder a hábitos já abandonados quando se está tentando mudar. Por isso o conto pegou tanto para mim. Parabéns, gostei muito!

  23. claudiaangst
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Uma narrativa singela sobre o amor como grande incentivo para se vencer vícios. Um final feliz que retrata o início de uma relação promissora entre pai e filho.

    Alguém já deve ter sugerido isso, mas vou dar um palpite: Talvez seu texto ficasse ainda mais interessante se criasse um suspense no começo, sem revelar o nascimento da criança. Então, nas linhas finais o(a) leitor(a) descobriria que o homem estava indo ao encontro da mulher e do filho na maternidade. Só uma sugestão mesmo.

    Só encontrei uma falha de revisão, relacionada à concordância: Nenhuma das antigas razões para não tragar lhe bastaram > Nenhuma das antigas razões para não tragar lhe bastou. > Nenhum/Nenhuma, mesmo quando seguido de nome ou pronome no plural, exige o verbo no singular.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.

  24. Andre Brizola
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Bic!

    Eu já comentei isso num outro conto, mas contos que abordam a maternidade/paternidade surtem pouco efeito em mim. Realmente não sou público alvo. Tenho extrema dificuldade em criar um vínculo emotivo com os textos que focam nesses momentos que envolvem o nascimento. É um problema meu.

    Dito isso, acredito que o conto tenha seu mérito em conseguir extrair das poucas palavras um cenário bem adequado do pai que acabou de conhecer seu primeiro filho. Como cenário adicional, esse pai também luta para se manter distante do vício asqueroso do fumo. O vínculo criado será a chave para o afastamento definitivo do cigarro.

    Mas, tecnicamente, a forma como o autor escolheu para contar esse enredo, em minha opinião, não foi a mais adequada. A opção por um único parágrafo deixou o texto bastante duro. Pode não parecer, mas o espaçamento entre as frases dá fôlego ao leitor, que consegue captar melhor aquilo que está sendo informado, sobretudo quando estamos diante de frases longas, com uma combinação de palavras que não é captada de forma tão simples. Tomo como exemplo a frase “nenhuma das antigas razões para não tragar lhe bastaram”. A negativa dupla, aqui, só serve para alongar a afirmação, e para dificultar a leitura. Outras opções também me pareceram dificultosas, como “achou quase ter deixado”. Enfim, entendo que tudo aqui foi escolhido pelo autor e, estilisticamente, lhe pareceram boas opções. Mas nem sempre o simples é a pior opção, e eu teria ido pelo caminho mais fácil e focado mais no entendimento mais fácil.

    Bom, é isso. Boa sorte no desafio!

  25. fcaleffibarbetta
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Bic,

    Seu texto é muito bonito. Termina de um jeito esperançoso, emocionante.

    Na primeira leitura, apesar da participação do pai ali no começo, entendi que no final ele estaria esperando para conhecer o filho, como se ele estivesse em uma sala de espera aguardando para vê-lo. Pensei, ué, como assim? Depois de outras duas leituras, vi que nada no final dizia que ele não o havia conhecido ainda… ele o aguardava após a alta, para saírem juntos da maternidade. Ou seja, está lá, mas eu não vi, pode ser falha minha, pode ser algum ajustezinho que o texto pede para facilitar a leitura. As leituras servem para isso, a gente fala o que entendeu e vc decide se somos abestalhados ou se alguma coisa ali pode ser mudada para nos ajudar a captar logo de cara.

    Bom, independentemente disso, achei que o começo pode ser reescrito. “Apertei demais?”, ele pergunta, mas se apertou demais, como quase o deixou cair a ponto da enfermeira precisar pegá-lo? O ela o pegou do colo do pai que pensou que poderia derrubá-lo? Achei confuso e você me achou novamente abestalhada.

    “primogênito despencar para a primeira queda” – achei estranha essa construção. Tipo caiu um tombo…

    “O fogo vacilava” – gostei.

    Parabéns pelo conto.

  26. Sabrina Dalbelo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá, Entrecontista,

    A ideia de descrever o vício do pai e colocar o nascimento do primeiro filho como um meio de salvação foi boa.

    Dá pra sentir que o pai está confuso, se sente atrapalhado e inseguro, a atmosfera foi construída.

    Dica podre, se me permite: no início no texto já sabemos que a criança nasceu, o pai até já a pegou. Mas a frase usava no final Ali aguardava quem lhe daria todos os motivos para as melhores escolhas. , veja bem, dá uma olhada… se o pai voltou à ala da maternidade para ‘aguardar’, dá para pensar que a criança não nasceu ainda.

    Quem sabe uma construção que mostre que o que ele aguarda é poder levar o filho pra casa. Enfim, por aí. Espero ter sido útil.

    Valeu pelo texto.

  27. Amanda Gomez
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, tudo bem?

    Achei criativa a forma como você subverteu aquela velha história do pai que vai comprar cigarro e nunca mais volta. Aqui temos um pai de primeira viagem, com todas as ansiedades que esse novo papel traz à tona.

    Ele resolve abraçar essa novidade com esperança, acreditando que dali em diante seria sua melhor versão. No primogênito, deposita as expectativas de que começaria a fazer melhores escolhas, começando por abandonar o vício do cigarro.

    A estrutura do texto, sem quebra de parágrafos, pode ter deixado a leitura um pouco confusa… Dei alguns tropeços, mas não caí. Talvez isso faça parte da proposta, refletindo a ansiedade do personagem diante daquele novo momento: tudo rápido, sem muitas pausas para respirar.

    É um bom texto.

    Parabéns, boa sorte no desafio!

  28. Thiago Amaral Oliveira
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Não tenho nada a acrescentar aos comentários dos colegas.

    É uma história bacana e bonita, onde o pai decide largar do vício ante o nascimento do filho.

    Me identifiquei com as trapalhadas dele. Não sabe nem segurar o bebê…

    Bacana a subversão da ideia de ele ir comprar cigarros, mas no fim decide voltar para o filho. Mas eu não havia percebido isso. Achei apenas que ele queria relaxar…

    Também achei as primeiras frases confusas. Fica a seu critério decidir se deveriam ser diferentes.

    No geral, o conto é legal, mas não sei se me impactou o suficiente para ficar nos favoritos.

    Parabéns, e boa sorte no desafio.

  29. JP Felix da Costa
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Esta história remete-nos para o poder da paternidade. Um homem, que tentara, por todas as formas, deixar de fumar, acabar por conseguir reunir a força de vontade necessária porque algo mudou radicalmente a sua vida, o nascimento de um filho, e a responsabilidade daí inerente é mais forte que o vício.

    Não pude deixar de recordar as palavras do meu pai, há muitos anos, quando me mostrou um maço de cigarros vazio e me disse que decidira que aquele era o último e, quando acabou, não fumou mais nenhum. Na verdade, não foi o tabaco que o levou. Como este pai, ele também tomou essa decisão porque se tornou pai.

    De certa forma, não direta, sinto uma conexão especial com este texto. Obrigado pela memória.

  30. Luis Guilherme Banzi Florido
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: pai de primeira viagem decide largar o cigarro.

    Microsensações: esse é um conto bem direto ao ponto: um homem, ao se ver diante da responsabilidade do novo filho, finalmente consegue largar o cigarro, algo que já vinha tentando há algum tempo. Um interessante reflexão sobre paternidade, responsabilidade e decisões. Para mim, um ponto fraco do conto é o início, que achei bastante confuso. Acho que podia ser reescrito dando mais clareza, pois atrapalhou um pouco a fluidez da leitura, pelo menos pra mim, especialmete no trecho “Apertei demais? O pai se sobressaltou. Achou quase ter deixado seu primogênito despencar para a primeira queda, mas a enfermeira o pegou.”

    Achei essa parte bastante truncada e confusa.

    Impacto:

    Micro –> a história me pareceu plana demais e com pouco impacto, no sentido de não me causae muita emoção. Achei que a linearidade da história, que não surpreende e nem entrega nada novo, acaba não causando sentimentos mais profundos, que geralmente são necessários num micro conto para que ele impacte o leitor.

    Médio

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: bom. Você utilizou bem o espaço, contando a historia de forma completa e sem deixar buracos. Mesmo sem utilizar muito de subtexto, o conto funciona bem fechadinho, contando não só sobre o presente, mas também passado e futuro. Bom trabalho.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: eu saí fumar um cigarro, acendi o cigarro de outro pai que parecia muito nervoso. Admirei a decisão dele, mas não me surpreendi: era o quinto pai que aparecia com o mesmo dilema, só naquela tarde.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

  31. Kelly Hatanaka
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um pai de primeira viagem, nervoso com as novidades da paternidade, contraria o clichê e, ao invés de sair para comprar cigarros e nunca mais voltar, sai para fumar um cigarro e desiste de vez do vício.

    Quem já teve filhos deve se identificar fácil com a situação. Aquela sensação de incompetência total diante daquele serzinho que chora, a impossibilidade de segurar com firmeza um corpinho que tem 0% de músculo e 100% de fofura. A vontade de devolver para a mãe para, em seguida lembrar, peraí, eu sou a mãe, sou eu aquela que resolve se ninguém mais conseguir.

    Esta sensação leva o personagem para fora, em busca do conforto do vício. Mas lá, coloca as coisas em perspectiva e volta para o que importa.

    Gostei.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  32. Juliano Gadêlha
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    O texto, mesmo com pouquíssimas palavras, consegue apresentar uma cena tão rica em detalhes e sensações, de maneira que o leitor consegue se identificar com o que está sendo mostrado mesmo que não tenha passado por situação semelhante. Parabéns!

  33. toniluismc
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Olha, por pouco eu não te dava um canetada, Bic! (não podia deixar escapar essa rs) Mas o fato é que foi a última frase do texto que fez eu gostar dele, a ponto de relê-lo com mais vontade. Parabéns pela construção!

    O conto traz a complexidade da paternidade e a luta contra os vícios através da perspectiva de um pai de recém-nascido. A imagem do pai segurando o filho pela primeira vez, somada ao ato de fumar, cria uma tensão entre a fragilidade da vida e a força dos vícios.

    Nunca tive esse hábito, mas acredito que como humanos, todos nós temos algum comportamento que não nos orgulhamos e que quando não observado com atenção, acaba transformando-se em algo repetitivo e destrutivo, o que seria a definição de vício ao meu ver.

    A perspectiva que você escolheu foi bem inusitada, focando nas contradições e nos desafios que um pai de recém-nascido geralmente enfrenta, e a dose de esperança sobre a possibilidade de mudança foi algo que me cativou de fato.

    Obrigado pelo texto e boa sorte!

  34. Mauro Dillmann
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Conto bem escrito, simples, de história singela, direta.

    Um pai, uma maternidade, uma queda pelo cigarro.

    É direto porque é plano, não tem camadas de sentidos. Tem sentido único. Está tudo bem, mas dessa forma o conto não surpreende e não impacta.

    Parabéns !

  35. Juliana Calafange
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Ah, o cigarrinho… Eu parei de fumar a dez anos, mas tem hora que eu só penso “ah, um cigarrinho agora…” Rsrsrs. Me identifico com o personagem. Mas, sem dúvidas, um filho é ótimo motivo pra largar essa droga.

    Confesso que a imagem que ilustra o conto e a primeira frase “Apertei demais?” me fez imaginar uma história totalmente diferente. Rsrsrsrsrsrs. Mas logo em seguida peguei o fio certo da meada e me comovi com a sua história. Você construiu esse protagonista muito bem, um tanto desastrado para segurar o filho, como se espera mesmo dos papais de primeira viagem. Mas por outro lado, um cara que amadurece de uma hora para outra, assim que sente seu filho nos braços, ele não é mais o mesmo. Agora é responsável por aquela pequena vida, e não há mais espaço para leviandades como cigarro em sua jornada. Tudo isso em 99 palavras. Parabéns!

  36. Rodrigo Ortiz Vinholo
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    O tema é interessante e, ainda que fale de experiências amplamente conhecidas, chama atenção por pegar um momento em que pouco se escreve a respeito.

    A abertura me causou estranhamento. Foi uma escolha de palavras confusa que força a uma releitura, mas não por bons motivos, oferecendo uma barreira ao leitor sem motivo claro.

    A dinâmica do vício, do nervosismo e do abandono do que quase voltou é interessante, e o texto parece ganhar mais qualidade e força conforme prossegue, até o final. Ainda assim, senti que faltou algo… há microcontos que me parecem histórias condensadas, e há os que parecem apenas cenas sem maiores consequências ou encaixes. Esse, para mim, cai no segundo caso e, ainda que funcione na proposta, se torna menos memorável por isso.

  37. Antonio Stegues Batista
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Essa é uma história fictícia, ou seja, uma estória, e em ficção tudo pode acontecer, inclusive uma criança de 4 anos perder os dentes numa mordida. Na realidade, uma criança começa a perder os dentes de leite a partir dos 6 anos de idade. Clarissa, apesar da idade, tem uma grande imaginação, levou as palavras do tio ao pé da letra e mordeu a perna do irmãozinho que era dura como ferro e em consequência perdeu os dentes vampíricos.

  38. Antonio Stegues Batista
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Um conto que mostra toda o nervosismo de um pai numa maternidade na hora que seu filho nasce. Mostra  a tensão e inexperiência de um pai no primeiro contato com o filho recém-nascido. Precisa fumar para controlar o nervosismo, mas decide que essa não é a melhor solução. Rejeita o cigarro e volta para perto da criança que lhe dará motivos para fazer coisas certas na vida. Normal, nada de grandes mistérios.

  39. Rogério Germani
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    Nas entrelinhas deste conto, encontrei a quase fuga do pai hesitante de suas responsabilidades, a antiga e incompreensível estória de ir comprar cigarros para nunca mais voltar.

    Sorte que o pai optou pela melhor escolha. Duplamente.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  40. Givago Domingues Thimoti
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    VACILANTE (BIC)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Um recém-pai sucumbe pela última vez (ou pelo menos é o que ele imagina) ao vício no cigarro.

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    O conto preenche todo o espaço permitido pelas regras do certame. Talvez pudesse ser mais conciso. Ainda assim, não é um conto que enrola.

    Ø  Subtexto:

    Esse é um conto fechado em si. Não percebi algo nas entrelinhas. Como eu vou abordar melhor no quesito impacto, esse é um conto bem sensível e denso.

    Ø  Escrita:

    No geral, eu achei a escrita do conto muito boa. Gostei, me vi envolvido pela história. No entanto, penso que teria ficado melhor “pensou” ao invés de “achou”… Enfim, chatice minha…

    Ø  Impacto:

    Eu gostei bastante do conto. A história está ali, clara e simples. Acho que de um jeito dramático, você conseguiu relacionar a ansiedade do pai de primeira viagem, meio estabanado segurando aquele serzinho frágil, o medo pela responsabilidade em relação a esse ser e o vício no cigarro, o escape fácil para lidar com as lamúrias da vida cotidiana.

    Parabéns e boa sorte no Desafio!

    PS: gostei do pseudônimo (referencia ao isqueiro) e esse conto me fez lembrar a sensação de segurar um recém nascido. Tem uma foto muito boa segurando minha priminha com uma cara de desespero sem igual 😂

  41. Vítor de Lerbo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    Uma história bem construída, que começa de maneira pesada, com a quase morte do bebê; passa por outro tema denso, que é o vício e a recaída do pai; e, por fim, termina com uma mensagem de esperança, com o protagonista enxergando um grande motivo para se manter saudável.

    Bela narrativa.

    Boa sorte!

  42. Afonso Luiz Pereira
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Temos aqui um pai completamente impactado pela fragilidade de segurar o filho recém-nascido, mas ao mesmo tempo lidando com as próprias inseguranças. O tema aborda aquela transformação que acontece quando alguém se torna pai ou mãe, o peso das escolhas, os medos, e a busca por se tornar alguém melhor por causa de outro ser.

    A escrita está bem redonda, sem exageros, e as imagens criadas são bem vívidas, como o tremor da mão segurando o isqueiro e o fogo vacilando, que refletem o estado emocional do personagem.  Se fosse para apontar algo a melhorar, talvez o uso da palavra “tremelique” tenha soado um pouco mais “rústico” perto do tom geral do texto, que é mais fluido e emocional. Mas, no geral, o conto está muito bem escrito e cumpre bem o papel de transmitir a tensão e o amor que vêm com a chegada de uma nova vida. Parabéns e sorte no desafio.

  43. Evelyn Postali
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    Ah… o peso da vida… Novas responsabilidades, novos compromissos. Seria para ficar nervoso e fumar o maço inteiro, sim. Porém, agora, ele será a referência de outro ser, de outra criatura – um ser que verá e terá na imagem e ações dele, pai, muito do entendimento da vida. Isso é um bom motivo para largar o vício e, embora necessite de uma grande força interior para deixar de lado o cigarro, o coraçãozinho que bate fora do seu peito será motivo mais do que suficiente e lhe dará coragem para sustentar essa decisão. Agora ele é movido pelo amor e pela necessidade de ser melhor para aquele que dependerá dele para todo o sempre (não para sustentá-lo a vida toda, é lógico, mas para ser seu ‘porto seguro’, aquele que estará ao seu lado nas dificuldades, que lhe dará conselhos, que o ajudará a se erguer quando cair. Paternidade é algo para poucos, porque implica em grandes mudanças, coragem, mas também generosidade e sabedoria. É um microconto que combina delicadeza e força.

  44. bdomanoski
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Mostra como a paternidade conseguir ajudar um homem a largar seu vício em cigarro. Está bem escrito, e tudo mais. EMbora a história em si não tenha me cativado muito. Parece ser mais uma reflexão do que um conto. Mas é uma reflexão que certamente deve passar por muitas cabeças afora. Final feliz

  45. Marcelo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    Para mim, o conto mostra duas lutas distintas. Uma recorrente e outra que se inicia. Bem escrito e descrito. Por enquanto, o cigarro ainda parece mais fácil de segurar do que o próprio filho.

    Parabéns

  46. cyro fernandes
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    O conto expressa bem a experiência de um pai de primeira viagem e a briga cotidiana contra o vício.

    Achei que o trecho inicial “Apertei demais? O pai se sobressaltou. Achou quase ter deixado seu primogênito despencar para a primeira queda, mas a enfermeira o pegou” precisaria ser melhor elaborado para dar mais clareza.

  47. José Leonardo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Bic.

    Vemos um pai que encontrou um bom motivo (o maior deles àquele momento) para deixar o seu vício. O engraçado é que, em poucas palavras, podemos ser levados àquela sensação de “pai que sai para comprar cigarros” mas em seguida, o conto subverte esse lugar-comum que aparece na cabeça do leitor (de modo geral).

    Ainda assim, é possível que esse pai caia em outras recaídas, como o conto deu a entender no passado dele. É um personagem que foi (e ainda pode continuar) vacilante. Mas o desafio é isso: 99 palavras no máximo. Não saberemos.

    Parabéns e boa sorte neste desafio.

  48. Nelson
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Eu achei que o lance do cigarro seria o atalho pro personagem dar no pé, abandonar o bebê no seio hospitalar, pois já se sabe que pai que sai pra comprar cigarro… bom, ele não volta mais. Mas o texto tem o final altruísta, o cara deixa de fumar para cuidar do bebê, mas provavelmente depois que a criança nascer ele vai voltar. Acho que isso frustrou a minha expectativa e, nossa, a gente sempre espera o pior na literatura, hein?

  49. Leo Jardim
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): um recém-pai luta contra seu vício de tabaco e o conto dá a entender que o vício perdeu a batalha. Uma boa história. 

    📝 Técnica (⭐⭐▫): achei ok, sem problemas

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): dentro do padrão do desafio

    🎭 Impacto (⭐⭐▫): eu, como pai e tendo que me livrar de alguns vícios após a paternidade, me identifiquei. Achei interessante a luta diária e infinita.

  50. Nilo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Historia bem descrita da dificuldade de largar o vicio. É interessante e bem escrita, mas acho que faltou uma pegada, um impacto. boa sorte .

  51. geraldo trombin
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    O texto mostra claramente as “escorregadas” de um pai viciado. Espera-se que o nascimento de um filho seja um grande motivo para que esse pai opte por abandonar o vicio…E não a criança. Bom texto. Parabéns!

  52. Thales Soares
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Parece um conto sobre Recomeço, como o primeiro desafio do EC de 2024. Aqui vemos um homem viciadão em cigarros. Ele sabe que faz mal, sabe que se continuar tem grandes chances de contrair câncer e ficar com o pinto murcho, mas mesmo assim ele continua. Ele fica até com tremilique com esse vício. Porém… ele tem um filho. E pelo seu filho, ele decide mudar. Fim.

    Achei uma história simples, mas bem trabalhada. Não gostei muito de tudo ser escrito num único parágrafo, pois dessa forma a leitura ficou pouca fluida, e dei umas engasgadas enquanto eu lia, tendo que voltar algumas partes.

    Quando olhei para a imagem do conto (que achei desnecessariamente grande), me enganei, e pensei que o esqueleto estivesse mordendo uma caneta Bic (fui iludido devido ao pseudônimo do autor).

    No geral, a história ficou muito bem escrita. Mas não me conquistou. De qualquer forma, boa sorte no desafio.

  53. antoniosodre
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    O texto é muito bonito, retratando a luta contra vício e as motivações humanas que se relacionam ao assunto, no caso um recém nascido. Construção simple, direta e provocando o efeito no leitor.

  54. andersondopradosilva
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Vacilante apresenta a esperança vazada na figura de um pai, um viciado em cigarros que encontra no nascimento do filho a determinação necessária para seguir distante do vício e, quiçá, endireitar outros pontos de insatisfação em sua própria vida e história. É um neófito da infância, tanto que mal consegue segurar o próprio filho, mas está determinado a acertar, a estar presente, o que não é pouco em uma sociedade que, de regra, não tem a figura paterna presente na vida dos filhos. O pai vacila enquanto fumante em remissão e enquanto pai, mas parece resistir. O cigarro segue incólume e, quanto ao filho, o pai retorna à porta da maternidade para esperar o bebê.

    Sem reparos quanto à técnica ou ao conteúdo.

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Informação

Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .