EntreContos

Detox Literário.

Rotina (Victor Viegas)

— São muitos errinhos.

— Desculpa, patroa.

— Errou o nome da mamãe.

— Primeira vez que vi a Mercedita…

— …Benedita.

— Isso. Benedita.

— Deixou os gêmeos no lugar errado.

— São muito parecidos.

— São um casal.

— Mesmo assim.

— Rafaela estava de collant, e Caio, com a camiseta do Corinthians. Você deu o tutu para ele e o deixou no balé.

— Por isso que a professora estava estranha… Mas olha só! Casa limpa, almoço pronto, tartaruga no aquário…

— …Não temos tartaruga.

— E aquele casco na sala?

— MENINA, VOCÊ TÁ AFOGANDO O JABUTI!!!

As duas correram, a chefe, desesperada, na frente e a empregada pedindo desculpas.

59 comentários em “Rotina (Victor Viegas)

  1. Guaxinim Causador
    2 de fevereiro de 2025
    Avatar de Guaxinim Causador

    Que coisa! Fiquei com pena do jabuti! Ser distraído é uma coisa mas essa figura tinha perdido vários arquivos cerebrais. Nam!

  2. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: Um texto que brinca com a distração, mantendo a leveza ao usar o diálogo como recurso. Conforme a conversa avança, o humor é gerado pelas evidências da distração da funcionária, que aumentam a confusão até o final, em que até o pobre do Jabuti sofre. É catártico na forma de uma piada. Neste desafio, é um texto que se sobressai, dado que muitos optaram por suspenses, dramas e reviravoltas. Escrever uma boa piada é difícil, pois necessita de pegar o leitor desprevenido, mas aqui acho que conseguiu.

  3. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    Um microconto feito por diálogos. Muito legal esta ideia.

    Um diálogo leve, engraçado, sem mistérios e nenhuma reviravolta do tipo “soco no estômago” ou “tapa na cara da sociedade”.

    Acho que essa empre… digo, secretária do lar foi demitida por justa causa.

    Boa sorte no desafio.

  4. Raphael S. Pedro
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Comédias dificilmente me agradam. Num desafio com tão poucas palavras acabam me parecendo forçadas. Sim, talvez o problema seja eu. Mas parabéns, desejo boa sorte no desafio!

  5. jowilton
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O conto narra as trapalhadas de uma empregada

    Os diálogos são bem feitos e pontuam bem o humor da história. A técnica é muito boa, tem um bom ritmo. O impacto não foi muito grande. No geral, é um bom conto.

    Boa sorte no desafio

  6. Andre Brizola
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Índigo!

    O conto foi formatado num diálogo entre patroa e empregada. A chefe, indignada com os erros constantes, a empregada, tentando se justificar. Pela enumeração de erros, é incrível que ninguém ainda tenha morrido.

    O formato escolhido, o diálogo, deixa tudo muito ágil, então a leitura flui muito rapidamente. Todas as informações são adquiridas imediatamente, e, num texto humorística, é interessante que seja exatamente assim. Digo isso elogiando a opção do autor, pois as escolhas aqui foram todas acertadas.

    Mas, como a intenção do texto era ser engraçado, acho que o principal aqui é o enredo, o diálogo propriamente dito e, com ele acabei tendo um pouco de problemas, porque achei pouco verossímil. A empregada precisa ser muito, muito tapada para fazer os absurdos todos descritos pela patroa. Mas, é comédia, então vamos aceitar que ela tenha feito. Mas trocar Benedita por Mercedita? Poxa, eu trabalho num banco público e já atendi até um Sherlock Homer, mas nunca vi uma Mercedita. Ou você está escrevendo de um dos estados do Sul, onde a música pode ser mais comum, ou escolheu muito mal. E, a gente pode até argumentar que esse é um problema pequeno. E de fato é, mas me pareceu um problema, e deveria me arrancar um riso, e não uma torcida de nariz, certo?

    Compreendo a intenção do texto, mas achei que há uma certa extrapolação de limites tentando atingir esse objetivo. E, por esse motivo, o conto não funcionou, pra mim, como deveria.

    É isso, boa sorte no desafio!

  7. Thales Soares
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Um conto de humor, mas que não me fisgou. O difícil de fazer piadas, é que ao final delas, ou o ouvinte/leitor vai rir, ou ele vai ficar com cara de tacho. E para mim, ocorreu a segunda opção.

    Primeiramente… a imagem gerada por IA deste conto é meio feia… não que isso tire pontos dele, mas… parece que as duas são a mesma mulher, só que uma de cabelo preto e a outra grisalho.

    Gostei bastante da escrita, e da forma como o conto se desenrolou, por meio de diálogos. Mas mesmo a ótima habilidade do autor em conduzir uma narrativa, ainda não foi o suficiente para mantê-la interessante. Tudo gira em torno das confusões cometidas por uma empregada (parece filme de sessão da tarde). Aqui não há subtexto, e tudo é direto.

    No final, a piada de encerramento é a respeito da confusão de um jabuti com uma tartaruga……….. ok.

    De qualquer forma, te desejo boa sorte no desafio!

  8. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Olá, Índigo,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Você nos traz uma proposta de texto bem humorada, um diálogo entre funcionária e empregadora, na qual a primeira é confrontada sobre uma série de erros cometidos. O tom é leve, não é uma discussão. É nas confusões da empregada que está o efeito de humor do texto.

    Confesso não ser muito fã de microcontos construídos unicamente de diálogos, mas aqui o recurso foi bem utilizado. Até daria para contar a história de outra forma, mas a conversa dá um tom dinâmico à narrativa.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio!

  9. Gustavo Araujo
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Não há muito disso neste conto. A construção é muito boa, porém, na medida em que cria uma expectativa interessante. Cheguei a imaginar que se tratava de alguém com demência ou Alzheimer, mas ao que parece é só uma mulher atrapalhada mesmo. Bem, posso estar errado, claro, mas não deixa de ser uma interpretação possível.

    Em termos simples, uma empregada um tanto confusa fica se justificando perante a patroa. No fim, sobressai-se o humor no texto, mas acabou não me cativando.

  10. Rodrigo Ortiz Vinholo
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Divertido, mas confesso que já vi tantas histórias (e piadas) com premissas parecidas que essa acabou não me chamando tanta atenção. O diálogo é simples e direto e funciona, com o contexto funcionando a favor, mas a “punchline” do final vai em uma rota previsível que tira um sorrisinho, mas não tanto mais que isso.

  11. Givago Domingues Thimoti
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    ROTINA (ÍNDIGO)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Um diálogo meio zorra total entre a patroa e a empregada.

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    Creio que não tão bem utilizado; os diálogos foram bem construídos, delimitando bem a narrativa. Contudo, a crítica do autor some diante da tentativa de trazer o humor para dentro da história, infelizmente.

    Ø  Subtexto:

    Hum, há de uma forma bem sutil. Acho que quem já teve uma chefe como a protagonista compreende a crítica por trás do dialogo meio zorra total; diante de várias tarefas (arrumar a casa, limpar o aquário, levar [e portanto buscar] os filhos da patroa nas atividades extracurriculares, fazer sala para a mãe…), os errinhos acontecem, errinhos esses que, na cabeça da chefe, justificam as críticas.

    A verdade é que, na minha opinião, faltou destacar melhor essa crítica social, que some para o humor.

    Ø  Escrita:

    Boa, simples, leve, correta gramaticalmente, mimetizando até certo ponto a fala do cotidiano.

    Ø  Impacto:

    Baixo.

    A soma de uma cena humorística sem muita graça e uma crítica social muito suave não me conquistou. Boa sorte no restante do Desafio!

  12. Roberta Andrade
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Simples e cômico! Me impressionou que um diálogo tão fluido e bem desenvolvido tenha sido escrito em tão poucas palavras. O humor também me agradou bastante, no início pareceu que se trataria de uma patroa arrogante, mas as situações ridículas trouxeram o divertimento da história.

    Parabéns! Boa Sorte.

  13. Sabrina Dalbelo
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá, Entrecontista,

    A sequência de diálogos está muito bem desenvolvida, sem erros, concatenada e dinâmica.

    Tudo converge para a cena final, mais um equívoco da “empregada”, de confundir tartaruga e jabuti.

    Então, as confusões são engraçadas, nos fazem pensar se a empregada é boboca mesmo ou, até, se tem problemas de compreensão, dada a paciência da chamada “chefe” com ela e pela natureza dos equívocos.

    Mas se permite a dica podre, talvez pensar numa reviravolta ou numa inclusão de subcamada ao texto. Óbvio que há crítica social incrustada na narrativa – presumir o serviçal ignorante e desesperado por manter o emprego – mas o enredo é claro demais.

    Talvez pensar num ato inteligente da empregada, não sei , daí é contigo, isso se estiver interessado(a).

    Obrigada pelo texto.

  14. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Olá, Índigo. Que legal, você nos traz um conto de humor no desafio. E sua história dos erros da empregada nova me fizeram rir. Afogar o jabuti e entregar o garoto no ballet foi muito legal A história escrita toda em diálogo funcionou bastante bem para mim. Um microconto bem leve e gostoso de ler. Parabéns.

  15. Priscila Pereira
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Índigo! Tudo bem?

    Parece que era o primeiro dia dessa empregada e que também seria o último…

    O conto é leve, descontraído e bem humorado. Gostoso de ler. Não entendi como nenhum tipo de crítica social, apenas um recorte espirituoso de um dia de uma família.

    Está muito bem escrito, completamente em diálogo, o que leva a pensar que daria uma peça de teatro bem divertida. 😏

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  16. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Diálogo entre patroa e funcionária, a primeira desgostosa porque a segunda está errando “muitas coisinhas”.

    Desenvolvimento: Adoro esse formato só com diálogos, por isso tiraria o último parágrafo, o único do narrador. Para mim, desnecessário. A última fala, com as letras todas em caixa alta, terminam bem a ideia que foi construída.

    Destaque: Para a forma como o diálogo foi construído, em tom humorístico leve, mostrando toda a ação do conto de forma a não deixar essa relação patroa/empregada tão tensa. Queria guardar a funcionária num potinho. Mas ficaria triste pelo jabuti, minha nossa, nessa hora senti aflição. 😉

    Impressões da leitura: Gostei muito. Foi rápido de ler e criei uma imagem da cena bem divertida, uma patroa toda “emperiquitada”, como dizia minha avó e uma funcionária bem estilo daquela moça da finada série “A diarista”. Mas ela merece uma patroa melhor que não a explore tanto!

  17. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Um microconto dialógico, o que em sí já dá dinamismo na narrativa e possibilita a interação entra os personagens. Porém, também aqui temos mais uma cena em si do que uma história completa, quase uma piada  – e que está baseada no conhecimento que jabuti não é tartaruga. Simpático, apesar de simples, o conto me agradou bastante.

  18. Leo Jardim
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): um conto anedota sobre uma empregada doméstica quê é bem esquecida e comete muitos erros.

    📝 Técnica (⭐⭐▫): um diálogo escrito e executado de forma eficiente

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): dentro da média do desafio

    🎭 Impacto (⭐▫▫): o conto tem um tom irônico, mas não cheguei a rir. Primeiro fiquei com pena da empregada, que parece meio explorada e depois fiquei tentando entender o jabuti no aquário. Tinha ou não tinha? Acho que o objetivo era insólito, mas não me pegou. Acontece.

    • Índigo
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Índigo

      Olá, Leo!

      Aponte, por favor, a ironia no texto. Não fui capaz de identificar. Se a tartaruga (jabuti, né) estava ou não no aquário pode ser identificado pelo trecho “… tartaruga no aquário”, dito pela empregada e reafirmado pela patroa em “você está afogando o jabuti”. Acredito que não seja difícil associar que um animal pode se afogar na presença de líquido.

      Sobre a fatídica exploração da empregada. Primeiro, sejamos criativos nas críticas, te peço isso. Esse comentário, além de nada original, já foi respondido anteriormente. Mas proponho uma reflexão: quando você contar passagens dos teus 75 anos de vida, eu não vou dizer que tudo aconteceu em uma semana ou até mesmo no mesmo dia. Afinal, são 75 anos. É uma questão de perspectiva.

      Claro que a situação do jabuti é incomum. Pode ser exagerado para gerar uma certa comicidade, não entro no mérito se o objetivo foi alcançado. E quem tem um jabuti em casa? Não é algo rotineiro ver a presença desse animal.

      Agradeço pelo comentário,

      Índigo

      • Leo Jardim
        26 de janeiro de 2025
        Avatar de Leo Jardim

        Índigo,

        Eu sempre escrevo meus comentários antes de ler os demais. Nesse desafio, então, estou com bem pouco tempo livre, quase não estou lendo demais comentários que não seja no meu conto ou os postados no grupo do WhatsApp. A crítica que fiz não foi, portando, influenciada.

        Sobre a ironia. Eu entendi que o texto era cômico e possuía um ar de ironia. Foi minha interpretação lendo o diálogo: uma brincadeira com a relação patroa-entregada.

        Sobre o jabuti, o problema é que, biologicamente, tartarugas são seres marinhos e jabutis e cágados são terrestres. Porém, é usual chamar todas essas espécies de “tartaruga”. O que a patroa diz é que “não temos tartaruga”, então achei que não tinha também nenhum jabuti. Isso me confundiu durante a leitura, o que acabou reduzindo o impacto. Uma culpa talvez minha, mas que atrapalhou o ponto mais crucial do conto.

  19. Luis Guilherme Banzi Florido
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: empregada e patroa conversando sobre os erros da primeira, que quase mata a tartaruga.

    Microsensações: esse é um conto de humor que utiliza a fluidez dos diálogos como forma de engajar o leitor e construir a situação de humor, preparando a situação final, onde tira a risada do leitor. É quase a estrutura de uma piada, com um punch line que aparece de forma um pouco previsível. Sendo totalmente sincero, esse micro não me pegou muito por dois motivos: primeiro, pq achei que não é muito engraçado. Eu acho que já não envolvo muito com essa estrutura de piada onde existe uma construção que leva a um punch line mais previsível. Quer dizer, eu não sabia exatamente o que a empregada ia fazer de errdo, mas deu pra imaginar bem cedo que algo mais “extremo” aconteceria no final e que nos faria rir. Não funcionou coomigo, infelizmente. Segundo, achei que esse conto me deixou mais com pena da empregada do que me fez rir. Não vou entrar em nenhuma discussão social aqui sobre a relação patrão x empregado nem nada, mas me deu pena da mulher super atarefada e confundindo coisas simples (eu tbm confundiria o jabuti, pra ser sincero). Enfim, infelizmente o conto nao conseguiu me causar o que se propos a fazer: não foi engraçado.

    Impacto:

    Micro –> acho que já falei o suficiente acima para explicar que fui pouco impactado pela leitura, que ao invés de me fazer rir me deixou triste pela empregada.

    Médio

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: um bom uso. Esse conto não precisava de muitas palavras, devido a sua estrutura, mas ainda assim tudo funcionou bem e o espaço foi bem utilizado.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: testemunhei as deventuras da pobre empregada, espiando pela janela do meu apartamento. Fiquei com pena dela.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

  20. cyro fernandes
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Conto melodramático com ótima dinâmica acelerada do texto. A pressão do trabalho leva aos erros frequentes. A atenção necessária para evitá-los levaria muitos a um esgotamento.

    Cyro Fernandes

    cyroef@gmai.com

  21. Mauro Dillmann
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Um diálogo entre uma empregada doméstica e sua patroa (chamada ‘chefe’ pelo narrador) ressaltando os erros/errinhos da primeira.

    Ela teria afogado o Jabuti e essa passagem é construída para ter humor. Eu não ri, desculpa. Fiquei pensando na exploração da empregada. Se, conforme o diálogo, ela limpa a casa, faz comida e ainda tem que levar uma das crianças no balé, acho que nem é trabalho doméstico, é uma verdadeira exploração trabalhista, o que justificaria os erros.

    Parabéns!

    • Índigo
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Índigo

      Olá, Mauro!

      Entendo a sua opinião, porém eu respeitosamente discordo. Os contrapontos da empregada são apenas formas de afirmar que nem tudo que ela faz está totalmente atrapalhado, não há alguma pressão pela patroa ou sobrecarga explícita. Os erros podem ter acontecidos uma única vez em um longo espaço de tempo entre um e outro, por exemplo. Percebo que limpar a casa e fazer o almoço podem ser trabalhos cansativos, mas para julgar como exploração trabalhista seria um pouco extremo. Não é preciso propor uma antagonista nesta situação, acaba sendo estereotipado demais. Também não sabemos da periodicidade e duração de cada tarefa e, sinceramente, essas informações não acrescentariam nada no conto. Não há menção que o jabuti realmente esteja afogado.

      Vou fazer uma comparação, peço para me corrigir se eu estiver equivocado. Vamos falar do Scooby-Doo rs. A história é bem conhecida, acredito. Um cachorro com uma equipe de detetives solucionando mistérios, correndo atrás de monstros, zumbis e fantasmas. Você pode seguir o desenho, sem julgamentos, e se deixar levar pelo tom atrapalhado, bobinho e até humorístico dos personagens. Mas você também pode argumentar que o cachorro está sendo explorado ao ser exposto a altos níveis de estresse e lugares perigosos à vida dele. Existem esses dois pontos, mas acredito que o último não foi pensado pelos criadores, o que seria apenas o entretenimento, o chamado fazer rir.

      Por fim, você pode não ter achado graça do conto. Isso é completamente normal, não estou aqui para reprimir a sua opinião. Você tem todo o direito de se expressar. Porém, a ideia de uma exploração trabalhista com clara divisão entre bem e mal para justificar uma pequena enumeração de tarefas, eu julgo como uma visão negativa e até extrema demais. A ideia não é propor uma reflexão, seja por dificuldade cognitiva ou trabalho braçal, mas propor uma forma de entreter, o mesmo fazer rir do Scooby-Doo. Talvez as duas sejam amigas e a conversa tenha sido em tom amigável. Não falo que é isso, mas é uma possibilidade.

      Agradeço pelo comentário,

      Índigo

  22. Rogério Germani
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    O dinamismo gerado pelo diálogo foi o ponto alto desta sitcom.

    Depois de uma rotina árdua no vaguear da semana e, com sorte, algumas taças de vinho para dentro, acho que até eu não diferenciaria jabuti de tartaruga.

    Penso que é por isto que a CBL nunca me convida…

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  23. André Lima
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    É um humor de situação que me agrada bastante. O limite de palavras foi bem usado aqui: vemos uma troca de diálogos, como se estivéssemos num teatro, diálogos estes que movimentam a narrativa até seu desfecho. Isso demonstra boa técnica do autor.

    É uma história criativa que coloca o pézinho no absurdo para gerar comicidade. Uma boa leitura, leve, com tons anedóticos.

    Um bom trabalho.

  24. leandrobarreiros
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Abordagem sólida e diferenciada, não necessariamente pelo humor, mas pela construção da história toda (ou quase) através de diálogo.

    Técnica: Boa. Como mencionei, manter quase todo o conto em diálogo é um diferencial. Queria muito que o autor tivesse optado por encerrar sem a frase final, me chamaria ainda mais a atenção.

    Interesse: Médio. Mesmo gostando da técnica e da opção pelo diálogo, ao final da história senti que faltou alguma coisa. Da uma estranha sensação de “e……” mas a história encerra ali. Talvez só uma mudançazinha na última parte alterasse esse meu critério para muito alto.

    Objetivo do autor: Entreter através do humor e empurrar o leitor com cada tirada, uma seguida da outra (nome da mãe, gêmeos, Jabuti) é preciso bastante talento para conectar piadas assim em um espaço tão curto sem parecer forçado.

    Bom trabalho.

  25. Thata Pereira
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Thata Pereira

    Olá, Índigo!

    Contexto pessoal

    Minha mãe é empregada doméstica. Então conforme fui lendo o conto, fui entendendo a situação na qual essa moça se encontra: muitas tarefas para dar conta. Patrões sempre querem que as empregadas limpem, lavem, passem, cozinhem, cuidem das crianças e dos animais. Não sei se fico feliz ou triste com a confirmação do que pensei aqui: “Casa limpa, almoço pronto, tartaruga no aquário…”. Ainda assim, o menino com camiseta de futebol sendo entregue no balé foi muito engraçado de imaginar.

    Análise do conto

    Alguns amigos falaram que se trata de um conto de humor. Por isso mesmo estou colocando meu ponto de vista pessoal, porque analisando pela minha vida, é algo que acho triste. Nesse contexto, gosto do microconto. Mas sinto que falta um final. Acho a palavra chefe estranha, se usada para uma relação que não envolve uma empresa com vários funcionários. Mesmo repetindo, acho que ainda ficaria melhor patroa.

    Conclusão

    Gosto do conto e, na minha visão, da crítica que ele faz. Mas senti falta de uma frase que arrematasse a ação entregue no final. Nem que fosse “O jabuti sobreviveu”. Acho que foi exatamente isso que me incomodou, o conto finalizar com uma ação que não teve um fim.

    Desejo um bom desafio

  26. Juliano Gadêlha
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Ri bastante. Para mim, subverteu muito as expectativas diante da proposta do desafio. Que grata surpresa. Só tiraria a última frase, o que mostra que o diálogo foi tão bem desenvolvido que sobrariam palavras. Parabéns!

  27. Diego Gama
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    Li algumas vezes mas confesso que não me chamou muito a atenção mesmo com a pitada de humor. Acho que talvez o fato de ser dialogos apenas me deixou um pouco incomodado. Mas no contexto geral está bem escrito! Boa sorte!

  28. Thiago Amaral Oliveira
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Diálogo leve, humorístico, basicamente uma piada (no bom sentido).

    Não deveria ser algo que influencia a leitura, mas acho que a imagem jogou contra um pouco aqui. Por algum motivo, parece um conto de drama, slice of life. O fato de ser humorístico quebrou um pouco minhas expectativas. Infelizmente, na prática, isso acontece. O título também atrapalhou nesse sentido.

    Mas gostei da história. Nada super complexo ou emocionante, apenas um conto singelo.

    O último parágrafo ficou um pouco confuso, cheio de vírgulas. A primeira poderia ser substituída por “:”. Acho que ficaria mais simples.

    Ou, como alguém disse por aqui, poderia acabar no parágrafo anterior, mesmo. Ficaria com o formato de piada perfeito.

    Se essa é a rotina da casa, que caos, hein kkk

    Boa sorte no desafio.

  29. fcaleffibarbetta
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Índigo

    Divertido o seu microconto. Gostoso de ler.

    Apontaria sugestões no começo e no final. Quando começa com “são muito errinhos”, parece que a patroa acha que as coisas que ela têm feito são pequenas,aceitáveis. Talvez fosse melhor usar esses errinhos de forma mais irônica, começando com a empregada dizendo: “mas foi um errinho bobo”… aí a patroa diria: é foram muitos errinhos bobos…. Só uma sugestão. Assim como está, parece que a patroa já começa amenizando os erros.

    Sobre o final, faria o contrário, ao invés de colocar, tiraria. Terminaria na última fala, acho que a explicação final é desnecessária e tira o impacto do desfecho.

    Parabéns pelo texto.

  30. claudiaangst
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    O texto já é curtinho e ainda apresentado em forma de diálogo, que maravilha! A leitura flui que é uma beleza!

    A linguagem empregada é simples, coloquial, bem acertada com o tom cômico pretendido. Não encontrei falhas de revisão.

    Pobre bichinho, me doeu porque tive um jabuti quando era criança. Espero que ele tenha sobrevivido à parlemice da moça.

    O desfecho é cruelmente divertido, mas não chega a causar grande impacto.

    Um micro que proporcionou um respiro entre temas mais introspectivos e pesados.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.

  31. Marco Saraiva
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Nota: perdao pela falta de acentos no texto, estou escrevendo em teclado gringo =)

    Tadinha da empregada! E do jabuti! rs rs rs.

    Apesar do tom comico e da aparente incompetencia da empregada, acho que o conto tem um subtexto de critica. A mulher tinha que fazer tudo: deixar as criancas nos lugares que deveriam ir, cozinhar, limpar, cuidar dos bichos de estimacao, cuidar da mae da patroa. Tudo isto provavelmente recebendo pouco. E o dialogo, na maneira de escrever, listando os seus erros, da a entender que ela eh uma tremenda de uma incompetente. Mas isso se da por que o texto pende para o ponto de vista da patroa, ja que e ela quem comanda o dialogo. Temos um leve vislumbre da realidade da situacao quando a empregada tenta se defender, listando o que fez de bom, ate, sem querer, citar outro erro.

    Gostei!

  32. Sidney Muniz
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Bom dia, Indigo!

    Primeiramente a imagem não me passou nada do conto, se posso dizer assim, pois as duas estão sorrindo, então não imagino quem seja a empregada e a patroa. Na narrativa subtende-se que a patroa está um pouco aborrecida/estressada/séria, algo entre um destes três comportamentos, a empregada sim, parece estar rindo de tudo, meio sem graça, tão confusa quanto seu persona nos revela.

    — São muitos errinhos. Muitos não, todos!

    — Desculpa, patroa.

    — Errou o nome da mamãe.

    — Primeira vez que vi a Mercedita… – Tão fácil de de confundir com a Maria da carreta!

    — …Benedita.

    — Isso. Benedita.

    — Deixou os gêmeos no lugar errado.

    — São muito parecidos.

    — São um casal.

    — Mesmo assim.

    — Rafaela estava de collant, e Caio, com a camiseta do Corinthians. Você deu o tutu para ele e o deixou no balé. – isso deve ter sido muito engraçado kkkk

    — Por isso que a professora estava estranha… Mas olha só! Casa limpa, almoço pronto, tartaruga no aquário…

    — …Não temos tartaruga.

    — E aquele casco na sala?

    — MENINA, VOCÊ TÁ AFOGANDO O JABUTI!!! – coitado do bixinho!

    As duas correram, a chefe, desesperada, na frente e a empregada pedindo desculpas.

    Eu gostei do conto, é meia que aquela anedota gostosa de se ouvir de um tiozinho mais de idade, sentado na mesa de madeira, a brasa no fogão a lenha, bem divertido.

    Mas ainda assim procuro uma história mais impactante, sabe? Não é uma crítica, e sei que esse texto tem seu lugar ao sol, está bem escrito, bem desenvolvido, e o tema é livre, então a culpa não é das estrelas, mas sim, minha.

    De qualquer modo meus mais sinceros parabéns e boa sorte!

  33. Fabiano Dexter
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Gostei da história contada. Um diálogo simples entre a patroa e a nova empregada.

    Não traz nada de profundo ou para pensarmos, mas é um texto leve e que me arrancou um sorriso do rosto.

    Nem tudo precisa ser sério e trazer uma mensagem para ser bom. O importante do texto é trazer alguma emoção para o leitor e este micro diálogo conseguiu.

    Parabéns!

  34. Felipe Lomar
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    é uma piada. Gera algumas risadas pela situação inusitada. Poderia ser perfeita, se não tivesse a barriga da última frase. É bolinha e despretensiosa, apesar do humor. O formato em diálogo funciona bem

    boa sorte.

  35. Evelyn Postali
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    Humor e caos. Uma mistura legal sustentada pelos diálogos que deixam mais dinâmica a leitura. A sucessão de erros – de pequenos lapsos até um erro que poderia ser trágico manteve minha leitura. E tem o final, um tanto absurdo, mas nessa relação caótica, quem é que se importa? O micro é leve e as falhas são humanas, mas cá entre nós, nessa linha de enganos crescente, a coisa pode piorar.

  36. Juliana Calafange
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Você é muito bom com os diálogos. Com poucas palavras diz tudo.

    O texto é leve e divertido. Uma piada, no bom sentido.

    Só acho que não precisa da última frase. O punch final é em “MENINA, VOCÊ TÁ AFOGANDO O JABUTI!!!”

    E basta.

    Parabéns!

  37. Vítor de Lerbo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    É difícil fazer sorrir com tão poucas palavras; ali pelo meio, eu estava embarcando no diálogo, mesmo que sem descrições.

    Porém, ao meu ver, o final tira força da trama, o que pode ser fatal para um microconto humorístico. Quase que automaticamente, o leitor espera por uma punchline matadora para encerrar a história, e aqui, o que parecia um casal em crise (o uso de “patroa”, ali em cima, me trouxe a imagem de um marido desleixado), se transforma numa relação de trabalho desequilibrada.

    A escolha da imagem me confundiu ainda mais, pois a aparência é de que são duas amigas conversando. Cada elemento tem grande importância em narrativas tão curtas.

    Boa sorte!

  38. Kelly Hatanaka
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um micro bem humorado e divertido, com diálogos bem construídos. Fazer um bom diálogo é uma arte e o autor se sai muito bem.

    Gostei? Gostei sim. Mas acho que faltou alguma coisa. Um micro, por ser um gênero textual curto, acaba pedindo algum impacto. Seja um subtexto, seja uma reviravolta, é isso que define um micro memorável.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  39. toniluismc
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    A maneira irônica e cômica como o conto retrata uma rotina doméstica faz o simples ser cativante.

    A fragilidade da memória e a dificuldade de lidar com as demandas do cotidiano faz a gente entender que “errar” é humano.

    Posso afirmar que sua ilustração de como é difícil manter a ordem em um mundo caótico me pegou de jeito. Parabéns!

  40. José Leonardo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Índigo.

    Trato o seu conto com o objetivo a que se propõe, sem se preocupar com grandes viradas, críticas impactos: a comicidade. Comigo deu muito certo.

    Os diálogos estão ótimos, e ter constituído o texto quase todo como uma conversa entre dois personagens mostra que é um(a) escritor(a) muito habilidoso(a).

    Parabéns pelo conto e boa sorte neste desafio.

  41. Amanda Gomez
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Quando se trata de microconto, a gente sempre procura pelo em ovo, tenta enxergar mais do que tem ou precisa. Às vezes, a proposta é só divertir, como pelo comentário do autor(a) parece ter sido o objetivo, mas a gente gosta de viajar. 

    Eu costumo casar tudo: imagem, texto e título. E, como a imagem tem uma senhora e no texto temos uma pessoa minimamente confusa e distraída, associar os personagens e criar teorias acabou sendo inevitável. Já imaginei que a senhora vive na casa há muitos anos, é a empregada da família e começou (falando indelicadamente) a “dar defeito” e ser repreendida por isso. Parece absurdo? Não. O contexto geral pode sim ser interpretado como uma crítica social e etc.

    Eu poderia comentar só com minhas impressões após repetidas leituras, mas, como escritora, acho legal quando o leitor viaja na maionese, hehehe.

    Tirando essa primeira impressão, gostei do texto ( eu teria gostado se fosse como eu imaginei a princípio)  Os diálogos são bons, a cena é bem descrita e dá vontade de saber como terminou essa história. Um microconto que dá pano pra manga, como diriam. Tem fluidez, cenas absurdas que dentro do contexto funcionaram muito bem. Criou uma expectativa legal. 

    A patroa devia ficar mais preocupada com o ibama por ter um jabuti rsrs. 

    Parabéns pelo trabalho e boa sorte no desafio.

  42. Nilo
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Gostei da técnica, dos diálogos. Deu um bom entendimento da historia. foi divertida, mas acho que faltou um final. merecia uma continuação.

  43. bdomanoski
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Os diálogos são bem divertidos, uma espécie de bate-rebate. O final não foi muito impactante pra mim. Não sei bem o que eu esperava desse conto. Honestamente, não deu nem para esperar nada conforme a história prosseguia. Um humor daqueles que não nos faz exatamente rir, mas talvez sorrir timidamente, pelo menos na parte dos diálogos. Interpretei que a empregada era idosa e esquecida, e não avoada. Nada deu a entender que seria apenas avoada. Entao compreendi com o que mais parecia próximo de uma situação real. A empregada não parecia ter qualquer intenção de prejudicar a patroa. Na verdade, faltou isso. Faltou alguém tendo a intenção de alguma coisa pro conto ter uma pouco mais de substância.

  44. Elisa Ribeiro
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    Quando terminei de ler tinha um sorrisinho no rosto. Sinal de que seu texto funcionou. O exagero da situação garantiu a graça. Acho que patroa em vez de chefe funcionária melhor no último parágrafo. Parabéns e boa sorte 🍀

  45. Antonio Stegues Batista
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Uma estória bem-humorada sobre uma serviçal atrapalhada. Errou o nome da mãe, colocou roupa errada nos gêmeos, levou cada um para o colégio errado e colocou o jabuti no aquário, ou seja, afogou o bicho. Pelo menos ela é boa cozinheira e limpa a casa muito bem. O conto é feito de diálogos e eles dizem tudo que é necessário para o entendimento da estória (ficção). Não encontrei erros. O impacto foi leve. Tá tudo certinho, não há muito que dizer a não ser, parabéns pelo trabalho

  46. andersondopradosilva
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Rotina apresenta uma cena do cotidiano doméstico de uma família de classe média. Patroa adverte a empregada por suas distrações e confusões. Relações pessoais e profissionais se confundem e imiscuem. O assunto da conversa é formal, mas o tom é informal. Os eventos se sucedem numa crescente até o ápice de saírem ambas em disparada até a sala para salvar o jabuti enquanto a patroa chama a subalterna de “menina”. No contexto do desafio, em que se escreve ambicionando mérito literário, é curioso pensar que Jabuti é o nome do principal prêmio literário nacional e que aqui, neste texto, foi jocosamente posto a afundar, talvez intencionalmente, por seu autor. Me agrada a ideia de que foi uma escolha consciente.

    Quanto à técnica, nenhum reparo. Construído sobre diálogos, o texto é fluido.

    Quanto ao conteúdo, o texto não se leva a sério. É uma anedota, uma piada. Talvez eu estivesse esperando ser emocionado ou intelectualmente desafiado.

  47. geraldo trombin
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    Muito bacana. Também gosto dessa linha de entrar direto na conversa, sem aberturinhas enfadonhas para explicar o que virá a seguir. Concisão bem executada e bate-bola no tempo certo: com bom ritmo, ideia boa e bem desenvolvida, além do diálogo com contrapontos muito legais. Abordagem humorística de quem domina a arte. Em nenhum momento me levou a pensar que a empregada teria algum problema de saúde. Parabéns. Texto leve, gostoso de ler!

  48. Mariana
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Acredito que microcontos devem ter, apesar do curto espaço, um começo e um final, ainda que aberto. Não há um final aqui, temos apenas um fragmento de uma cena. Uma patroa fala sobre erros da empregada. Essa está velha e apresenta sinais de Alzheimer? A ligação com a família vai ser mantida, mesmo com a empregada não servindo tão bem? Seria um tema com possibilidades interessantes, não sei se o humor foi a melhor escolha.

    • Índigo
      19 de janeiro de 2025
      Avatar de Índigo

      Olá, Mariana!

      O texto apresenta a conversa entre duas mulheres, conforme mostra a imagem. Porém, não é mencionada nenhuma característica física sobre elas, apenas as ações expressadas em diálogos.

      Me pergunto. Qual o motivo que a levou a acreditar que a empregada seria a senhora de cabelos grisalhos? Não poderia ser a mulher ao lado na mesa? Como que ações atrapalhadas podem causar discussão acerca de Alzheimer? (Oi?). Acredito que o possível julgamento tenha atrapalhado a leveza da leitura. Nem todos os texto precisam ser levados tão a sério com justificativas excessivas.

      Agradeço pelo comentário,

      Índigo

  49. Rangel
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Rangel

    Índigo,

    Primeiro texto que li aqui que explora o humor de modo bem feito. O diálogo entre a patroa e a empregada está muito eficiente. Olha que quebra de expectativa bem feita:
    “— Deixou os gêmeos no lugar errado.

    — São muito parecidos.

    — São um casal”.
    Muito bom. Parabéns!
    As pequenas reviravoltas nas contra-respostas da patroa, todas bem exploradas. Até mesmo a troca de “cágado” por “tartaruga” um pouco mais previsível, fica interessante quando as duas seguem para lá uma em desespero e a outra se desculpando, afinal já sabemos que novas confusões virão daí.
    O texto poderia facilmente cair numa esquete estilo Zorra Total (usei essa imagem, pq sempre usam, mas o Zorra tinha quadros bons), mas não, você, de modo inteligente, soube construir o humor. É o primeiro texto que vejo que soube explorar o limite de palavras. Parabéns!

    Ah, para não ficar sem crítica, a imagem de duas senhoras não me parece correta para o texto. Digo isso, pois pode dar a impressão de que a desatenção da empregada pode ser pela idade, aí o humor pode cair para o drama.

  50. Marcelo
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    Texto bem humorado. Pelo tom, não me passa a intenção de chamar a atenção para alguma doença cognitiva da empregada. A mim, ficou a impressão de que o foco estava inteiro no fazer rir. Se era este o objetivo, o mesmo foi alcançado.

  51. Afonso Luiz Pereira
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Este texto, a meu ver, tem uma forte pegada para o humor, embora alguns comentaristas aqui tenham dado a ele um tratamento diferente. É a tal subjetividade que aparece sempre. Tem quem goste do olho, tem quem goste da ramela. Dentro da perspectiva do humor, especialmente algo quase nonsense, achei a proposta muito boa. O humor tem essa característica de exagerar para intensificar a graça, e o final reforça bem isso.

    Confundir uma tartaruga com um jabuti não é algo tão absurdo assim, considerando que os dois quelônios têm características semelhantes. Mas é no contraditório que está a graça: deixar o menino na aula de balé foi uma cena visualmente engraçada de imaginar. Eu gostei! O texto flui de forma leve, é bem pensado, e as incongruências da situação ficam em segundo plano quando se vê a proposta do autor: fazer rir. Dentro dessa perspectiva, considero o texto muito bem-feito.

  52. dantès
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de dantès

    O conto corria bem, porém não me agradou o desfecho. Seria um alívio cômico? Acredito que a imagem selecionada também destoou da escrita, isso pode ser prejudicial à narrativa.

  53. JP Felix da Costa
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Este texto fica aberto para muitas interpretações. Distração exagerada ou demência? Qual o problema da empregada? Se é assim tão crítica esta distração, não será motivo de preocupação? Parece-me que este texto é uma parte de algo maior, e não um microconto, de tão aberto que é. Deixou-me com algum conflito de sentimentos. Por um lado está interessante, por outro parece-me algo irreal e demasiado aberto. Se o objetivo era o humor, não está bem explícito.

  54. antoniosodre
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    Nesse conto a confusão (no bom sentido) impera. Temos uma surpresa ao final, com o jabuti sendo afogado. O conto deixa muito espaço para interpretações (por que a empregada é tão esquecida?) o que é interessante. Também temos um ritmo bom nos diálogos, uma estética interessante.

  55. Nelson
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Esse não me agradou. O texto feito apenas com diálogos abre infinitas possibilidade, mas que não vi aqui sendo exploradas. É escrito de maneira correta, mas essa história poderia ter sido contada num texto corrido, sem precisar dos diálogos, uma história, comum, sem grande impacto. Coitado do Jabuti.

Deixar mensagem para Sidney Muniz Cancelar resposta

Informação

Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .