Insidioso (Juliano Gadêlha)
Sob a escuridão noturna, entrou na casa esgueirando-se por uma janela entreaberta. Seguiu o som dos roncos para encontrar o quarto onde seu alvo dormia. Com destreza, saltou para a cama, ergueu a pata e enterrou as garras afiadas no pescoço do homem, que logo ficou tingido de carmesim. Após uma sequência rápida de golpes, saiu da casa apressadamente e empoleirou-se no muro. Miou o mais alto que pôde para anunciar a morte do assassino de gatos do bairro da Piedade. Dezenas de miados vieram em resposta, um misto de alívio e homenagem aos companheiros mortos pelo covarde envenenador.
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EntreContos 
O conto narra a história de um gato vingador.
A condução é bem feita e também achei a ideia bem original. O impacto foi razoável.
Bem escrito, uma boa ideia, impacto médio
COMENTÁRIO: Gato justiceiro? Amei! Também me impressionou ter omitido a natureza do assassino até o final, nos enganando por não imaginarmos esse grau de inteligência e vingança em um felino de pequeno porte. Uma coisa me desviou um pouco da leitura que foi o uso da tonalidade carmesim para descrever o sangue. Pareceu-me espalhafatoso, mas uma verificação da tonalidade também não dispensa como um descritivo da cor do sangue, embora mais claro do que o comum. De todo modo, é apenas um detalhe.
Um verdadeiro justiceiro, não é? Apesar de ser do time dos cães, me senti vingado pelos gatos rs
Texto muito bom, de verdade. Parabéns!
Me agradou em tudo. O tema foi criativo e interessante, a leitura foi bem fácil e fluida, o ato principal foi bem impactante e satisfatório.
Excelente conto.
Parabéns. Boa sorte.
Esse gato é meu herói! Conto em primeiro lugar pra mim pela temática! Adorei
Olá, Morugana!
Esse conto é o famoso fazer justiça com as próprias mãos, ou nesse caso, com as próprias patas rs. É uma história diferente com uma perspectiva que foge do comum, nunca pensaria em um gato assassino e justiceiro, uma verdadeira revolta dos bichos. Mesmo tendo uma visão diferente, a sequência de cenas continua seguindo um caminho simples e comum, sem trazer muito impacto além do que já foi proposto no desenvolvimento. Acredito que com a omissão de alguns elementos no meio do conto, principalmente do personagem ser um gato, poderia trazer maior impacto. Seria uma grande revelação. Boa sorte no concurso!
Bom dia, caro autor(a)!
Sob a escuridão noturna, entrou na casa esgueirando-se por uma janela entreaberta. – Aqui a narrativa nos convida para um suspense.
Seguiu o som dos roncos para encontrar o quarto onde seu alvo dormia. – Já nesse trecho, não sei se por ler demais no desafio/concurso, já não me assustou tanto.
Com destreza, saltou para a cama, ergueu a pata e enterrou as garras afiadas no pescoço do homem, que logo ficou tingido de carmesim. – Aqui, quando usou destreza me entregou, haha, mas mesmo assim diverte.
Após uma sequência rápida de golpes, saiu da casa apressadamente e empoleirou-se no muro. Miou o mais alto que pôde para anunciar a morte do assassino de gatos do bairro da Piedade. – Eis que aqui já tem um plotzinho, mas sem muito impacto na minha opinião, e veja que sou amante de gatos e fiquei puto com esse cara. Um tio meu matava meus gatos. Eu odiava ele.
Dezenas de miados vieram em resposta, um misto de alívio e homenagem aos companheiros mortos pelo covarde envenenador.
Termina com a história por trás da história.
É um conto bem contato, mas sem um impacto, há o motivo, mas não houve a carga emotiva necessária.
Desejo sorte no certame e lhe parabenizo pela participação.
Olá, tudo bem?
Gostei do enredo. Nada mais satisfatório que um animalzinho vingando sua espécie, eliminando seus algozes. Já vi filmes sobre isso e tem um conto do Lovecraft chamado “Os gatos de Ulthar”. Em filmes de homens contras “monstros”, torço sempre par as criaturas, pois quase sempre (99% das vezes), o bicho tava na dele, aí veio este ser civilizador com a sua cultura “superior” fazer aquilo que seu Deus supostamente mandou ou, no mínimo, permitiu fazer. Por isso sempre torço para os touros na tourada, pro Moby Dick engolir todo mundo e até para os dragões pulverizarem logo os chatos cavaleiros que vão lá invadir suas tocas e quebrar seus ovos.
Sobre o texto, eu gostei mais das descrições iniciais. O final não me agradou muito, mais pela forma como foi escrito. Acho que foi direto demais essa explicação “assassino de gatos”, “envenenador”, já tava claro de quem se tratava. Se eu tive que mudar algo, seria mais esse final aí, escolhendo outras palavras para narrar o mesmo desfecho, evitando as redundâncias.
E que toda pessoa que maltrata um inocente queime no Inferno.
Boa sorte.
Oi, Morugana,
Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Seu conto trata da vingança de um gato contra um envenenador de bichanos. E nós sabemos que existem muitos covardes que fazem esse tipo de atrocidade contra animais. Bem que poderia mesmo existir justiceiros felinos como o do seu texto.
Seu conto está bem escrito e narra uma história dentro do limite de palavras. Poderia, inclusive, cortar alguns excessos. “Escuridão noturna” é desnecessário – falou em escuridão, a gente já presume que é noite. No fim, eu também tiraria “pelo covarde envenenador”. O leitor já entendeu do que se trata.
Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio!
Um bom microconto escrito com boa técnica. A inversão de expectativa ocorre um pouco antes do final, o que acho mais, digamos, elegante. Só acho que a última frase sobrou um pouco no texto com prejuízo do impacto. A ver. Parabéns!!
Achei um conto muito legal, embora eu não seja gateiro como a maioria dos entrecontistas, não precisei ter conexão emocional com a trama (Além da óbvia e que deveria ser a basal para todos os sere humanos) para poder apreciar.
É um conto que consegue ter início, meio e fim em pouquíssimas palavras, sem precisar utilizar subtexto, subtrama ou sub qualquer coisa, como artifício para driblar o limite. Isso é uma grande valência desse texto.
Parabéns ao autor!
O gato se voltando contra um assassino de gatos. Começa com um tom misterioso, quase de terror, e termina com um absurdismo quase que de comédia. Interessante a ideia, mas acho que não teve muito impacto.
boa sorte!
Gostei ! O início cria uma atmosfera perfeita para o suspense, a cena da morte é muito bem escrita. Um conto que assume um tom mais leve no final, quase cômico, mas que ainda no seu ápice descontraído – o miado triunfante sobre o muro – pude imaginar uma cena noturna intensa, como se o gato fosse mesmo um terrível justiceiro.
Parabéns! Foi uma mistura muito legal de ler!
Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.
Aqui há uma boa dose disso. Pensamos tratar-se de um conto de terror, com uma criatura sobrenatural à espreita para o ataque, para depois percebermos que se trata de um gato em busca de vingança, que aliás é obtida com sucesso.
É um conto bem construído, sendo que o(a) autor(a) consegue criar um ambiente de suspense crescente. O ápice, porém, revela-se um tanto anticlimático, talvez com a intenção de provocar o leitor, de arrancar-lhe um sorriso ao perceber que foi enganado.
É um conto bem parecido com o “Perspectiva”. A diferença é que lá havia de fato um monstro e aqui o monstro é um felino manhoso e vingativo. Ambos os contos são interessantes, mas nenhum deles cativa. A despeito da boa escrita aqui e lá, não me senti convidado a meditar sobre, mas tenho certeza de que os dois acertaram no alvo para o público que gosta desse tipo de literatura. Quem escolher um deles para figurar na lista de favoritos fatalmente escolherá o outro também. É a impressão que tenho.
Olá, Morugana.
Contexto pessoal
Um conto feliz para gateiros como eu. Antigamente, no meu bairro, tínhamos homens assim. Por isso mesmo, depois que meu gatos amados sumiram, nunca mais tive coragem de ter bichinhos de estimação.
Análise do conto
Acho que é um dos contos mais criativos do desafio. Uma história que acho que eu nunca conseguiria ter a ideia de escrever. Quando comecei a ler, imaginei uma barata e já achei muito interessante, mas o gato vingador, o apoio dos demais gatos e lembrança daqueles que morreram foram muito melhores do que a ideia inicial.
Conclusão
Mesmo assim é um conto que corre o risco de passar batido. Veja, a criatividade aqui sobra, o conto é bom, a escrita é boa. Mas alguns contos me fizeram sentir coisas muito profundas. Seu conto não é ruim não. Não estar na lista não significa que você não está de parabéns.
Desejo um bom desafio!
Olá, Morugana, um conto de vingança. Uma história na qual o gato vinga todos os seus vários companheiros mortos pelo veneno de tão insidioso, conforme o seu título, assassino. E tal qual um galo ele se “empolera” no alto do muro para poder miar o mais alto possível (no que é respondido pelos demais gatos do bairro da Piedade) anunciando a vingança realizada. Ficou legal, bem escrita, tudo no lugar correto, a sua narrativa. Parabéns.
O único conto que me emocionou de verdade, parabéns. (Não sou uma pessoa muito emotiva). Muito satisfatório e bem escrito. O autor(a) estava claramente inspirado no dia que escreveu tamanha obra prima. Título ótimo, ponto também para não revelar o personagem principal no conto através da imagem. Assim, guardou a surpresa para a leitura. Nota 10. Deve estar no meu top 03.
Plot: Um ser entra em uma casa, disposto a fazer vingança.
Desenvolvimento: Em apenas um parágrafo, temos aí um gato que consegue dar fim a um assassino de gatos. Ele morreu, né? Espero que ele tenha morrido, é o que merece (hoje estou sem paciência para esses escrotos), garras na jugular, na aorta… Achei uma fofura o último período escrito, narrando a resposta em miados. Poxa, isso bem podia ser um curta-metragem, rssss…
Destaque: Para o ritmo crescente da narrativa e a forma como foi narrado, no princípio achei que era um ladrão, só fui ver que não quando li “patas”.
Impressões da leitura: Gostei da leitura, das imagens que fiz da história enquanto lia o conto.
INSIDIOSO (MORUGANA)
Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.
É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:
Ø Breve resumo:
A vingança dos gatos! Lembrei um pouco daquela música, “História de uma Gata”.
Ø Utilização do espaço permitido:
Huum, penso que foi bem utilizado, de uma forma bem tradicional; início, meio e fim. Acho que sobrou umas palavrinhas ali, e outras acolá para comprimir um pouco a história.
Ø Subtexto:
Bom, é um conto com uma história direta. Não percebi qualquer espécie de subtexto. Uma narrativa um tanto simples de vingança, um gato (deve ser bem grande, tipo um gato meio híbrido, um super-gato) vinga companheiros de espécie que foram mortos pelo assassino da rua, um homem covarde que envenena os gatos de rua.
Particularmente, não curti muito. A sensação que tive foi a que são dois microcontos colados no mesmo. E ficou bem estranho para mim.
Ø Escrita:
Pelo que eu percebi, a escrita desse microconto está correta, do ponto de vista gramatical. O tom do início é do suspense. Quando descobrimos que a fera em questão é um gato, aquele clima de suspense é dinamitado.
Enfim, esse tom com a revelação do gato não combinou muito. Estranhíssimo.
Ø Impacto:
O impacto é baixo. Não é um conto ruim, veja bem. Acho que essa história precisa de um algo a mais para alavancar a história. Se tivesse, por exemplo, que encaixá-lo em alguma das inúmeras caixinhas dos gêneros literários, eu colocaria na do “realismo fantástico” (embora o suspense/terror parece ter sido a escolha do autor, não parece que combina). Acho que nessa toada, faltou um pouco do lúdico, sabe? Mal comparando, faltou aquela brincadeira caótica do gato que vê um objeto quebrável, olha para o humano, e derruba do alto para revolta do dono. Ter um tanto mais ousadia em termos de escrita. Descrever um gato mais demoníaco ou algo assim. Ou então, apelar para a fantasia mesmo, um conluio felino para lidar com a questão dos assassinos.
Boa sorte no Desafio!
O Super Gato Vingador ataca novamente… interessante na premissa, bom na construção. O leitor também sente-se vingado, não poderia ser diferente. Só acho que ele poderia usar o próprio remédio – envenenar o envenenador, para que sentisse a mesma dor de tantos outros gatos. Sucesso!
Olá, Morugana!
Um conto sobre o Batman dos gatos. O Catman, talvez. Um gato assassino invade a casa de um envenenador de bichanos. Talvez esse texto encontre o seu nicho dentro dos apreciadores de gatos, que podem se sensibilizar com o enredo, ou tenham alguma experiência pessoal que dispare algum gatilho emocional. Mas não é o meu caso.
Para falar a verdade, o enredo, que é o que costuma me atrair mais num conto dessa natureza, é simples, mas pouco aproveitado. Temos, basicamente, um gato que entra e sai e um homem que é morto. Gatos miam em aprovação. Mesmo simples, acho que esse enredo tem um potencial de entregar muito mais.
É claro que em apenas 99 palavras não poderíamos esperar um desenvolvimento muito amplo, mas acho que há alguns problemas com o texto que poderiam ser revistos e deixa-lo mais elegante. Algumas informações, por exemplo, podem ficar subentendidas sem prejuízo, e vão dar um aspecto mais interessante. Tomo como exemplo a frase “sob a escuridão noturna, entrou na casa esgueirando-se por uma janela entreaberta”. Não faz muita diferença se é uma casa, então o “na casa” poderia ser sublimado. O mesmo ocorre quando o gato sai “da casa”. Outra alteração que eu faria é com o “empoleirou-se”. Tudo certo, empoleirar pode ser usado aqui, mas se estamos falando de gatos, por que usar um termo tradicionalmente para aves? Esses são alguns exemplos do que eu faria para deixar o texto com um aspecto mais interessante. São apenas sugestões, pensando numa leitura mais fluida, com menos entraves e termos desnecessários.
Não espero, realmente, que meus comentários sejam tomados como verdade, ok? São apenas sugestões do que eu faria com o texto pensando no que eu entendo que poderia melhorá-lo num ponto de vista meu. Ou seja, outros leitores vão achar seu conto espetacular. Mas, se minhas sugestões criarem algum questionamento, já terá valido a pena o comentário imenso.
É isso. Boa sorte no desafio!
Um conto bem criativo, se não pela história, pela sua conclusão. O que parecia ser apenas mais um clichê de terror se mostrou uma vingança dos gatos contra um assassino covarde (de gatos)
Por ser uma história de terror, pelo menos no início, achobque poderiam haver mais quebras com pontos ou parágrafos, poderia elevar ainda mais a tensão antes do desfecho que foi o ponto alto da história.
Parabéns!
Olá, Entrecontista,
Uma história bem contada. Acho que a maioria desconfia que se trata de um animal ou de um ser disposto a, de alguma forma, fazer mal a alguém durante a noite naquela casa, o que ninguém sabe é que se trata de uma vingança, porque o assassinado/alvo mata gatinhos por envenenamento.
Por isso, toda a atmosfera de suspense é inundada por uma sensação de desenho animado, no final, sabe, assumindo um tom mais infantil e/ou cartunesco, a meu ver. E isso não é demérito nenhum, faz parte da reviravolta.
Isso aí!
Valeu pelo texto.
Se tivessem polegares, dominavam o mundo.
Este conto fez-me sorrir. Começa com imagens típicas de filmes de terror, para terminar com imagens de filmes de animação. Acabei a imaginar um gato fofinho, de olhos grandes, que, subitamente, faz surgir, na ponta das patas, garras de tigre.
Olho para a minha gata e, por momentos, esta história parece-me possível, apesar da vingança não ser algo inerente aos felinos.
Bom conto.
O título e a imagem me remeteram a filmes de terror. Por isso, imaginei alguma criatura horrível entrando na casa. Como tudo estava muito clichê e numa linha específica, pensei: vai ter twist! Afinal, já tivemos outras narrativas assim nesse desafio.
Não deu outra, era um gato! Logo já estava pensando que não ser tão impactante quanto outros twists nesse certame. No entanto, o final me surpreendeu. Os gatos miam comemorando a vingança e a vitória. Achei muito bom, pois foi do trivial a um significado forte. Ideia bem interessante.
O fato do gato conseguir matar um humano com patadas é forçado, mas todo o espírito do conto passa pelo lúdico, então não é um problema.
Parabéns e boa sorte no desafio!
Gatos unidos jamais serão vencidos! Ninguém larga a pata do outro. Um felino só não faz vingança completa. Enfim, mil clichês poderiam ser citados e reciclados só para dizer que o conto é bom de se ler, dá uma certa satisfação à alma de justiceiro que habita em cada um dos leitores.
Não encontrei falhas de revisão. O texto está bem escrito, linguagem clara e objetiva. Há um tom de suspense no início que logo se desfaz e torna nítida a razão do ataque.
Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.
Um conto que vem com gosto de vingança para os gateiros de plantão. Ou para qualquer pessoa que goste de uma boa vingança.
Gostei da forma como o início do conto insinua que se trata de um monstro, para, ao final, revelar que se trata de um gatinho.
É um conto simples. Não há reviravoltas ou subtexto, mas é uma história bem contada.
Parabéns pela participação e boa sorte.
Kelly
Olá, Morugana
Muito bom o seu texto. Gosto da cena que cria no início, funcionando tanto para a história que está mais óbvia para nós, a de que seria um homem, um ladrão, e para a história que você realmente conta, a de que é um gato. “Esgueirando-se por uma janela entreaberta” pode ser tanto um homem como um gato. O mesmo para seguiu os sons e saltou para a cama. Gostei.
Uma pena esta “verdade” ter sido revelada tão rapidamente. Poderia ter colocado a “sequência rápida de golpes” também antes da pata e das garras afiadas. Ou até mesmo suprimir esta parte: “ergueu a pata e enterrou as garras afiadas no pescoço do homem, que logo ficou tingido de carmesim” …. que apenas descreve os golpes, não acrescenta muito. A “sequência rápida de golpes” já dá conta do recado. Mas é só uma sugestão para nos arrastar mais um pouquinho na suposição errônea e possível.
No final, acredito que haja muita informação, poderia ter finalizado antes. Na minha opinião, não importa o bairro, não é interessante ou necessária a explicação sobre os demais gatos, a homenagem. Poderia dizer que ele era envenenador logo na primeira vez em que cita o assassino, evitando citá-lo duas vezes. Deixaria o que realmente importa com mais destaque, mais força.
Parabéns pelo texto.
Um gato mata um homem como vingança.
Conto bem escrito.
Exceto o fato de se ter um animal humanizado, o conto narra apenas o que está dito, um mesmo plano.
Parabéns!
Eu gostei, mas… o formato não me conquistou.
Explico: a escrita está ótima! Não há questões sobre o acabamento de técnica, dentro do proposto. O problema, para mim, é que o conteúdo e o formato deixam a desejar. Gosto do enredo da vingança do gato, mas a pegada de “ser misterioso que no fim se revela ser menos absurdo do que o proposto”, bem como a inversão entre a expectativa do personagem dormindo ser uma vítima incauta e se revelar (ainda que vítima) o alvo de uma vingança, são caminhos até que frequentes dentro das técnicas de reviravolta para microcontos.
A revelação da verdade da história traz uma recompensa através da inversão de expectativa, mas ela quase parece menor do que seria se fosse cumprida minha expectativa original. Talvez um desenvolvimento diferente melhorasse esse efeito, não sei dizer.
Gostei bastante do simbolismo criado em transformar um animal doméstico em vingador. Está de parabéns!
O gato é apresentado como um personagem inteligente e vingativo, capaz de planejar e executar sua vingança, enquanto isso o homem é uma figura abstrata, representando o mal e a crueldade.
Tirando o fato de que a história não abre margem pra interpretação do leitor (o que pra mim não é um problema), todos os demais quesitos pra fazer desse conto algo perturbador e original estão presentes.
Acredito que existe aí um convite pra repensarmos as relações entre humanos e animais. Espero que seja bem recebido. Boa sorte!
Ah… que maravilha!!! Aqui não há busca de equidade. É retaliação. Aqui não tem julgamento em primeira, segunda ou terceira instância. Não há processo legal ou humanitário. Desejos de vingança a parte… A escolha de um gato como protagonista traz algo diferente, até porque, gatos são frequentemente associados à astúcia e à independência, mas aqui, ele assume o papel de ‘herói’ para os outros gatos. Aqui, não vemos nada do tradicional papel de “animal doméstico”. O momento final, com o gato miando no muro e sendo respondido por outros gatos, reforça a ideia de uma rede de solidariedade entre os animais, que, apesar de sua natureza muitas vezes solitária, se unem em uma espécie de culto à memória dos companheiros mortos. Eu gostei muito disso, acredite (sim, eu, provavelmente vou pro inferno por achar que quem envenena gatos deva ter o mesmo fim).
Um conto que deixa aquele gostinho de vingança bem dada, né? Abusadores de animais merecem tudo de ruim.
Isto posto, gostei da forma como vc construiu o conto e foi aos pouquinhos nos munindo de informações sobre a relação dessa criatura (que aos poucos identificamos que se trata de um gato) com a pessoa que dorme. A princípio a gente acha que virá pela frente alguma fofurice de gatinho, mas somos surpreendidos pelo ataque feroz da criatura que anda sobre patas.
No desfecho, a redenção do leitor e o perdão que damos ao gato pela violência. O homem assassino mereceu.
Ótimo conto, parabéns.
Morugana explorou bem o lado fantástico e o senso de vingança. A narrativa é bem agradável. O gato insidioso virou o justiceiro do bairro da Piedade.
Respeito felino, Morugana!
Ainda que exista a crença das sete vidas, sempre é bom o surgimento de novas lendas.
Boa sorte!
Rogério Germani
O conto começa com um suspense de terror, um animal que eu pensei ser um lobisomem entra num quarto e mata o homem adormecido, mas na realidade é um gato que decidiu matar o homem que envenenou seus colegas. Deve ter fincado suas garras na jugular do sujeito, que não conseguiu estancar o sangue e morreu. É um conto com tema Fantasia, onde os animais têm poderes sobrenaturais. Depois da morte do assassino de gatos, a gataiada entoou um hino de guerra.
O conto começa com um suspense de terror, um animal que eu pensei ser um lobisomem, entra num quarto e mata o homem adormecido, mas na realidade é um gato que decidiu matar o assassino que envenenou seus colegas. Deve ter fincado suas garras na jugular do sujeito, que não conseguiu estancar o sangue e morreu. É um conto com tema Fantasia, onde os animais têm poderes sobrenaturais. Depois da morte do assassino de gatos a gataiada entoou um hino de guerra que ecoou pela noite adentro.
Olá, Morugana! Tudo bem?
Gostei bastante do seu conto! Amo gatos e foi muito satisfatório ler sobre essa vingança! 😻
Óbvio que precisamos embarcar na aventura, pq nenhum gato conseguiria matar assim tão fácil um homem adulto. Mas isso não interfere em nada no conto que é um dos meus preferidos!
Está muito bem escrito, com uma pitada de suspense e ação e a doce vingança no final! Muito bom!
Parabéns e boa sorte no desafio!
Até mais!
Insidioso nos apresenta uma catártica história de vingança. O título é ótimo, e nos revela e descreve com precisão esse heroi felino que se aventura pela noite escura, se esgueira pela janela e ataca na jugular o vilão assassino de gatos. O autor não se preocupou muito em fazer mistério ou preparar uma reviravolta. A condição felina e ferina do nosso heroi é revelada logo no início do texto. O leitor não encontra prazer em uma revirada sensacional propriamente, mas na sensação de deleite dessa vingança bem narrada e tão ambicionada por todos aqueles que têm algum amor ou algum cuidado com esses inocentes indefesos envenenados na Piedade e em todo lugar.
Oi, bem?Seu conto é muito satisfatório. Quem não gosta de uma… justiça? Adorei sua história.
A escrita é muito boa e nos conduz sorrateiramente ao desfecho. Eu peguei uns spoilers, então já sabia que era um gato, mas, apesar disso, não perdi o encanto. Me diverti com a leitura e me senti representada também. Você foi muito perspicaz e inteligente. Quem não vai gostar de um conto desses? Onde o mal vence o bem, e o bem vem na forma de um gatinho justiceiro.
Muito bom, parabéns!Boa sorte no desafio!
Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.
Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.
Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.
Um gato soturno busca vingança, ou justiça, contra a pessoa que vem envenenando seus companheiros. Achei a história criativa e o texto bem competente.
Técnica: Boa. A leitura é ágil e o autor prende a atenção. Um único parágrafo e lemos de uma só vez, sem ser corrido ou confuso.
Interesse: Alto. Não da para dizer que houve uma ressignificação da história já que o autor optou por fazer uso da palavra “pata”. Isso diminui um pouquinho o impacto final, mas foda-se. É um gato entrando pela janela, se vingando por um envenenador e miando como um lobisomem uivaria.
Objetivo do autor: Acho que aqui houve intenção de surpreender o leitor pelo inusitado assassino gato. A abertura sugere um homem invadindo uma coisa. A surpresa da revelação seria concluída pela motivação do envenenamento. Eu teria gostado mais se o autor tivesse segurado mais a surpresa. Mas esse sou apenas eu.
De fato, está entre meus favoritos.
Adorei esse justiceiro!
A narrativa brinca com expectativas. Primeiro, pensamos se tratar apenas de um assaltante (humano, claro). Depois, descobrimos que é um ser diferente – mas nada impediria a presença de um lobisomem, por exemplo. Por fim, descobrimos ser um gato com uma missão de vigança.
Bela ambientação.
Boa sorte!
Gostei. Não há aqui sutilezas ou referências implícitas, nem deixa lacunas que o leitor precise preencher. É o típico miniconto que aprecio: um enredo direto, que cria mistério desde o início, apresentando um conflito claro: a morte de um homem por um animal em ato intencional, não de sobrevivência.
As cenas seguem uma progressão coesa, bem estruturada, sem devaneios ou reflexões desnecessárias, culminando em uma resolução impactante: a vingança de um gato que assume a audaciosa tarefa de eliminar um humano de comportamento vil, conhecido por envenenar gatos no bairro da Piedade.
O desfecho é apoteótico e imagético, sobretudo do ponto de vista felino. O autor escolheu o animal perfeito para protagonizar essa vendeta, considerando as crenças populares sobre os gatos domésticos que, ao contrário dos cães, são comumente vistos como rancorosos e vingativos.
A escrita da narrativa é fluida, corre lisa, agradável e bem pontuada. Por fim, o título, “INSIDIOSO”, parece refletir a atmosfera sombria e a natureza engenhosa e calculista do protagonista felino. A imagem casa bem com o texto também. Parabéns ao autor.
Olá, Morugana.
Muito boa a sua história. Vemos o que pode ser tida como uma vingança legítima por parte dos felinos. Situações extremas podem levar a agrupamentos impensáveis de interesses comuns… Ainda assim, creio que o impacto seria maior se na primeira metade de seu microconto as características animais fossem “mascaradas” ou ocultadas por palavras mais genéricas que se referissem à mesma ação.
Parabéns pelo conto e boa sorte neste desafio.
Eu gostei muito deste conto. Trata de morte, vingança (seria justiça?) e a utlização da figura do felino me lembrou o Poe (o que é bem elogioso). Gatos são animais dóceis e, ao mesmo tempo, defensores de suas vidas. A escrita é firme e constante e o conto possui começo e final, o que é complicado com tão poucas palavras. Um dos meus favoritos até agora, parabéns.
Bom dia/boa/tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!
Micro resumo: gato faz a boa e mata o fdp que matava gatos no bairro. Um herói.
Microsensações: um conto muito bom! é curto e direto ao ponto, sem reviravoltas ou entrelinhas muito profundas, o que mostra que, ao contrário do que podemos pensar inicialmente, um micro conto não depende necessariamente de um plot twist ou subtexto pra funcionar. Esse aqui funciona muito bem indo direto ao ponto e entregando começo, meio e fim de forma eficaz. Também entrega um final de certa forma apoteótico, onde eu, pelo menos, vibrei e comemorei.
Impacto:
Micro
Médio
Macro –> o desenlance da história nos entrega com precisão o que precisamos saber: um gato herói assassina o lazarento do bairro. Me pegou forte o conto, e o final, como já mencionei, é apoteótico.
Uso das pouquíssimas palavras permitidas: excelente! muito contando em pouco espaço, começo meio e fim bem estruturado, clímax e desfecho. Belíssimo trabalho.
Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: se eu soubesse miar, teria miado junto dos gatos com o desfecho do conto.
Parabéns e boa sorte no desafio!
História muito bem construída e com um final além do usual.
Foi possível imaginar cada movimento, o que mostra a descrição competente.
parabéns
Texto de vingança felina, somente isso já é o suficiente para elogios. Gostei da maneira como foi construído, sem deixar a perceber que o bichano era o real assassino da ocasião. Assim como vários contos nesse desafios, teve essa tal surpresa final, mas aqui há algo criativo e que conclui com uma imagem interessante.
Gostei da historia, muito bem escrita, gramaticalmente perfeita. Gostei também do final, com a solidariedade da confraria dos gatos. Parabéns
Esse conto me divertiu bastante!! Sou do time dos gatos. Adoro felinos, e me sinto completamente indignado com pessoas que fazem atrocidades a eles! Esse gatinho aí lavou a alma dos amantes de gatos.
O conto inicia como se fosse ser uma simples história de terror. Na realidade, como utiliza palavras como “alvo”, pensamos até que é um matador de aluguel que está entrando na casa. Mas então ele revela seu instrumento de matança… a garra! Isso faz com que pensemos que se trata de um monstro! Após o assassinato, temos a revelação: era um gatão! Os gatos então miam para comemorar, e então começa a maior gataria, com a morte do covarde envenenador.
Esse conto brilha pois ele consegue construir uma história muito boa num espaço tão pequeno, com um começo, um meio e um fim, e ainda uma reviravolta no final, sem contar com todo o suspense que nos é apresentado. A única coisa que me incomodou é tudo se desenvolver em um único parágrafo… acho que teria ficado um pouco mais fluido se a construção fosse repartida em mais parágrafos.
Mas de qualquer forma, esse conto certamente estará na minha lista de melhores do desafio.
À primeira vista, não se imagina quem seria o invasor. Na sequência, começa a revelar a sua identidade conforme vai transcorrendo a ação. De maneira enfática, a cena vai acontecendo, trazendo à tona a vingança felina. O texto cumpriu bem o seu dever. Parabéns!
Um conto bastante interessante. Está bem escrito, tem uma reviravolta no meio, quando descobrimos qual ser entrou no quarto e um belo final, gostei da parte “um misto de alivio e homenagem”.
📜 Conteúdo (⭐⭐▫): um gato vingativo mata aquele que caçava os gatos da cidade. Interessante que conta um ato da história, mas nos dá também um antes e um depois.
📝 Técnica (⭐⭐▫): ok, conduz com eficiência a curta narrativa
💡 Criatividade (⭐⭐▫): boa, um fato inesperado
🎭 Impacto (⭐▫▫): apesar de tudo, a história não me marcou, pois entregou logo no início sobre o que era.