EntreContos

Detox Literário.

Dilema Moderno (Raphael S. Pedro)

Como se inteligência fosse sinônimo de sucesso. Quarenta e dois anos de vida e qual lição que se pode tirar disso? Que a vida nunca foi e nem será um conto de fadas. Perdido em seus pensamentos enquanto deseja dormir uma noite completa em anos, seu quarto mais parece um túmulo, a exceção do aquário que ainda tem prazer em cuidar. O trabalho lhe consome diariamente, não há qualquer prazer. O dilema de viver ou sobreviver é constante. Pergunta-se: abrir mão de tudo vale a pena? De que adianta, já são seis da manhã. Hora de trabalhar.

55 comentários em “Dilema Moderno (Raphael S. Pedro)

  1. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: Esse texto tem uma única nota, a angústia da estagnação. O desafio no micro é justamente conseguir extrair algum tipo de movimento de um espaço mínimo. Pareceu-me até uma microcrônica. Um devaneio que mistura exaustão e indignação, mas a hora de levantar chega como se nada mudasse. Entendo que esse é o sentido da narrativa, a repetição de algo que parece imóvel… mas enquanto microconto, não se destacou dentro das minhas leituras deste certame.

  2. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    O texto é direto e traz a reflexão de uma pessoa comum com uma vida sem grandes conquistas no passado e perspectivas para o passado. Cuida de um aquário, mas parece desanimada com ele também.

    Está bem escrito, mas trouxe nada de muito impressionante. Talvez eu precise ler mais do que duas ou três vezes. O texto ainda traz uma crítica social em dias que discutimos sobre jornadas como a 6X1.

    Chegar aos 40 anos representa um marco para muita gente (inclusive pra mim), aquele momento em que passamos da metade do tempo de existência que temos em média. É o momento em que pensamos se tudo faz sentido e porque largar tudo e iniciar uma nova vida, aquela que sempre desejamos? São muitas questões e este microconto pode gerar identificação em muitos leitores que estão nesta fase da vida.

    Boa sorte.

  3. Victor Viegas
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Cafezin!

    Se eu não estiver enganado, teve outro conto que também abordou esse tema acerca da sobrecarga de trabalho, e acredito que muita gente pode se identificar com o narrador. Você trouxe uma perspectiva bastante interessante, que não podemos deixar a vida passar por nós e não fazermos nada, sendo consumidos pela nossa rotina. As perguntas ajudam nesta reflexão “Quarenta e dois anos de vida e qual lição que se pode tirar disso?” e “abrir mão de tudo vale a pena?”. O conto tem abertura para várias possibilidades e incertezas do personagem. Está bem escrito e foi uma boa leitura. Parabéns! Boa sorte no concurso.

  4. jowilton
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O conta narra a história de uma pessoa desiludida com a vida, que reflete sobre continuar ou desistir.

    A leitura flui sem entraves, está bem escrito, mas não parece muito com um cinto, e,sim, um relato, ou uma parte de algo maior. A reflexão é interessante, fiquei na dúvida se a personagem queria desistir apenas do trabalho ou se queria mesmo era desistir da vida, neste caso, se matar. Essa dualidade foi o mais interessante que achei no conto. Apesar disso, não me impactou muito.

    Boa sorte no desafio

  5. Andre Brizola
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Cafezin!

    Um conto que se resume à reflexão da validade da dinâmica diária (ou falta dela) do trabalhador médio. Trabalhar para poder viver bem, mas ter que trabalhar significa viver mal. O ciclo prende a todos, e a inteligência do indivíduo não o distingue.

    É preciso um pouco de esforço para enquadrar esse texto como conto, pois falta-lhe certas características para enquadrá-lo no gênero textual. Mas, como foi apresentado como conto, vou analisa-lo como tal. Dentro desse aspecto, o enredo aborda a crítica do ciclo do trabalho e, com ele, os efeitos no trabalhador, o estresse, a falta de tempo para o lazer, o viver ou sobreviver. A crítica é válida.

    Mas, aqui, o texto ficou frio. Não há elementos que o transforme, que o destaque. A reclamação do personagem, embora verossímil, sofre da falta de características literárias, uma divisão por parágrafos, uma ação, uma reflexão, fala. O bloco textual que foi composto parece apenas isso, um bloco de texto, uma reflexão única sem desdobramentos. Quando falo que preciso me esforçar para enquadrar o texto como conto, é com relação é isso, pois ele poderia ser uma mensagem de whatsapp de um colega a outro, reclamando da vida, e isso não faz dele um conto, certo? Então teria sido interessante dar um pouco mais de elementos literários a ele, para que essa crítica se transformasse.

    No geral, o conto não funcionou legal, pra mim, pelas razões enumeradas. A crítica é oportuna, importante, mas num desafio de contos, acabou sublimada.

    Bom, é isso, boa sorte no desafio!

  6. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Meu caro Cafezin,

    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Você nos traz uma narrativa filosófica com a qual muitos leitores irão se identificar. Sobretudo no contexto do desafio, com tantos escritores amadores. Muitos de nós trabalham para “viver” e escrevem para “sobreviver”.

    Fiquei com a impressão de que as quatro primeiras frases, para criar uma atmosfera, são desnecessárias. O texto poderia muito bem começar em “Perdido em seus pensamentos…”. Em microcontos, muitas vezes menos (ainda) é mais.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio!

  7. Rodrigo Ortiz Vinholo
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    Eu gosto do assunto trabalhado, gosto do comentário que ele sugere, mas tenho questões com a execução. A narração psicológica, com o narrador combinando em terceira pessoa os pensamentos do personagem, acaba se perder um tanto no estilo, sendo que creio que ficaria mais consistente se fosse definitivamente por um ou outro caminho. O andamento acaba sofrendo por isso, com a chegada ao fim do conto sem parecer dizer definitivamente onde quer chegar, e a frase final não entregando um impacto bom o suficiente para compensar (ainda que, claro, faça sentido na proposta até certo ponto).

  8. Givago Domingues Thimoti
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    DILEMA MODERNO (CAFÉZIN)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    O micro acompanha os pensamentos do personagem enquanto ele sofre com uma crise de insônia.

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    É, acho que não foi muito bem utilizado. A sensação que tive foi a que li um resumo dessa noite. Faltou um pouco de articulação entre as ideias ao meu ver.

    Ø  Subtexto:

    Pessoalmente, não percebi um subtexto neste micro em especifico. Ainda assim, é um conto com sua profundidade. Temos um narrador-personagem depressivo, aos 42 anos, numa crise de insônia, questionando sua existência. E durante o micro, percebemos inúmeros motivos para a p depressão do personagem: uma vida difícil, excesso de trabalho, péssimos hábitos de sono, apatia (…)

    Como disse no aspecto anterior, senti que faltou um pouco se aprofundar em um desses aspectos. Digo isso porque, por se tratar de um microconto, com um espaço reduzido de palavras, a lógica do quanto menos, melhor impera. E, talvez, ao invés de nos contar essas questões todas, seria nos mostrar, nos descrever uma ou duas delas, ao mesmo tempo que se insinua a falta de sono e o trocar da noite pelo dia.

    Enfim, é um conto que poderia ser melhor trabalhado nesse aspecto.

    De positivo, fica o arremate; primeiro o trabalho, depois ventilar a possibilidade do suicídio.

    Ø  Escrita:

    A escrita é correta (pelo menos me pareceu). Contudo, ela não brilha. É crua demais!

    Além disso, creio que ela esbarra em alguns problemas; utiliza expressões comuns do dia-a-dia (“[…]Que a vida nunca foi e nem será um conto de fadas. Perdido em seus pensamentos[…]”. Muito pragmática. Repete alguns termos (prazer)

    Ø  Impacto:

    Baixinho.

    É um conto que, para funcionar, necessita que o leitor se conecte com o texto. Infelizmente, isso não aconteceu. Todos nós já tivemos nossas noites de insônias, presos aos nossos pensamentos. A questão nesse texto em particular, para mim, é que realmente faltou articular melhor as ideias, focar mais em demonstrar o estado mental, ao invés de contar rapidinho.

    Bom, boa sorte no Desafio!

  9. Amanda Gomez
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Esse conto é… um dilema moderno. Podemos nos ver nesse personagem ou enxergar tantos outros ao nosso redor. Antes de dormir é aquela hora, né? Quando desabafamos com nós mesmos sobre as escolhas que fizemos ou devemos fazer… Nossos devaneios carregados de frustrações.

    Dormiu pouco, acordou cedo e começou tudo de novo.

    O texto descreve um homem que aparentemente vive em solidão, odeia o trabalho, e a única coisa que faz com vontade é alimentar o peixe. Talvez tenha escolhido um peixe porque já não sabe mais o que é dar ou receber afeto.

    É um conto sobre frustração e inércia. Vale a pena largar tudo? Mas ele tem tanta coisa assim para largar? Parece que não. Às vezes, a resposta é simples… Só difícil de executar.

    Pela reflexão, valeu.

    Parabéns pelo trabalho!Boa sorte no desafio.

  10. Gustavo Araujo
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Não enxerguei muito disso aqui. O texto mais me parece um desabafo de alguém cansado, à beira de um burnout, enfim, um lamento, uma lamúria na verdade, que é interrompida pela realidade implacável dizendo ao protagonista que a despeito de tudo é hora de trabalhar.

    É uma temática um pouco batida — creio haver pelo menos três contos com esse viés aqui no desafio –, abordada de modo competente mas sem grandes novidades. Infelizmente não me cativou.

  11. Leo Jardim
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐⭐▫): uma carta meio depressiva de alguém preso na roda do capitalismo com a mesma idade que a minha 🤔

    📝 Técnica (⭐⭐▫): boa, sem percalços

    💡 Criatividade (⭐▫▫): não achei tão criativo. É um tema comum e não trouxe nada de novo

    🎭 Impacto (⭐▫▫): apesar de ser algo que alguém como eu diria (trabalhador assalariado de 42 anos), não vi tanto uma história. Parece mais um desabafo. Não chegou a marcar.

  12. Universo de Contos
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Universo de Contos

    Mais um desses microcontos de vida cotidiana, que mostram o quanto é um saco trabalhar. Acho esse tipo um pouco sem graça, e este conto em particular não apresentou nada de novo ou criativo. É apenas… mais um microconto.

    O engraçado é que está muito bem escrito, e não possui falhas em sua execução. Mas ao meu ver ele não parece chamar a atenção em nada. Nem imagem de capa ele tem, o que faz com que seja uma leitura completamente esquecível. Assim que eu enviar este meu comentário, todo o conteúdo que li aqui vai ser deletado de minha mente.

    De qualquer forma, boa sorte no desafio.

  13. Sabrina Dalbelo
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá Entrecontista,

    Um conto sobre a tristeza e o fardo de todo dia parecer com o anterior.

    O personagem deprimido não vê alegria em mais nada, mas está tão incrustado na rotina que nem reage a ela.

    Um conto em que não observei camadas (subtexto), porque a sensação que deixa é a que está descrita no micro, não sei se foi essa a ideia.

    Valeu pelo texto.

  14. Luis Guilherme Banzi Florido
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: um retrato da insatisfação da vida moderna.

    Microsensações: esse conto retrata perfeitamente a vida da maioria das pessoas no mundo moderno. Eu diria que é até mesmo um problema de saúde pública, algo que a sociedade em algum momento vai precisar encarar correndo o risco de, a continuar ignorando a sensação de vazio e falta de proposito da vida, ter uma geração de pessoas que não vêem nenhum significado em viver. Acho que as pessoas em geral procuram algo que preencha essa sensação de vazio e responda à pergunta sobre o pq de estar vivo desde a antiguidade, mas a era atual parece um momento em que essa crise chegou ao apice. Voce consegue transmitir essa realidade em poucas linhas. No entanto, por se tratar de um desafio de contos, acho que esse conto acaba ficando atrás de outros pois, apesar de trazer uma mensagem real e contemporanea, acho que ele carece de um pouco de subtexto e sutileza na transmissao da mensagem. Eu ja falei noutro conto desse desafio a mesma coisa: uma boa mensagem, uma boa critica social, não sao suficientes para funcionar por si só como historia, pelo menos nao quando se trata de um conto. Acho que essas mensagens são mais eficazes na literatura quando elas estao diluidas num enredo mais consistente, sabe? Enfim, um conto bem intencionado mas, que ao ir muito direto ao ponto, fica mais parecendo um desabafo numa midia social.

    Impacto:

    Micro –> conforme dito acima, acho que o impacto cai muito quando a mensagem é entregue de forma explicita. Subtextos, metaforas ou uma historia mais elaborada poderiam ter ajudado aqui.

    Médio

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: como a mensagem nao exige muito espaço para ser transmitida, nao há muito a ser dito aqui. É eficaz no uso do espaço, pois do jeito como está nao exige muito mais palavras.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: fiquei com a impressão de que meu amigo estava desabafando sobre a sensação de vazio da vida moderna. Um lamento cada vez mais comum, infelizmente, mas que nao me impactou a ponto de me causar reflexão.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

  15. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Vendo a sua reflexão sobre a vida a partir de um trabalho desinteressante, me vem mais uma vez a constatação de que aqueles que trabalham no que gostam são grandes privilegiados na vida. E o pior de tudo é que reparo que são em muito menor número. A maioria das gentes têm essa vidinha pequena e aborrecida. Gostei da sua história. Parabéns.

  16. Priscila Pereira
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Cafezim! Tudo bem?

    Seu conto me fez lembrar do meu irmão… Ele também tem uma inteligência acima da média, o quarto dele também parece um túmulo, mas não tem aquário, tem muitos perfumes, e ele também está passando por uma insônia recorrente… 🤔

    Esse pensamento filosófico sobre o sentido da vida moderna, que basicamente consiste em trabalhar e ganhar dinheiro, nos faz considerar que talvez a vida mais simples, mais conectada com a natureza e com pessoas especiais é que realmente vale a pena.

    Parece ser um conto meio “desabafo real” e se for, espero que encontre um sentido para sua vida enquanto ainda dá tempo de refazer a rota e realmente viver ao invés de apenas sobreviver. Se for só ficção desconsidere esse parágrafo 😁

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  17. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Uma reflexão sobre a vida moderna, se tudo realmente vale a pena, será que adianta de algo trabalhar tanto? 

    Desenvolvimento: O autor consegue colocar todas as reflexões em menos de 100 palavras. Um texto em forma de reflexões a respeito dessa correria doida da nossa vida e o texto termina bem na hora de ir trabalhar de novo, como se não houvesse tempo nem de parar pra escrever um microconto.

    Destaque: Gostei muito do trecho “seu quarto mais parece um túmulo, a exceção do aquário que ainda tem prazer em cuidar”.  Achei que foi um contraponto, a vida tranquila do peixinho, em relação à do homem, que nem consegue dormir uma noite inteira e isso faz anos.

    Impressões da leitura: Olha, foi uma leitura que posso chamar de sufocante, por causa das imagens que criei conforme ia lendo o texto. Bateu uma bad, sério. Acredito que era essa a intenção. Senti pena do personagem. Escreva um conto em que ele consegue vencer isso, por favor, ou faça uma continuação. Ele merece, hehehe.

  18. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    O microconto é mais uma cena em si do que uma história completa. Reflexões de uma pessoa sobre a solidão de uma noite (ou de uma vida inteira), de uma pessoa que está presa em sua própria rotina e não vê perspectiva. Acho que esperava um desenvolvimento maior do personagem e de alguma ação. De qualquer forma, boa sorte no desafio.

  19. Roberta Andrade
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    Achei a problemática abordada bem generalista, provavelmente tocou ou tocará muitos leitores que se identificaram com esse dilema na vida. Mas não vi sentido em escrever um conto apenas com lamentações óbvias e comuns. Parece um desabafo de um colega de botequim, que fica disputando desvantagens.

    O texto com certeza tem a habilidade de comunicar a muitos, mas não vi muito sentido nem graça. Mas, talvez seja esta a intenção, que eu apenas não consegui apreciar. A beleza das desventuras em série.

    Parabéns pela participação. Boa sorte!

  20. cyro fernandes
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    A insatisfação com a rotina do cotidiano e o questionamento se vale a pena viver assim é o tema do conto. A narrativa é bem feita mas o drama do personagem não consegue cativar ou emocionar muito.

    Cyro Fernandes

    cyroef@gmail.com

  21. Mauro Dillmann
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Eu acho que o conto tem dois tipos de narradores. Começa de modo impessoal ou em primeira pessoa. Depois passa para terceira pessoa (“Perdido em seus pensamentos…”). Faltou uma harmonia nesse sentido.

    O trabalho em excesso tira o prazer e o direito de gozar a vida em plenitude. Certo, o conto cumpre, mas é plano e direto. Não percebi outros sentidos. Mas tudo bem!

    Parabéns!

  22. Rogério Germani
    25 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    Realmente, para muitos, a rotina faz da vida uma fábrica de morto-vivos.

    Conselho? Saboreie de tudo: desde os legumes indicados no passado até os sonhos imaginados para um novo e promissor futuro.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  23. André Lima
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de André Lima

    A grande força deste conto está na singela narrativa do cotidiano, contrapondo com questões que dão mais profundidade do que o limite de palavras permite.

    Particularmente, gosto dessa abordagem. Meu próprio estilo é marcado por isso, mas senti falta de uma concretude do sentimento final da história. Poderia ser uma exaltação ao monótono, à rotina, à solidão (Tive a sensação que o microconto iria para esse caminho enquanto lia), mas o conto cai no lugar-comum confortável, não nos dando nenhuma visão original sobre o tema.

    É uma crítica que pesa (Não haver um fato novo), mas que não é definitiva. Pois há valências que colocam o conto com mais força, mais evidência de um bom trabalho literário.

    No fim, fiquei divido. Há qualidade técnica, mas pouca (ou nenhuma) novidade.

  24. Thiago Amaral Oliveira
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    O conto me deu a impressão de desabafo, como se a autoria tivesse escrito tudo de uma vez, sem pensar muito no resultado. Como alguém disse nos comentários, um fluxo de cocnsciência. Por esse motivo, não gostei tanto.

    O tema é interessante e traz muito pano pra manga, mas do jeito que está não me parece que foi abordado de forma interessante. Faltou apresentar tudo de maneira mais criativa.

    A pouca narrativa é conferida ao aquário e a comparar o quarto a um túmulo. De resto, parece a entrada em um diário, mais que uma história.

    Desculpe pelo feedback negativo, mas essa é minha impressão. Espero ter ajudado de alguma forma. E que encontremos caminho satisfatório para sobreviver nessa selva =)

  25. Juliano Gadêlha
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Existe reflexão mais atual do que essa? A angústia de estar perdendo tempo, o medo estar indo pelo caminho errado, a cabeça a mil na hora de dormir. Um micro (ou macro) retrato da nossa sociedade. Apesar de sentir falta de algo mais pungente na narrativa, me identifiquei bastante com o tema. Parabéns!

  26. Diego Gama
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    O dilema de viver ou sobreviver é muito vivo nos dias atuais! Gostei como o conto em poucas palavras mexeu com o tema e trouxe reflexão. Será que todos precisam de um aquario ?

  27. Mariana
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    É muito comum pessoas com altas habilidades sofrerem com depressão e não se sentirem encaixadas. Aqui temos um personagem frustrado com a sua vida e trabalho, mas que segue – talvez por seu aquário, que ainda lhe dá prazer…

    A escrita é seca como os pensamentos do protagonista, o que é positivo. Aparece um final, o que estou considerando para o desafio, já que muitos micros ficam abertos demais. Parabéns e boa sorte no desafio.

  28. Fabiano Dexter
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    O texto trouxe um tema atual e uma proposta interessante, como se fosse apenas as descrições das vozes da cabeça do autor(a), silenciadas apenas após um cafezinho.

    O texto ficou meio misturado, mas imagino até que tenha sido proposital pois é assim que a nossa cabeça funciona.

    Usou bem a ideia e a proposta do desafio. Gostei.

  29. Sidney Muniz
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Boa noite,, Caro autor(a)!

    Como se inteligência fosse sinônimo de sucesso. – Não sei se esse começo tem tanta relevância para o texto, o texto sem ele para mim funciona até melhor, mas o conto é seu, só não me agradou mesmo essa abertura. talvez se invertesse a ordem entre esse início e as duas próximas sentenças… Quem sabe? Você que sabe!

    Quarenta e dois anos de vida e qual lição que se pode tirar disso? Que a vida nunca foi e nem será um conto de fadas. – Verdade, concordo com isso plenamente. por acaso, assim como o persona cá estou eu com essa idade kkk

    Perdido em seus pensamentos enquanto deseja dormir uma noite completa em anos, seu quarto mais parece um túmulo, a exceção do aquário que ainda tem prazer em cuidar. – Distúrbio do sono? Stress? Rotina? Depressão? tudo está ligado o tempo todo, ou seria desligado.

    O trabalho lhe consome diariamente, não há qualquer prazer. – Isso é de matar! Insatisfação atinge o corpo e a mente em uma dosagem alta de infelicidade.

    O dilema de viver ou sobreviver é constante. Pergunta-se: abrir mão de tudo vale a pena? – Aqui temos a porta para tudo, essa pulguinha atrás da orelha. Vale? Mas o que estamos procurando de verdade no mundo? Qual a nossa missão? Qual a nossa obra? O que ficará aqui para que lembrem-se de nós? Afinal, o que nós realmente queremos? O nosso objetivo?

    De que adianta, já são seis da manhã. Hora de trabalhar.

    Esse é o problema, Vamos reiniciar o ciclo vicioso antes de realmente agir, de mudar, precisa-se quebrar os paradigmas. Mudas a rota. Seguir em frente quando o que estamos fazendo ou vivendo não nos faz feliz. Ás vezes precisamos dar um passo para trás, para em seguida dar dois passos para frente.

    Um bom conto!

    Boa sorte!

  30. Thata Pereira
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Thata Pereira

    Olá, Cafezin.

    Contexto pessoal:

    Que dilema. Tenho 30 anos e estava me enfiando no mesmo buraco que o eu personagem. Viver para trabalhar. Por isso, me conecto muito com o relato. Mas sua história é isso, um relato. Vou me explicar.

    Análise do conto:

    Tenho até medo de dizer isso e ser apedrejada, mas não consegui ver aqui uma história com começo, meio e fim. Temos personagem, ambiente, mas falhou no enredo. É um relato. Relato pode ser um conto? Acredito que sim, mas senti como se eu tivesse lido apenas o desenvolvimento. Inclusive pelo impacto que causa a primeira frase, que parece que indica que nós leitores já precisamos de um contexto que não veio. O final até serve como um final e agora, lendo pela terceira vez, vejo que se tivesse começado com a segunda frase, acredito que eu não teria tido essa impressão, de estar lendo algo que iniciou do meio para frente.

    Conclusão:

    Não li os comentários, mas acredito que o texto vai gerar uma forte conexão com muitos. Mas o começo, para mim, falhou. A primeira frase me causou a impressão que eu comecei a ler uma história pela metade.

    Desejo um bom desafio!

  31. leandrobarreiros
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Um texto que condensa a crise que perpassa todos nós na vida adulta, e alguns outros ainda na juventude.

    Técnica: Alta. Bom uso de linguagem reflexiva que sugere uma abstração, cortada bem pela realidade do trabalho.

    Interesse: Considerável. Se fosse um texto maior talvez a reflexão ficasse enfadonha e repetitiva, mas casou bem aqui no micro.

    Objetivo do autor: Dar o corte final com a realidade do trabalho, causando impacto pela linguagem filosófica do início que perde espaço para a realidade concreta do cotidiano.

    Achei o texto competente e relacionável. Não fala só sobre a tristeza da vida cotidiano, mas enfatiza como abrimos mão da abstração em prol da produção (e subsistência). Não tenho sugestões, acho que funciona muito bem como é.

  32. Marco Saraiva
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Nota: perdao pela falta de acentos no texto, estou escrevendo em teclado gringo =)

    Eh um conto facil de gerar algum nivel de empatia com o leitor, ja que a situacao remete a tantas rotinas de tantas pessoas pelo mundo. “O dilema de viver ou sobreviver é constante”, isso resume o conto, o drama que ele quer expressar e, sinceramente, alguns anos recentes da minha vida tambem. Gostei dos pequenos detalhes, como as pequenas fugas da rotina mortal: o aquario que ainda gosta de cuidar, o “cafezin” no nome do autor. O detalhe logo no inicio, do personagem refletindo que “inteligencia nao eh sinonimo de sucesso”, implicando que ele se acha muito mais inteligente do que exige o cargo que ocupa, e que merece uma vida muito mais interessante do que a sua.

    Um conto bem pensado e bem escrito.

  33. Felipe Lomar
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    um conto que mostra as frustrações modernas, dos trabalhos enfadonhos e falta de perspectiva de progressão na carreira, mesmo com muita qualificação. Bem aproveitado o tema na construção. Só achei que o aquário ficou um pouco deslocado, ele é só mencionado e não tem participação ativa, é só um cenário. Microconto não pode ter pontas soltas. Mas o final é genial. A frustração não pode sobrepor as obrigações, elas mesmas causa da anterior

  34. Evelyn Postali
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    Exaustão existencial. É o que eu entendo desse texto. Talvez o peso da monotonia de uma vida que se resume em sobreviver seja o ponto. O quarto é um túmulo porque evoca solidão e estagnação, enquanto o aquário é o último vestígio de prazer ou conexão com a vida. Acho que esse texto diz muito do dilema universal: viver de forma plena ou ceder às exigências da rotina. A personagem é prisioneira. Vale a pena continuar nesse ciclo? O que fazer para quebrá-lo?

  35. Juliana Calafange
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    O texto começa muito bem, o tema cria empatia de cara, porque certamente muitas pessoas, eu inclusive, já tiveram essas reflexões ao chegar na tal “meia idade”, quando parece que tudo que sabemos não serve de nada.

    No início do texto, o narrador parece estar dentro da cabeça do personagem. Se afasta um pouco a partir de “Como se inteligência fosse sinônimo de sucesso. Quarenta e dois anos de vida e qual lição que se pode tirar disso? Que a vida nunca foi e nem será um conto de fadas. Perdido em seus pensamentos enquanto deseja dormir uma noite completa em anos, seu quarto mais parece um túmulo”. Nesse momento o narrador se afasta e o observa de longe. A partir daí o texto se torna mais um desabafo do que uma narrativa.

    É preciso lembrar que os elementos que compõem a micronarrativa são os mesmos de um conto comum: enredo (narratividade), espaço, personagens e tempo. Acho que alguns ajustes no seu texto dariam conta disso. Parabéns

  36. Vítor de Lerbo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    A temática é constante na vida do trabalhador contemporâneo, e traz uma boa reflexão, crítica, acerca do nosso cotidiano.

    É bem escrito.

    No entanto, me parece mais um fluxo de consciência do que um microconto.

    Boa sorte!

  37. fcaleffibarbetta
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Oi, Cafezin

    No geral, gostei do seu micro.

    Por ser um microconto, acredito que haja uma repetição desnecessária de informações.

    Gostei do aquário como o animal de estimação, pareceu combinar com a personagem, mas achei a comparação do quarto com um túmulo um tanto estranha.

    Gostei do final, quebra a nossa expectativa, muito bom.

    Só fiquei pensando que o tempo que parece decorrer do momento em que ele está perdido em seus pensamentos, ainda desejando dormir uma noite inteira (portanto a noite tem que mal ter começado pra ele ter essa pretensão) e a hora em que ele já precisa acordar é muito curto. Não deu a impressão de ter se passado uma noite inteira de pensamentos. Talvez tb pelo uso do verbo DESEJA no presente.

    Digo isso porque, pelo que entendi, a graça do micro seria justamente esta questão de nos mostrar que ele tinha intenção de dormir, mas ficou pensando, pensando, pensando, pensando, a gente acha que ele pode dormir a qualquer momento, mas agora ele tem que acordar… Mas nem sei se foi essa a sua ideia.

    Parabéns pelo texto.

  38. Kelly Hatanaka
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um micro que mostra um recorte dos pensamentos de uma pessoa em crise, presa a uma vida de obrigações e sem prazeres. Uma sucessão de dias iguais.

    Está muito bem escrito e retrata uma situação bastante comum. Acho que todo mundo, em algum momento, se sente assim. Senti, porém, falta de algum acontecimento e de subtexto. Fiquei com a impressão de que este é um parágrafo de um conto maior e não um conto sem si mesmo.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

  39. toniluismc
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    A temática da alienação e do esgotamento diante do mundo em que vivemos em si é bastante comum na literatura, mas a forma como o autor trabalha isso, por meio da imagem do aquário e da rotina exaustiva do protagonista, confere ao texto uma originalidade interessante.

    Frustração e desespero são os sentimentos que ficam mais evidentes após ler esse conto, mas talvez ficasse mais rico se houvesse alguma luz no fim desse túnel, já que essa é a realidade vivida por praticamente todos nós da era capitalista.

    Nem só de melancolia e reflexão vive o homem rs

  40. Antonio Stegues Batista
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    A inteligência, o conhecimento, é o caminho do sucesso. Junto com sorte, é claro O protagonista chegou aos 42 anos sempre na mesma rotina, não conseguiu economizar dinheiro pra viajar, comprar uma casa nova. Vive desanimado, talvez tenha desprezado as oportunidades que a vida lhe deu. Permanece solteiro, não casou, não tem filho, não tem esperança, não tem planos. É um fracassado pela própria vontade. Acostumou-se com a solidão e o destino de ter um sub emprego, e o tem como uma prisão. É escravo da rotina. Mas até que é bom, é só olhar a vida de um modo diferente e se divertir com a rotina.

  41. José Leonardo
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Cafezin.

    Temos um microconto onde o sentido de cumprir o dever está acima de qualquer ação que com ele possa se contrapor. Os dilemas entre viver/sobreviver, prazer/obrigação e da inteligência que não redunda em sucesso, ainda que num microconto, a meu ver foram bem apresentados.

    É um ser humano numa roda de hamster.

    No mais é uma história carregada de desilusão (é a versão microconto de “Não creio em mais nada”, do falecido Paulo Sérgio).

    Parabéns pelo texto e boa sorte neste desafio.

  42. Afonso Luiz Pereira
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    O texto apresentado possui, sem dúvida, uma atmosfera muito bem construída, transmitindo com eficiência o sentimento de exaustão, monotonia e vazio existencial do personagem. No entanto, a meu ver, posso estar equivocado, aproxima-se mais de uma reflexão do que propriamente um miniconto, pelo menos no estilo tradicional que vemos por aqui. Não percebi um enredo claro com começo, meio e fim. O conflito (viver ou sobreviver) é muito interessante, mas é tratado de maneira estática, sem ações ou decisões que gerem transformação, ou sugiram um desfecho. Caso tivéssemos uma versão maior e mais aprofundada dentro dessa perspectiva, provavelmente estaríamos lendo uma crônica de estilo introspectivo e existencial. Ainda assim, reconheço e dou mérito ao autor pela profundidade reflexiva sobre a vida alcançada com o uso de tão poucas palavras.

  43. bdomanoski
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    O sujeito trabalha tanto que nem tem tempo de decidir se quer largar tudo ou não. “Como se inteligência fosse sinônimo de sucesso.”, mas poderia ser. Basta usar a inteligência ao seu favor. Isso se realmente tiver o tipo de inteligência necessário pro sucesso, seilá. O que me incomodou na lógica narrativa foi isso: “Pergunta-se: abrir mão de tudo vale a pena?”. O texto não deixa claro se o sujeito tem um bom emprego ou um subemprego. Ele poderia abrir mão de tudo ou estaria ferrado se o fizesse? Enfim. Gostei da temática do seu conto e da abordagem, ao menos em 88% da história, com exceção do comentado acima, embora pareça que o sujeito trabalhe num emprego que não o permita viver nem um pouquinho, apenas sobreviver. Não consegue nem dar uma luxada. Gostei de como o aquário contrasta com o resto do ambiente, e das palavras utilizadas pra descrição do mesmo “mais parece um túmulo”.

  44. Sílvio Vinhal
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Sílvio Vinhal

    Noventa e sete palavras!

    Como microconto, acho que temos aqui um bom início de texto de maior formato. No entanto, carece de contar um pouco mais, no subtexto, que seja, para completar o objetivo desse certame.

    Parabéns pela coragem de tentar – afinal – é isso que nós, autores, fazemos todos os dias. Às vezes conseguimos, outras vezes, não.

  45. claudiaangst
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    O texto é antes de tudo uma reflexão sobre a importância que se dá ao trabalho (sobrevivência) em detrimento ao prazer de viver (alguma alegria no dia a dia).

    A linguagem empregada é simples, clara e sem volteios desnecessários. No entanto, por ser um conto curto, deve-se evitar a repetição de palavras (vida e prazer). Recomenda-se buscar por sinônimos que se encaixem no contexto.

    a exceção > à exceção

    Há a contraposição de trabalho/prazer, sucesso/solidão, vida/túmulo. O único prazer é cuidar de um aquário, onde nada solitário um único peixe. Quem afinal é o ser cativo entre paredes de vidro e repetindo as mesmas voltas por horas e horas?

    O desfecho sugere que tudo continuará igual, apesar da reflexão noturna, pois ao acordar o sujeito se põe novamente no modo automático e pronto.

    Parabéns pela participação e boa sorte no desafio.

  46. Nilo
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Um dos grandes problemas da vida moderna: a monotonia. bem descrita, nos passa bem o sentimento do protagonista. senti a falta de algo, ele pensa em sair de sua zona de conforto? largar um emprego? ele tem outra opção? bom tema. boa sorte

  47. Nelson
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    Achei bastante trivial, assim como a própria ideia do texto. Um reflexão sobre a condição da maioria da população, que pouco tempo tem para pensar sobre sua própria situação, pois é preciso sobreviver.

    • Elisa Ribeiro
      19 de janeiro de 2025
      Avatar de Elisa Ribeiro

      O tema aqui é a depressão, certo? A cena é bem descrita, gostei sobretudo da escolha do aquário como parte do cenário, conseguimos perceber a tristeza e a apatia do personagem, tudo combina, mas faltou, não necessariamente um conflito, mas algum tempero que conferisse um maior impacto ao texto. Desejo sorte 🍀

  48. andersondopradosilva
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    Dilema Moderno apresenta um homem de inteligência aquilatada, cuja consciência afugenta o sono e atordoa a rotina. Seu quarto é frio e solitário, e toda mobilidade parece provir unicamente de animais de sangue frio a nadar em águas artificialmente oxigenadas. Dentre todos os animais de estimação, escolheu um alheio ao toque, alimentado à distância por farelos lançados à superfície. É um homem inadaptado, repleto de inteligência teórica talvez, mas sem inteligência prática. O texto parece conter uma crítica ao sistema de organização social e econômica em vigor.Quanto à técnica do texto, poderia ser melhor. Vou destacar um trecho em que faltou uma crase: “a exceção do aquário que ainda tem prazer em cuidar”.

  49. geraldo trombin
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    No final, sempre vem uma questão: valeu a pena tudo o que foi feito para se chegar lá se, quando chegamos, percebemos que o “lá” não era lá essas coisas, não era tudo aquilo que sonhávamos. Fica o dilema: Sonhos? Melhor não tê-los! Mas se não os temos, como sabê-los!

  50. Raphael S. Pedro
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Gostei da forma como é transmitida a solidão e a autocobrança que permeiam a mente do ser humano atualmente.

    A ilustração do aquário remete às coisas que ainda nos trazem felicidade.

    Acredito que a ausência de interrogação no trecho “De que adianta, já são seis da manhã” trabalha justamente a finalidade do texto. Uma escolha sutil, um detalhe estilístico de resignação e apatia.

    Muito bom.

  51. Rangel
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Rangel

    Cafezin,

    Que dilema! Me vi um bucado nesse protagonista.

    A história focou bastante no elemento da introspecção. Em geral não gosto, mas aqui é uma reflexão madura, com elementos darks, uma certa frustração que salva a ausência de ação. Gostei também de como a questão da insônia é explorada. De fato, ela distorce o tempo, de tal modo que mal nos damos conta de que já amanheceu.
    A pergunta: “abrir mão de tudo vale a pena?” – faz a história flertar com a tragédia. Mas até isso é retirado da personagem, afinal é hora de trabalhar. Gostei da pergunta, mas não da resposta inicial: “De que adianta”. Para começar, falta uma interrogação, não? De qualquer modo, a resposta é insatisfatória, pois sim, adianta perguntar, o que não adiantaria no caso – já que amanheceu – é buscar a resposta.

    De qualquer modo, embora o dilema tenha engolido a possibilidade de uma narrativa mais tradicional, ele está bem amarrado e me convenceu.

  52. Marcelo
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    Tema atual. O texto aborda o quanto a vida se tornou mecanizada. Muito fazemos e pouco sentimos. Pensamos sem refletir. Morremos sem viver.

  53. JP Felix da Costa
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Neste conto vejo uma realidade que continua a acontecer. A obsessão pelo sucesso, que leva as pessoas a descurar em tudo na vida para se dedicarem exclusivamente ao trabalho. Apenas para perceberem, por vezes tarde demais, que ficaram com uma mão cheia de nada. Por vezes o sucesso é atingido, mas a que preço? Como em tudo na vida, o peso e a medida é importante. Muito boa reflexão.

  54. antoniosodre
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    Um texto profundo, com uma temática relevante e contemporânea: a depressão. Temos a figura do aquário que traz uma cor para um conto bem cinzento por construção, então há um contraste que foi bem trabalhado.

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Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .