O Pior Homem do Mundo (Rodrigues)
O Pior Homem do Mundo foi absolvido de maneira sórdida. Comprou juízes, ameaçou advogados, subornou testemunhas, manipulou a mídia e, por conseguinte, a opinião pública. Não contente, assustou criancinhas na rua.
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EntreContos 
Boa noite, caro autor(a)!
O Pior Homem do Mundo foi absolvido de maneira sórdida. Comprou juízes, ameaçou advogados, subornou testemunhas, manipulou a mídia e, por conseguinte, a opinião pública. Não contente, assustou criancinhas na rua.
Estamos cheios de piores homens do mundo, os dias estão cada vez mais sombrios e aqui, ainda que em um curto relato o conto tem muitas verdade e mostra que não tem limites para ser ruim.
Agora assustar criancinhas na rua é sacanagem, o final tem uma pegada de ironia, para mostrar que tudo pode ser apenas mera opinião ou fofoca.
gostei!
Boa sorte e parabéns!
O texto traz a realidade sórdida do mundo corrompido, onde o protagonista não só comete atos condenáveis como ironiza a situação.
Interessante a construção, mas não causou nenhuma comoção ou outras impressões além do óbvio.
Boa sorte.
COMENTÁRIO: Com um início promissor, senti que faltou a este conto um arremate. Ele apresenta uma crescente de vilanias, mas nelas se encerra. Senti que nos surpreenderia ao mostrar o quanto longe esse indivíduo chegaria. Mas não aconteceu.
Hahahaha me tirou um sorriso sincero esse final, achei muito bem escrito. Parabens
Olá, tudo bem? O personagem de microconto é o próprio arquétipo do mau caráter, capaz de fazer qualquer coisa por seus objetivos. O “assustar crianças” é um exemplo do quão perverso ele pode ser, mostrado através de um tipo de eufemismo, acredito. É o vilão caricato de obras infantis, que parece bem inofensivo aos nossos olhos, mas quer era usados para representar as crianças daquela época (em que eu também era criança) o quanto aquela pessoa era perversa. Gosto de textos com tons de ironia.
Boa sorte.
Um bom textinho, cheio de ironia e cinismo. Tenho pouco a falar, pois, embora irônico e anedótico, achei unidimensional demais.
A escolha de texto foi arriscada deste modo: algo simples, cru e cínico.
Um bom resultado ao que se propõe.
Boa sorte!
Olá, Nelson,
Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Seu microconto é um dos mais curtos dessa edição, ao menos até o momento em minhas leituras. O texto elenca atrocidades praticadas pelo tal “Pior Homem do Mundo” e conclui, para gerar efeito cômico, dizendo que além de todo mal praticado, ele ainda “assustou criancinhas na rua”.
Entendo a tentativa de quebrar expectativas, elencando coisas sérias (“comprar juízes”, “ameaçar advogados”) com algo banal (“assustar criancinhas”). E, convenhamos, é mesmo coisa de gente ruim assustar criancinhas. Por outro lado, as outras atrocidades do Pior Homem do Mundo não são assim tão exclusivas. Tem muita gente que faz o mesmo, infelizmente, não sei como ele ganhou esse título.
Seu microconto é objetivo, direto e, por não se propor a alguma reflexão mais grandiosa, é eficiente.
Parabéns e boa sorte no desafio.
Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.
Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.
Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.
Um texto leve, com um final divertido. Não acho que mire em uma figura específica. Também não acho que se trate necessariamente de políticos, mas simplesmente de quem tem poder dentro da sociedade para fazer o que quer. Então políticos, super ricos etc.
A última frase tomei apenas como um alívio cômico.
Técnica: Boa. O textinho é leve e divertido, não tem pausas abruptas.
Interesse: Acima da média. Forçou alguma reflexão para pensar na mensagem que o autor queria passar, de uma forma divertida.
Objetivo do autor: Creio que o foco maior foi no entretenimento, mesmo.
Olá, Nelson
Um microconto curto, poucas palavras contam uma boa história.
Não sei se concordo com a primeira oração. Ele foi absolvido de maneira sórdida ou a forma como agiu para ser absolvido foi sórdida? Em um micro tão curto, cada palavra e onde ela é inserida conta muito. Pode ser bobeira minha, mas alguma coisa aí não parece certa.
O final é engraçado. Fiquei imaginando o imbecil assustando as criancinhas.
“Não contente” soou como frase pronta, clichê. Até porque ele deveria estar contente.
Parabéns pelo microconto.
é um conto-tirinha. Breve e humorístico (quem está aí? Latuff, André Dahmer, Laerte??) É engraçadinho mas um pouco piegas. Um humor meio ultrapassado.
Boa sorte.
Olá, Nelson.
Contexto pessoal
O conto não me lembrou nenhuma passagem ou sentimento específico. Não é critério para minha avaliação. Por isso acredito que li seu conto sem esse óculos.
Análise do conto
Achei bem curtinho. Não que precisasse ser longo, mas além de curtinho, fiquei pensando: o que esperar do pior homem do mundo? Bom, não sabemos o que ele fez para ser preso. Mas comprar advogados, juízes, subordinar testemunhas parece cair em um lugar comum, para o “pior homem do mundo”. Depois ele assusta as criancinhas… a conclusão que tiro disso é que existem muitos “piores homens no mundo” espalhados por aí. Será que era isso que você queria dizer?
Conclusão
Não consegui entende a mensagem que o autor ou a autora trouxe aqui. Desculpe.
Desejo um bom desafio!
Olá, Nelson! Tudo bem?
Sei que vc respondeu um comentário dizendo que o conto não tem a ver com nenhum personagem da política e acho que tem razão, pq ele engloba perfeitamente quase todos.
Me veio claramente um político aí, que combina perfeitamente, mas tenho certeza que não é o que a maioria dos outros leitores imaginou. Pra mim, obviamente estou certa, assim como cada um que imaginou outros aí também acham que estão certos. Na verdade todos estamos.
Seu conto levanta reflexões importantes.
Parabéns e boa sorte no desafio!
Até mais!
Soltei uma risada quando vi o título do texto. Achei uma ideia muito boa e fiquei pensando o que vinha, com altas expectativas.
Infelizmente, acho que o homem retratado fez coisas que todos pensaríamos de um Pior Homem do Mundo médio. Queria algo mais criativo, maluco, surpreendente. Infelizmente, foi isso.
Mas ainda adoro o conceito de Melhor Homem do Mundo, ainda mais com iniciais maiúsculas em cada palavra.
Olá, Nelson, fiquei aqui com os meus botões a pensar se esse seu pseudônimo não tivesse a ver com o grande Nelson Rodrigues e suas histórias mordazes e críticas da sociedade. Será? Bem, um conto crítico, um homem ruim que faz atrocidades, suborna, compra juízes, adula a opinião pública e até assusta as criancinhas. Esse final deu um toque de humor sarcástico à sua história. Parabéns e boa sorte.
Plot: Atitudes que explicam por que aquele é o pior homem do mundo.
Desenvolvimento: Texto escrito em três linhas, muito ágil e disse tudo o que precisava dizer sobre esse homem. A última frase me fez ficar com a pulga atrás da orelha, porque antes diz-se que ele foi absolvido por ter comprado, ameaçado, subornado, manipulado a todos. Mas não contente, assustou as criancinhas? Não consegui estabelecer o porquê de ele não estar contente, se foi absolvido. Ou eu li microconto demais hoje…
Destaque: Apesar das minhas indagações anteriores, eu destaco a estrutura, trazendo a história em poucas linhas, um poder grande de síntese de uma situação que infelizmente é até banal, pois é muito fácil comprar, subornar, coagir, manipular…
Impressões da leitura: Gostei do conto, foi uma leitura rápida e de um texto que admirei pelo ritmo e estrutura.
Assustadoramente atual, apesar de conciso ao extremo. Parece mais uma manchete de jornal sobre os tempos que estamos vivendo. E, em não sendo farsa, é uma perspectiva apavorante. Boa sorte no desafio.
Nem as criancinhas foram poupadas da maldade do pior homem do mundo?
A frase final parece ser uma espécie de alívio cômico para a narrativa. No entanto, o homem deve ser muito feio, um monstro mesmo (por dentro e por fora) para espantar criancinhas.
Um ótimo desfecho – o auge da maldade estabelecido de forma caricatural.
Não encontrei falhas de revisão.
Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.
Não sei se consigo definir este texto como conto. Ok, os micros, por vezes, são apenas uma frase, é verdade, mas este não tem nada oculto, não tem abertura para interpretações, é apenas uma constatação, um relato.
Percebi a piada no final, o “punch line”, mas não consegue ser suficientemente eficaz para justificar todo o texto. Compreendo a ideia por trás do conto, mas, para mim, não funcionou, lamento.
Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.
Este conto demonstra que mesmo algo curto é capaz de mexer com os instintos mais primitivos do leitor, muito mais pelo que não está escrito do que pelo que efetivamente está.
De certa forma, parece um comentário extraído das reportagens de um jornal qualquer, seja de direita, seja de esquerda. Isso porque se encaixa como narrativa perfeita para quem se encontra no extremo de um ou de outro lado do espectro ideológico.
E, claro, uma vez que ganha as redes, especialmente num espaço apolítico como o nosso aqui no EC, pode servir a um ou outro lado com eficácia igual.
Talvez tenha sido essa a intenção do autor: provar que não importa o lado em que estamos, a narrativa será a mesma, apenas terá o sinal trocado. No fim, o mais feio, o mais tenebroso, será sempre e exclusivamente, a contraparte. Triste isso. Um mundo sem nuances é um mundo pobre de ideias.
Num mundo em que os homens são cada vez piores, sobra pouco espaço para a poesia.
Obrigado pela reflexão.
Oi, bem?
Apesar de não dizer muito, o conto cria um personagem caricato, tão mal que até assusta criancinhas na rua. Me lembrei, nessa parte final, do Meu Malvado Favorito, quando ele estoura o balão do menino.
Quando se fala de homem corrupto que se safa na justiça, sempre remete a político. Mesmo que você não tenha pensado nisso, o leitor inevitavelmente faz essa associação. Eu, particularmente, gosto mais de pensar no Gru (rs).
Não sei se é exatamente um conto… mas, quando o leitor consegue imaginar esse personagem, mesmo em poucas linhas, já vale.
O exagero na criação da reputação parece intencional, deixando a situação cômica e conectando bem com o final. Ele é tão absurdamente mal que, além de todos os seus crimes, ainda gasta tempo assustando criancinhas.
É um texto teatral, e isso me agradou. O final na primeira leitura, me arrancou um sorriso. Não é algo que precise de respostas tbm… explicar quem ele é, o que fez, nem seria necessário. Esse tipo de gente existe, e todos sabemos quem são.
Porém, não sei se o texto tem força suficiente para competir com tantos outros aqui no desafio. (Não era pra ser um balde de agua fria, autor(a).
Parabéns pelo trabalho e boa sorte!
Li o conto não procurando entender a critica social, se ela realmente existe, mas li com a lógica do leitor despretensioso, qual o crime do homem? Qual o nome dele? É casado, solteiro, tem filhos? Mora com quem? Onde? Idade, nome? O que fez e como fez para comprar a Justiça? Faltou a história do homem e um final com um castigo severo para o mal que ele fez, seja o que for. Acho que faltou espaço para contar tudo, mesmo assim a mensagem é válida.
Bem, não acho que o texto seja um conto, parece-me mais um relato desabafo sobre uma situação que acontece muito. Uma crítica sobre o poder que algumas pessoas têm e que nunca são punidas. E sim, parece algo político, mesmo o autor dizendo que não é. Não me impactou muito.
Boa sorte no desafio
Pessoas ricas fazem coisas erradas e não pagam por isso. Não só no Brasil, o mundo todo funciona assim. É clichê por ser real. Assim, o tema é válido. Porém, acredito que a narrativa poderia ter sido mais desenvolvido – é como se a ideia fosse apenas apresentada. O final, na minha concepção, é engraçadinho, só que não funcionou comigo. Se o Nelson for por causa do Rodrigues, o tom de crônica ácida faz mais sentido.
Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!
Micro resumo: o pior homem do mundo usa de seu poder e influencia para se safar da justiça (seu conto é tão curto q eu quase nao consigo fazer um resumo mais curto q ele – e isso é bom).
Microsensações: uma crítica social direta e sem muitos rodeios ou floreios. Voce prefere nao utilizar metaforas ou parabolas, mas expor de forma direta um problema social latente do mundo moderno: pessoas no poder saem impunes, e sabem disso. Por mais que o conto seja muitíssimo curto, o que mostra que vocÊ precisa de pouco para contar uma historia e isso é bom, por outro lado eu acho que foi um desperdicio nao usar os outros 2/3 do limite para dar mais “elegancia” à mensagem. Entenda o que quero dizer com elegancia: eu adoro critica social em livro, texto, filme, conto, serie. Mas eu gosto mais quando ela vem de forma metaforica e mais diluida em um enredo. Algo que te provoque e nao escancare a mensagem. Claro que sua mensagem é importante é valida, mas achei que faltou sutileza. Essa é minha opiniao, claro. A frase final é mais interessante pois caminha justamente mais pro lado a que me referi: o subtexto, a sutileza. Como ele assusta crianças? É um pedofilo? É um psicopata? O palhaço assassino? Ou simplesmente porque é tao maligno e corrupto e depravado que ate mesmo as crianças sentem medo dele? Gosto mais desse aspecto da frase final do que do restante do conto.
Impacto:
Micro –> como falei acima, por mais que goste da mensagem, o modo como foi entregue me impactou pouco. Eu já sabia tudo q aconteceria com o titulo e mais poucas palavras.
Médio
Macro
Uso das pouquíssimas palavras permitidas: bom, aqui entra naquele dilema que falei acima: por um lado, “uau, ele usou 1/3 do limite, que inveja, eu mal consigo contar algo com 1000 palavras). Por outro lado, “pootz, mas aqueles 2/3 poderiam ter deixado a historia muito melhor”.
Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: liguei a tv, mais um ricão saiu impune. A noticia jogada na minha cara, e eu com cara de trouxa olhando a tv. Mais um dia comum.
Parabéns e boa sorte no desafio!
Imagino que cada um que ler este conto terá um nome diferente para o tal “pior homem do mundo”, rs rs rs. Engraçado, este texto é simples e direto, menos conto e mais sátira, mas é uma verdade dura de engolir.
Digo isto por que esta questão é uma que sempre me assalta. Alguém é acusado de crimes hediondos. Todo o povo já fez o veredicto: o homem é um monstro. Anos de julgamentos e testemunhas ouvidas depois, o homem é absolvido, e todas as acusações são retiradas.
Em quem acreditamos? No povo, que julgou sem ter todos os fatos? No sistema jurídico, que pode muito bem ser corrupto? Sempre achei conflitante o fato de que somos rápidos em julgar pessoas por meras alegações, sem pensar que ainda existem chances de as alegações serem falsas. É algo a se pensar.
Enfim, um texto que com certeza vai causar conversas nos comentários, talvez no grupo do whatsapp. Não necessariamente um microconto, ao meu ver.
Olá, Nelson!
Sem conto não precisou de mais palavras para dizer o que precisava e, nesse sentido, até agora é realmente O micro conto. Por tamanho, entenda. Mas é um aspecto que eu precisava comentar, pois temos até um texto reclamando da quantidade de palavras, enquanto esse aqui faz tudo o que precisa fazer, com menos de um terço do limite. Achei impressionante.
O enredo é uma crítica até comum sobre um sistema estabilizado, em que o poder faz o que quer, com quem quer, quando quer e permanecerá fazendo, pois é o sistema, e é ele que faz a roda girar no momento. Acredito que alguns dirão que se trata de uma crítica batida, que é um tema já utilizado inúmeras vezes, e eu vou num caminho contrário. Acho que esse é um assunto que deve ser abordado em todas as oportunidades possíveis.
Ainda sobre o enredo, achei interessante como há uma escalada no nível de atrocidades e, no final, todas aquelas que afetam a sociedade como um todo não foram o suficiente para o ego/vontade do Pior Homem do Mundo, sendo necessário assustar criancinhas, denotando aí um psicopata mesmo. E um final de caminho mais sarcástico, anedótico, que muda a direção de quem lê. Uma estratégia interessante e inteligente.
Minha opinião é que o conto só tem qualidades. É adequado para o que se propõe e consegue fazer muito com pouquíssimas palavras. Parabéns!
É isso, boa sorte no desafio!
Olá, Nelson!
Não sei se posso considerar o teu texto um micro. Embora tenha um mínimo de história, soa mais como uma crítica social direta a algo que possa envolver o leitor. Você usou frases diretas separadas por vírgulas e demonstrou a ação do chamado “pior homem do mundo”. Deixei em letras minúsculas, pois o uso de letras maiúsculas me incomodou um pouco. Você escreve bem, mas faltou um desenvolvimento, um recheio além do spoiler do título. Algo que justificasse tais ações. Boa sorte!
Não sei se acho mais ousado o teu protagonista ou você, Nelson, por ter escrito um mini microconto e esperar se safar da justiça dos leitores. Do jeito que nossa sociedade está corrompida, espero qualquer coisa.
Não encontrei originalidade, pois o título já descreve tudo e o protagonista por si só é ironicamente profético. Homens vis escapando da justiça é o que mais se vê por aí, mas do último lugar na minha lista você não vai escapar. Agora vamos ver que vai rir no final rs
O Pior Homem do Mundo me fez pensar em A Menor Mulher do Mundo, da Clarice. O impacto está na virada na ultima sentença, um pouco engraçada, meio nonsense. Tem o que um micro precisa ter: concisão e um twist de efeito, o que evidencia a competência do autor. Acredito que vai lhe render um bom resultado. Gosto em especial de o twist final dar uma espécie de “rebaixada” no texto. Isso fez aumentar o impacto, não à leitura, mas agora, enquanto escrevo. Parabéns!
Olá Entrecontista,
Eu simplesmente tenho paixão por micros, micros mesmo, como o teu. Parabenizo quem se aventura na síntese e acho um saco quem argumenta que “não sei o que porque cabiam mais palavras”.
Não precisa usar o número máximo, não. É aí que a gente consegue pegar os detalhes.
Pontos altos: 1) a simplicidade e a objetividade; 2) nomear alguém como “Pior Homem do Mundo”. Em maiúscula, esse é o nome de alguém, que pode ser de qualquer um. E o Pior pode ser qualquer um mesmo.
Sobre o fecho: “Não contente, assustou criancinhas na rua.” Eu o entendi como um modo de dizer que nada basta para esse crápula, ele sempre quer destruir mais, custe o que custar. Além disso, tem uma pitada cômica, porque talvez seja “um crime” cuja “absolvição comprada” seja mais difícil.
Agora, meu pitaco super respeitoso, mas furado: quem sabe ele fazendo algo que não se esperasse dele aumentaria o impacto do micro? Exemplo (apenas ilustrativo): “não contente, algemou-se”. OU
Quem sabe ele fazendo algo muito mais tosco e cruel do que assustar criancinhas? Exemplo (também ilustrativo): “não contente, passou a repartir formigas em duas partes”. Sei lá…
Enfim, acho louco ficar dando pitaco a este nível, o texto é teu, mas isso só acontece quando gosto muito. Acho que acontece quando eu que queria ter escrito!
Obrigada pelo texto.
Texto bem direto e econômico nas palavras. Isso não é um problema por si só, desde que não fique a sensação de que faltou algo a ser dito. Mas aqui senti de mais estofo, de elementos que tornassem o texto menos genérico, sem obviamente entregar tudo de bandeja ao leitor. Ainda assim, um conto bem escrito. Parabéns!
Sua linguagem é clara e precisa. Você soube trabalhar com poucas palavras, num ritmo muito bom. A ironia ao final é ótima, dá o tom ridículo e criminoso desse personagem. Me remeteu ao novo presidente americano…
Mas senti falta da tensão entre a história visível e a oculta, acho que você deixou pouco espaço para o leitor imaginar a história por trás da história, para refletir sobre o que leu. O grande diferencial do microconto é justamente que ele deixa a maior parte da interpretação a cargo do leitor.
De qualquer forma é um belo conto, que eu senti prazer em ler.
Parabéns.
Este texto apresenta uma crítica irônica à corrupção, criando um retrato exagerado do protagonista, que é praticamente uma máquina de manipular, intimidar e comprar sentenças, e ainda estende sua vilania até às criancinhas na rua. Alguns leitores apontaram “esta criatura inocente” a uma possível associação com figuras políticas, mas o autor deixa bem claro que não é esse o caso. Se essa é a afirmação do cara que escreveu o texto, não sou eu que vou dizer o contrário.
Em relação ao conceito de miniconto, mais uma vez, confesso que este aqui não é exatamente o meu estilo preferido. Ele atende à brevidade, como se espera, mas deixa a desejar na construção de um enredo sólido, mesmo que compacto. No lugar disso, soa mais como um relato descritivo, recheado de crítica e ironia, do que como uma narrativa propriamente dita. É isso.
Temos muitos modelos desses ‘piores’ na política.
O conto é bem curto e não explora o título. Ao contrário, repete a expressão já no início. O que seria absolvição sórdida? O que se entende por sórdido, afinal?
O final tem alguma graça. Mas parece que o conto ficou inconcluso.
Parabéns !
Acho a frase final divertidíssima, mas… faltou. Acabou que a proposta é tão direta, mas tão direta, que ela não se permite ser muito mais do que é aqui e, por isso, perde valor como narrativa. Nós pouco sabemos sobre o personagem fora dos atos correlatos ao seu julgamento e de assustar criancinhas, então acaba sendo um flash quase descontextualizado. Creio que com mais palavras, o desenvolvimento poderia ficar bem mais interessante.
O Pior Homem Do Mundo vem nos dizer que para tudo há limites, até para a maldade e para a corrupção, tanto que O Pior Homem Do Mundo comprou juízes, ameaçou advogados, subornou testemunhas e manipulou a mídia e a opinião pública, mas tudo isso é, em alguma medida, tolerável. É que já estamos todos também corrompidos, corrompidos pelo costume. Subornos e outras indecências são notícias de todos os dias. No entanto, há um limite, e O Pior Homem Do Mundo o cruzou: assustou criancinhas na rua. Atingiu o ápice da maldade. O Pior Homem Do Mundo é um convite à reflexão, um irônico convite.
📜 Conteúdo (⭐⭐▫): o pior homem do mundo não satisfeito em comprar a opinião de todo mundo resolve finalizar assustando as crianças. Se roubasse doce, seria pior ainda.
📝 Técnica (⭐⭐▫): muito boa a concisão
💡 Criatividade (⭐⭐▫): ok
🎭 Impacto (⭐▫▫): não é um microconto de impacto, mas também não é daqueles muito reflexivos. É inteligente e provocador, mas não muito mais que isso.
Tenho que alertá-lo, Nelson, que este título já foi distribuído em várias cidades do mundo…rsrs
Tem tanta gente ruim e tanto mundo assim, que até os planetas na odisseia do pequeno príncipe teriam que se esconder para não serem sugados pelo Egoverso.
Boa sorte!
Rogério Germani
Um texto sucinto com teor universal. Todos nos identificamos com a crítica, pois conseguimos citar rapidamente diversos exemplos similares ao pior homem do mundo.
Gostei do humor irreverente da pessoa que escreveu, citando algumas das maiores atrocidades que alguém pode cometer em nossa democracia e ressaltando, por fim, algo um tanto banal como o susto nas criancinhas (dependendo, é claro, do tipo de susto).
Boa sorte!
Um microconto que pode estar falando de quase todas as figuras de poder do mundo, infelizmente.
A ideia, expressa de forma econômica, torna possível imaginar qualquer um como o pior homem do mundo e, penso que a crítica maior esteja aí, na sensação de que este tipo de maldade não é algo individual e sim coletivo, institucional.
Parabéns pela participação e boa sorte.
Kelly
O microconto utiliza um tom irônico e crítico para expor a corrupção e a impunidade de figuras poderosas. A frase final reforça a natureza vil da personagem e adiciona uma camada de sarcasmo. Tá bem sintetizado aí, de forma mordaz, como o abuso de poder e a manipulação corroem a justiça e a moralidade. Tá bem sintetizado aí como a sociedade está doente, é frágil em suas bases éticas e institucionais, descompromissada com a democracia. Tá bem sintetizado aí como a passividade e o conformismo destroem o sentido de coletividade. Ao meu ver, o micro deixa nas entrelinhas o fato de a sociedade, não apenas permitir, mas, até, facilitar o surgimento de figuras corruptas e imorais. É um alerta.
A Melhor Comentarista do Mundo estava alinhada com as minhas ideias.
O que me chamou a atenção no texto não foi o fato do homem ser mau, mas sim a conivência da sociedade com a maldade. Todos aqueles que se deixaram corromper pelo tal homem estão no mesmo nível de maldade. Talvez, para se sobressair e conquistar os louros de “o pior”, o homem também assustava as criancinhas.
Não sei se foi essa a intenção do autor, mas saltou aos meus olhos essa camada,
Conforme eu lia, tentanva saber de qual presidento brasileiro o autor estava falando. O primeiro suspeito é o 9 dedos, claro. Mas parece que o autor não tinha intenção de citar ninguém. Pena, teria ganho pontos comigo. A última frase pra mim não fez sentido.” Não contente, assustou criancinhas na rua.” Seria ele alguém que usa o medo como arma ou as pessoas o temiam por ele ser o pior sujeito do mundo? Enfim. Fim
O conto descreve um sujeito que pode ser qualquer um dos muitos picaretas que habitam o nosso Planeta.
O que difere o personagem é assustar as criancinhas pois a maioria dos facínoras ora as ignora, ora as bajula.
Achei a ideia legal, por usar poucas palavras para transmitir uma ideia, mas senti que faltou algo.
O início é bem descrito e a conclusão me agradou, mas a impressão que fiquei ao ler (e reler) é a de que está faltando alguma coisa no texto.
De qualquer forma conseguiu um texto curto e forte, como um soco no estômago. Tem o seu valor.
Olá, Nelson.
O que gostei no seu conto foi essa necessidade (ou intenção apenas) de manter alto o sarrafo de maldade do seu protagonista. Ele enfaticamente é o Pior Homem do Mundo, ainda que tenham sido utilizadas (acredito eu numa régua visual) menos palavras que o limite. Realmente não conseguiria avaliar seu microconto em termos de enredo, impacto etc., posto que é bem sucinto e descritivo (em certo aspecto), mas o parabenizo por “manter a noite ainda mais escura” e o leme direcionado para os frutos da maldade do tal homem.
Boa sorte neste desafio.
Ola Nelson. Teu conto me remeteu para antigas HQs ou desenhos animados, onde tudo era preto ou branco. Bandido é bandido e mocinho é mocinho. O cara rouba um banco e na fuga rouba o pirulito de uma criança. Realmente, ele é mau. ponto final. Boa sorte no desafio.
Concordo com o Givago. Tiraria do texto o pior homem do mundo. já que está muito próximo do título. E daria um UP geral no texto. Gostei do fechamento, que mostra o despojamento do réu! Mas acho que faltou esse UP no texto para que o desfecho ganhasse a merecida importância. Ah! Também substituiria a palavra “conseguinte” por outra mais moderninha e sonora. Boa sorte!
Um texto bem condesado. Todas as palavras são necessárias, o autor/a decidiu pelo caminho minimalista, o que tem valor e não é fácil de “chegar lá”. Temos uma sequência de ultrajes bem encadeadas.
Bom,
Temos um microconto, as ações se passam e vemos como o tal Pior Homem do Mundo foi absolvido através de estratagemas sórdidos. No fim, de quebra, assusta criancinhas. Como o escritor disse que não tem viés político, acreditarei. Mas me parece sim aqueles textos feitos para provocar rixas familiares. Pois veja, sem esse contexto externo, a narrativa fica rasa. Tudo bem, é verdade que ainda fica ali a crítica social sobre o poder do dinheiro e a corrupção das instituições. Mas o desenvolvimento dessa personagem ficou vago e quase desinteressante. Digo quase, pois, se se tomar pelo viés político, assume-se outro contorno e até mesmo a frase final, solta na primeira leitura, fica com certo humor (mesmo que eu ame este nosso presidente).
De qualquer modo, o texto não é ruim. Está bem escrito, temos um vilão, uma crítica e a introdução de um elemento novo que rompe com aquilo que estava sendo construído.
Boa sorte!
Texto polêmico por natureza, confesso que a medida que ia lendo esperava mais surpresas. Se a intenção era fazer o leitor tenso e reflexivo quanto ao(s) possível(is) sujeito(s), foi atingida. Porém me parece que faltou desenvolver melhor a parte final, que ficou muito aberta.
O Pior Homem do Mundo (Nelson)
Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.
É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:
Ø Breve resumo:
Hum, você tá falando daquele presidente? Esse mesmo que veio na sua mente?
Ø Utilização do espaço permitido:
Bom, trata-se de um microconto curto, com um fundo humorístico bem leve (para alguns será bem sem graça, pelo menos teve um pouco para mim). Foi conciso, com uma pitada descritiva bem afastada, como se fosse uma manchete de jornal.
Contudo, ficou apenas nisso aí. Faltou desenvolver melhor essa história.
Ø Subtexto:
Bom, eu não percebi subtexto. Ou o que está nas entrelinhas. A narrativa está ali e pronto.
Ø Escrita:
Em termos de escrita, faço apenas duas observações: tendo em vista que no microconto, cada palavra conta, eu tiraria o trecho
o pior homem do mundo.Além disso, penso que a escolha das ações para advogados, juízes e testemunhas não foi das melhores. Parece que está invertida; geralmente, a testemunha é ameaçada, o juiz é subornado (embora comprado seja a mesma coisa)… O advogado foi ameaçado… Do quê exatamente? A própria ética da profissão não permite depor contra o cliente…Enfim, penso que as palavras poderiam ter sido melhor escolhidas.
Ø Impacto:
Bem médio. Bom, como eu tenho minha posição política, eu dei uma risadinha. Contudo, a nível de microconto, penso que faltou um desenvolvimento mais subjetivo e mais bem trabalhado.
Boa sorte no Desafio!
PELO AMOR DE DEUS, PESSOAL. PRA QUEM FOR LER OU PRA QUEM JÁ LEU. ESSE TEXTO NADA TEM A VER COM PERSONAGENS DA POLÍTICA. PODE ATÉ PARECER, MAS NÃO FOI MINHA INTENÇÃO.
CALMA NELSON! NINGUÉM VAI TE CANCELAR POR TEU MICROCONTO TER OU NÃO TER FUNDO POLÍTICO! RESPIRA, BEBA UMA ÁGUA, VEJA UM FILME E ESCUTA UM SAMBINHA
BOM DESAFIO!
Não consegui detectar o motivo da existência deste conto. Na realidade, nem me parece um conto… parece apenas uma frase solta, tipo como se fosse uma mensagem de Whatsapp. Talvez o problema seja que, que não sou o público alvo desta obra, por ela condensar demais a densidade, de forma a se torna inacessível para a minha percepção.
O início é bem legal, e apresenta um personagem interessante. Um vilão. Mas depois… espera, já acabou. Cadê o meio e o fim deste conto? Senti que ele acabou logo na apresentação de personagens. É uma história com uma introdução, e nada mais.
Enfim… boa sorte no desafio.
Acho que talvez eu seja o Pior Leitor do Mundo. Mas cá entre nós… o limite de palavras permitia que você colocasse um pouco mais de substância nesse enredo aí… você nem deve ter chego perto das 99 que eram permitidas neste certame.
O Pior Leitor do Mundo odiou meu texto.