EntreContos

Detox Literário.

O Fogo (Fabiano Dexter)

O fogo avançava rapidamente, destruindo em minutos árvores centenárias.

Os animais que conseguiam fugir, deixando o lar e, muitas vezes, os filhotes,  não tinham como saber se iriam viver outro dia sem água ou alimentos.

Aqueles que ficavam para trás nos suplicavam por ajuda, nos viam no fim, mas não podíamos fazer mais nada.

Os Deuses de fora substituíram os Deuses da Floresta já havia muito tempo, e com a crença também levaram nossos poderes.

Nem mesmo as lágrimas que vertemos agora são capazes de apagar uma única chama.

66 comentários em “O Fogo (Fabiano Dexter)

  1. jowilton
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O conto narra a história de um incêndio na floresta, matando os animais e a vegetação, enquanto os deuses da floresta apenas observam e choram, porque não possuem mais poderes

    Achei o conto bem escrito, uma boa técnica, a frase final é muito boa, mas a história em si não me impactou muito.

    Bem escrito, com um impacto baixo

  2. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: O drama de incêndios consumindo florestas inteiras é algo bem real e presente no nosso cotidiano e, talvez por isso, a minha expectativa em relação a esse micro tenha dificultado para que gostasse dele. Achei a abordagem melodramática, previsível. A descrição do cenário me parece uma forma algo superficial de demonstrar desolação, apesar da construção impactante que opõe minutos a centenárias. Quando a perspectiva dos antigos deuses é colocada, o que é posto em seguida fica previsível e atenua o impacto da narrativa, enfraquecendo o texto dentro do certame. Ainda assim, funciona enquanto microconto, só não me cativou.

  3. Roberta Andrade
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Gostei bastante do tema tratar de um drama bem atual, que deveria estar comovendo mais o mundo. A mistura da realidade com o folclore para criar a emoção do texto foi muito bem utilizada. Ótimo texto, ótima técnica!Parabéns pela obra! Boa sorte.

  4. Victor Viegas
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Boitatá!

    Boa história e muito atual também. Hoje estamos enfrentando prejuízos catastróficos com as queimadas e um conto igual esse seria uma forma de conscientização sobre a preservação das florestas e a fauna que ali habita. Em relação ao conto em si, eu não tenho muito a comentar, pois é uma história simples, não teve muito impacto para mim e os acontecimentos, por mais que sejam interessantes, soaram um pouco desconexos. A poesia foi boa, principalmente com a última frase “Nem mesmo as lágrimas que vertemos agora são capazes de apagar uma única chama”, mesmo assim a história não passou de uma floresta sendo incendiada. Seria interessante explorar uma das famílias em específico, um casal de animais por exemplo, ou colocar o próprio Boitatá como proteção das queimadas. Boa sorte no concurso!

  5. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem? Não sei se trata de um microconto, mas é um belo texto para ser colocado no quadro para que os alunos copiem e leiam em voz alta. Sou professor de Geografia e sempre trago assuntos sobre meio ambiente, explico que nós somos parte de tudo isso e que todo o mal causado aos biomas, não só causam a extinção de plantas e animais, mas também prejudicam a nossa própria civilização, abalam os 3 pilares da sustentabilidade: ambiental, econômico e social.

    Percebi no texto que a crítica não se resumia apenas ao biomas devastados em nome do “progresso”, mas também sobre a eliminação dos povos nativos, incluindo sua cultura, religião, estilo de vida e valores. Elas estão representadas na passagem “Os Deuses de fora substituíram os Deuses da Floresta já havia muito tempo, e com a crença também levaram nossos poderes.”

    E esse finalzinho “Nem mesmo as lágrimas que vertemos agora são capazes de apagar uma única chama.” Soa como uma marretada.

    Parabéns pelo texto.

    Boa sorte no desafio.

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Muito obrigado pelo comentário!

      Meu pequeno ainda tem seis, mas eu sempre tento trazer esses temas para a realidade dele, tanto a questão da natureza (através do cuidado dos animais, inclusive insetos, e a reciclagem) e também através de livros dos mais variados.

      Eles são o futuro.

  6. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Oi, Boitatá,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Seu texto traz uma questão recente e, lamentavelmente, cada vez mais recorrente: os incêndios que queimam florestas e vegetação nativa em geral. É um microconto triste, portanto, mas necessário. Aliás, se a gente pensa um pouco sobre o impacto humano nos poucos guetos em que ainda resistem alguns animais selvagens, ficamos atordoados.

    Seu texto envolve o folclore (Boitatá) e faz, ao fim, uma narrativa envolvendo deuses. Os Deuses da Floresta foram suplantados pelos Deuses de fora. É um fim apocalíptico: não há esperanças para os pobres animais.

    Sua narrativa está desenvolvida de forma adequada.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

  7. Andre Brizola
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Boitatá!

    Diversos contos desse desafio vão no caminho da crítica, do alerta, e aqui vemos mais um com o tema. Acho interessante quando o autor usa o espaço para acrescentar ao seu enredo essa camada extra, que deveria arrancar do leitor alguma sensibilidade para com o seu próprio futuro. Nem sempre acontece, e acredito que não é demérito do autor, nesse caso, uma vez que a mensagem é bem clara.

    Temos aqui o alerta para a utilização descabida dos recursos naturais. Há um foco muito forte no tema, entrelaçado ao desenvolvimento da trama, ou seja, o avanço do fogo e seu reflexo na mata e nos animais. Um quê de misticismo surge no quarto parágrafo, para mostrar que aqueles que protegiam a natureza no passado já não tem mais força, e que hoje nem chorar é suficiente.

    Embora o enredo tenha um tratamento adequado, se me permite, gostaria de apontar alguns detalhes que, acredito, poderia ter enriquecido o conto. São opções que foram tomadas pelo autor e que não estão erradas, de forma alguma, mas que poderiam ter sido diferentes de alguma forma. Tomo como exemplo todo o segundo parágrafo. Os animais que conseguiam fugir deixavam seus lares e, às vezes os filhotes. Ora, os filhotes também são animais, e essa distinção ficou estranha (entendo que aqui se buscava o efeito do drama, mas o impacto ficou baixo, e talvez teria sido melhor deixar essa menção aos filhotes de fora). O “sem água ou alimentos” me pareceu excessivo, a frase poderia ter terminado antes, sem prejuízo para o impacto desejado, sabe?

    Eu poderia apontar algumas outras coisas que mudaria, mas a intenção não é ficar metendo o bedelho no texto todo, e sim gerar alguma reflexão. No geral o conto é bom, tem um tema e um alerta que são necessários e cumpre seu papel.

    É isso, boa sorte no desafio!

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Obrigado pelo comentário e pelas dicas.

      A ideia era focar na destruição causada, mas entendo o seu ponto e talvez eu teria causado o mesmo impacto “economizando” algumas palavras.

      Para mim o mais importante de participar dos desafios é justamente ver os pontos onde posso melhorar. 🙂

  8. Priscila Pereira
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Boitatá! Tudo bem?

    A chave desse conto é essa frase:

    “Os Deuses de fora substituíram os Deuses da Floresta já havia muito tempo, e com a crença também levaram nossos poderes.”

    Se ninguém crê nos deuses da floresta, então eles não tem poder.

    A crença é que dá poder. Se o homem soubesse o valor da natureza, com certeza não a destruiriam. Mas o dinheiro é um deus que tem mais seguidores que fazem qualquer coisa para satisfaze-lo.

    É um conto interessante e necessário!

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  9. Sidney Muniz
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Bom dia, Caro autor!

    O fogo avançava rapidamente, destruindo em minutos árvores centenárias. – E aqui começa o conto, avançando, destruindo.

    Os animais que conseguiam fugir, deixando o lar e, muitas vezes, os filhotes,  não tinham como saber se iriam viver outro dia sem água ou alimentos. – Essa parte, sobre águas e alimentos me pareceu desnecessária. Acho que poderia ter terminado em “viver outro dia”.

    Aqueles que ficavam para trás nos suplicavam por ajuda, nos viam no fim, mas não podíamos fazer mais nada. – Um trecho revelador.

    Os Deuses de fora substituíram os Deuses da Floresta já havia muito tempo, e com a crença também levaram nossos poderes. – impotência. Aqui entendemos muito mais.

    Nem mesmo as lágrimas que vertemos agora são capazes de apagar uma única chama. – Simples e direto. Há dor, há impotência e há aceitação.

    Um texto enxuto, há o folclore, há um apelo forte para o meio ambiente e mais que isso, mas contudo não é um texto que me fez vibrar, não há um plot nem um “algo a mais” que tenha me conquistado.

    Ainda assim um bom trabalho!

    Parabéns e boa sorte!

  10. leandrobarreiros
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Mais um trabalho competente. O autor pegou uma questão importante da contemporaneidade e criou uma pequena história usando o folclore. O subtexto fica mais por conta do título, que orienta a revelação do personagem da história.

    Eu achei um bom micro, direto, mas que seria ainda melhor se o autor, de alguma maneira, enfatizasse o aquecimento global dos dias atuais, ou simplesmente o aumento das queimadas atualmente. Como o autor poderia fazer isso com 99 palavras? Não faço ideia, mas seria legal.

    O uso de paralelo entre deuses antigos e novos me lembrou também GOT.

    Técnica: Acima da média. O autor foi feliz na criação de um texto fluido, contando uma história em progressão normal, sem grandes revira voltas.

    Interesse: Acima da média. Mais pela abordagem interessante. Gosto de quando deuses antigos olham para o nosso mundo e pensam “que merda”. Ganha pontos ainda por usar uma lenda nacional, não por ufanismo, mas por ser pouco utilizada.

    Objetivo do autor: Conquistar o leitor pelo uso do folclore nacional em um texto moderno.

  11. Thais Lemes Pereira
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Thais Lemes Pereira

    Olá, Boitatá.

    Contexto pessoal

    O seu conto não me remeteu a nenhuma história ou sentimento pessoal, que pudesse influenciar na minha avaliação. Até gosto disso, não é critério para minha avaliação no desafio, porque dessa forma posso analisar o conto sem meus óculos pessoais.

    Análise do conto

    Não li os comentários, mas creio que leituras apressadas podem ter deixado passar o mais valioso desse conto: a presença de dois deuses. De um lado, o deus que protege a natureza, sem força e poder, vendo seus filhos queimarem ser ter o que fazer e, do outro, o deus do homem, que faz com que ele destrua a natureza. Esse para mim é o ponto chave que torna a história tão sensível, marcante e que nos faz pensar.

    Conclusões

    Conto muito bem conduzido, amarrado e que nos provoca. Vou colocá-lo na minha lista de possíveis indicados e espero muito que ali continue.

    Desejo um bom desafio!

  12. Gustavo Araujo
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Consigo visualizar subtramas aqui, neste conto que me parece uma crítica em forma de fábula. Critica em face da modernidade que devora as florestas e os animais em nome do progresso. Crítica em face do home dito civilizado que reza para deuses de barro e que os impõem em detrimento dos deuses que protegem as florestas.

    Está tudo aí, bem escrito, bem fácil de entender.

    Visto por outro ângulo, o conto não deixa de ser uma defesa do meio ambiente e, mais do que isso, um manifesto contra a mudança climática e o aquecimento global, algo muitas vezes ignorado e criticado pela parcela mais favorecida financeiramente da população.

    Como disse, é uma crítica necessária, mas quem deveria ouvi-la faz ouvidos moucos. Repercute melhor em relação a crianças – e aqui fica a dica para publicá-la para esse público – já que são os pequenos que detêm a sabedora para interpretá-lo do jeito que deve ser: como um alerta contra o exaurimento do ar, da água, da fauna.

    Parabéns pelo texto.

  13. Rodrigo Ortiz Vinholo
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Um conto muito equilibrado tecnicamente, tematicamente e narrativamente. Atende o básico sem cair nos percalços de tantos outros, e traz um elemento muito interessante de mitologia, com a questão de um universo espiritual muito específico e relevante ao tema. O enredo em si não me chamou muita atenção, nem surpreendeu, mas o resto compensa isso muito bem.

  14. André Lima
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    Um conto interessante que mistura atualidades com folclore, além de uma narrativa mística que me agrada.

    Mas senti falta de uma linguagem mais poética, com construções mais bonitas e impactantes.

    A criatividade do autor é o ponto forte aqui. Em meio a uma história tão intrigante, eu acredito que o conto merecia uma técnica mais precisa.

  15. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Olá, Boitatá, cara, que história mais atual e triste essa que você me narra aqui no Desafio? Sim, nada mais atual do que esses incêndios terríveis destruindo nossas matas. Ainda mais agora com o aquecimento global tudo toma uma dimensão maior ainda. Seu conto me faz refletir. Achei que faltou clareza em alguns pontos, como por exemplo quando você escreve “levaram nossos poderes”. Que poderes seriam esses? Seria o poder de manter a floresta viva perdido para o pessoal do desmatamento, do agro, dos grileiros…? Parabéns.

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Boa noite Fernando!

      Sim, a ideia é de Deuses que de alguma forma protegiam a floresta mas que com a chegada do “progresso” não conseguem mais agir, perderam a sua força.

      No folclore o Boitatá é uma cobra de fogo que protege a mata, principalmente de incêndios criminosos. Mas ele não consegue mais.

  16. Marco Saraiva
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Um conto que me lembra a premissa de Deuses Americanos, a obra prima de Neil Gaiman. A ideia de que os deuses do passado foram substituídos, e agora não têm poder. As florestas, antes pilar central na cultura e vivência humana, agora são exploradas como qualquer outra fonte de matéria-prima. E os deuses da mata, antes poderosos para protegê-la, agora não conseguem sequer apagar uma chama. O povo se esquece da fé antiga e, sem ela, os deuses morrem.

    Um conto bem escrito, talvez sem muito impacto, mas com uma boa ideia e um bom imaginário.

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Obrigado pelo comentário Marco!

      Quando escrevi nem me lembrei de Deuses Americanos, mas é exatamente essa a ideia.

      Jogo RPG desde novo e essa também é a premissa de muitos dos jogos, como o próprio D&D.

  17. Amanda Gomez
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Um texto que aborda um assunto tão rotineiro na nossa vida: a destruição das nossas florestas e fauna.

    O texto, pelo meu entendimento, é narrado pela Mãe Natureza ou um Deus que antes tinha poderes decorrentes da fé que lhe atribuíam. Fiquei um pouco na dúvida, porque quem suplica são os animais em agonia. E, pela fé humana ter desaparecido, esse Deus não pode fazer nada pelos seres que habitam sua natureza. Entendi a proposta, mas achei tão injusto, rs.

    Mas mostra como a ação humana é nociva. Só voltamos a suplicar quando a fúria bate à nossa porta. Uma vez perdida a conexão humana com a natureza, fica muito difícil recuperar. Quando fala das árvores centenárias, imaginei uma herança de tanto tempo sendo perdida.

    O texto tem passagens fortes e belas, com um bom uso poético das palavras. Uma mensagem importante e bem abordada.

    Parabens pelo trabalho. 

    Boa sorte no desafio.

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Olá Amanda, e obrigado pelo comentário!

      A ideia é a narrativa pelo lado dos Deuses da Floresta, abandonados, que indiquei como o Boitatá como autor, pensando no folclore.

  18. Diego Gama
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    Eu confesso que gostei mas não vi uma historia em si sendo condada, parece mais um tema jogado em tom de noticia. Mas muito bem escrito! Boa sorte

  19. Mariana
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Se fala tanto de meio ambiente por ser necessário. Ano passado o ar do país estava irrespirável, tantas e urgentes questões que tratam do único planeta que temos para morar. O conto é válido só pelo tema. Mas ele não se esgota, é bem escrito e possui final. Se o Boitatá for o narrador, o que acredito pelo pseudônimo escolhido, temos uma fantasia brasileira com temática ambiental. Bem bom, parabéns e boa sorte no desafio (entrará na lista)!

  20. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: A natureza sendo devastada pela ação do homem.

    Desenvolvimento: O tema, ao menos pra mim, me emociona bastante. Moro aqui na capital do Mato Grosso do Sul e além de toda a problemática ambiental do mundo todo, acompanho a que está mais próxima a mim, que é o Pantanal, no caso. Seu texto não é piegas, embora narre a triste realidade das queimadas em um tom até que empregando um lirismo. Como é bem descritivo, imaginei as cenas que o Boitatá (o narrador seria o pseudônimo?) descreveu. Especifiquei o Boitatá, mas de repente pode não ser apenas ele a narrar. 

    Destaque: Para a forma como abordou a temática, sem cair no lugar comum.

    Impressões da leitura: Eu gostei bastante. Se me permite, gostaria de fazer uso dele nas minhas aulas desse ano, na parte textual, abordando folclore e diversidade cultural, assim como também na parte ambiental, em Geografia. Parabéns!

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Olá Bia!

      Muito obrigado pelo comentário e elogios.

      Fique a vontade para usar o texto! Seria uma honra!

  21. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Não vou negar, a imagem influenciou MUITO na interpretação do conto… não tem como não pensar que a onça é a narradora. Mas não há elementos textuais que confirmem isso. Só “lágrimas que vertemos agora” nos indica que é alguém que sofre pelo incêndio. Ainda assim, o conto é episódico, e suas lacunas sobre o por quê e o que aconteceu depois ficam evidentes. Não me agradou, mas desejo sucesso no desafio.

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Olá Daniel!

      Obrigado pelo comentário.

      A ideia da imagem é a onça olhando para o real narrador da história, no caso o Boitatá. Mas entendo a sua confusão, até porque com poucas palavras fica difícil dar mais contexto e a ideia aqui era deixa um pouco para a interpretação do leitor.

  22. Thiago Amaral Oliveira
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Confesso que numa primeira leitura não havia gostado tanto, pois considero o tema Meio-Ambiente bastante complicado de abordar, já que se faça tanto do assunto, muitas vezes com lugares-comum.

    Mas, com uma ajudinha dos colegas, percebi que o conto é narrado da perspectiva de seres mitológicos. Sob essa leitura, achei muito mais interessante, e uma ideia bacana. Havia pensado que o “nós” no texto referia-se a um grupo de indígenas ou algo assim que ainda cuidava das florestas. Tolinho! Agora fez muito mais sentido, e ficou bonito.

    Parabéns, e boa sorte no desafio.

  23. Sabrina Dalbelo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá, Entrecontista,

    Tema importante, sobre proteção do meio-ambiente.

    Teve uma questão que não posso deixar de comentar, na segunda frase: Os animais que conseguiam fugir, tu escreve, eles não tinham como saber se iriam viver outro dia sem água ou alimentos.

    E aí eu pensei, esses animais são conscientes e, portanto, humanos, porque apenas os humanos sabem, se importam conscientemente se viverão outro dia.

    Enfim, isso dá mais camadas ao teu texto, porque talvez tua ideia tenha sido essa, a de não tratar apenas dos animais selvagens que habitam a floresta, mas dos seres humanos que habitam o mundo de forma geral, não esquecendo dos seres místicos, porque teu texto também aborda o fracasso espiritual da floresta, com o fim dos deuses.

    E fica a dúvida sobre quem narra, também afetado pelas queimadas e sem poderes. Na minha leitura, seriam as cachoeiras, os mares, as chuvas, enfim, elementos de água, já impossibilitados de chorar.

    Achei interessante.

    Valeu pelo texto.

  24. claudiaangst
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    O conto aborda um tema bem atual: a destruição do meio ambiente, acarretando tantas perdas da nossa fauna. Os deuses de fora respondem apenas à ganância, ao poder e ao dinheiro. E contra eles, os deus da floresta nada podem fazer, a não ser chorar e lamentar.

    Linguagem clara, com metáforas interessantes que revelam a dramaticidade da situação retratada. Não encontrei falhas de revisão.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.

  25. Felipe Lomar
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    o texto traz uma sensação de melancolia e impotência, que suprime até mesmo a divindade do protagonista. Tem um impacto moderado que acaba sendo suprimido por duas coisas: a descrição exagerada, que acaba diluindo o efeito em um gênero tão curto, e uma certa falta de movimento, de história sendo contada. É uma fotografia, um quadro estático

    boa sorte!

  26. Givago Domingues Thimoti
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    O Fogo (Boitatá)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Boitatá vem ao EntreContos denunciar a destruição das matas.

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    O conto está bem espaçado; utiliza todo o espaço permitido para o microconto, sem mais nem menos. 

    Ø  Subtexto:

    Eu tenho uma tendência a adorar contos (e no caso micro) que de alguma forma abordam mitos regionais brasileiros. Aqui, Boitatá empresta sua voz para nos contar resumidamente o que tem acontecido com as florestas com o avanço das queimadas e destruição das florestas. Os Deuses da Floresta perdendo paulatinamente espaço para os deuses de fora, deixando de serem sequer considerados. Interessantíssima a articulação entre as duas ideias. Fiquei feliz com a ideia.

    Ø  Escrita:

    A escrita é correta e competente, focando-se principalmente em ser clara e passar sua mensagem. Faz o leitor imaginar, mesmo de longe, o efeito dantesco das queimadas na floresta.

    Muito bom

    Ø  Impacto:

    Altinho! 

    Esse conto talvez figure na minha lista final de favoritos. Ou pelo menos na menção honrosa de contos. Para mim, foi um texto bem articulado e bem pensado. Aborda bem a visão de um ser mitológico cuja função é guardar as matas diante da fragilidade face ao avanço da dita cuja modernidade.

    Parabéns pela construção do conto! Boa sorte no Desafio!

  27. JP Felix da Costa
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Não me pareceu que o texto procurasse ter um forte impacto, ou alguma surpresa no final. A história não é mais do que o desabafo de impotência de um deus antigo, que perdeu os seus poderes, por ter sido substituído por deuses novos.

    Eu vou apontar esta questão dos deuses não a um misticismo mas sim a uma metáfora. A substituição da mentalidade de respeito pela natureza por uma mais ligada à ganância é algo que aconteceu e acontece um pouco por todo o mundo, infelizmente.

    Este conto tem uma mensagem forte sobre a mudança de paradigma na civilização humana, que a leva a não ter empatia e respeito pela natureza, o que, irremediavelmente, acaba por impactar em toda a vida animal e vegetal.

  28. Kelly Hatanaka
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um microconto narrado por um dos Deuses da Floresta, que lamenta ter perdido o poder de apagar as chamas.

    Um conto triste, mas que, do ponto de vista narrativo, traz pouco impacto. O ponto alto é a revelação de que o narrador é um dos deuses da floresta.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  29. Mauro Dillmann
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Conto singelo sobre a destruição da flora e fauna pelo fogo.

    As imagens são simples e me parece que faltou lapidação das palavras (a exemplo dessa passagem: “não tinham como saber se iriam viver outro dia sem água ou alimentos”). Poderia usar metáforas ou tentar poetizar um pouco.

    O pseudônimo participa do conto. Muito bom.

    Parabéns!

  30. Leo Jardim
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): os espíritos da floresta choram ao ver um incêndio destruir a floresta e toda a vida que nela tem e dela depende. Triste porque acontece todos os dias. .

    📝 Técnica (⭐⭐▫): boa, sem percalços

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): dentro da média do desafio

    🎭 Impacto (⭐⭐▫): uma triste realidade brasileira retratada pelo olhar dos mais prejudicados: os animais, as plantas e aqueles que costumavam protegê-la. Não é um conto de impacto, mas é triste e reflexivo.

  31. Evelyn Postali
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    Amei e, ao mesmo tempo, fiquei triste. Esse micro é uma poderosa alegoria da crise ambiental e da desconexão espiritual da humanidade com natureza. É carregado de simbolismo, retratando o fogo como uma força destrutiva que consome não apenas a floresta, mas também o equilíbrio em um ecossistema inteiro. A menção aos animais desesperados ao perderem seus lares e filhotes reforça a tragédia e evoca empatia pelos seres que sofrem silenciosamente as consequências das ações humanas. Li uma frase, uma vez que dizia que, se houvesse religião entre os animais, o homem seria o diabo. E concordo plenamente com isso. Os “Deuses da Floresta” representam a espiritualidade ancestral, o respeito pela natureza e os poderes que protegiam a harmonia entre os seres vivos e o ambiente. Por outro lado, os “Deuses de fora” simbolizam a chegada de valores desconectados e uma visão utilitarista e destrutiva do mundo. Me lembrou um texto do Werner Zotz, A Profecia (esse texto está no livro Apenas um Curumim lá na minha estante). De qualquer forma… O micro expõe a nossa incapacidade – ou a capacidade que perdemos – de perceber que tudo está conectado. Tudo é uma coisa só.

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Muito obrigado pelo comentário Evelyn!

      Você pegou bem qual a ideia que tentei passar no texto.

  32. toniluismc
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Confesso que quando comecei a ler, esperava mais, porém me senti frustrado assim como os personagens da história.

    O tema que você escolheu é maravilhoso, então merecia mais emoção. Talvez tenha sido por causa do pouco espaço, mas parabéns pela tentativa, gostei que você adicionou um elemento mítico ao falar da perda dos poderes ancestrais.

    A imagem escolhida foi perfeita e a contraposição entre a beleza da natureza e a força destrutiva do fogo criou uma atmosfera de melancolia e de perda.

    A crítica à modernidade e à perda dos valores tradicionais são coisas que sempre merecem ser ditas, então parabéns!

  33. Antonio Stegues Batista
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Um conto que mostra, nos dias atuais, o que acontece com as florestas. Incêndios no Amazonas, fogo no Pantanal, em outras partes do mundo, Los Angeles é um exemplo de destruição. O autor criou um cenário catastrófico, real, misturado com Fantasia, lendas, mitos e folclore, quando os deuses das florestas ainda existiam. Boa estória.

  34. cyro fernandes
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Texto atualíssimo e bem desenvolvido. O triste final infelizmente denota a realidade.

    Não consegui capturar o significado de ” e com a crença também levaram nossos poderes.” . Será que refere-se à Natureza?

    Cyro Fernandes

    cyroef@gmail.com

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Olá Cyro! E obrigado pelo comentário.

      A ideia de com a crença se perde os poderes vem de algumas ideias de mitologia e panteões onde os poderes dos Deuses dependem da crença das pessoas neles.

      Aqui tento trazer essa ambiguidade de que, já que não acreditamos nos deuses que protegem a floresta, a destruímos. (E eles não conseguem nos impedir)

  35. fcaleffibarbetta
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Boitatá

    Linda essa ideia de as lágrimas dos deuses serem capazes de apagar as chamas. Embora não fossem capazes naquele momento. Triste seu texto.

    Gostei de não ter revelado logo no começo a existência dos deuses na trama. Inclusive gostei de ter colocado fantasia, magia neste seu microconto.

    “nos viam no fim” – não sei se entendi. No fim de onde? Ou em uma situação de finitude? Precisa ficar mais claro.

    “Os Deuses de fora substituíram os Deuses da Floresta já havia muito tempo, e com a crença também levaram nossos poderes” – como o narrador é um dos deuses, o que sabemos porque você usa nossos poderes, talvez fizesse mais sentido: “nos substituíram, os Deuses da Floresta”

    Parabéns pelo texto.

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Olá e muito obrigado pelo comentário!

      A ideia de “nos viam no fim” seria mesmo no fim da vida. Uma visão dos deuses, impotentes, diante da morte.

  36. Juliana Calafange
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Uma triste e recorrente história sobre a destruição das nossas florestas, que devastam a vida e nos levam a uma emergência global sem precedentes. Um tema pertinente e que gera empatia.

    Mas senti falta de uma narratividade maior no seu conto. Falta o ritmo, a tensão, a intensidade que o tema pede.

    Microcontos devem impactantes, muitas vezes comparados a um nocaute logo no primeiro soco em uma luta de boxe. A mais forte impressão que um microconto pode causar no leitor está no seu desfecho, que costuma carregar toda essa força. O desfecho deve ser algo imprevisível e instigante. Com isso em mente, eu sugiro a você que reescreva esse final, pensando no que você quis dizer com essa história, qual o propósito, o significado desse conto.

    Parabéns e boa sorte!

    • Fabiano Dexter
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Fabiano Dexter

      Olá Juliana, muito obrigado pelo comentário!

      A ideia que busquei aqui foi algo mais denso, que ficasse com o leitor mesmo depois de lido o texto, mas entendo perfeitamente o seu ponto.

  37. Rogério Germani
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    Temática forte e necessária.

    Não foram apenas as crenças antigas devastadas. No planeta, restaram poucas humanas almas.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  38. Juliano Gadêlha
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    O texto traz um tema muito atual e relevante, mas senti falta de mais estofo, algo mais impactante. Também fiquei em dúvida sobre quem seria o narrador. Ainda assim, bem escrito. Parabéns! Me lembrou um pouco Deuses Americanos, em que o poder dos deuses e das criaturas mitológicas só existe porque as pessoas acreditam.

  39. andersondopradosilva
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    O Fogo se propõe a retratar uma dura realidade contemporânea, que é o desmatamento desmedido pelo fogo. Testemunhamos as chamas se espraiarem pela floresta e os animais em fuga. Ao nosso lado, estão os deuses dos povos originários, aqueles que foram substituídos pelos deuses dos colonizadores. Os animais correm, e aqueles que não conseguem se salvar clamam por ajuda, que não vem, pois os deuses da floresta não têm mais poderes, foram usurpados pelos deuses dos colonizadores – nem mesmo as lágrimas que vertem ajudam a apaziguar as chamas.

  40. Afonso Luiz Pereira
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Este miniconto tem uma força temática muito marcante: a destruição da natureza e a impotência diante das consequências das ações humanas. Tema, aliás, sempre atual quando se fala em aquecimento global. É um texto carregado de simbolismo e apelo emocional. A escolha de narradores que parecem ser espíritos da floresta ou deuses ancestrais traz um viés interessante à narrativa.

    A escrita competente dá conta do recado, sim, especialmente nas descrições do fogo e dos animais. Apesar do uso de poucas palavras, elas são bem utilizadas a fim de dar peso à devastação. A ideia de “os Deuses de fora substituíram os Deuses da Floresta” é um conceito interessante ao sugerir o abandono de crenças e valores antigos em prol de uma modernidade que destrói o que é sagrado. Mesmo assim, sei lá, parece que faltou algo mais impactante. Mas também não dá pra esperar plot twist a cada conto lido.

  41. Raphael S. Pedro
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    O trecho “Os Deuses de fora substituíram os Deuses da Floresta” foi muito bem colocado, impactante e pra mim já valeu pelo conto como um todo. Gostei dele como um todo. Parabéns!

  42. Vítor de Lerbo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    Um conto triste e, infelizmente, atual. Muito bem escrito, com carga emocional na medida certa e tom de crítica.

    A imagem foi muito bem escolhida, representando com fidelidade a impotência, não apenas dos animais, mas também dos entes da natureza, diante de tamanha calamidade.

    Boa sorte!

  43. bdomanoski
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Conto bem relevante. EU confesso que ao lê-lo já sobe uma revolta acerca da situação das queimadas, muitas delas (senão a maioria) propositais, mas todas certamente com dedo humano. O micro é um lamento que conversa com nossa realidade atual.

  44. José Leonardo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Boitatá.

    Vemos aqui como os “deuses antigos” foram substituídos (no coração dos homens e mulheres) pelos “deuses novos”. Assim, os deuses da floresta nada puderam fazer frente ao grande incêndio que destruía tudo; estavam paralisados, impotentes.

    A alegoria faz uma crítica aos domínios do passado e do presente, aludindo às relações de poder e à necessidade de se conservar tradições e vivências.

    Parabéns pelo texto e boa sorte neste desafio.

  45. Nelson
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    O texto é narrado pelas nuvens? Ou por algum tipo de ser místico? Fiquei com essa impressão, pq as lágrimas finais me pareceram ser pingos de chuva, e o texto deixa essas lacunas para serem preenchidas, o que não é de todo ruim. Me lembrei do desenho Animais no Bosque dos Vinténs, os animais estavam sempre correndo de queimadas.

  46. Nilo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    É um bom conto. Gostei do tema, muito bem escrito, descrição bastante crível, mas concordo com os colegas que faltou enredo ou algo mais impactante no final.

  47. Marcelo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    O final poderia ser um norte para todo o texto. Digo pela beleza da metáfora. A história poderia ganhar um pouco de profundidade. Vejo potencial para isso.

    Porém, fico com a impressão de uma cena….uma descrição com uma escrita muito bem feita.

  48. Thales Soares
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Achei um conto muito bem escrito mas, para mim, sem sal.

    Basicamente é o fogo destruindo e matando tudo lá na floresta, e um monte de árvore antiga sendo destruída, e os animais sem esperança, implorando por suas vidas. E fim. Tipo… acho que o pouco espaço do certame prejudicou muito a proposta aqui. Afinal, não aconteceu nada na história. Na realidade… esse texto ficou parecendo mais uma “descrição” do que uma “narração” em si, e foi isso, no fundo, que tanto me desagradou.

    O conto se encerra com uma frase de impacto, muito bem construída:

    “Nem mesmo as lágrimas que vertemos agora são capazes de apagar uma única chama.”

    Enfim… tá super bem escrito, e com certeza muita gente vai adorar. Mas infelizmente não estará na minha lista de favoritos.

    Boa sorte no desafio.

  49. geraldo trombin
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    Triste e recorrente ação do Homem contra a natureza, o bem maior que possuímos. Não põe fogo pelo simples fato de pôr, mas por contabilizar o que vai ganhar com isso. O final impressiona, sensibiliza. Parabéns!

  50. Elisa Ribeiro
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    O tema é muito atual e sensível e por si só garante o impacto do conto. Foi uma ótima escolha. É um microconto muito triste. 😞

    Parabéns! Desejo sorte no desafio 🍀

  51. antoniosodre
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    O conto tem o mérito de transmitir uma sensação de tristeza em poucas palavras e com um estilo leve. Isso é bem difícil. O tema é muito atual, uma escolha certeira.

  52. Luis Guilherme Banzi Florido
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa/tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curve e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: os Deuses da Floresta observam impotentes a floresta queimar e os animais morrerem. Choram silenciosamente: seu poder não é mais capaz de proteger a floresta, pois a fé dos humanos agora está em outro lugar e não mais os fortalece.

    Microsensações: um micro conto muito triste. Eu sou muito sensível à causa animal, e sempre que tem um incêndio florestal acabo chorando imaginando/vendo as imagens e notícias sobre os animais mortos. Então esse final me pegou bastante, e senti a dor dos Deuses, chorando impotentes, assim como me sinto quando algo assim acontece. Denso e muito triste. A escrita, por outro lado, me pareceu não fuir tão bem, algo causa um entravamento leve na leitura, talvez o excesso de vírgulas e o jeito como está escrito, não sei. Acho que uma melhor distribuição da pontuação e uma linguagem mais direta e fluida favoreceriam o conto, que já está muito bom e impactante.

    Impacto:

    Micro

    Médio

    Macro –> como já disse, esse conto me causou um alto impacto, talvez por ser alguém muito sensível ao tema, e também por você ter sido hábil em retratar a situação com palavras duras e diretas.

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: bom uso, conta muito em pouco espaço e não alivia o leitor do sofrimento daquelas criaturas, tanto animais quanto deuses.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: assisti junto aos antigos Deuses da Floresta à destruição e morte. Choramos, impotentes.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

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Informação

Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .