EntreContos

Detox Literário.

Do princípio ao fim (Cyro Fernandes)

Eu tenho que escrever um conto, mas não sei como.

Iniciar do princípio pode ajudar.

Nunca será um Continho, do mestre Paulo Mendes Campos, estando mais para fragmentos despretensiosos da minha existência material.

Amaram, conceberam.

Concebido, nasci.

Nascido, nutriram.

Nutrido, cresci.

Crescido, concebemos.

Vivido, morri.

Morto, nutri.

Nutrindo, outros foram concebidos.

Concebidos, pois sim. Iniciado mais um ciclo de efemérides, quem sabe sem fim.

Faltou dizer o “quando”. Diante da infinitude do Universo, tanto faz, pois hoje é o ontem do amanhã. Consegui. Não sei se ficou bom, mas expressei minha existência num microconto. Fim.

55 comentários em “Do princípio ao fim (Cyro Fernandes)

  1. Diego Gama
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    não lembro de ter lido esse antes! Achei incrível e passei aqui comentar que relendo gostei ainda mais! Belo conto

  2. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    Você sabe usar as palavras até fez uma poesia. Não sei se encaixaria formato do chamado microconto, me pareceu um tipo de poesia metalinguística sobre a concepção, desenvolvimento e posterior reprodução de outros textos. Belo jogo de palavras, de raciocínio, mostrando que você tem pleno domínio do idioma e das técnicas de escrita.

    Boa sorte.

  3. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: Mais um texto que se utiliza da metalinguagem para abordar a natureza do certame do qual estamos participando. Entretanto, neste vi um brilho a mais. Como só pode ser, a técnica é sucinta, mas poética, equiparando a construção do conto com a o ciclo da vida ou, das vidas que se entrelaçam no vai e vem de nascer, crescer, reproduzir, morrer e nutrir. A ideia de colocar em narrativa a própria produção do texto é batida, mas o brilho fica garantido pela forma poética conferida.

  4. Raphael S. Pedro
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Olá! Acredito que não dá pra fugir muito dos comentários quanto ao micro ter sido mais uma espécie de poema, não é? Infelizmente senti o texto cansativo, mas que tem o seu charme e chamo a atenção para a audácia do autor. Parabéns!

  5. Victor Viegas
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Diego!

    É uma história com uso de metalinguagem sobre a dificuldade de escrever uma história. Não achei muito original e poderia ser explorada de maneira ainda mais criativa. O uso de elementos poéticos foi um acerto, mas mesmo assim não me cativou. Não consegui entender exatamente como o personagem apresentado seria. Como poesia, está bem feita, mas como microconto, acredito que precisa de mais desenvolvimento. Boa sorte no concurso!

  6. jowilton
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O texto/poema usa da metalinguagem para retratar a existência do autor tentando conceber um micro conto para este desafio.

    Para mim funcionou mais como um poema do que como um conto. Um poema até bom, mas que não me impactou como conto.

    Boa sorte no desafio

  7. Roberta Andrade
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Achei legal o encadeamento das palavras e do ritmo, para ilustrar o ciclo da vida. Mas achei desnecessária ou, pelo menos, mal utilizada a metalinguagem. Não sei se foi proposital, mas a impressão que passou foi de que o conto foi escrito só por obrigação. Além disso, o texto foi extremamente expositivo, deixando-o muito impessoal. Faltou conexão com o leitor.

    Parabéns pela participação! Boa sorte.

  8. Andre Brizola
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Diego!

    Metalinguagem em alta no desafio! Não lembro de outro desafio com tantos com esse tema. Aqui temos o mesmo enfoque de outros que já li, a necessidade de escrever um conto para este desafio.

    Passeia por estilos diferentes, consegue parecer uma conversa, um poema, uma reflexão filosófica, mas, consegue parecer um conto? Aqui reside um grande problema de tentar abordar muito com pouco limite disponível. Mas, vamos ignorar isso e considerar que é sim, conto.

    Gostei da parte intermediária, do nascimento do conto, propriamente dita. É bem-feita, poética, objetiva e inteligente. Parte do princípio que há um organismo no processo. Por outro lado, não vejo sentido no restante do conto, os três parágrafos iniciais e o último. Me pareceram desconectados da parte intermediária, que poderia muito bem vir independente.

    Quero dizer que há um desequilíbrio neste texto. Talvez tenha sido algo composto em período distintos? Não sei dizer o que ocorre, mas me parece que a expressão do autor através do conto não ficou muito bem caracterizada. Ele pretendia expressar sua existência, o que deveria ser algo, no mínimo, sensível, mas acabou ficando confuso e, infelizmente, pouco relevante. Pelo menos pra mim.

    Bom, é isso. Boa sorte no desafio!

  9. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Olá, Diego,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Você nos traz uma proposta de metalinguagem, a primeira a aparecer nas minhas leituras. Interessante como o limite de 99 palavras, que pra muitos é minúsculo, em sua narrativa abraça toda uma existência.

    O autor, logo no princípio, assume a missão de escrever um conto, informa que vai começar do princípio, e informa que não escreverá um “Continho”, de Paulo Mendes Campos. A metalinguagem é a grande quebra de expectativa do texto que, em si, se resume a relatar uma existência. Como o próprio autor define, são relatos despretensiosos.

    Para mim, a virtude de narrar dentro da concisão do formato se destaca. Mas a assumida despretensão do texto é um fator limitante.

    Parabéns e sucesso no desafio.

  10. Luis Guilherme Banzi Florido
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: autor(a) tentando escrever um conto pro desafio atual.

    Microsensações: não sei bem o que pensar desse conto… o meio é gostoso de ler, a reflexão sobre o ciclo da vida. Não é muito inovador, mas é bonito e muito bem escrito. MAs achei que a parte da metalinguagem não era necessária. Parece que ficou forçada, acho que só o meio, com mais espaço pra trabalhar, ficaria melhor. Eu gosto de metalinguagem, mas aqui realmente não senti que ela funciona com naturalidade. Acho que você tentou usar como recurso a dificuldade que a maioria de nós sentiu para escrever o micro, me identifiquei ali. MAs acho que essa parte não casa com a parte poética mais existencialista do meio. Talvez se você tivesse focado em uma coisa ou outra, teria funcionado melhor.

    Impacto:

    Micro –> como explicado acima, senti que o conto não se encaixa bem, perdendo muito do impacto que podia causar. A parte final após a poesia acabou sendo anticlimática para mim, por exemplo.

    Médio

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: razoável. O meio diz muito com muito pouco, mas o começo e o fim meio que sobram. Então parece que 50% do conto usa muito bem o espaço, mas os outros 50% vão na contramão.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: estava lendo um livro de poesias e me deparei com uma muito boa. Mas o autor(a) decidiu comentar a poesia no meio, e isso me tirou um pouco da vibe. Uma pena.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

  11. Marco Saraiva
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Nota: perdao pela falta de acentos no texto, estou escrevendo em teclado gringo =)

    Um meta-conto muito bem feito. Dos tres que vi ate agora no desafio, esse parece ser o melhor. As 95 palavras transformam-se em centenas, dada a cadencia e o conteudo. A poesia e as rimas ajudam na leitura, tornam-a mais bela. O objetivo de expressar toda a sua existencia em um microconto foi um tanto ambicioso, mas o texto cumpriu bem o prometido!

    No geral, gostei da leitura. Eh bonito, poetico, comico e criativo. Ainda expressa bem o que muitos de nos sentimos ao sentar na frente do computador, a tela em branco, tentando criar alguma historia curta o suficiente para participar do desafio.

    Parabens!

  12. Gustavo Araujo
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Não há muito disso aqui. O que vejo é um jogo de palavras muito bem construído, falando sobre as diferentes fases da vida e da maneira como se conectam. É uma habilidade singular falar disso, quase uma prosa poética. Mas não se trata de uma história em si e isso, devo dizer, diminuiu o impacto em relação a mim.

    Não me entenda mal, caro(a) autor(a). Reconheço a qualidade do texto. Penso, aliás, que poderia figurar em livros didáticos como exemplos de excelência, inteligência e concisão na apresentação de uma ideia. Apenas não me conquistou porque eu desejava, ansiava, por uma história. No fim, é um belo malabarismo com as palavras, mas infelizmente, despido de história.

  13. Priscila Pereira
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Diego! Tudo bem?

    Então, eu gostaria muito mais se fosse só:

    “Amaram, conceberam.Concebido, nasci. Nascido, nutriram.Nutrido, cresci.Crescido, concebemos.Vivido, morri.Morto, nutri.Nutrindo, outros foram concebidos.Concebidos, pois sim. Iniciado mais um ciclo de efemérides, quem sabe sem fim.”

    Não está ruim, é questão de gosto mesmo, no geral não curto metalinguagem.

    Mas essa parte que destaquei já mostra que você escreve bem e que tem ideias boas sim, talvez só te falte mais segurança e confiança no próprio trabalho.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  14. Rodrigo Ortiz Vinholo
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    A tentativa é interessante, mas tendo a ter problemas com esse tipo de metalinguagem. A escrita sobre a escrita (ou, ainda, sobre o ato de escrever) pode ficar facilmente árido, especialmente quando comenta sobre si mesma a toda frase.

    O resumo de vida no meio até funciona, ainda que seja uma abordagem simples e abordada por outros, mas com a oposição da metalinguagem e disso, ficamos sem uma coisa e sem a outra. A impressão que me resta é que, se o autor queria comentar sobre o formato, sobre escrita ou sobre a vida, acabou dando mais a impressão de não ter certeza bem o que queria ou o que fazia.

  15. Sabrina Dalbelo
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá, Entrecontista,

    Metalinguagem é sempre um risco. Alguns dizem que só funciona no desafio. Bobagem.

    Teu micro está bem escrito, traz o drama da existência como metáfora para escrever o micro de 99 palavras. E ainda está recheado de rimas e poesia de modo geral.

    Obrigada pelo texto.

  16. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Olá, Diego Coimbra, e cá estou eu às voltas com o seu conto dentro do conto. Acho legal que se faça experimentações e o metaconto é sempre uma possibilidade a ser explorada, não é mesmo? Está tudo certinho, tudo no lugar, muito bem colocado, mas não senti que tivesse “alma”, sabe, amigo? Achei que o seu metamicroconto ficou um tanto frio. Ou usando a linguagem culinária, precisa de mais tempero, pois se apresenta à mesa um tanto insosso. Parabéns pela coragem e tomara que só eu que não tenha visto dessa forma e que seu micro meta conto tenha realmente encantado a todos.

  17. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Da intenção ao fim do processo de se escrever um conto, pautado nas etapas de uma existência.

    Desenvolvimento: Achei muito interessante. É a quebra da quarta parede, de se narrar o “real básico” do que seria uma existência, de forma muito bem feita, a meu ver.

    Destaque: Para a estrutura do texto, pois há muitas formas de narrar um texto, mas a escolhida foi muito interessante.

    Impressões da leitura: Gostei demais! Foge do lugar comum e eu adoro essas coisas. Parabéns!

  18. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Conto metalinguístico, que consegue inserir de forma bem discreta a descrição de uma vida como se fosse a sua própria criação (do conto). Pessoalmente, só não me agrada muito algumas escolhas vocabulares, como “efemérides” e “infinitude”. Mas é a tal questão, cada um escreve como melhor lhe apetece. Boa sorte no desafio!

  19. Sidney Muniz
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Olá, Caro Diego!

    É um bom conto, mas com um problema que me atrapalhou bastante na primeira leitura. Eu tiraria a parte que me deixou um pouco afastado, que foi “dizer que era um conto”. Bastava iniciar no “Amaram , conceberam” e terminar no “quem sabe, sem fim”.

    Eu tenho que escrever um conto, mas não sei como. – Nunca sabemos como, na verdade a sua próxima frase é assertiva, sempre vai ser do início, ainda que este possa ser o meio ou talvez até o final.

    Iniciar do princípio pode ajudar. – neste caso, para mim, o conto não começa aqui, ao menos não para meu “eu leitor”. Então, o conto não inicia no início, na verdade ele começa um pouco mais para frente.

    Nunca será um Continho, do mestre Paulo Mendes Campos, estando mais para fragmentos despretensiosos da minha existência material. – Essa explicação sobre “sobre o que será” também não foi boa. Mas;

    “Às vezes chegava a lua

    no despudor deslumbrante

    da mulher que chega nua.”

    Aqui, parafraseando “Paulo Mendes Campos” o conto deveria ter começado, despido desta ideia de quebrar a quarta parede, sei lá, de fazer um conto dentro de outro. O início, para mim, insisto, é aqui, onde Amaram e conceberam e assim o conto nasceu!

    Amaram, conceberam.

    Concebido, nasci.

    Nascido, nutriram.

    Nutrido, cresci.

    Crescido, concebemos.

    Vivido, morri.

    Morto, nutri.

    Nutrindo, outros foram concebidos.

    Concebidos, pois sim. Iniciado mais um ciclo de efemérides, quem sabe sem fim.

    Eis que o conto termina, ou terminaria, mas temos novamente a quebra da quarta parede, que me deixou realmente triste por ter acontecido.

    Faltou dizer o “quando”. Diante da infinitude do Universo, tanto faz, pois hoje é o ontem do amanhã. Consegui. Não sei se ficou bom, mas expressei minha existência num microconto. Fim – Eis que, lhe respondendo, o conto para mim ficou bom, a narrativa é desnecessária e não me satisfez como leitor. Mas é um bom trabalho, sobre reflexão, sobre o ciclo sem fim, sobre a existência, sobre a simplicidade de um objetivo muito menor ou talvez muito maior do que nosso egocentrismo.

    Um conto, que por mais que tenha suas falhas me fez pensar.

    Parabéns e boa sorte no certame!

  20. leandrobarreiros
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Um micro em que temos um autor se esforçando para escrever um micro. Linguagem poética do início ao fim.

    Técnica: Boa. Acredito. Entendo muito pouco de poesia então não poderia desqualificar esse critério.

    Interesse: Baixo. Esse é o modelo mais subjetivo da minha análise e infelizmente, via de regra, me perco um pouco com essa linguagem mais poética. Na minha mente reptiliana tenho a impressão de que os elementos são soltos demais, o que torna a coisa um pouco menos interessante. Mas isso vem de um cara que mal lê poesia. Sinto que pouco posso contribuir aqui.

    Objetivo do autor: Construir uma história meta linguística que permita conexão com os leitores que, especificamente nesse caso, serão, em grande parte, também escritores.

  21. Felipe Lomar
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    é um conto bem ambicioso. Aposta na metalinguagem e do processo criativo, e uma estrutura bem ousada. É o limite entre a prosa e a poesia. Infelizmente, essas apostas são arriscadas e podem sair pela culatra se não forem muito bem executadas. Achei o impacto fraco. Infelizmente não me cativou

    boa sorte!

  22. Amanda Gomez
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, Bem?

    O seu conto é  um Frankenstein: mistura metalinguagem, traz uma poesia no centro, carrega lirismo e, no final, retorna à vida real, fazendo referência ao propósito do autor/personagem, que é criar um conto para não ficar de fora. 

    Escrever metalinguagem é algo que considero muito difícil, e as chances de realmente surpreender com isso são pequenas. Vi alguns textos assim no desafio, mas, infelizmente, nenhum conseguiu me conquistar.

    Parece mais um devaneio do autor que, sem saber o que escrever para o desafio, acabou divagando. E, dessa divagação, nasceu o texto, talvez como uma forma de aliviar a pressão de participar. É algo bem comum quando estamos diante de uma tela em branco, com um prazo apertado e algumas expectativas. Nesses momentos de incerteza criativa, acabamos mergulhando, sem perceber, em reflexões sobre nossa própria existência.

    O conto está bem escrito, tem bons elementos, mas não consegui enxergar uma história por trás, além da intenção do autor de finalizar o texto para o desafio.

    De qualquer forma, parabéns pelo trabalho! Boa sorte.

  23. JP Felix da Costa
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Um texto que fala de quem o escreve, mas fala de todos em geral. A vida é efémera. um ciclo constante de nascer, viver e morrer.

    gostei da estrutura, de uma quase poesia, sem o ser.

    resta a duvida, um rasgo de génio na simplicidade ou um mero cumprir com os requisitos da participação? não digo isto em sentido negativo, antes pelo contrario. a duvida acresce à qualidade do conto.

  24. Kelly Hatanaka
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um microconto poético. Ou uma micropoesia.

    Bonito, fala sobre o bloqueio criativo, a natureza cíclica da vida e o tempo.

    Muita coisa dita em pouco espaço. Talvez seja o poder da poesia, esse mundo estranho a mim.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  25. Mauro Dillmann
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    A expressão da existência num tempo mítico, qualquer tempo.

    Um poema que se deseja poético. É difícil ser poeta. A linguagem foi simples.

    Um conto sobre a escrita de um conto. Certo, mas não captei mensagens subentendidas para além daquilo que está dito.

    Parabéns!

  26. Thiago Amaral Oliveira
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Dos que li até agora, é o meu micro preferido.

    Em poucas palavras, capturou toda uma vida e à alçou à categoria de microconto. Seriam nossas histórias assim, tão resumíveis?

    O autor fictício (ou seria ele o mesmo que o autor real?) fala de uma maneira um pouco fria. Eu mudaria isso, para dar mais diversão e humor à história. Achei o “consegui” dele bem xoxo. E o “fim” também. Se queria se aproximar do “Continho”, passou longe no quesito “humor”. Mas acertou nos quesitos “criatividade” e “interesse”. Aliás, realmente um conto não tem nada a ver com o outro. Mas acredito que esse aqui tem muitos méritos e está ótimamente escrito. É apenas diferente.

    O autor e o vocabulário me passam a impressão de que quem escreveu isso aqui tem uma alma de velho. Que lê e gosta dos clássicos de nossa literatura. Aqui, a leitura parece a de um conto antigo, do século passado. Mas de um autor de alto calibre, por isso não é demérito nenhum.

    Apesar de falar pouco em sua parte filosófica, consegue convir bastante. Consegue ser profundo sem grandes enfeites ou artifícios. E é esse, para mim, seu maior mérito.

    Obrigado e boa sorte no desafio.

  27. Rogério Germani
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    A metalinguagem utilizada para despetalar-se deu ao conto novos ares. O ofício e o oficineiro compartilham a mesma voz no tempo que se apresenta curto.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  28. Thais Lemes Pereira
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Thais Lemes Pereira

    Olá, Diego Coimbra.

    Contexto pessoal

    Li seu conto há alguns dias, mas deixei para comentar depois porque estava me estendendo muito na análise “é ou não é um conto”. Eu sempre considerei a prosa poética algo a parte do gênero conto. Na prosa poética, a preocupação com o lirismo, com a estética e a sonoridade sobressaem a história e encontramos isso aqui no seu microconto. Porém, após uma conversa com pessoal no grupo de WhatsApp, eles me explicaram que um conto pode ser escrito em prosa poética.

    Análise do conto

    Como disse que contexto pessoal, durante a primeira leitura, o que sobressaiu para mim foi o lirismo, com a estética. O ritmo com o qual li o conto impediu que eu me concentrasse na história. Acebei focando vem mais ali no meio, onde encontramos os versos. Mas em uma segunda leitura, além da compreensão, por se tratar de um conto que narra a existência, achei muito bonito. Especialmente o final. Talvez o impacto do “faltou falar o quando”, possa passar desapercebido, mas fez a diferença em um microconto metalinguístico que fala sobre a existência.

    Conclusão

    A história tem o objetivo de ser reflexiva e cumpre o seu papel. Mas temo que ao analisar a minha lista, acabe não entrando, tendo em vista o que estou priorizando no desafio, que é o quanto, em poucos palavras, o(a) autor(a) consegue me conectar sentimentalmente com personagens e com a história. Aqui a poesia sobressaiu e eu amo. Mas sobressaiu até mesmo a história.

    Desejo um bom desafio!

  29. André Lima
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    O conto aborda temas interessantes que, particularmente, costumo abordar também. Há outros contos aqui com essa mesma temática, sobre o efêmero, o sentido da existência e o grande mistério que tudo isso envolve.

    Aqui, o autor opta pelo efêmero, como se sua vida fosse um microconto, pequeno e insignificante.

    Me questiono se era necessário o uso de metalinguagem para atingir esse fim.

    De todo modo, é um conto ok.

  30. fcaleffibarbetta
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Diego

    Eu, pessoalmente, não sou muito fã das metalinguagens, acho batido, parece uma escolha confortável e pouco criativa. O seu tem até a sua criatividade, gostei do jogo d epalavras ali no meio, mas não funcionou para mim como um microconto.

    Quando finaliza voltando a falar do microconto, questionando se ficou bom, acho que forçou demais a metalinguagem.

    Parabéns pelo texto.

  31. claudiaangst
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    O(A) autor(a) que utiliza metalinguagem para fazer uma reflexão sobre a existência humana. Nascer, crescer, se multiplicar e morrer. E tudo se reinicia em um ciclo interminável.

    Talvez discorde de uma vírgula ou outra, mas de maneira geral, o texto está bem escrito, alternando prosa e poesia.

    A suposta narrativa (é mesmo um conto?) não me empolgou muito, mas isso não impede que o texto alcance sucesso junto a vários outros leitores.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.

  32. Elisa Ribeiro
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    um metamicro que na minha leitura restou bem sucedido. Eu sugeriria retirar o parágrafo que cita o Paulo Mendes Campos sobretudo porque a linguagem destoa um pouco do estilo mais, digamos, poético do restante do texto. Boa sorte! 🍀

  33. Juliano Gadêlha
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Sempre tem um representante da metalinguagem, e aqui está. Tal qual Guido Anselmi no 8½ de Fellini, o autor lida com a dificuldade de realizar a obra, o que acaba sendo a própria realização. A ideia é boa, mas confesso que não me cativou tanto, senti que falta um pouco de substância. Ainda assim, texto muito bem escrito. Parabéns!

  34. toniluismc
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Um texto sem personagem, mas com personalidade, parabéns! Gostei da forma poética e filosófica como você falou sobre o ciclo da vida, desde a concepção até a morte, e a continuidade da existência através da reprodução.

    Esse é um daqueles contos, que apesar de simples, faz a gente pensar sobre a experiência humana, a busca por um significado em um universo infinito.

    Pra mim funcionou bem, desejo-lhe boa sorte!

  35. Diego Gama
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    Gostei de como a vida foi descrita brevemente e ainda assim foi bem feito. Sua existencia foi bem elatada e creio que a da maioria das pessoas tambem foi bem representada! Parabens

  36. Fabiano Dexter
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Gostei da ideia do conto e o jogo de palavras no meio me cativou também.

    Mas eu acho que talvez o espaço tenha ficado muito pequeno e o autor(a) acabou tendo de correr um pouco no final.

    O desenvolvimento me agradou mais do que a conclusão, mas não consigo explicar ou entender muito bem o porquê.

  37. Antonio Stegues Batista
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Lendo eu li, do princípio ao fim, claro, entendi o nascimento do conto contando a vida daquele que o concebeu, nutrindo-o, cresceu, escreveu e deu-lhe vida, matou, morreu num ciclo infinito antropofágico do princípio ao fim. Bom conto, bela poesia,

  38. bdomanoski
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Muito bom! Gostei de ler. Seu micro trás a reflexão da efemeridade da vida, dos ciclos. Que mesmo no fim, você pode virar.;;; adubo? Enfim, eu gostei bastante. Costumo pensar assim, também. Concordeii com seu personagem; Embora simples, o conto é surpreendente ao quebrar a quarta parede e falar diretamente com o leitor. O resultado agradou.

  39. José Leonardo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Diego.

    Certamente a sua missão foi cumprida, embora tenha uma estrutura mais poética do que narrativa/descritiva. É como estar sentado a uma carteira diante da prova, ainda que eu tenha gostado do que li aqui e da prosódia do autor.

    E foi interessante: em vez de um enredo, o autor dispôs as fases da vida com o foco de desenvolver e concluir o seu conto.

    Parabéns e boa sorte deste desafio.

  40. Mariana
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Coimbra, agradeço, não conhecia Paulo Mendes Campos e fui pesquisar quem era graças ao seu conto. A sua escrita é muito bonita e eu gostei muito da poética (e eu sou bastante chata para poesia). No entanto, acredito que o micro deveria focar mais na narrativa e este aspecto se perdeu – a metalinguagem começou bem, mas não há um final. Acredito que as 99 palavras prejudicaram o andamento da história. Mais uma vez, a poética é muito bonita, lembrou Ferreira Gullar, parabéns.

  41. Givago Domingues Thimoti
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    DO INÍCIO AO FIM (DIEGO COIMBRA)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Um microconto metalinguístico e existencialista sobre um autor que busca escrever um conto

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    O microconto utilizou boa parte do espaço permitido. Pessoalmente, acho que sobrou umas palavras ali e outras acolá. Creio que seria possível enxugar ele um pouco mais. Por se tratar de um desafio de microcontos, penso que quanto mais conciso, melhor. Por exemplo, penso que a referência ao quando um tanto quanto desnecessária/irrelevante. Ainda mais se você considerar a imagem do relógio derretendo (não teve um artista surrealista que fez uma obra parecida, com um relógio derretendo? Foi o Salvador Dalí? Enfim…)

    Dito isso, não é algo que interfere negativamente no resultado final do conto, como ficará claro em diante.

    Ø  Subtexto:

    Bom, o que eu percebi nas entrelinhas desse conto? Primeiro, meio explícita a referência a Paulo Mendes Costa, Continho. Acho que vale a pena pesquisar essa referência. O texto citado pelo autor/ pela autora é uma versão estendida de uma anedota conhecida. Aqui, pelo menos para mim, a intenção do autor foi ressaltada; por mais que ele irá citar os fragmentos despretensiosos de sua vida, não será um conto divertido, lúdico.

    Posteriormente, ao decompor o ciclo da vida, o pragmatismo do autor/ da autora fica claro mais uma vez. A pessoa foi concebida por amor, para depois conceber sem amar (inclusive, muito boa essa sacada aqui, talvez seja a grande frustração do autor). Ele vive, ele morre e retorna para dentro do ciclo da vida (ou de efemérides [datas importantes]), compondo a terra que nutrirá os próximos.

    Ø  Escrita:

    Bom, eu tenho apenas elogios para tecer nesse aspecto. O conto está muito bem escrito, de uma forma geral. A sensação que tive foi a que cada palavra foi colocada com esmero e cuidado pelo autor/ pela autora.

    O trecho que confirma isso, pelo menos para mim, é a decomposição do ciclo da vida. Simples? Muito! Poético? Em cada curva de letra! Poderosíssimo esse trecho. Parabéns!

    Ø  Impacto:

    C O N T A Ç O! Por enquanto, dos 7 contos que li, esse é o meu favorito até o momento! Provavelmente estará bem ranqueado no meu TOP 15 microcontos (e de alguns outros colegas também).

    A pegada metalinguística e existencialista realmente me conquistou, provocando reflexão. Quando percebi, eu estava sentado na sala de aula vazia da faculdade decompondo com entusiasmo cada peça desse quebra-cabeça. Aliado a isso, temos um texto muito bem escrito, como disse no tópico anterior.

    Parabéns! Esse conto ficará guardado na minha listinha pessoal de contos favoritos.

    Boa sorte no Desafio!

  42. Vítor de Lerbo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    Uma metanarrativa bem estruturada, bonita, com uma mensagem singela e palavras bem colocadas. Porém, se enquadra muito mais numa prosa poética ou, como infere a própria pessoa que escreveu, numa confissão ou testemunho, do que num conto.

    Boa sorte!

  43. Afonso Luiz Pereira
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Esse texto tem uma abordagem criativa e experimental, não vou negar. Faz uso bem acertado da metalinguagem também. Mas, como contista, talvez por ter uma queda por narrativas mais estruturadas, confesso que tive dificuldade em enxergar um miniconto aqui.

    Quando penso em conto ou miniconto, logo imagino um enredo com começo, meio e fim, geralmente construído em torno de algum tipo de conflito. E o interessante é que o autor realmente traz esses elementos no texto, mas sem seguir o conceito tradicional de conto como eu o entendo.

    A escolha dos termos, desde o título até o desfecho, parece intencional, talvez para provocar uma reflexão sobre o ciclo da existência (início, meio e fim) por meio de um jogo de palavras em tom quase poético.

    Como disse antes, o texto tem uma abordagem criativa, é um exercício interessante, sim, mas que talvez funcione melhor como poesia do que como miniconto.

  44. Juliana Calafange
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Uma gracinha, mas não vi um conto nesse texto.

    A meu ver falta linguagem narrativa, elementos básicos como espaço, tempo, personagem, história oculta, coesão, impacto… achei que está mais para desabafo de um autor em busca de inspiração. Mas sempre vale a tentativa. Não desanime. Parabéns.

  45. Thales Soares
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Esse conto tem uma ideia bacana, mas não tenho certeza se a execução ficou tão boa.

    Aqui temos aquela típica história que faz uma conexão com a situação que estamos dentro deste desafio, usando metalinguagem. O começo é bastante interessante, e eu até consegui me identificar com o protagonista.

    Mas então, quando ele começa a escrever o conto dele, dentro desse microconto, a história acabou perdendo um pouco a minha atenção. Ele fez um poema… que não consegui me conectar. E esse poema aborda o que o título está se referindo, “do princípio ao fim”, mostrando um ciclo.

    Aí o narrador termina a história dizendo que não sabe que ficou bom, mas que pelo menos ele acabou o conto dele. Não entendi o porquê existe essa parte da história do cara tentando escrever o conto… não poderia ser somente o poema? É que… achei que ela não agregou muito para o resultado final, e não fez conexão alguma com o título do conto.

    E o pior de tudo é que o conto ainda termina com a palavra “Fim”, de forma bem piegas.

    Enfim… não caiu muito bem para mim, mas tenho certeza que outras pessoas vão gostar. Boa sorte no desafio!

  46. Nelson
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    O conto utiliza o ciclo vital de começo meio fim começo meio fim e assim, sucessivamente, para indicar que no meio deste processo a criação, o pequeno conto, ficou ali gravado, seja materialmente ou na memória de quem leu. Interessante a abordagem.

  47. andersondopradosilva
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Do Princípio Ao Fim trata do processo criativo, da vida do conto, do texto, da obra de arte, mas também de seu protagonista, um ser que não pode ser o conto em si, porque feito de vida e de morte, de carne e putrefação, um ser que é concebido, que nasce, que morre, que nutre, que tem vida curta e fugidia, como todas as vidas de um universo tão infinito e tão avesso aos quandos. Gostei imenso do conto, mas apenas após uma segunda leitura, porque na primeira seu sentido me escapou. Nada tenho a apontar quanto à técnica. Quanto ao conteúdo, o conto flerta com a metalinguagem, sem deixar, contudo, de ter um enredo com início, meio e fim, tanto início-meio-e-fim do micro em redação quanto início-meio-e-fim do personagem que é concebido pelos enamorados, nasce, cresce, também reproduz, morre e segue nutrindo através do infinito. Há muito conteúdo para 99 palavras.

    Deixo a obra referenciada para os demais leitores:

    CONTINHO

    Paulo Mendes Campos

            Era uma vez um menino triste, magro e barrigudinho. Na soalheira dada de meio-dia, ele estava sentado na poeira do caminho, imaginando bobagem, quando passou um vigário a cavalo.

            – Você, aí, menino, para onde vai essa estrada?

            – Ela não vai não: nós é que vamos nela.

            – Engraçadinho duma figa! Como você se chama?

            – Eu não me chamo, não, os outros é que me chamam de Zé.

  48. Nilo
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Muito interessante quanto a técnica mas nem tanto quanto ao conteúdo. Diferente, porém senti a falta de um enredo mais envolvente. boa sorte.

  49. geraldo trombin
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    Pelo estilo de relato, está parecendo mais uma microcônica, apesar dos versos. Boa sorte!

    • geraldo trombin
      20 de janeiro de 2025
      Avatar de geraldo trombin

      ops… microcrônica…

  50. Marcelo
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    Sem dúvida, ousado. E como tal, é necessário que se releia para absorver o texto. Eu aprecio ousadia.

  51. Evelyn Postali
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    O micro é mais uma reflexão filosófica do que uma narrativa estruturada. Me parece que falta um ponto de impacto, algum elemento emocional que me conecte de forma mais íntima com a história e com seu narrador/protagonista. Talvez um conflito. Não sei. Ele apresenta uma sequência de ações – amar, conceber, nutrir, viver, morrer – e essa sequência é cíclica e universal. Tem um tom criativo, mas é disperso, vago. Tem essa coisa de sentir que falta algo, mas está bem escrito e vale a reflexão.

  52. antoniosodre
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    Um conto que poderia muito bem ser um poema. Entendo que cumpriu os requisitos de uma meta-conto muito bem. A parte mais poética se liga ao tema pois remete ao ciclo da vida, então as ideias estão bem concatenadas para gerar efeito no leitor.

  53. Leo Jardim
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): um meta-microconto, ou algo assim. Passei por esse sentimento enquanto tentava escrever o meu também.

    📝 Técnica (⭐⭐▫): ok, sem problemas.

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): ok

    🎭 Impacto (⭐▫▫): teve um pequeno momento que me ganhou, logo no início, pois me solidarizei. Mas se estendeu demais, virou uma poesia no meu que não curti muito. No final, fecha com o início. Uma boa tentativa, eu acho. Parabéns por enviar o conto!

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Informação

Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .