EntreContos

Detox Literário.

Knock (Diego Gama)

O suor salgado, ardente e espesso, escorria lentamente pelos olhos do homem que espiava pelo olho-mágico, tentando em vão recarregar o capeta: o “três oitão” comprado num saco de pão no bar do Seu Quincas, exatamente uma semana atrás, aflito. Checou pela quarta vez se a porta estava trancada, olhou pelo olho-mágico, checou a porta novamente, olhou pelo olho-mágico pela última vez ao escutar passos apressados subindo pelas escadas que levavam ao apartamento. Apoiou-se na gordurosa parede da cozinha, preparou o capeta enquanto fitava o azulejo azul pálido, desbotado e sujo. Não havia mais nada a perder. Knock, knock.

55 comentários em “Knock (Diego Gama)

  1. Sidney Muniz
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Um dos textos mais bem escritos, carrega uma narrativa acelerada, mas tem uma pegada muito boa, eu acabei gostando bastante e não que deva julgar a imagem, mas ela é muito boa!

    Tem um Q de faroeste, mas não é, tem um suspense intrigante e que nos carrega, um texto que flerta com o leitor!

    Gostei!

  2. Roberta Andrade
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    A escrita foi muito bem utilizada para criar a atmosfera angustiante e desesperadora, por meio das características do personagem e do linguajar incomum.

    Achei a narrativa bem construída e rica de detalhes sensoriais que tornaram o texto profundo.

    No entanto, não me impressionou.

    Boa sorte.

  3. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: Alguns contos atrás, vi uma autoria acertar no uso da repetição para provocar um efeito durante a leitura. Aqui, senti as repetições mais truncarem o texto que já se iniciou um pouco atrapalhado com um adjetivo colocado muito adiante no final da frase (“aflito” veio só depois da explicação da origem do revólver, a qual talvez coubesse melhor em outro lugar ou, talvez, pudesse ficar onde está, mas excluindo o adjetivo no final). Assim sendo, entendi que o objetivo era alçar a tensão ao ápice para o desfecho, mas não consegui me imergir no texto.

  4. Raphael S. Pedro
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Posso estar bastante enganado, mas o conto me pareceu saído de algo maior, realmente. Algo onde poderíamos encontrar o que levou o personagem à situação aqui narrada, sua história, etc.

    Não sei se é o melhor critério para avaliação, mas na minha humilde opinião foi o que pode não ter me cativado. No mais, parabéns e boa sorte!

  5. Guaxinim desobediente.
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Guaxinim desobediente.

    Li o microconto todo lembrando da música do Guns N’ Roses. Certa vez escrevi um conto que começa com uma pessoa que está vindo para matar o protagonista, mas isso é outra história.

    Achei bacana vc escolher contar somente sobre os momentos de tensão e deixar de lado motivos e culpas. Gostei da sua proposta, parabéns, e um abraço.

  6. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    A cena final de um filme, onde o protagonista se vê encurralado e faz uma breve reflexão de sua vida, aproveitando para pedir perdão e (tendo alguma religião) fazendo uma última prece, antes de abrir a porta e sair atirando contra seus algozes. Como são vários lá fora, o protagonista kamikaze cai, mas levando alguns com ele, segundo o ditado: “Caiu, mas caiu atirando.”

    A descrição minuciosa e sinestésica ajudou muito na imersão da cena, dava até o para sentir o cheiro de cigarro e a viscosidade da gordura nos azulejos. Muito bacana o microconto.

    Boa sorte.

  7. André Lima
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    É uma narrativa interessante, mas unidimensional. A técnica é boa, mas o conto em si nos diz muito pouco. Me parece apenas a literalidade da narrativa de uma cena. Senti falta de descrições mais elaboradas. Os sentimentos do personagem, por exemplo, são escanteados.

    Knock knock no final também me disse muito pouco. Me fez lembrar apenas de Knocking on the heavens doors. Talvez essa seja a referência.

    O autor demonstra técnica, mas a história, ao meu ver, carece de mais detalhes para causar o impacto desejado.

  8. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Oi, Moisés,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. O miniconto apresenta um momento de tensão extrema, no qual um homem se prepara para um possível confronto. O autor se dedica a construir uma situação de suspense, deixando o contexto da cena para o leitor completar.

    A construção das frases me incomodou um pouco. De cara, uma frase de quatro linhas e um adjetivo, “aflito”, perdidão no final. Em seguida, uma repetição de palavras (“checou”, “olhou pelo olho-mágico”) que me parece proposital, mas cujo efeito eu repensaria.

    Talvez “bangue bangue” não seja o melhor gênero para se fazer em microconto. Creio que com mais espaço você desenvolvesse algo que me agradaria mais.

    Em todo caso, parabéns pelo texto e sucesso no desafio!

  9. THAIS LEMES PEREIRA
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de THAIS LEMES PEREIRA

    Olá, Moisés.

    Contexto pessoal

    Acho que meu pai já usou o termo “três oitão” algumas vezes, acho que quando meu avó era vivo. Gostei muito da lembrança.

    Análise do Conto

    E eu estava adorando o seu conto e imaginando onde isso ia dar. Fiquei envolvida com a situação, está tudo muito bem descrito. A aflição de ficar olhado pelo olho mágico. Mas aí tudo termina com duas batidas na porta. Por que? Eu queria entender melhor o motivo de toda afiliação e da necessidade de proteção.

    Conclusão

    Gostei muito do seu conto, mas queria mais, só o finalzinho, quem sabe, só a porta aberta.

    Desejo um bom desafio!

  10. fcaleffibarbetta
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Moisés

    Seu micro mistura suspense e terror e nos prende na tentativa de descobrirmos quem está vindo, o que vai acontecer.

    “O suor salgado, ardente e espesso” – ardente?

    “espesso, escorria” – ou coloca uma vírgula antes de salgado ou tira essa.

    O começo é um pouco confuso, muitas frases seguidas, muita informação junta. Talvez separar em mais orações. O “aflito” ao final ficou muito deslocado. A leitura fica truncada e confusa.

    Na segunda parte, quando checa a porta e o olho mágico, gostei da construção, a repetição das palavras deu um ritmo ansioso ao texto.

    O final é bom, nos deixa no suspense.

    Parabéns pelo microconto.

  11. Felipe Lomar
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    o conto é vem escrito e realmente cria uma tensão. Mas deixa o leitor no escuro, sem saber o que está acontecendo. Falta construir um background, algo que faça entender a situação. Do jeito que está, fica um pouco sem sentido.

    boa sorte!

  12. claudiaangst
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    O protagonista parece sofrer de TOC ou está em surto paranóico, aguardando o inimigo chegar, com o seu três oitão a postos.
    Não sei se foi intencional, mas me incomodou (e talvez esse fosse mesmo o seu propósito) a sequência repetitiva de: olhos /olho-mágico/olhou/olho-mágico/olhou pelo olho-mágico.
    […] o “três oitão” comprado num saco de pão no bar do Seu Quincas, exatamente uma semana atrás, aflito.  > Quem estava aflito? Esse adjetivo ficou totalmente perdido nesse período enorme.
    Como a ilustração utilizada já entregou parte da trama, não fui surpreendida com o desfecho. É uma narrativa tensa, sem dúvida.
    Parabéns pela participação no desafio. Boa sorte!

  13. Fabiano Dexter
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Achei o conto muito bem escrito, com descrições interessantes e uma tensão grande que o autor(a) vai alimentando.

    Mas senti falta de algo a mais na história, talvez ppr conta das poucas palavras, mas apenas a batida na porta me pareceu pouco, ainda mais depois de três conferidas no olho-magico.

  14. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Olá, Moisés. Cara, que conto mais legal você me trouxe. Gostei bastante da tensão que ele me provocou. Você tem a medida certa das palavras para fazê-las funcionar gerando no leitor, (nesse caso em mim) a tensão da dificuldade em carregar a arma comprada há só  uma semana, a preparação para receber com o capeta aquele que vem para também matar… Os repetidos olhares no olho mágico, o som dos passos apressados subindo a escada. Muito bom. Parabéns e sucesso no desafio.

  15. Thiago Amaral Oliveira
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Acredito que o conto tenha sido escrito em torno da imagem, e não o contrário. Ela me parece tirado de alguma HQ, talvez uma capa do Tim Bradstreet. Bem bonita, e por isso deve ter sido escolhida pela autoria para inspirar o conto.

    Elucubrações à parte, o conto parece ter o objetivo de causar suspense ao invés de contar uma história completa. Deseja apresentar o clima de tensão. O problema é que eu, como leitor, assim como outros comentaristas, desejamos o alívio da tensão, uns tiros sendo disparados alguma saciedade à nossa curiosidade. Li ávido pelas frases que trariam algo impactante, algo que resolveria a expectativa acumulada. Infelizmente, não veio.

    O resultado foi esse, como muitos disseram: a história ficou simples, entregando pouco. Sempre vemos por aí histórias com pessoas atrás da porta, prontas para se defenderem. Você conseguiu descrever bem as imagem, mas ela não rendeu tantos frutos, infelizmente. Talvez para uma próxima você possa pensar em mais elementos adicionais que possam causar interesse.

    Obrigado e boa sorte no desafio.

  16. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Um homem espera algo acontecer, ou alguém que irá atacá-lo e ele se arma.

    Desenvolvimento: Em um parágrafo longo, acontece toda a situação, de forma bem descritiva. Porém, é só isso, não tem mais indícios do porquê, do quem… Faltou muita coisa.

    Destaque: Para o tom da narrativa, que prometia um desfecho, um twist, algo que dissesse, afinal, por que motivo tudo aquilo aconteceu na narrativa.

    Impressões da leitura: Precisei reiniciar a leitura umas duas, três vezes para conseguir chegar ao final, porque parecia que eu tinha perdido alguma coisa no meio. Eu tentei, mas não deu, desculpa.

  17. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Apesar de ser apenas uma cena, o microconto me transportou ao tempo de infância e da leitura dos livros do Coyote, uma espécie de Zorro dos livros de banquinha. Repletos de tiro-teio, esses livros “de passar o tempo” me fizeram gostar de ler. Assim como sua história/cena, bem gostosa de ler e que tem com principal mérito a construção da expectativa, finalmente não resolvida. Ponto para o escritor, mas gol contra para o leitor, que queria saber mais. Boa sorte no desafio!

  18. JP Felix da Costa
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Por um lado percebo a ideia por trás deste texto, por outro, acho que não está suficientemente completo para o final em aberto ser, verdadeiramente, um final. O conto procura criar uma tensão em que o final é um inevitável confronto do qual o nosso protagonista não vai sair vivo. Para este tipo de texto funcionar é preciso que o leitor ganhe afinidade com o personagem, que viva com ele o drama e a angústia, para, no final, sentir o impacto da inevitabilidade da morte. Neste caso, em concreto, no final, não me fazia diferença se o personagem vivia ou morria, porque não senti uma conexão com ele. Nada no texto me indica o motivo subjacente ao medo do personagem, nada me garante que o lado dele é aquele em que quero estar.

    Em conclusão. O texto está bem escrito, e teria um impacto muito mais forte se fosse precedido de um melhor enquadramento. Provavelmente, a ditadura das 99 palavras impediu que isso acontecesse.

  19. Gustavo Araujo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Infelizmente não vislumbrei essas nuances aqui. O que temos é uma narração bem executada, com ótimo emprego de palavras, a respeito de um instante, um momento na vida de uma pessoa que espera seu algoz do outro lado da porta. Sim, há uma tensão crescente, bem construída aliás, mas que não vai além disso.

    Para mim, trata-se de um fragmento de algo maior, de uma história maior. Talvez seja até mesmo o ápice dessa história. Mas aqui, isolada, não tem o poder de cativar. Não sabemos quem é o protagonista nem quem o persegue. Novamente, não está mal escrito, mas não se trata de um conto, muito menos de um microconto.

    Creio que você, caro(a) autor(a) terá muito a dizer num desafio com um limite maior de palavras. Aqui faltou espaço.

  20. Elisa Ribeiro
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    Aqui não há propriamente uma história mas a descrição de uma cena. Nisso, o texto se alinha perfeitamente a ilustração e ao título escolhido. A mais perfeita combinação até agora. 

    O  autor investe em provocar sensações no leitor recorrendo a adjetivos e repetições. Enquanto lia, pensava que alguma quebras de parágrafo talvez fizessem bem a intenção de suspense que o texto propõe. A ver. O impacto está mais no que imaginamos do que naquilo que o conto narra. 

    Desejo sucesso!

  21. toniluismc
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Confesso que fico incomodado quando o conto descreve apenas uma cena e a gente não sabe de onde veio e nem pra onde vai. Não é nem pela questão de deixar margem pra interpretação, porque isso não aconteceu aqui, mas o fato mesmo de descrever uma única cena.

    Apesar do meu desagrado, o seu objetivo foi belamente cumprido. O conto possui uma atmosfera de tensão e suspense, explorando a mente de um homem à beira de um ato desesperado. A imagem do homem suando, preparando uma arma e esperando por alguém, evoca sentimentos de medo e incerteza.

    A escolha do título, que tanto pode se referir ao som da batida na porta quanto ao som do gatilho sendo puxado, cria uma ambiguidade que amplifica a tensão.

    Parabéns pela escrita e boa sorte no Desafio!

  22. jowilton
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O conto narra a cena de um homem armado e aflito dentro do apartamento ou casa, que está aguardando algo de muito ruim que vai acontecer. Como disse, o texto parece mais uma cena de um conto maior do que um micro conto, A narrativa até que é boa e causa uma certa expectativa, que é frustrada pelo o final escolhido pelo autor. Boa técnica, baixo impacto.

    Boa sorte no desafio.

  23. Mariana
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Esse micro parece uma cena anterior de um grande acontecimento, do ápice de um filme – antes da cena de tiroteio, há a tensão. Me lembrou a cena da banheira em Quem quer ser um milionário, a escrita me lembrou demais Estorvo do Chico Buarque. Porém, como outros já disseram, é apenas uma cena de algo maior. Bem escrita e com uma imagem legal, mas que não funciona como micro.

  24. Victor Viegas
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Moisés!

    A melhor parte do seu texto, posso afirmar com toda certeza, é a imagem escolhida. Por ter tido um texto com a mesma onomatopeia no desafio anterior, a comparação é involuntária. O final do conto me deixou pensando “e…”, qual seria a próxima ação? Não há a motivação do personagem, o motivo dessa compulsão (a passagem da polícia é suficiente para isso? Creio que não). Entendo que a repetição de palavras possa trazer esse elemento que acontecimentos cíclicos, provocados pelo desespero do próprio personagem e com o objetivo de causar mais tensão. É o que eu penso, porque, se realmente essa foi a ideia, não funcionou. Ficou apenas

    • Victor Viegas
      26 de janeiro de 2025
      Avatar de Victor Viegas

      *Ficou apenas repetitivo. Boa sorte!

  25. Antonio Stegues Batista
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    A imagem de um homem descabelado, lábios finos, olhar frio, encostado na parede, empunhando um revólver, mostra a figura de alguém costumado aos trampos da vida e a narrativa afirma isso mesmo, ele está marcado para morrer e espera o seu assassino. Conta com a reação de surpresa, mas não está muito certo que vai salvar-se desta vez. O conto parece ser parte de uma estória maior. Não tem reviravolta, é um pedaço de uma história que faltou ser contada. O que impressiona é a imagem.

  26. Givago Thimoti
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Thimoti

    Knock (Moisés)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Roubaram a ideia do conto do Luís Guilherme…. Brincadeira, Knock é uma cena de uma pessoa encurralada, pronta para se defender.

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    Hum, eu não sei. Assim, a cena está bem construída. Mas é aquela coisa, não conta muita história nem abre margem para que o leitor cria.

    Então, foi bem utilizado?

    Do ponto de vista do (micro) conto,  não (pelo menos para mim). Especialmente quando consideramos que teve repetição de palavras.

    Ø  Subtexto:

    Não há. É uma cena.

    Ø  Escrita:

    Muito boa. Realmente conseguiu me inserir dentro da cena, perceber a enrascada sem saída do personagem. Ponto negativo: repetições de palavras. “Ah, mas foi um artifício para destacar as emoções e a tensão do personagem…” sim, mas foi um artifício desnecessário, a coisa toda se sustentava sem isso.

    Ø  Impacto:

    Médio.

    Não estará no TOP 15. Está bem escrito, mas é apenas uma cena, um fragmento desconectado de outra história.

  27. Marco Saraiva
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Gostei deste conto. O nervosismo do personagem demonstra que ele não está sob o controle da situação, que provavelmente está completamente fora da sua zona de conforto. Uma dívida que ele sabe que será cobrada, ou um crime que ele sabe que terá de arcar com as consequências. Quem bate na porta não importa: o que importa é que ele tem medo, e que vai mirar o capeta naquela direção.

    Gostei das repetições, que criam justamente o clima de tensão, e a insegurança do personagem. É um conto obviamente em aberto, que não tem conclusão, e talvez isto seja a minha única reclamação aqui. é efetivamente uma cena de algo muito maior, um exercício de escrita bem feito. Mas, no geral, gostei!

  28. Andre Brizola
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Moisés!

    Seu conto é a cena, tensa, de um provável embate entre um homem e seu algoz que pode, ou não, estar vindo subindo pelas escadas do prédio. Um misto de descrições de ambiente e sensações, dando um 360 graus em alta velocidade ao redor do personagem, tentando situar o leitor com o máximo de informações possíveis dentro do imite de palavras.

    E, dentro das possibilidades, acho que essa corrida pela ambientação acabou dando resultado, pois ao chegarmos ao clímax do enredo, é possível dizer que o leitor tem todas as informações para extrair do conto aquilo que o autor estava buscando, a tensão do personagem, o ambiente “insalubre”, o eventual embate. Mérito do autor.

    Mas acho que há alguns problemas de execução que, numa reflexão mais atenta ao desenvolvimento do conto, acabo questionando. Mais na parte técnica do que na parte criativa. Por exemplo, a há uma frase bastante longa, a primeira, que faz um misto de descrição de personagem e cenário, com um “aflito” no final, que dá a entender que o personagem estava aflito ao comprar a arma, e essa é uma informação bastante desnecessária para o momento, já que o conto é totalmente centrado no agora. Outra coisa é a enumeração, a frase “Checou pela quarta vez” dá a entender que o personagem está realmente preocupado, e, em seguida, vem uma “checou a porta novamente”, o que é desnecessário, pois já temos essa informação em “quarta vez”. Teria sido interessante, então, sublimar a enumeração, e ter feito como foi feito com a informação do “olhar pelo olho-mágico”, que funcionou melhor para o efeito que era intendido.

    Enfim, acho que o conto tem seus méritos, mas há alguma confusão na forma como foi construído. Se proposital ou não, para refletir a condição do personagem, é irrelevante, pois o impacto para o leitor, que é quem lê, vai variar para cada referencial. Pra mim, a confusão foi prejudicial. E acho que nos comentários teremos uma variação enorme de opiniões sobre esse aqui.

    É isso. Boa sorte no desafio!

  29. Luis Guilherme Banzi Florido
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: homem se tranca num apartamento e ansiosamente se prepara para o conflito final.

    Microsensações: tô curioso sobre a autoria desse conto, pois no desafio passado escrevi um conto chamado toc toc, e meu pseudonimo era knock… hahahahaha. Curioso.

    Enfim, falando do conto em si. Acho que esse conto brilha na ambientação. Rapidamente dá pra perceber que o cara vinha se preparando para esse conflito há pelo menos uma semana, e a menção ao bar do seu Quincas, por exemplo, foi um recurso interessante, pois nos mergulha numa situação como se já estivéssemos ambientados naquele universo. Quem é Quincas? Não sei, mas o autor me trata como alguém capaz de preencher as lacunas. Gosto disso, até porque possibilita a construção deu um universo sem se perder em explicações (que nem cabem num micro). Por outro lado, a história do conto me pegou pouco. Me parece que funcionaria melhor num conto mais longo, pois, se por um lado o conto vai muito bem na construção do cenário e da expectativa, por outro peca bastante no desfecho, ao não entregar nada que justificasse a expectativa inicial. Eu terminei a leitura com uma sensação meio de “ah, acabou…”. Um pouco frustrado, sabe? Talvez porque o começo prometeu muito. Enfim, uma boa leitura, uma boa técnica de ambientação e criação de tensão, mas que não entrega um final à altura.

    Para concluir, a impressão que fiquei é que esse conto funcionaria bem como um “teaser”, sabe? Tipo, uma parte bem curtinha de uma história, que eu leria e ficaria com vontade de comprar a obra completa.

    Impacto:

    Micro –> infelizmente acho que o impacto nesse conto dependia totalmente do desfecho, pois o início, ainda que bom, funciona mais como uma preparação para um climax. Sem isso, acabamos tendo um conto bem escrito, mas sem impacto.

    Médio

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: foi um bom uso. Você conseguiu ambientar muito bem, causar expectativa e tensão, contar nas entrelinhas o passado, mas parece que faltou espaço pro mais importante: o clímax e o conflito.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: meu vizinho arrumou confusão com uns caras da pesada. Peguei um copo e coloquei na parede, pra ouvir o que tava rolando do lado de lá. Na hora H, quando achei que a pancadaria ia comer solta, minha esposa tirou o copo e me falou pra parar de xeretar a vida dos outros. Fui dormir frustrado por não saber no que deu.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

  30. Sabrina Dalbelo
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá, Entrecontista,

    Bah, adorei. Esse cara deve morar em Sim City.

    A ambientação está muito bem construída e até as repetições fazem sentido, ajudando no clima de tensão do micro.

    Adorei que a arma é fria e tem nome, que a casa é suja, que o cara está suando igual porco, que hoje ele pode morrer ou matar, amanhã também, porque alguém está vindo…

    Sugestão boboca: o adjetivo “aflito” ficou um pouquinho solto, ao final daquela frase longa, a primeira frase. O que acha de fazer uma frase só com ele, curta mesmo, exemplo: “Estava aflito”. Por aí, sabe.

    Obrigada pelo texto. Adorei.

  31. Evelyn Postali
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    O microconto nos faz mergulhar em uma atmosfera sufocante de tensão e desespero. A repetição obsessiva dos movimentos do protagonista amplifica a ansiedade, criando um clima claustrofóbico em um lugar decadente. O apelido “capeta” para a arma e a menção ao bar do Seu Quincas adicionam um toque de regionalismo ao micro. O suspense culmina de forma legal com as batidas à porta. Resta saber quem está atrás dela. Talvez esse micro pudesse ser macro… quem sabe um conto, mesmo se não revelar quem está atrás do protagonista ficará bom também.

  32. Juliano Gadêlha
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    O conto constrói muito bem o clima de tensão, mas, em contrapartida, a expectativa criada acaba sendo um pouco frustrada pela falta de um desfecho mais impactante. Além disso, apesar de bem escrito, o texto acaba sendo prejudicado pelo usa de algumas frases muito longas, algo especialmente desfavorável em um microconto e que acaba atrapalhando o ritmo de leitura. Ainda assim, um bom texto. Parabéns!

  33. Juliana Calafange
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Você tem talento com as palavras, sabe criar o clima de suspense de forma brilhante, mas como microconto, penso que precisava mais.

    Acho, pelo recorte que você fez, que a descrição excessiva do momento da compra da arma é desnecessária, você podia ter usada essas palavras para dar mais significação ao conto. Que história você quis contar? Porque se for simplesmente uma frame qualquer retirada do meio de um filme, ficamos a imaginar que filme é esse, o que aconteceu antes ou depois, mas não refletimos além disso e o conto fica sem profundidade.

    Fora isso, adorei o modo como você criou as imagens desse conto. Leva o leitor para bem pertinho do personagem, dá até pra sentir o cheiro. Parabéns.

  34. Mauro Dillmann
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    O homem queria matar alguém ou se matar, armado e trancado em casa.

    Na escrita do conto, percebo o seguinte: de imediato, muitos adjetivos para qualificar o suor. O uso da palavra ‘checou’ é algo que remete às dublagens de filmes norte-americanos. Por que não “verificou”? Ainda mais considerando que a palavra se repete no texto. “Azulejo azul” soou estranho.

    Um conto direto, com estrangeirismos.

    Parabéns!

  35. Afonso Luiz Pereira
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Esta é minha estreia no EntreContos, e estou gostando bastante. Pretendo participar mais vezes. É interessante notar que, nos comentários da maioria dos participantes, além da análise do conto em questão, também ficam evidentes suas preferências literárias. Por exemplo, há quem aprecie finais abertos, que deixam o leitor imaginar o desfecho. Eu já prefiro histórias com conflitos resolvidos.

    Muitas vezes me pego pensando: “poxa, o conto está bem escrito, com ótima imersão e desenvolvimento, mas faltou um fechamento”. Este conto se encaixa nessa perspectiva. Ele cria uma tensão urgente que parece levar a alguma ação decisiva, mas essa ação não acontece. A expectativa é construída de forma muito imersiva, sim, mas o aguardado plot twist não se concretiza.

    É como quando você se depara com um cliffhanger em uma série de TV, sabe? A diferença é que, na série, você sabe que poderá satisfazer sua curiosidade no episódio seguinte. Já em um miniconto, isso não acontece. Mas o texto é bem escrito, oferece uma boa imersão, e destaco a excelente escolha da imagem, que remete ao estilo dos quadrinhos. Parabéns ao autor.

  36. leandrobarreiros
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    É difícil para mim identificar o que exatamente é um micro conto e o que é uma cena. Os critérios específicos de cada um me escapam e tendo a recorrer a sensações. Aqui, tive a sensação de se tratar de uma cena. Uma boa cena, é claro, mas ainda assim uma cena.

    Técnica: Acima da média. A montagem é interessante e a descrição do entorno é muito boa em um espaço tão curto. A repetição, contudo, apesar de ser uma escolha ousada em tão pouco espaço não casou bem com o fluxo da narrativa nessas limitações.

    Interesse: Médio. Meu interesse aqui foi prejudicado especialmente pela percepção de que falta algo no micro para poder considerá-lo uma história fechada. O que, exatamente, eu não sei dizer.

    Objetivo do autor: Criar uma cena que capture o leitor fazendo-o sentir a mesma tensão que o personagem, através de controle do fluxo narrativo.

  37. Rodrigo Ortiz Vinholo
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    A descrição é interessante, e há caminhos bons para a caracterização do personagem, mas, como microconto… faltou um tanto. A história é uma cena com indícios de um contexto, mas não o suficiente para incentivar a imaginação e conquistar o leitor para querer mais. Mesmo a caracterização da arma, que parece que será importante de alguma forma, se torna só um charminho a mais no texto.

    Junto disso, a escrita está muito blocada, com poucos respiros que pareceriam naturais na montagem, e pontos que melhorariam com uma revisão e estruturação mais cuidadosa.

  38. Nelson
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Tarantinesco. Cena final de filme de ação com conclusão dúbia. Bem executado. Deu pra sentir legal os acontecimentos, o desespero de alguém que parece estar entrando nisso pela primeira vez, e a dúvida final é principalmente a dúvida do iniciante. Será que isso tem futuro ?

  39. Vítor de Lerbo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    O conto segue perfeitamente a máxima do suspense “entre tarde, saia cedo”, o que nos deixa com um quê de dúvida, gerando ainda mais tensão.

    A história é bem contada, com clima crescente. A única crítica fica à longa frase de explicação sobre o revólver, onde ele foi comprado, quando foi comprado; numa história de suspense, essa digressão acabou tirando um pouco da potência narrativa.

    No geral, é um bom conto.

    Boa sorte!

  40. Amanda Gomez
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Esse micro é o meio de uma história. Tem muita coisa para trás… e acho que para frente também. No meio, temos um homem desesperado, meio que entrincheirado em uma cozinha. Nesse ponto, me perguntei: é a cozinha da casa dele ou de onde ele trabalha, algo assim?

    Achei curioso ele chamar a arma de “capeta”. É meio simbólico, não? Vai encomendar algumas almas para o coisa ruim? O interessante desse conto é que o personagem pode ser tanto uma vítima de algo quanto o carrasco. Ele representa tanto a violência que teme quanto a violência que está prestes a cometer.

    O fato de ele ter comprado a arma dias antes pode indicar que premeditava alguma coisa. Isso me lembrou um pouco aqueles casos de massacres, onde alguém entra em um lugar e sai matando geral. Os vários passos subindo me fizeram imaginar a polícia vindo atrás para conter algum mal que ele já tenha feito.

    Geralmente, nesse tipo de enredo, o suicídio é o desfecho. 

    Esse é um conto-parágrafo que deixa pontas soltas por todos os lados, mas que ainda tem grande mérito na sua execução. Desperta a curiosidade de quem está lendo, e eu realmente gostaria de continuar acompanhando esse personagem e descobrir seu desfecho.

    A escrita está muito boa. As repetições, as lágrimas, o desespero… tudo é muito intenso e se faz sentir em cada linha. Gostei.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  41. Rogério Germani
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    Adoro as peças que a literatura nos prega. Pelo título (Knock) e o pseudônimo (Moisés), aguardava alguma epopeia de algum profeta abrindo mares pela vida. kkkkk

    Mas o suspense e a angústia ao estilo faroeste surpreenderam para direção melhor. Coincidiu com meu desejo de jogar novamente Red Dead Repdemption.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  42. andersondopradosilva
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Knock é um microconto de suspense. Estamos na cozinha e de um apartamento velho, rodeados de azulejo azul. O clima é opressivo, há tensão no ar. Mas estamos acompanhados, bem acompanhados, pela nossa Capeta, devidamente municiada. Não é nosso dia, não, hoje não. A Capeta está contra a porta, estamos atentos no olho mágico. Passos soam lá fora. Alguém sobe as escadas. Estamos prontos. Capeta está pronta. Toc-toc.

    • Moisés
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Moisés

      Isso aí! Sacou a ideia do microconto! Muito obrigado pelo comentário!

  43. Kelly Hatanaka
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Este micro me parece muito mais um parágrafo de uma história maior do que um micro de verdade. Ele não conta uma história, está apenas narrando um momento. Narrando muito bem, é verdade. As descrições são vívidas e criam tensão, são mesmo muito boas. Mas não contam uma história.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  44. José Leonardo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Moisés.

    De início, fiquei confuso quanto ao mote, ou seja, qual o lado da porta, digamos assim (era a tensão de quem se defende de algo ou de quem vai executar algo?), mas numa segunda leitura ficou mais claro. Ainda que não tenha me dado mais informações (ou alusões/inferências para tanto) visando a poder apreciar melhor, o mérito aqui, a meu ver, “está na travessia, não na conclusão”, ou seja, na constante tensão que o(a) autor(a) sabiamente imprimiu em suas linhas.

    Parabéns e boa sorte neste desafio.

  45. bdomanoski
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Na minha primeira leitura, fiquei com a sensação de que acabou cedo demais. Mas depois da segunda, já dei uma repensada, e achei válido o final. Nem considero que o final seja aberto, é claro que o Moisés matou a pessoa que esperava. Ele estava bem preparado. É um ótimo recorte, ficaria ótimo numconto maior. Mas pra mim, faltou ao menos saber a motivação do Moisés (assumindo que seja o nome do protagonista). Sem saber porque ele queria matar alguém, quem, seilá , algum dado qualquer que fosse oferecido a fim de esclarecer melhor e saber ao menos se Moisés é “do bem ou do mal”. Ficou incompleto por isso. Não é um micro redondo.

  46. Marcelo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    O texto tem, na minha opinião, o mérito de manter a tensão até o final de um modo muito bem descrito. A história carece de originalidade, mas penso que na maioria das vezes, a forma suplanta o que se conta.

  47. cyro fernandes
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Gostei do suspense criado pelas repetições. Bem escrito, deixa no ar as motivações dos personagens mas vale pelo mistério.

    Cyro Fernandes

    cyroef@gmailcom

  48. Nilo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Conto interessante porém pouco original. O autor nos leva a esperar um plot que não vem, e escancara infinitas possibilidades de término. Tornou mais interessante o conto. Até agora pensando comigo, será que ele matou quem vinha? De modo geral gostei bastante. Boa sorte no desafio.

  49. geraldo trombin
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    Gostei bastante: desde o 1º knock, lá no título, ao último, no texto. Prendeu a minha atenção. Não me incomodou a repetição envolvendo o olho-mágico, muito pelo contrário: o replay somente potencializou o estado de tensão do homem. Nesse caso, deixar o leitor na expectativa do que aconteceu no final, foi uma boa saída. Muito bom. Parabéns, boa sorte e… Knock, knock.

  50. antoniosodre
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    O texto cria uma tensão no início e deixa o final bem aberto. É pouco usada a técnica de terminar o conto logo antes do seria um clímax e deixar o leitor preencher as lacunas e nesse conto foi utilizado com sucesso.

  51. Priscila Pereira
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Moisés! Tudo bem?

    Seu conto não parece um micro e sim um parágrafo de um conto normal. Eu não gosto de contos assim, sem que fique entendido do que se trata. Quem subiu as escadas? Por que o protagonista estava tão desesperado? O que aconteceu depois? Ele matou quem bateu na porta? Se matou? Eu sei que dá pra eu mesma preencher essas lacunas e imaginar o que quiser e tem gente que adora isso, mas eu não curto. Gosto que o autor me dê respostas! 😅

    Dito isso, o conto é bem escrito (tirando palavras e frases repetidas mesmo em tão pouco espaço) é ágil e direto e remete a uma ação bem legal com muita tensão e suspense. Eu leria o resto dessa história!

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  52. Thales Soares
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Engraçado. Esse conto me lembrou bastante o Toc-Toc do desafio anterior, escrito pelo Knock (que mais tarde revelou ser o Luis Guilherme). Inclusive, no final do conto, creio que Toc Toc ficaria bem melhor, para a linguagem brasileira, do que Knock Knock… você evitou de usar a expressão em português por conhecer esse conto que mencionei do desafio passado? Claro que sei que talvez o autor nem sequer tenha lido o Toc Toc, mas o engraçado é que esse conto tem a mesma pegada dele, e parece uma espécie de spin off daquele conto. Mas enfim… agora vou analisar este microconto, o Knock, sem fazer mais paralelos ao Toc Toc.

    Achei a escrita bastante interessante. De início, me incomodei com a técnica de colocar tudo num parágrafo só, com as palavras todas encalacradas, gerando um pouco de confusão ao leitor. Mas depois encarei que o autor optou por fazer dessa forma para causar uma sensação proposital de incômodo e urgência no leitor. Achei bem legal as descrições e a forma como o personagem se prepara para a ação que está por vir. Mas… infelizmente, na hora do climax, o limite de palavras chega ao fim, e o conto termina em aberto.

    É um bom conto. Tanto é que me deixou com uma sensação de “quero mais”. Fiquei curioso para saber o que aconteceria em seguida.

  53. Leo Jardim
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): uma cena que antecede alguma coisa que não sabemos. Um pistoleiro que vai fazer um serviço ou uma vingança. Achei um pouco aberto demais.

    📝 Técnica (⭐▫▫): uma cena bem sinestésica, apesar algumas repetições me incomodarem um pouco: “olho-mágico”, “olhou”, “olho-mágico”…

    💡 Criatividade (⭐▫▫): achei que se baseia num clichê e pouco foge dele. Talvez se desenvolvesse mais o personagem…

    🎭 Impacto (⭐▫▫): faltou um final ou um acontecimento de fato.

    Desculpa se crítica pareceu excessiva. Estou analisando apenas o microconto e não o autor. Sei da dificuldade de escrever num espaço não reduzido. Parabéns por enviar!

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Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .