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Detox Literário.

Ficção (Thiago Amaral)

A mídia, comprou a falsa narrativa. “Vítimas de abuso” são as mais novas best sellers. O público compra histórias desse gênero. Contaria sua própria história nos tribunais. Sua versão do diretor. Pelo peso das acusações, teria que ser seu magnum opus.

Contratos cancelados, séries interrompidas sem explicação. Virou autor incompreendido, ele, com décadas de sucesso.

Leu a sentença. Que falta de estilo!

Se tornara autor incompreendido, maldito. Sinal dos tempos. Mas os gêneros vão e voltam.

Teria seu momento novamente. Quem sabe após a morte?

Olhava a corda na mesa. Sua única chance de retorno.

80 comentários em “Ficção (Thiago Amaral)

  1. jowilton
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O conto narra a história de um escritor em decadência que planeja se matar para poder voltar ao sucesso.

    Histórias de suicidas não me empolgam muito. Acho pouco original, não me impacta muito. Achai a técnica narrativa um pouco truncada.

    Boa sorte no desafio

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Também não achei tão impactante, Jowilton. Mas a decisão do personagem fez sentido pra mim, de forma irônica e absurda, e aí usei. Pena que não curtiu.

      Obrigado pela leitura.

  2. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: Tema bastante presente na contemporaneidade, talvez possamos chamar de “cultura de cancelamento”. Mas a abordagem é acidentada pela técnica. Logo no início, uma vírgula separa o sujeito do predicado e distrai da leitura, com uma série de pontuações excessivas logo no primeiro parágrafo. Além disso, a segunda frase que trata das “vítimas de abuso” me pareceu muito mais mau-gosto do que cinismo. Escolher a perspectiva da figura acusada foi interessante e o desfecho também surpreendeu e concluiu o texto na abordagem mais “provocadora”, com um personagem que considera até a própria morte como uma forma de resposta. Entretanto, o início atrapalhado prejudicou a execução toda e talvez, em um espaço maior, a ideia pudesse ser mais bem explorada.

  3. Roberta Andrade
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Não entendi a referência, o que me deixou meio deslocada. Mas gostei do tom afiado e irônico, e da construção do personagem que vê a própria vida como uma obra de ficção.

    De toda forma, a técnica foi bem executada. Boa sorte!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Oi, Roberta. O conto foi inspirado em temas atuais, mas a intenção era que não precisasse conhecê-los para entender.

      Que bom que gostou, principalmente desse aspecto da visão do autor, que foi o mais importante pra mim.

      Obrigado pela leitura!

  4. Victor Viegas
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Brenner!

    A história me pareceu um pouco confusa e truncada. Percebo alguns erros como a vírgula na primeira frase separando o sujeito do verbo, e a falta de itálico no estrangeirismo. Com mais uma revisão, esses desvios poderiam ser evitados. Boa sorte no concurso!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Concordo, Victor. Pena que não curtiu, apesar dos problemas.

      Obrigado pela leitura

  5. Sidney Muniz
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Bom dia!

    A mídia, comprou a falsa narrativa.

    A frase inicial chama a atenção. O contexto é óbvio, ou não.

    “Vítimas de abuso” são as mais novas best sellers.

    Sim, são os tempos atuais. Mas quando é que não gostamos de tragédias?

    O público compra histórias desse gênero. Contaria sua própria história nos tribunais. Sua versão do diretor. Pelo peso das acusações, teria que ser seu magnum opus.

    É um risco, mas se vai cair que caia de pé.

    Contratos cancelados, séries interrompidas sem explicação. Virou autor incompreendido, ele, com décadas de sucesso.

    Nada como um dia após o outro e o poder do cancelamento é algo inevitável hoje em dia. Temos vários casos pelo mundo, principalmente quando se é famoso.

    Leu a sentença. Que falta de estilo!

    Se tornara autor incompreendido, maldito. Sinal dos tempos. Mas os gêneros vão e voltam.

    Acredito que esse “incompreendido” tenha um significado de ambiguidade aqui e isso é a parte boa para mim. E sim, assim como a moda “vai e volta” pois também é moda.

    Teria seu momento novamente. Quem sabe após a morte?

    Não sei se ele perdeu seu momento. Acho que está em um momento pior, publicamente, mas se teve décadas de sucesso, dificilmente será esquecido, porém será lembrado para sempre pelo peso das acusações, sejam elas falsas ou verdadeira.

    Um conto simples, não me chamou para dançar, mas é um conto bem escrito.

    Parabéns e boa sorte!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Sidney, quem sabe a gente dança no futuro? Até uma próxima, valeu pela leitura.

  6. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    Opa, ia mandar um textão aqui, mas vou ser sucinto e muita coisa já foi falada nos comentários abaixo.

    Gostei do tema, achei seu desenvolvimento interessante, mas a última frase ficou um tanto melodramática. Se ele é inocente, pra quê tentar tirar a própria vida? Mas se é culpado, duvido que tenha coragem de tirar a própria vida. O criminoso sexual é o mais covarde que existe. Ele é tão covarde que não tem coragem de se encerrar, talvez por acreditar que seu destino não será um belo campo com água límpida correndo e frutas doces prontas para serem degustadas nas árvores. Acho que a única fruta que uns sujeitos desses irão receber no Outro lado será um belo dum abacaxi.

    Tentar tirar a vida para resgatar a fama, isso me lembra da suposta carte da Getúlio Vargas falando “Saio da vida para entrar na História”.

    Boa sorte no desafio.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Renato, tudo bem?

      Não pensei muito se alguém na vida real poderia pensar assim. Mas curti dar voz pra essa pessoa absurda, que vê tudo na realidade sob uma ótica da própria carreira. A referência a Getúlio é algo tem o espírito do que eu pensava, mesmo (apesar de não lembrar, claro)

      Valeu pela leitura.

  7. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Seu texto narra a derrocada de um autor, após ser acusado de abuso por vítimas. O texto sugere que as acusações são falsas, mas o narrador pode estar influenciado pelo autor. Se todo abusador entendesse que seus atos são abusos, teríamos menos deles, eu acho.

    Tem uma vírgula mal utilizada na primeira frase. Isso dá uma péssima expectativa, que não se efetiva. Sua opção por picotar a narração parece fazer referência a um emaranhado de manchetes. Uma escolha estética que deixa a leitura truncada, mas ganha no efeito sensacionalista.

    Lembrei do recente caso do Neil Gaiman, sobretudo por você mencionar o cancelamento de séries.

    Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Oi, Luis.

      Sim, o narrador é totalmente influenciado pelo personagem. Espero que tenha curtido.

      Obrigado pela leitura.

  8. Andre Brizola
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Brenner!

    Seu conto tem tema bastante atual, sobretudo com as novas denúncias ocorridas sobre as más condutas de Neil Gaiman, ocorridas apenas alguns dias atrás, após a publicação dos contos no desafio. Não se pode dizer que é uma previsão do futuro, pois tem sido evento recorrente, não só no ramo da literatura.

    Há em seu texto uma reflexão constante por parte do personagem, o autor, que questiona tudo, a validade das acusações, o peso de sua própria significância, o poder da mídia. Entretanto, ele não se justifica, em nenhum momento, mas faz um contraponto interessante entre o que está e o que não está entre aspas (falsa narrativa e “vítimas de abuso”), o que dá a entender no que ele acredita de fato, estando certo ou errado. Não sabemos a verdade, mas é possível inferir aquilo que ele crê ser a verdade.

    Tecnicamente, o texto poderia ser um pouco mais trabalhado para resolver alguns probleminhas que me chamaram a atenção. O fluxo de considerações que o personagem faz é muito intenso, mas poderia ter sido mais bem dividido para gerar uma compreensão melhor. Tomo como exemplo o quarto parágrafo, terminado em “mas os gêneros vão e voltam”. Essa frase final é interessante, forte. Poderia ser um parágrafo único, uma reflexão pontual do autor. Mas aqui ela aparece como uma conclusão da primeira parte do parágrafo, perdendo muito do seu potencial, sabe? Também funcionaria melhor como abertura do parágrafo seguinte, pois remete a um retorno, e combina com o que é abordado nele.

    Outra coisa é a conclusão apressada. Ele vai de “quem sabe após a morte”, evocando dúvida, para “sua única chance”, a certeza, de um parágrafo para o outro. Muito rápido, sem reflexão suficiente para isso. O texto não dá indícios dessa velocidade de raciocínio. Ao contrário, no começo havia planos para contar sua própria versão da história no tribunal.

    Então, em resumo, acho que o conto poderia ter tido um pouco mais de maturação. A ideia é boa, extremamente atual, mas pareceu trabalhada de forma apressada. Por outro lado, essa é apenas a minha opinião. Se uma coisa é certa nesse desafio, é a de que são muitas, muitas pessoas comentando, e as opiniões são extremamente variadas. Mas, se de alguma forma as minhas críticas gerarem algum tipo de reflexão num próximo processo de escrita, eu fico satisfeito.

    É isso. Boa sorte no desafio!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Valeu pelas sugestões, André, e que bom que achou o conto interessante.

      Até a próxima.

  9. Leo Jardim
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): um escritor foi cancelado por supostamente abusar de algumas pessoas. Ele diz que foi injustiçado e acaba recorrendo ao suicídio.

    📝 Técnica (⭐⭐▫): funcionou bem para conduzir o conto, apesar de ser um pouco dúbio e confuso

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): dentro da média do desafio

    🎭 Impacto (⭐▫▫): apesar do tema que está muito em voga, não achei o conto impactante. Ele tentar tirar a própria vida é trágico, mas não tão inesperado

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      E aí, Leo. Também não acho tão inesperado. Mas deu pra surpreender alguns, ainda bem kkk

      Valeu pela leitura.

  10. Priscila Pereira
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Brenner! Tudo bem?

    O título do conto é ficção mas é, infelizmente, baseando na realidade. O ego de um escritor pode ser maior que o instinto de sobrevivência.

    Manipular assim a vida para que a obra se sobressaia é terrível. Na verdade tudo que é manipulado e manipulável não é sincero e deveria ser rejeitado.

    A escrita está meio truncada e não flui muito bem, mas já comentaram bastante sobre isso.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Oi Pri, tudo bem?

      Sim, elevei esse personagem ao absurdo de tirar a própria vida para quem sabe manter seu ego inflado. Gosto dessa ideia. Legal você ter mencionado.

      Obrigado pela leitura!

  11. Marco Saraiva
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    A história de um autor que foi desgraçado pelo público após vítimas o acusarem de abuso. Infelizmente, uma história que está se tornando lugar-comum nos dias de hoje, especialmente com a mais nova iteração no caso de Neil Gaiman.

    Gostei de como o conto é dúbio sobre a verdade das acusações. Eu posso lê-lo tanto como o autor sofrendo por ser falsamente acusado (especialmente na frase inicial, que fala de falsas narrativas), agora contemplando o suicídio, como também o autor tentando inventar uma história para desacreditar vítimas verdadeiras (contarei a minha história, será um magnum opus). É um texto relevante justamente por ser neutro e fazer pensar.

    O caso do Gaiman, por exemplo: o mundo inteiro já o julgou. Miríades de influencers já têm lido o obituário da sua carreira nas redes sociais. Muitos têm criado, inclusive, guias ensinando pessoas a superar a triste realidade de que o seu autor e herói é um abusador.

    A verdade, nua e crua, é que são acusações. Até onde sei, uma parte delas já foi abandonada, e ele ainda não foi sequer julgado em nenhuma delas. Mas o povo já o julgou e condenou. O conto fala bem o impacto que isso tem na mente do autor. Todos são muito rápidos em condenar, poucos têm a coragem de esperar a justiça valer. Como as coisas funcionam hoje, se ele for condenado, estará provado que é um ser desprezível, e se não for, ficará para sempre manchado na mente das pessoas como alguém que escapou da justiça. Em uma situação como essa, o final do conto, com o autor contemplando a morte, não está tão longe da verdade.

    Parabéns!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      E aí, Marco, tudo bem?

      De fato é uma situação muito complicada. Poucos conseguem se manter neutros diante de histórias tão pesadas. No caso do Gaiman, pesadas e numerosas. Há também um medo de se parecer estar dando licença ou passando pano para o que ele fez, o que sempre foi muito comum em nossa sociedade, principalmente com homens de influência. Então o padrão hoje é evitar que esse tipo de coisa aconteça, creio eu.

      Engraçado que eu sempre vi esse conto como pendendo para mostrar que o personagem era um narcisista que só se importa com a própria carreira, mas pra você funcionou como obra neutra. Fico feliz. Pensando bem, acho que ele pode ser narcisista, doente, mas também inocente, né. Só que pra mim ele sempre foi culpado, também hehehe

      Valeu pela leitura, meu amigo.

  12. Gustavo Araujo
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Aqui há um tanto disso. Temos a breve história de um escritor vítima de cancelamento por ter, ao que parece, enganado diversas pessoas. Irresignado, apela ao Judiciário que, não obstante, o condena por meio de uma sentença risível. Ao fim sua redenção, sua inocência, a justiça em termos filosóficos, só poderá ser reconquistada com a morte por enforcamento.

    É um conto muito bem montado. Escritores malditos são uma fonte inesgotável de inspiração, ainda mais quando seus pecados estão atrelados à literatura, que é o caso aqui.

    O único aspecto que me impede de gostar 100% do conto é o spoiler de que ele pretende dar cabo de si mesmo. Refiro-me à frase “quem sabe após a morte?”, no penúltimo parágrafo. Para mim, o conto ganharia muito mais força se essa intenção fosse revelada apenas no parágrafo final. Isso, de fato, traria o impacto definitivo e com a devida contundência.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      O ponto que você salientou aqui realmente me fez pensar um pouco antes de mudar, Gustavo. “Será que estou explicando demais?”. Acabei optando por manter a frase, mas entendo sua visão.

      Obrigado pela leitura.

  13. Felipe Lomar
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    olá,

    um tema muito atual, daqueles que tem que tomar muito cuidado ao escrever. O conto é aberto demais, e pode soar apologético para alguns, ainda mais à luz do recentíssimo caso Neil Gaiman. O autor consegue criar personagens muito vivos e faz o leitor empatizar, o que demonstra habilidade.

    boa sorte!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Olá Felipe.

      Pior que eu não tive a intenção de deixar aberto, mas acabou soando para muitos. Para mim estava claro que o personagem era narcisista. Mas entendo as outras interpretações. Não queria soar apologético, de forma alguma.

      Que bom que consegui esse efeito de empatia no texto.

      Valeu pela leitura!

  14. Thais Lemes Pereira
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Thais Lemes Pereira

    Olá, Brenner.

    Contexto pessoal

    Quando vi que o seu conto ia fazer uma crítica às pautas que são consideradas “quentes” no jornalismo, fiquei bastante empolgada para ler. Tenho habilitação para trabalhar como jornalista, mas foi uma escolha não atuar e a escolha dessas pautas e recorte que se faz delas é um dos motivos.

    Análise do conto

    Ainda assim, preciso te confessar que achei o conto bastante confuso. Precisei ler e reler algumas vezes, para começar a tentar entender a mensagem que você quis passar. Para mim, infelizmente, não ficou claro quem era o personagem principal. Vou tentar explicar o que eu entendi, depois quero saber do que a história de fato se tratou:

    Um diretor ou roteirista solta uma falsa nota o acusando de ter sido abusivo com alguém para ganhar fama em cima dessa pauta. Porém o tiro sai pela culatra e o que aconteceu foi o contrário: teve contratos e séries canceladas. Devido o status atual, ele cogita se matar. Pensando sobre isso, lembra que a morte também é uma pauta quente para a mídia e o reconhecimento.

    Será que foi isso mesmo?

    Outra coisa que me incomodou foi a repetição de “autor incompreendido”. E justamente o que me faz pensar que a minha análise do conto está errada é a descrição do diretor/roteirista pela mídia como um autor incompreendido. Parece um parecer sutil demais para quem está perdendo contratos. Até porque hoje em dia quem dita a punição de uma pessoa pública é a mídia e público, sem essa pressão, o autor incompreendido continuará sendo só o autor incompreendido.

    Conclusão

    Espero que compreenda tudo isso que levantei. Infelizmente ainda são muitos questionamentos e perguntas que espero ter a oportunidade de esclarecer ao final do desafio.

    Desejo um bom desafio!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Oi Thais, tudo bem?

      Interessante ver a perspectiva de alguém do meio jornalístico sobre o conto. Eu não tinha pensado que ele poderia ter criado uma nota falsa para gerar fama originalmente. Mas é uma ideia legal, que faz sentido com o personagem que eu estava pensando.

      Acredito que a confusão com “diretor” seja por causa da expressão “versão do diretor”. Pensei nele mais como um escritor, mesmo, mas poderia ser qualquer artista. Aqui eu apenas usei essa expressão para querer dizer que a versão do personagem, para ele, era a mais fiel e verdadeira. “Versão do diretor” geralmente é a versão mais longa de um filme ou jogo, exatamente como o autor havia planejado, em oposição a uma versão mais editada que o estúdio ou distribuidora tenha lançado originalmente. É mais ou menos por aí que eu estava pensando, na linha das comparações com recursos da ficção que o personagem faz o conto inteiro. Pelo jeito ficou bem confuso hjauhajhaj

      Minha intenção com “autor incompreendido” era que fosse um julgamento do próprio personagem, e apenas dele. Ele lê tudo favoravelmente a si. Ele não se vê culpado, apenas incompreendido. A repetição do termo foi cagada de revisão, na pressa jhauhaj

      Obrigado pela dedicação em entender. A sua interpretação do texto me fez pensar um pouco.

      Até mais!

  15. André Lima
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    A narrativa aqui apresentada é muito interessante, mesmo deixando de lado o que para muitos seria o tema central: a inocência ou não do protagonista.

    Achei interessante que a abordagem foi para outro lado, fugindo do lugar-comum. Pontaço para o autor. Os temas da atualidade como cancelamento, condenação social e devido processo legal foram muito bem executados.

    A técnica é boa, assim como o ritmo. Gostei bastante do resultado.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Que bom que curtiu, André.

      Realmente, o centro pra mim era entrar na cabeça desse homem que criou uma própria ficção pra si mesmo, para justificar tudo que estava acontecendo fora da cabeça dele. Talvez não tenha ficado claro, mas faz parte.

      Valeu pela leitura!

  16. leandrobarreiros
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Um texto interessante que poderia ficar melhor com alguma revisão. Eu acho o tema do “cancelamento” engraçado. O que eu vejo de gente no youtube querendo ser cancelada ou gritando que foi cancelada para angariar público não está no gibi. Nessa história em específica observamos tudo sob o pov do escritor personagem. Algumas tiradas são muito boas, como sentença em “falta de estilo” e a única chance de retorno.

    Técnica: Acima da média. Aqui creio que faltou revisão. A primeira frase, por exemplo, desanima um pouco por conta da virgula. Também a virgula entre “ele”… não sei se está errado, mas deixou a fluidez um pouco estranha.

    Interesse: Acima da média. Acho que as tiradas e ideias salvam o descuido com a fluidez.

    Objetivo do autor: Trazer um assunto contemporâneo (embora, eu ache, não seja mais tão contemporâneo), causando surpresa com a frase final. Que, por sinal, é bem boa.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Fico feliz que tenha curtido o conto, Leandro. Apesar das inúmeras falhas, também gosto das ideias e vários dos elementos por trás do conto. Obrigado por observá-las.

      Valeu pela leitura, e nos vemos no próximo!

  17. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Olá, Brenner, gostei muito do seu conto. Bastante pesado. Densidade bem alta e o impacto foi semelhante a uma grande pedra caindo no meio do lago tranquilo. Lançou água para toda banda. Gostei da forma como você foi me conduzindo e a saída encontrada pelo “diretor”. A saída será a porta do porão, até que um dia de novo ele volte a ser aceito pela sociedade que agora o apedreja por conta de algo verdadeiramente tão terrível. Parabéns.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Obrigado pelo comentário, Fernando. Que bom que gostou.

      Curti sua leitura metafórica do texto.

      Até a próxima.

  18. Amanda Gomez
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Um conto que facilmente poderia sair nas páginas de jornais hoje em dia. Menos ficção, impossível.

    O texto é carregado de desprezo e desespero que o personagem sente diante da própria situação. Em nenhum momento ele assume sua inocência ou tenta nos convencer disso. Está mais preocupado em refutar as acusações e justificar que isso virou algo rotineiro. Ele se vê como uma pobre vítima.

    A morte da reputação é algo extremamente perigoso nos dias de hoje. As pessoas atiram pedras a esmo, às vezes certeiras (na maioria dos casos, como parece ser aqui), mas… e quando não são?

    Pelo relato, já fiz meu julgamento. Não dá para saber a real opinião do autor. A escolha pela morte surge como o único recurso do personagem, a única forma de virar vítima nessa história. O suicídio poria fim aos ataques e transformaria toda a narrativa. Não apagaria seus crimes, mas lhe renderia novos leitores, e alguns o transformariam em um herói incompreendido. E ele, com certeza, se tornaria um novo best seller.

    O peso do julgamento é esmagador, e dificilmente alguém sai ileso. Lembrei de vários casos reais, inclusive da morte daquele ator de Glee, pedófilo que se suicidou. Muitos fãs ainda choram por sua morte. Se estivesse vivo… talvez as lágrimas já tivessem secado há muito tempo.

    Falando sobre um certo autor… o artista morre, morre até em vida. Sua obra, não. Antigamente eu costumava dizer que o autor de um livro, pra mim, era totalmente desimportante. Não quero saber quem é, o que faz, qual sua opinião política, e etc. Se eu gosto de uma história, dificilmente vou deixar de gostar. Porque ficção é ficção. Não sei se permaneço com a mesma opinião. Diria que sim.

    Parabéns pelo trabalho.

    Boa sorte no desafio.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Oi Amanda, tudo bem?

      Ótimo comentário, muito obrigado pela leitura atenta.

      Na minha cabeça, o cara era culpado. Pelo menos ele era bastante superficial, não é mesmo? Mas é interessante ver outras possibilidades da história.

      Até o próximo desafio.

  19. Diego Gama
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    O final impacta bastante e inclusive é o que acontece com muita gente quando se existe esse tipo de acusação. O final é muito bom mas o que o antecede é morno no meu gosto. Mas bem escrito, parabens

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Obrigado, Diego. Pena que não gostou de tudo, mas que bom que o final te impactou.

      Até uma próxima.

  20. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Escritor é acusado de um crime, perde o prestígio e vê apenas uma saída para sair do fundo do poço.

    Desenvolvimento: Achei um tanto confuso, às vezes a impressão que dá é que foi escrevendo sem pensar melhor na organização das ideias do texto. 

    Destaque: Devido ao que expliquei no item anterior, nesse texto não consegui separar algum trecho para destacar, pela falta de envolvimento. 

    Impressões da leitura: Para mim o texto não funcionou, infelizmente, penso que seria bom se reestruturasse esse texto, buscando melhorá-lo.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Que pena que não funcionou com você, Bia. Como expliquei na Live, o texto sofreu com uma sequencia de erros e infortúnios hahahah

      Obrigado pela leitura, até a próxima.

  21. Rodrigo Ortiz Vinholo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Confesso que achei essa complicada. Um assunto espinhoso como esse geralmente pede ou uma narrativa mais sensível, ou algo com uma pancada, e mas acho que a história não se comprometeu propriamente nem para um, nem para o outro lado.

    Eu gosto da ideia do autor abusador se achar uma vítima das circunstâncias, um incompreendido, porque até combina com os perfis que muitas vezes surgem nesses escândalos, mas a indicação final acaba parecendo fora do tom… e mesmo as afetações dele sobre “falta de estilo” me parecem muito deslocadas.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Oi, rodrigo. Fico feliz que tenha localizado o centro do tema, que era o personagem justificando para si. Pena que o conto não tenha funciconado para você.

      De qualquer forma, valeu pela leitura.

  22. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    O conto lida com o tal “assassinato de reputações” que, se por um lado, tem destruído algumas carreiras, por outro lado tem revelado os monstros que se escondem sob o manto do abuso de poder. Só não entendi como o suicídio por enforcamento o iria redimir… aumentaria suas vendas? Minha implicância fica com a frase final “sua última chance de retorno”. Boa sorte no desafio!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Oi, Daniel. Acho que na cabeça do personagem, quem sabe, ele se tornaria um tipo de Van Gogh e sim, voltaria às vendas, seria considerado gênio, etc e tal. É um modo bem simplista e bobo de ver as coisas, mas é o personagem absurdo que eu estava pensando.

      Valeu pela leitura e pelo comentário.

  23. Fabiano Dexter
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Achei o conto bem interessante. Começa com uma narrativa mais lenta, sobre um ator que caiu em desgraça devido a uma falsa acusação (mas qual não é?) e vai desenvolvendo essa ideia sem muitas pretensões até que conclui muito bem a história, pois não há nada mais poderoso para se limpar reputações do que a morte (nossos inúmeros políticos estão, ou não estão mais, aí para provar)

    Gostei de como a ideia foi desenvolvida e de como a conclusão se deu, certamente um micro para ser lembrado.

    Parabéns!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Valeu pela leitura, Fabiano. você captou bem o que eu quis expor no conto.

      Até o próximo desafio, espero!

  24. Luis Guilherme Banzi Florido
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: autor acusado injustamente de um crime decide se suicidar para voltar a ser santo após a morte.

    Microsensações: o conto me parece uma crítica à cultura do cancelamento do mundo atual, onde alguém é acusado de um crime e já é condenado pela opinião publica. A mensagem me parece um pouco vazia e pouco convincente. Pelo momento em que foi escrita, parece se referir ao Gaiman, mas parece que careca de poder e de consistência. Acho que esse tipo de conto funciona melhor quando aparece com uma roupagem de enredo, onde a mensagem se dilui e o leitor a interpreta. Quando o conto inteiro é a própria mensagem, e nao um enredo onde a mensagem se camufla, acho que perde um pouco a força, pois parece mais uma crítica opinativa do que um conto literário, sabe? Não to dizendo que voce nao pode ter essa opiniao ou nao pode tecer sua critica, mas do jeito que está parece mais um post de midia social do que um conto propriamente dito. Desculpa se minhas palavras parecem meio duras (e acho que realmente estão, sinto muito), não tenho a intenção de detonar seu conto, mas sim colaborar com minha visão de o porque esse conto, pelo menos pra mim, nao causa impacto e acaba deixando sua mensagem se perder.

    O final é o ponto alto, onde você introduz um subtexto mais sutil, nos mostrando por meio da cena que o homem quer voltar a cair nas graças da opiniao publica após sua morte. Esse trecho mostra sem dizer, enquanto o restante do conto diz sem mostrar.

    Impacto:

    Micro –> bom, acho que já expliquei o suficiente acima.

    Médio

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: razoavel. O conto nao exige muito espaço, já que a mensagem é literal. O trecho final, como ja mencionei, ganha pontos aqui, tambem, onde voce consegue lançar mao de um bom subtexto, contando mais do que as palavras escritas.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: abri minha midia social e li uma opinião/crítica sobre cultura de cancelamento. Continuei baixando a timeline, e a mensagem nao me marcou.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Oi, Lu. Pena que você não viu o que eu queria aqui. Mas entendo como o começo do texto auxilia e muito essa interpretação.

      Você achou que eu era um autor reacinha desabafando no Entrecontos hahahah Engraçado

      Bjs

  25. Sabrina Dalbelo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá, Entrecontista,

    Fama é ouro, não é?

    Perdeu o bestseller, os holofotes. Se for para aparecer na mídia, nem que seja com a minha morte! Cara narcisista esse personagem. E bobo também, porque vê no suic1d1o uma possibilidade de aparecer, ser famoso.

    Muito bem.

    Dica podre, se me permite: quem sabe rever os tempos verbais? Tem vários tipos de pretéritos aí, dá uma olhadinha, se achar legal, para conferir.

    Valeu pelo texto. Ótima crítica.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Obrigado pela leitura, Sabrina. Você pegou bem o espírito da coisa.

      Sua dica não foi podre, de forma alguma. Pra mim, a questão técnica também é importante (apesar de não ter dado certo dessa vez rs). Claro, tendo a preferir as ideias, mas nada como uma leitura fluida, né?

      Até a próxima!

  26. claudiaangst
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Escritor, falsamente acusado pela mídia de ter cometido algum crime hediondo que o tornou maldito entre os seus leitores. Perdeu o posto de bestseller para as vítimas e acredita que a única possibilidade de retornar à fama seja se enforcando.

    A linguagem empregada Há repetição de palavras muito similares: comprou/compra, autor/autor, além disso há um erro grave logo na primeira frase:

    A mídia, comprou a falsa narrativa > A mídia comprou a falsa narrativa Não se separa o sujeito do predicado, a não ser por alguma informação isolada entre vírgulas como: A mídia, influenciada pela fama decadente do autor, comprou a falsa narrativa.

    Se tornara autor > Tornara-se autor

    Em um momento, o escritor diz que enfrentaria o julgamento: “Contaria sua própria história nos tribunais. Sua versão do diretor. Pelo peso das acusações, teria que ser seu magnum opus.” E assim realizaria a sua”obra de arte de valor excepcional”. Mas no final da narrativa olha a corda na mesa como sua única chance de retorno. Então acredito que houve três tempos: o antes do julgamento, a leitura da sentença e já condenado, a morte em futuro bem próximo.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Obrigado pelos apontamentos técnicos, Claudia. Espero que tenha achado o conto interessante.

      Até o próximo desafio.

  27. JP Felix da Costa
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Autor de carreira, falsamente acusado, pelo menos pela perspetiva dele, vê a sua vida artística terminar.

    Só gostei do conto quando li a última frase. Achei que dizia muito mais do que o que parece dizer. Temos o caso de um realizadordiretor que se vê acusado de abuso. Encara o julgamento como a projeção de um filme, uma “versão de realizador”, uma obra-prima, que ele tem de montar para apresentar a o júri. Falha no seu intento, é condenado. Decide acabar com a vida, não por arrependimento nem por algum tipo de depressão provocada pelos eventos. Apenas procura voltar à ribalta, à fama, e esta é a única forma que acredita ser capaz de tornar isso possível.

    O conto não nos fala do abuso no mundo do cinema, não nos fala na cultura de cancelamento, não nos fala em falsas acusações, fala-nos na obsessão pela fama, uma obsessão levada ao extremo do suicídio quando essa se mostra a única forma de regressar à ribalta.

    • Thiago Amaral
      3 de fevereiro de 2025
      Avatar de Thiago Amaral

      Isso mesmo, JP. Você pegou bem o espírito do que eu quis colocar no texto. Fico feliz.

      Valeu pela leitura, e até o próximo desafio.

  28. Thiago Amaral Oliveira
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Um conto ambíguo, que parece propositalmente confundir, apresentar vários lados.

    Por um lado, no primeiro parágrafo, o narrador parece afirmar que as narrativas são falsas. Por esse motivo, o leitor tende a acreditar nisso. No entanto, ao nos aprofundarmos no conto, o personagem parece bastante narcisista, arrogante. Será que as duas possibilidades podem coexistir? Será que a autoria (real) está querendo causar polêmica com um tema tão na moda?

    Confesso que fico na dúvida em relação às intenções aqui. Realmente, parece ser causar um bafafá. Afinal, não se consegue definir exatamente de que lado está, e várias opiniões contrárias podem ser tiradas do conto.

    Tendo a concordar com o Givago, que considera irresponsável não deixar uma posição clara no conto. Quando somos ambíguos demais, corremos o risco de criar argumentos e narrativas que jogam contra os direitos individuais e os melhores interesses da população.

    Quanto ao estilo, gostei bastante das referências a temas artísticos, como “versão do diretor” e “magnum opus”. Há um jogo interessante entre os acontecimentos e essas palavras. No entanto, muitos erros de pontuação e escolhas esquisitas, como outros notaram.

    Em geral, achei o conto bem interessante, mas perigoso. Não sei se deveria colocar entre meus favoritos pela ambiguidade e pela parte gramatical. Depende dos outros preentes no certame.

    De qualquer forma, obrigado pela contribuição e boa sorte no desafio.

  29. Kelly Hatanaka
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um autor de sucesso é vítima de uma falsa narrativa e resolve se matar.

    Em um microconto, por ser tão enxuto, todo e qualquer deslize pesa muito. Por este motivo, uma boa revisão é imprescindível. Exemplos: não se deve separar verbo do sujeito com vírgula, nem começar uma frase com pronome.

    A narrativa também está meio confusa. Talvez seja para mostrar os pensamentos erráticos do personagem. Mas a compreensão do texto fica comprometida.

    Ele começa dizendo que contaria sua história nos tribunais. Em seguida, leu a sentença. Então, ele não “contaria” sua história. Ele “contou” sua história.

     Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  30. Mauro Dillmann
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Um autor de sucesso acusado e com desejo de suicídio.

    O conto precisa de uma ampla revisão. Já na primeira frase aquela vírgula após ‘mídia’ é um super equívoco. Depois, o uso excessivo de estrangeirismos (best sellers e Magnum opus) cansa o leitor. A frase “Sua versão do diretor” é quase incompreensível. Cuidado com o uso de ‘sua’. Outro parágrafo começa com “Se tornara” (o uso da próclise no início da frase é estranho. Melhor seguir a regra da gramática e dizer: ‘Tornara-se’).

    Um conto plano.

    Parabéns!

  31. Evelyn Postali
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    A pergunta: quão grande é o ego desse escritor que vê até a morte como um artifício para a fama, buscando eternizar seu legado literário? O micro é uma crítica ácida, de tom irônico, sobre a exploração de tragédias e a obsessão pelo sucesso. É um microconto bem escrito e provocativo.

  32. toniluismc
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Dos que li hoje, este foi o melhor, parabéns! Demonstrou maestria na arte de subverter a expectativa do leitor.

    Além do fato de tratar um tema atual, o conto explora a complexidade da fama, da acusação e da manipulação de narrativas.

    A ironia reside no fato de que o protagonista, que construiu sua carreira a partir da criação de narrativas, torna-se vítima de uma narrativa falsa. Isso fez com que fosse dada uma complexidade ao personagem que é raro encontrar em textos deste tamanho. Ao mesmo tempo em que ele se vê vítima de uma injustiça, a sua reação acaba revelando sua personalidade e visão de mundo.

    O desfecho com a sugestão de suicídio como saída para retornar à glória demonstra como essa cultura de cancelamento que a gente vive é tóxica e faz com que muitas pessoas prefiram morrer do que ter de viver com sua reputação destruída.

    Obrigado pelo texto e boa sorte!

  33. Juliana Calafange
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Polêmica! Ajuda a vender livros e filmes. Verdade.

    Um protagonista recalcado de alguma acusação. Seria ele acusado com razão? A verdade importa hoje em dia? Como o peso dos cancelamentos bate em cada pessoa cancelada? São questões importantes que o seu conto evoca.

    Se tivesse que mudar algo, eu tentaria incluir mais tensão nesse personagem. Alguém que está tão ferido que só vê alternativa na morte é alguém muito angustiado. Penso que o conto provocaria mais impacto se essa angustia aparecesse num crescendo até o clímax, o desfecho, que mostra a corda em cima da mesa.

    Fora isso, só um detalhe gramatical: logo na primeira frase, acho que tem uma vírgula sobrando depois de ‘mídia’.

    Parabéns.

  34. cyro fernandes
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Conto explora assunto frequente nos dias de hoje, trazendo o ponto de vista do réu. Explorou bem o drama e apontou o ego do autor incompreendido, que é capaz de critica o estilo da sentença.
    O final fica aberto se o motivador do possível suicídio é fruto de culpa ou um protesto mortal.
    Cyro Fernandes
    cyroef@gmail.com

  35. Rogério Germani
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    Hoje, conversando com um motorista de aplicativo, veio novamente o cenário em volta do caso do humorista Marcius Melhem e, lendo vitimas de abuso entre aspas neste microconto, acabei interligando os fatos.

    Sendo vilão ou mocinho, a mídia é quem indica o veredicto. O que fica de verossímil nisto? A ficção que permeia o caminho.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  36. Juliano Gadêlha
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    O texto tem uma ideia interessante, mas alguns problemas de execuções. Os errinhos de sintaxe e ortografia atrapalham e as frases curtas e até repetidas tiram o ritmo da leitura. A proposta fica confusa ali pelo meio, mas o desfecho é melhor parte, por isso digo que é uma história com potencial. Parabéns!

  37. Raphael S. Pedro
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Olha, confesso que precisei ler o conto algumas vezes para tentar extrair ao máximo o que o autor tentou dizer. Não foi fácil. A crítica do personagem à sentença foi bem legal. Ácido ainda que contra a parede. O ego nas alturas? No mais, parabéns!

  38. Antonio Stegues Batista
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    A mídia comprou a falsa narrativa de que ele era um mau autor. Contaria sua verdadeira história nos tribunais, teria que ser sua obra prima. Arrasado peala critica negativa, achava que com seu suicídio seus livros votariam a lista dos mais vendidos. Melhor seria se aposentar, ou mudar de profissão. Mas cada autor tem lá suas próprias visões de vida. Então, o conto expõe uma perspectiva pessimista sobre a arte de escrever, uma das fases negativas de um autor.

  39. andersondopradosilva
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Ficção é um microconto sobre o poder destrutivo da mídia. O protagonista sem nome é um escritor que teve a reputação conspurcada após ser acusado de cometer abusos, cuja natureza não é especificada, mas podemos supor se tratar de abusos sexuais. Sua vida desmorona. Trabalhos são cancelados e sofre condenação judicial em sentença que julgar vazada de nenhum estilo. Mas esse escritor demonstra conhecer os mecanismos de funcionamento da mídia e planeja uma reviravolta: a notícia de seu suicídio varará os noticiosos, criará comoção, e sua obra revigorará. Quanto à técnica, o conto merece reparo. Ele começa com um erro gramatical que estraga a leitura: não se separa sujeito de predicado com vírgula.

  40. bdomanoski
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Vou confessar que talvez eu não tenha compreendida sua história em completude. Começa falando sobre como a mídia compra e vende histórias que tendem a dar maior publicidade, mais money in the bank, provavelmente. E queixa-se de agpra fazer parte dessa “história”, o que dá a entender que ele se vê como um personagem midiático, no caso, um vilão da história. Com isso , sua carreira desmorona. Questiona se caso ele venha a falecer, seu antigo sucesso voltaria a tona. Aí ele vislumbra uma corda em uma mesa? Ahh.. conforme escrevo o comentário, acho que capto sua intenção. Imaginei, “como se enforcar numa mesa?” mas agora entendo que a corda estava solta para uma decisão posterior. E o autor tentou deixar em aberto. Preferiria que tivesse seguido uma linha de crítica a mídia, teria sido mais interessante pra mim.

  41. Vítor de Lerbo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    O conto ser aberto com uma frase em que o sujeito é separado do verbo por uma vírgula chama a atenção negativamente. Já nos tira da submersão da história logo de cara – o que foi uma pena, pois a pessoa que escreveu claramente tem habilidades e um estilo interessante.

    A narrativa me remeteu ao caso do Neil Gaiman, similar ao conto em vários aspectos. Tentei desfazer essa correlação, pois talvez esse não tenha sido o intuito da pessoa que escreveu.

    Contudo, nisso já eram dois aspectos me jogando para fora da história.

    Mas vamos lá: sobre o conto em si (e apenas sobre ele), o autor de décadas de sucesso é acusado de um crime que não cometeu e pagará injustamente. Seu desespero é tamanho que ele pensa em se suicidar.

    Em poucas linhas, notamos que esse personagem tem camadas interessantes. Apesar de sofrer uma grande injustiça, ele se preocupa com a “falta de estilo” da sentença escrita pelo juiz, o que levanta traços de psicopatia. Além disso, ele parece estar mais preocupado com o próprio sucesso, com a carreira, do que com seu bem-estar.

    Mesmo inocente em relação a essas acusações, por esses traços que mencionei, esse personagem poderia ser um bom anti-herói.

    Boa sorte!

  42. José Leonardo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Brenner.

    Curioso como temos um autor estrangeiro muito conhecido passando por situação semelhante (sendo acusações verídicas ou não). Curioso também como esse texto, embora em terceira pessoa, nos permite desconfiar da narrativa que o autor cria/descreve. Embora ele esteja diante do seu último ato, não é possível inferir se ele realizou a tal obra redentora ou não. Ao mesmo tempo, esse autoextermínio pode denotar inocência.

    Como disse, podemos acreditar ou desconfiar do que o personagem propõe mesmo em um texto em terceira pessoa.

    Parabéns e boa sorte neste desafio.

  43. Afonso Luiz Pereira
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Esse miniconto levanta questões pesadas e, ao mesmo tempo, interessantes. Espinhoso, sim. Fala sobre o impacto do cancelamento na vida de uma pessoa pública, principalmente alguém que construiu um legado. A narrativa está em terceira pessoa, mas colada à primeira e, então, o problema central aqui é a questão da inocência ou culpa. Bom, a sapiência popular costuma advogar bem nesses casos: onde há fumaça, há fogo. Se caminharmos por essa estrada, o protagonista é claramente alguém egoísta, preocupado mais com o próprio nome do que com o que fez de errado, o que já deixa aquela sensação amarga.

    Há também uma crítica ao sensacionalismo com a desgraça alheia, seja o protagonista culpado ou inocente. O texto sugere que todo mundo ganha com a tragédia, menos as vítimas e, dependendo do ponto de vista, nem mesmo o acusado. É ácido, até cínico, mas é verdade.

    Não vou me reportar aos problemas ortográficos porque alguns comentaristas já o fizeram.

    Acredito que o miniconto provoca reflexão, mas também pode causar desconforto, dependendo de como o leitor interpreta o personagem. Pelo título, “FICÇÃO”, eu sou levado a supor que o autor parece querer isentar o protagonista de culpa (não estou me referindo a Neil Gaiman, que fique bem claro). A última frase, com a corda, fecha o texto com impacto forte, mas é aquilo: deixa a gente pensando sobre a linha entre redenção e egoísmo.

  44. Nelson
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    O tema escolhido é contemporâneo e válido como uma crítica a estes tempos tão temidos de cancelamentos. O escritor, obviamente, basicamente um pré-sentenciado em relação a este costume novo, basicamente não sabe se sua obra será ou não assimilada, digerida, pelo novo público e, assim, será que ele mesmo já não se pré-censura ao começar as primeiras linhas? Isso não tolhe a própria literatura, não mata a criatividade? Questões que esse texto me levantou e seu valor esteja talvez dentro disso. A saída realmente parece ser essa corda.

  45. Marcelo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    Conto criativo e com uma dose sádica.

    Gostei da personagem e do modo como é descrita. Mesmo curto, é possível traçar um perfil psicológico do autor ( a personagem, no caso).

    Boa sorte e parabéns pelo escrito.

  46. fcaleffibarbetta
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Brener

    Temos aqui um microconto com microssentenças. Gosto do uso de frases curtas, mas cuidado pq usadas muito em sequência, como no primeiro parágrafo, pode truncar a leitura.

    A mídia, comprou a falsa narrativa – tirar esta vírgula

    Em um texto curto, evitar redundâncias. Ex: “Vítimas de abuso” são as mais novas best sellers. O público compra histórias desse gênero.

    Acho que existe uma confusão na narrativa. O ponto central parece ser as acusações de abuso, mas em dado momento fala-se em sinal dos tempos, gêneros vem e vão, autor incompreendido, séries interrompidas sem explicação (sem explicação?)… parece que o assunto passa a ser outro, como se os abusos, as acusações não fossem mais o problema.

    Leu a sentença. Que falta de estilo! – gostei disso. Vi a personagem aqui.

    Eu tiraria “Quem sabe após a morte?” Porque adianta o desfecho. A corda na mesa já seria suficiente para o leitor atento.

    Inclusive achei ótimo este final.

    Parabéns pelo texto.

  47. Nilo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    É a versão do acusado. Interessante o ponto de vista. Pensa na morte não tanto para escapar da acusação ou da humilhação mas tão somente pela recuperação de seu ego agredido. Sobre o escrito, foram muitas repetições que devem ser evitadas em micro contos justamente pelo tamanho do mesmo. Também gostei muito da frase: ‘Leu a sentença. Que falta de estilo’! Foi o mais marcante no conto.

  48. Givago Domingues Thimoti
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    Ficção (Brenner)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Um autor acusado falsamente (?) de assédio planeja se matar… É um conto que exige do leitor um forte senso crítico!

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    O microconto usa quase todo o espaço de 99 palavras. Foi bem utilizado? Não. Não acho que esse tipo de história encaixe neste formato de conto.

    Ainda assim, o leitor verifica, por assim dizer, todas as etapas de um processo assim. Então, está bem resumido. Contudo, o retrato não é um dos melhores.

    Ø  Subtexto:

    É um microconto que não trabalhou tão bem, pelo menos para mim, as nuances da história. Até mesmo pelo número de palavras, a história foca nele tão somente e tenta resvalar em alguns aspectos; machismo, cultura do cancelamento, por exemplo. Enfim, é uma história estilo cobertor curto; puxa dali, descobre uma parte acolá. De qualquer ponto da narrativa que você olhar, a sensação que você tem é que faltou alguma coisa.

    Como escrevi em impacto, é uma história perigosa. E, por mais que eu tenha tentado, não encontrei algo nas entrelinhas que corroborasse positivamente para um impacto melhor. A história ficou bem delimitada dentro do que foi escrito.

    Parafraseando a frase dos bicheiros sobre a tentativa de tapetão no Carnaval – acho que foi o Capitão Guimarães – vale o escrito…

    Ø  Escrita:

    Puts, a primeira impressão é a que fica! Uma frase simples com o sujeito separado do verbo… Um erro crasso que evidenciou uma falta de revisão cuidadosa e volta a ser repetido logo depois. Dentro do contexto de microconto, esse erro fica ainda mais feio pela pouca quantidade de palavras.

    Também percebi outros erros; palavras de língua estrangeiras não foram escritas em itálico (best-sellers, magnum ops), vírgulas mal posicionadas, expressões populares usadas erroneamente (sou mestre nisso risos), repetições de palavras…

    Enfim, faltou uma boa revisão…

    Ø  Impacto:

    Baixo…

    A escrita deixou bastante a desejar. Talvez, se melhor revisado e escrito, teria tido um impacto melhor.

    O personagem pode ser mais um daquela série de celebridades masculinas que são acusadas de assédio e precisam enfrentar as consequências dessa acusação, tipo o Neil Gaiman, Silvio de Almeida, P. Diddy e por aí se estica a longa e infame lista. Não ficou muito claro, pelo menos para mim, se ele foi condenado ou não pela justiça. Para ele, não parece que importou.

    Eu tenho um certo problema pessoal com contos que abordam o “vilão” e seu ponto de vista único quando ele não vem atrelado de um senso crítico. Neste microconto, do jeito que li (e reli algumas vezes), minha interpretação é que do jeito que o conto está, tende a reforçar preconceitos perigosos, exigindo do leitor um senso crítico. Pessoalmente, acho muito displicente abordar uma questão séria como essa sem apresentar o outro lado, ainda mais quando se leva em conta a sociedade que vivemos.  

    Ainda assim, é digno de nota que o autor/ a autora, para o bem e para o mal, conseguiu criar um personagem bem detestável. E querendo ou não, desperta alguma provocação em quem lê. E isso é sempre bom.

    Boa sorte nas demais avaliações!

  49. Thales Soares
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Esse conto é sobre o caso do Neil Gaiman? Eu estou um pouco por fora do que aconteceu… só fiquei sabendo que parece que ele era sadomasoquista e fazia as mulheres comerem fezes, ou algo assim.. basicamente um demônio na Terra. Parece algo super pesado, e talz. Mas hoje em dia, eu duvido de tudo. Até pouco tempo atrás, todos nós odiávamos o Johhny Depp, e hoje todos o amamos novamente. Tem aquele ator que fez o vilão do Homem Formiga também, que fez umas merdas, e todo mundo o odeia. Aquele Monark também, que todo mundo queria que morresse… e tipo… isso é muito estranho para mim. Desejar a morte de uma pessoa. Não me entra na cabeça algo assim, principalmente quando é uma pessoa que nunca me fez mal algum.

    Sobre o Neil Gaiman, ou o protagonista do seu conto… eu sou do tipo que separa totalmente a obra do autor. Não vou sentir nojo de Harry Potter só porque as pessoas me dizem que eu devo odiar a JK. Da mesma forma, não vou sentir nojo de Sandman só porque a mídia agora me diz que eu devo desejar a morte do Gaiman. Eu não o conheço, não sei se ele é um véio gente boa ou um véio fio da puta. Se ele cometeu crimes, a polícia vai cuidar do caso… não vejo o porquê da internet querer se encarregar disso, fazendo justiça com as próprias mãos.

    Mas, agora falando especificamente sobre o seu conto… sinto a mesma coisa do seu protagonista. Sinto que a situação em que ele está é injusta. Ele vê o suicídio como única opção, pois a mídia, a internet, o mundo, está contra ele, fazendo uma pressão absurda por um crime que nem sequer fui julgado ainda. O seu personagem talvez seja inocente. Nós, leitores, não sabemos.

    Enfim… o conto é muito bem escrito, e bastante contemporâneo, por trazer um assunto do momento. Mas não é muito o meu estilo. De qualquer forma, boa sorte no desafio.

  50. geraldo trombin
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    O desfecho é muito bom. Porém, o que vem antes pede uma revisão para dar mais potência ao texto. Boa sorte.

  51. Elisa Ribeiro
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    O ponto alto do conto para mim está na passagem em que o personagem cita a falta de estilo da sentença que o condena. Com pouquíssimas palavras o autor descreve com maestria o caráter de seu personagen. Você me ganhou aqui. Mas seu conto t

  52. antoniosodre
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    Eu destaco nesse conto o final, que é arrebatador. A única opção ser a morte – uma imagem muito forte e que surpreende. Uma outra parte bem pensada foi o trecho. “Leu a sentença. Que falta de estilo!”. O texto está bem construído.

  53. Rangel
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Rangel

    Vamos lá!

    Você trouxe a história de um autor de sucesso injustamente acusado de abuso. Somando aquela máxima de que após a morte todo mundo é santo com a ideia de que um autor só é compreendido após seu óbito, o escritor vê na corda sua chance de redenção.

    Não sei se tudo isso funcionou tão bem no microconto. Tá tudo ali, mas esse é um tema de romance ou novela. Suspeito até que sua história seja mesmo de um enredo maior, afinal, ficou claro alguns detalhes de revisão, como se tivesse encurtado outra história. Veja, logo na primeira frase: “A mídia, comprou a falsa narrativa”. Não se separa o sujeito do verbo com vírgula. Depois mais a frente se diz: “virou autor incompreendido”, três frases curtas depois se diz a mesma coisa “Se tornara autor incompreendido”. Outra repetição semelhante do verbo “comprar”: mídia comprou, duas frases depois: o público compra. O mesmo para a repetição de “história” duas vezes seguidas.
    Além desses pontos, há detalhes que precisamos nos atentar em um texto. Exemplo: o autor foi acusado de abuso, então se diz que suas séries foram interrompidas sem explicação. Opa, como assim? A justificativa não seria justamente as acusações?

    Bom, no final, é um texto forte, mas quando se escreve, é preciso pensar na história, mas não pode deixar de lado o gênero em que ela será apresentada.

  54. Mariana
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Eu não sei se esse conto é sobre o Gaiman. No entanto, é o grande autor que casa com a história no período atual. O Gaiman não é e nem vai ser autor incompreendido. Ele é um bom autor que cometeu crimes. Que teve um comportamento hediondo. Autor maldito é o que tem uma obra, um comportamento incompreendido – o Gaiman era estrela carimbada, mega ativo nas redes sociais, um santo até ser descoberto. Sandman vai continuar sendo maravilhoso e, se ele se churrascar, o inferno vai estar esperando

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Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .