EntreContos

Detox Literário.

99 palavras (Afonso Luiz Pereira)

Ele revisava as regras do concurso pela quinta vez.

— Noventa e nove palavras. Está perfeito.

De repente, ouviu um som áspero, arrepiante, contra o vidro da janela. Ele congelou. Uma coisa deformada, olhos negros, dentes afiados e garras compridas, surgiu do outro lado, emergida da escuridão.

— Noventa e nove palavras, isso é sério? – rosnou a criatura.

Ele gaguejou:

—  O limite é…

O monstro esmurrou a janela, impaciente.

— Por que não cem? Quem inventa um número assim, rapaz?

— Achei que noventa e nove era… mais desafiador.

— Ahh, esses escritores… – bufou o monstro, indo embora. – Sempre complicando tudo!

60 comentários em “99 palavras (Afonso Luiz Pereira)

  1. Sidney Muniz
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Sidney Muniz

    Esse conto tem uma ideia de colocar o autor na própria história, eu entendi a sacada e por vezes dá certo, mas aqui, por mais que tenha sido bem escrito fiquei com a sensação de que não me fisgou por completo.

    Não é um trabalho ruim.

    Parabéns e boa sorte no certame!

  2. Diego Gama
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Diego Gama

    Gostei demais desse, como abordou bem esse medo e anseio das 99! Parabens

  3. Pedro Paulo
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Pedro Paulo

    COMENTÁRIO: A premissa, de uma monstruosidade fiscal da ficção curta irada com a trivialidade de uma única palavra impedir um número mais redondo, o centésimo, é engraçada. Mas achei que o terceiro parágrafo tem vírgulas deslocadas que truncam uma leitura a qual, tratando-se de um micro, não pode perder ritmo. Além disso, o arremate parece anticlimático e desencontrado com o que se apresentou antes. Digo: a revolta com esse limite de palavras é tanto pertinente, falando diretamente ao participante do desafio, como uma implicância engraçada e, então, cativante, mas apresentá-lo na forma de uma criatura grotesca para mim pareceu desnecessário e sem efeito com o final escrito.

    E sim, eu sei. Com apenas 99 palavras, como desenvolver mais? Por isso, acho que deveria ter optado por outra forma de abordar esse ressentimento com o limite. Mas tenho certeza de que, sendo 100 palavras, teria conseguido entregar um final mais contundente.

  4. Roberta Andrade
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Roberta Andrade

    A ideia de discorrer sobre as próprias dificuldades do concurso deu um tom bem-humorado e a conversa com o monstro criou um clima interessante, mas acho que o tema podia ter desviado para outras questões, em vez de se manter só na regra imposta.

    Acho que faltou a essência do autor.

    A técnica foi impecável e o texto ficou bem fluido e fácil de compreender, o que me agradou bastante.

    Parabéns. Boa sorte.

  5. André Lima
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de André Lima

    Mais um conto com metalinguagem, mais um conto anedótico, brincando com o edital do próprio concurso que participa (Dupla metalinguagem?).

    O non-sense aqui é bem utilizado, serve como artifício cômico. Foi um bom trabalho!

  6. Renato Silva
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Renato Silva

    Olá, tudo bem?

    Ao que me parece, esse prolífico escritor conversa com os monstros de sua consciência, questionando a lógica de algumas de suas decisões.

    No comércio, a prática de preço é sempre colocar um 4,99 ao invés de 5. Aprendi isso desde jovem, é um tipo de “engano” que faz a pessoa realmente achar que 4,99 é mais barato do 5, quando na prática nem 1 centavo de troco nos devolvem.

    Acho que quase todo escritor tem vários “eus”, várias vozes dentro de si, dizendo “Faça isso, faça aquilo. Apague! Faça tudo de novo.”

    O texto é bacaninha, brinca com esse limite polêmico de palavras e talvez tenha parodiado pessoas como eu, que não são chegadas em microcontos.

    Boa sorte.

  7. Felipe Lomar
    1 de fevereiro de 2025
    Avatar de Felipe Lomar

    interessante a ideia da metalinguagem. Questiona os detalhes do próprio desafio. Interessante pensar sobre o que passa na cabeça dos organizadores. Gera um certo humor. O final, por outro lado, é meio ‘meh’. O monstro só vai embora indignado? Quem é ele pra achar melhor que um participante ou organizador de desafio literário? Eu hein, ele faça o próprio desafio com limite de 100 palavras

    boa sorte.

  8. Luis Fernando Amancio
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Fernando Amancio

    Oi, Caio,


    Como leitor, agradeço por compartilhar conosco seu texto. Participar de um desafio exige coragem, expor-se de forma cega ao julgamento dos pares. Seu miniconto faz humor com o limite de palavras do desafio. 99 palavras. Por que não 100? Confesso que isso não me passou pela cabeça.

    Seria o monstro da inspiração o que aparece pela janela?

    O humor na sua proposta é o jogo da metalinguagem. Talvez o terceiro conto do desafio a apostar nesse recurso. Particularmente, não é uma abordagem que me impressiona. Não sei, acho um pouco fora de moda. Já houve um tempo em que essa quebra de parede foi mais revolucionária. Hoje, ainda tira um risinho de canto de boca, mas só.

    Ainda assim, reconheço a leveza de seu texto. É uma narrativa bem elaborada dentro desse despretensão.

    Parabéns pelo conto e boa sorte no desafio.

  9. leandrobarreiros
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de leandrobarreiros

    Chamo de “técnica” a facilidade com que o autor carrega o leitor pela narrativa, e/ou transmite subtexto, e/ou faz (bom) uso de figuras de linguagem que tornam a leitura agradável.

    Chamo de “interesse” o quanto o texto me fisgou enquanto leitor, o quanto de impacto senti pela leitura.

    Chamo de “objetivo do autor” um palpite do que o autor queria com o texto. É mais um esforço criativo e uma tentativa de fazer leituras mais enquanto escritor do que leitor.

    Um conto divertido sobre o desafio e sobre ser escritor. Eu não tenho nada contra meta linguagem, mas prefiro quando ela é um pouco mais indireta. Ainda assim, é uma historia divertida e funciona como uma homenagem bacana aos idealizadores do concurso.

    Técnica: Acima da média. A leitura flui, embora algumas passagens tenham me parecido estranhas como “Por que não cem? Quem inventa um número assim, rapaz?”. Não sei bem o motivo. Talvez pelo “rapaz”, no fim.

    Interesse: Acima da média. É uma história sobre o desafio que estou inserido e isso levanta um pouco o meu interesse de modo geral.

    Objetivo do autor: Capturar o leitor pela meta linguagem, afinal o leitor, aqui, é também o escritor que participa deste concurso.

    • Caio Werner
      31 de janeiro de 2025
      Avatar de Caio Werner

      Oil Leandro, meus agradecimentos pela força. Olha, eu usei “rapaz” no final da frase porque quis dar ao monstro um ar mais velho e ranzinza, daquele tipo que acha que já viu de tudo, sabe de tudo, e se irrita com as escolhas dos mais novos. Como se ele estivesse repreendendo o escritor de forma quase paternalista, entende? A comentarista Juliana Calafange, por exemplo, escreveu assim sobre esta questão: “Só não gostei desse final. Achei que essa criatura, de monstro passou a tiozão, com esse “Quem inventa um número assim, rapaz?”‘ E aí, meu amigo, entra a tal da subjetividade. A ideia que eu queria transmitir era exatamente essa, mas, pelo jeito, não fui muito feliz na escolha das palavras.

  10. fcaleffibarbetta
    31 de janeiro de 2025
    Avatar de fcaleffibarbetta

    Olá, Caio,
    Seu conto é divertido.
    Não costumo gostar de metalinguagem, mas aqui a ideia foi interessante e criativa. A inclusão do monstro como questionador das regras foi uma boa sacada. A imagem ajudou bastante também.
    Eu tiraria o “Noventa e nove palavras” da primeira fala, deixando o leitor ainda em dúvida se o micro trataria exatamente deste concurso. Deixaria somente o “Está perfeito”. Acredito que assim, faria certo suspense e deixaria a primeira fala do monstro mais engraçada e inusitada ainda. Logicamente, tiraria do título também.
    Parabéns pelo conto.

    • Caio Werner
      31 de janeiro de 2025
      Avatar de Caio Werner

      Tua ideia é muito boa, não havia pensando nisso. Gostei da dica.

  11. JP Felix da Costa
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de JP Felix da Costa

    Conto leve, divertido e nada pretensioso. Achei piada. Só tive pena do final, não teve grande impacto. Pode não ser verdade, mas fiquei com a sensação que quem escreveu ficou-se pela ideia base e depois apenas concluiu com um final a “martelo”. Independente disso, gostei do texto (bem escrito), e não me parece que seja uma ideia gerada por falta de ideias, mas sim uma forma de brincar, e até elogiar o desafio.

  12. Leo Jardim
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Leo Jardim

    📜 Conteúdo (⭐▫▫): uma anedota sobre o limite de palavras do desafio (99 e não cem).

    📝 Técnica (⭐⭐▫): boa, conduz o diálogo sem percalço

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): boa metalinguagem, mas ainda assim na média do desafio

    🎭 Impacto (⭐▫▫): sendo bem sincero, não achei nada demais. Uma piada sobre o limite e nada além disso. Diverte um pouco, mas não impacta nem cria reflexões.

  13. Elisa Ribeiro
    30 de janeiro de 2025
    Avatar de Elisa Ribeiro

    Realmente esse limite de 99 palavras é bem estranho. Leve e despretensioso, seu texto bem humorado, além de me fazer sorrir, me desobriga de reflexões e comentários elaborados. Gostei!! ❤️

  14. Fabiano Dexter
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de Fabiano Dexter

    Uma pequena história entre o criador desse desafio e o monstro que muitos de nós, participantes, mandamos atrás dele.

    Um conto leve e entrega o que se propõe, depois de um início que parecia puxar para uma história de terror.

    O autor(a) aqui arriscou ao fazer algo diferente e, pelo menos para mim, acertou o alvo, até porque provavelmente fez algo único em um desafio com mais de 50 contos.

    Parabéns!

  15. claudiaangst
    29 de janeiro de 2025
    Avatar de claudiaangst

    Não sei se considero o conto como terror ou fábula infantil/comédia. Tem um quê de Monstros S/A, afinal a criatura pareceu-me bem simpática. E ela tem razão: esses escritores complicam tudo mesmo.

    Um texto bem escrito, apresentando metalinguagem como eixo central. Não encontrei falhas de revisão. Só bom humor e leveza!

    Parabéns pela participação. Boa sorte!

  16. Fernando Cyrino
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Fernando Cyrino

    Olá, Caio Verner, um conto de humor. Um conto brincando com o desafio. Curti o humor, curti o monstro na janela significando pra mim a dificuldade em encontrar o tema, a tão fugidia inspiração para se escrever algo que vá realmente encantar a turma tão exigente de leitores. Bacana esse seu conto. Parabéns e sucesso.

  17. Priscila Pereira
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Priscila Pereira

    Olá, Caio! Tudo bem?

    Conto bem divertido sobre o desafio.

    É difícil fazer um conto assim que não fique estranho, pegue mal, seja inconveniente e por aí vai, mas o seu ficou na medida certa. Achei bem legal.

    O conto mostra a sua frustração com o número de palavras, mas de uma forma divertida, despretensiosa. Você conseguiu transformar sua frustração em um bom conto.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

    Até mais!

  18. Antonio Stegues Batista
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Stegues Batista

    Semana passada comprei um pacote de lenços umedecidos que continha 96 lenços e eu me perguntei, por que não100 lenços? Mistério. O conto aborta a quantidade de palavras no desafio que a regra diz ser 99 palavras, aparece um monstro que fica irritado com o numero fracionado. Por que não 100? É mais desafiador responde o escritor e ele está certo, é mais desafiador, mas continuamos todos monstros. Gostei do conto vai estar na minha lista

  19. Bia Machado
    28 de janeiro de 2025
    Avatar de Bia Machado

    Plot: Monstro inconformado com o limite de palavras dado pelo escritor para um desafio de contos.

    Desenvolvimento: Muito bom, divertido de ler e imaginar o Gustavo sendo assombrado por uma criatura dessas assim que finalizou o edital. A criatura da imagem foi bem escrita no conto, terá encontrado a imagem primeiro? Ou feito em IA? Desenvolvimento muito bom para um “terrir”.

    Destaque: Para o tom dado ao texto, que deixou a leitura leve e divertida. Imaginei a criatura indo embora revoltada, tal qual aquela do “Todo mundo em Pânico”…

    Impressões da leitura: Eu gostei bastante, foi muito bom de ler e funcionou muito bem como micro de humor. Parabéns!

  20. Matheus Pacheco
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Matheus Pacheco

    O conto combina humor e a tentativa de liberdade criativa em um cenário inusitado, e até um pouco clichê: o confronto entre um escritor perfeccionista e um monstro que é um crítico literário.

    A história aborda a tentativa criativa de forma leve e irônica ao levar em conta a obsessão de um escritor com detalhes.

    A interação entre os dois personagens é interessante, mas não foge muito do limite imposto. Entretanto, a gramática é extremamente fluida e, junto com a narrativa, torna a leitura dinâmica.

    Eu gostei bastante do texto, mas, talvez, com um limite um pouco maior, fosse mais bem aproveitada.

  21. danielreis1973
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de danielreis1973

    Continho metalinguístico pra conta… ainda que este ameace um terror, mantém-se no humor. Só acho arriscado, porque pode parecer que o autor, “sem ideia”, faz disso a sua ideia principal. Já fui por esse caminho e não gostei do resultado. Mas fique à vontade para experimentar. E boa sorte no desafio.

    • Caio Werner
      28 de janeiro de 2025
      Avatar de Caio Werner

      Pois é, eu não sabia que contos de metalinguagem sofriam tanto assim dentro do Entrecontos. Mas está valendo pela experiência. Dá próxima, tomarei mais cuidado.

  22. toniluismc
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de toniluismc

    Sei que a tentativa foi trazer humor pro nosso dia, mas infelizmente acabou se deparando com a minha falta de empatia. Não achei nada demais ser 99, assim como não acharia se fosse 101 ou 93. É só um limite. Contudo, entendo que vivemos em uma sociedade que questiona toda ideia de limite, mesmo quando isso não leva a lugar nenhum.

    Achei que a criatura sobrenatural foi mal utilizada na narrativa, ficou como um mero adereço dos pensamentos do escritor.

    Para um personagem aparentemente perfeccionista e dedicado, sobrou técnica e faltou criatividade para balancear esse palco que confronta imaginação e realidade.

    De todo modo, parabéns pela iniciativa e boa sorte!

  23. Amanda Gomez
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Amanda Gomez

    Oi, bem?

    Bom, acho que todo mundo que está participando do desafio vai sentir uma certa simpatia por esse conto. Achei criativa a forma como o autor abordou um tema que, na verdade, nem é exatamente um tema, mas uma discussão do nosso grupo no WhatsApp.

    Também fiquei me perguntando: por que 99? Que cisma é essa do Gustavo com esse número? Cem não seria mais redondo ou simbólico? Assim como o monstro, me estressei com o limite! E achei a reação do personagem bem verossímil, encaixou perfeitamente com a proposta.

    A imagem ficou bem legal, e o conto metalinguístico cumpriu bem o que se propôs. No entanto, houve uma quebra de expectativa no final. A imagem me remeteu ao anime Death Note, o que criou em mim a expectativa de que o monstro ia nos “representar”, acabar com o conto, o organizador do desafio e, de quebra, o autor. Mas, no fim, ele acabou agindo como nós: conformado. Embora isso faça sentido dentro da proposta, ficou a sensação de que faltou um desfecho mais impactante.

    Talvez isso também reflita a postura do autor, que, apesar dos questionamentos, não poderia deixar de participar.

    É um texto divertido e cativante, mas confesso que tenho uma certa resistência à metalinguagem, não sei explicar por quê.

    Parabéns pelo trabalho e boa sorte no desafio!

  24. jowilton
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de jowilton

    O Conto narra a história de um autor que está escrevendo um desafio de noventa e nove palavras, ai aparece um monstro e a interrogar porque cargas d’água não é cem palavras e finaliza que escritores dificultam tudo. O conto usa da metalinguagem para brincar com desafio de micro contos. Eu, particularmente, não goste deste tipo de conto, porque acho pouco original, diferentemente do uso da metalinguagem no Sinsalabim, que eu achei bem criativo. A escrita é boa, o impacto é baixo.

    Boa sorte no desafio.

  25. Afonso Luiz Pereira
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Afonso Luiz Pereira

    Aqui temos um conto com uma pegada mais leve, sem subtextos aparentes. O texto parece brincar com a própria limitação do concurso. O uso do humor e da metalinguagem deixa a narrativa descontraída e levemente divertida.

    A conversa com o monstro é inesperada e cria um contraste curioso entre a tensão inicial e o tom cômico que surge logo depois. Achei especialmente interessante o monstro ficar “pilhado” com algo aparentemente trivial, como a adição de uma única palavra a mais, tudo para satisfazer ao seu TOC por um número par e fechado.

    O diálogo está bem construído, bem marcado, o que ajuda a manter o ritmo e a fluência da leitura. Não é o tipo de conto que aposta em grandes reflexões ou reviravoltas, mas cumpre bem a proposta de entreter e arrancar um sorriso do leitor, oferecendo uma alternativa diferente aos contos mais densos. No geral é um texto leve e descomplicado, o que tem seu mérito também. Parabéns ao autor.

  26. Gustavo Araujo
    27 de janeiro de 2025
    Avatar de Gustavo Araujo

    Acredito que para funcionar bem um microconto precisa de camadas diferentes. Para além da história literal que é contada pelas palavras, é preciso haver tramas subjacentes, dilemas e dramas escondidos nas entrelinhas, algo que se revele somente ao fim da leitura, ou até mesmo em uma segunda ou terceira leitura.

    Aqui temos um conto simpático com metalinguagem. Bem construído, bem escrito. Pode-se dizer também que é criativo ao revelar as dificuldades em se conceber uma história, uma trama, com tão poucas palavras. Procrastinação, talvez. Ou falta de ideias para algo verdadeiramente provocativo. De todo modo, é um texto corajoso.

  27. Evelyn Postali
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Evelyn Postali

    É criativo, tem humor, tem uma introdução intrigante e, depois, uma quebra de expectativa divertida através do diálogo com a criatura. A descrição inicial do monstro é boa. No geral, é uma narrativa leve e bem construída, que diverte e surpreende.

  28. Luis Guilherme Banzi Florido
    26 de janeiro de 2025
    Avatar de Luis Guilherme Banzi Florido

    Bom dia/boa tarde/boa noite e um bom ano pra nós, amigo entrecontista. Bora começar um novo ano arrasando na escrita! Parabéns pela participação nesse primeiro desafio no ano,! Pra mim, escrever micro conto é um macro desafio kkkkkk. Bora pra sua avaliação, mas, por favor, não leve minhas palavras a sério demais, afinal, micro conto é algo muito fora da curva e é difícil até analisar. Pra ajudar, criei um micro sistema que espero que ajude a ser justo com todos os amigos. Bora lá!

    Micro resumo: o Gustagol ou o Fabão da massa é assolado por um monstro que questiona seu toc na elaboração dos desafios.

    Microsensações: esse é um conto bem humorado, que funciona especialmente com aqueles que, como eu, está há anos nesse grupo maravilhoso e acompanha ano após ano as discussões e questionamentos sobre regulamento: comentario aberto x fechado, limtoe de palabras, tema, etc. De certo modo, o monstro pode ser visto como cada um de nós que fica assombrando os organizadores, semprre querendo mudanças e impor nossas preferencias. Claro que tudo com um bom humor bem acertado, uma metafora da nossa vida como comunidade de escritores. Devo dizer, no entanto,m que para mim o conto perde muito com um final um pouco sem graça e anti climatico. Achei que a ultima frase, o desfecho mesmo, ficou sem sal, nao sei. Podia ser algo mais engraçado e impactante. Do jeito que está, ficou meio monotonico pra mim.

    Impacto:

    Micro –> acho que ja falei tudo acima: é um conto bem humorado e auto referencial, mas que pra mim perde por nao apresentar nada mais catartico ou como climax. A historia termina e eu fiquei meio que esperando algo a mais. Ou seja, o começo é muito melhor que o final, o que atrapalha no impacto.

    Médio

    Macro

    Uso das pouquíssimas palavras permitidas: um bom uso. Tudo está ali, usando bem como subtexto o contexto do EC que a maioria de nós ja conhece bem. Usa esse nosso conhecimento previo como cenario, econimizando palavras. Um uso inteligente.

    Conclusão de um leitor micro-capacitado a opinar sobre micro contos: me senti numa discussão pós desafio no grupo. Mas como ja participei delas inumeras vezes, foi um pouco corriqueiro pra mim. Faltou algo que me tirasse uma gargalhada, como quando alguem manda uma figurinha do Fabio Baptista no grupo, por exemplo.

    Parabéns e boa sorte no desafio!

  29. Sabrina Dalbelo
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Sabrina Dalbelo

    Olá Entrecontista,

    Veja, não sou especialista nos desafios do EC (participei de poucos), mas sempre aparecem os metacontos como o teu… hahaha

    Para a finalidade de entretenimento, aqui no nosso entorno, vale a ironia do texto.

    A imagem está muito legal, o monstro é lindo!

    Obrigada pelo texto.

  30. Juliano Gadêlha
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliano Gadêlha

    Há duas certezas na vida: a morte e a presença de pelo menos um texto metalinguístico no desafio do EntreContos hahaha

    Dito isso, impossível não se conectar com o terror do limite de palavras, algo tão assustador que se torna tangível e personificado nesse texto. Bem escrito e engraçado. Parabéns!

    P.S.: Moderadores, toda a minha admiração e compaixão pelo excelente trabalho.

  31. Juliana Calafange
    24 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Bom, Caio, agora vou fazer a avaliação séria.

    Eu ri muito com esse conto. Mas acho que funciona aqui porque somos escritores participando de um certame de 99 palavras. Fora daqui, pouca gente entenderia, porque simplesmente “concurso” não remete a concurso literário.

    Mas sendo um conto deste desafio, funcionou bem demais.

    Só não gostei desse final. Achei que essa criatura, de monstro passou a tiozão, com esse “Quem inventa um número assim, rapaz”. E depois vai embora bufando, ao invés de entrar no aposento e destroçar o cara em 99 pedacinhos, que é o que a gente espera que ele faça, afinal de contas. Rsrsrs

    Parabéns.

  32. Mauro Dillmann
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Mauro Dillmann

    Um conto bem escrito e singelo.

    Tem uma dose de humor ou pretensão à graça.

    A repetição da expressão “noventa e nove” ocupou o texto.

    O conto não tem camadas, é plano, simples.

    Não entendi por que escolheu a imagem do mostro. Um tom juvenil, ingênuo.

    Parabéns!

  33. Marco Saraiva
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Marco Saraiva

    Nota: perdao pela falta de acentos no texto, estou escrevendo em teclado gringo =)

    Voce colocou em palavras tudo o que estavamos pensando. Obrigado por ter exteriorizado isso. Achei que ia morrer dentro de mim, essa indignação. LERAM ESSE CONTO, GERENCIA DO EC? 99 PALAVRAS, SERIO? UM ABSURDO!

    Perdao, eu sai da linha. A minha opiniao sobre o conto eh que ele eh comico, mas falta um pouco de sal. Achei o desenvolvimento um pouco obvio, e a conclusao vazia. Eu diria ate que o conto nao tem conclusao, ele parece uma cena cortada ao meio.

    De qualquer forma, eu ri. =)

  34. Nelson
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Nelson

    É, não gostei muito. Teve outro conto lá em cima tbm fazendo essa correlação com o tema do concurso. Outra coisa, a imagem está exatamente igual ao texto, ou seja, vamos a imagem e o texto meio que vai telegrafando essa criação de IA, pelo q me parece. Assim, o texto é o escritor discutindo com a criatura, e no fim ela exalta sua indignação com os escritores. Para mim, faltou algo.

  35. Andre Brizola
    23 de janeiro de 2025
    Avatar de Andre Brizola

    Olá, Caio!

    Toda vez que leio algo com metalinguagem eu fico com inveja, pois era o que eu queria estar escrevendo. Já o fiz algumas vezes aqui no EntreContos, mas quase sempre acabo criticado por fazê-lo. Mas o saúdo por ter a coragem de colocar no “papel” esse seu micro.

    O texto está tecnicamente bem ajustado. O tom é coloquial, simulando uma conversa que é para ser encarada de forma mais humorística (de outra forma o monstro não funcionaria no enredo). Ritmo certinho, gramática correta. Nada a apontar como problema, mas, tecnicamente, nada a apontar como muito relevante, também.

    Creio que o mais interessante aqui é a crítica a nós, entrecontistas, sempre insatisfeitos com qualquer que seja o desafio que nos é proposto. É quase certo que um de nós, monstros, vai acabar reclamando de algo. Isso é, de fato, bastante engraçado, e é o ponto alto do conto.

    Não sei se foi proposital, mas achei interessante, também, o paralelo entre o criador do concurso e os autores, logo no primeiro parágrafo do conto. Afinal, tenho certeza de que todos aqui fizeram não só cinco revisões, fizeram muito mais…. Eu sei que eu fiz.

    É isso, boa sorte no desafio!

  36. Vítor de Lerbo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Vítor de Lerbo

    A única vez que fiquei no pódio dos desafios aqui do site foi com um conto em metalinguagem. Aprecio muito esta arte quando bem feita, mas me lembro de diversos comentários ao meu conto do tipo “apesar da metalinguagem….”. Isso posto, tal estilo é sempre um risco; ninguém melhor para corrê-lo que uma pessoa que escreve.

    Achei a história divertida, e o monstro mencionado pode significar várias coisas – o TOC, o perfeccionismo, a neurose. Na verdade, não importa; o que vale é a sua presença, como um comichão na mente do Caio Verner, que habilmente transformou essa questão num bom conto.

    Boa sorte!

  37. Marcelo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Marcelo

    Conto criativo e que inteligente na forma como fala do próprio concurso, assim como poderia falar de qualquer outro concurso, de modo bem-humorado.

    Parabéns

  38. José Leonardo
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de José Leonardo

    Olá, Caio Verner.

    Vemos aqui um monstro detalhista em visita ao Gustavo Araújo e demais organizadores deste certame antes do lançamento. Realmente fora uma ótima sacada participar do desafio dispondo como tema o próprio desafio. Além do mais, dá enfoque no número exímio de palavras e nas dificuldades de se elaborar um texto em tais condições.

    Isso é bem divertido para quem só lê e aprecia tais estórias. Quem sabe no próximo ele retorne à tal janela.

    Parabéns e boa sorte neste desafio.

  39. Mariana
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Mariana

    Uma palavra é o que pode separar obras comuns do grande texto? Gostaria de saber e qual seria essa palavra? Quarenta e dois?

    É um micro que usa da metalinguagem, aqui aproveitada de forma mais interessante. A ideia do monstro é legal, ele pode ser uma criação da mente do autor para lidar com o conflito da escrita. Escrever é conflituoso. No entanto, o tom é engraçado e o humor funciona.

    Bem bom, vai entrar na lista. Parabéns e boa sorte no desafio.

  40. Kelly Hatanaka
    22 de janeiro de 2025
    Avatar de Kelly Hatanaka

    Um microconto metalinguístico. Uma crítica ao limite de 99 palavras, que o monstro achava que deveria ser 100. Por quê? Que diferença faria uma palavrinha? Seria ela o que separa um belo conto de um conto mais ou menos? Duvido muito.

    Se, por um lado, os escritores sempre complicam tudo, por outro, o monstro da autossabotagem também consegue problematizar qualquer coisa.

    Enfim, coisas de escritor.

    Parabéns pela participação e boa sorte.

    Kelly

    • Caio Wener
      22 de janeiro de 2025
      Avatar de Caio Wener

      Oi Kelly, não queria responder a nenhum comentário sobre o meu miniconto, posso estar equivocado, mas senti o tom das tuas palavras um pouco rígidas.
      O objetivo do conto foi justamente brincar com essa ideia de “por que 99 e não 100?”, algo que, no fim das contas, não faz diferença alguma, isso é óbvio, mas é aí que está a graça. O monstro está irritado exatamente por uma questão que é, no fundo, irrelevante, o que também reflete o famoso clichê de que escritores (ou qualquer um de nós, no processo criativo) às vezes gostamos de complicar as coisas simples.
      A menção ao “monstro da autossabotagem” no seu comentário foi um ponto interessante. No entanto, no conto, a figura do monstro é mais uma metáfora leve e caricata, quase uma piada interna sobre os próprios dilemas e as discussões que os escritores têm entre si ou consigo mesmos. Meu texto não tem o objetivo de criticar o administrador que fez as regras, longe disso, é uma brincadeira para se fazer rir.
      Ok, não foi engraçado para você, tudo bem. Mas não tome isso como uma crítica ao concurso nem aos escritores, pois eu sou escritor também.

      • Kelly Hatanaka
        22 de janeiro de 2025
        Avatar de Kelly Hatanaka

        Minha Nossa Senhora da Bicicletinha!

        Isso porque eu nem critiquei o seu conto, aliás foi um dos que eu tinha gostado.

        Em primeiro lugar, falar que o conto contém uma critica é elogio, viu? Bons contos são criticos. Em segundo lugar, o meu comentário foi minha interpretação sobre seu conto. A interpretação pertence ao leitor, especialmente em microcontos, que dão espaço a entendimentos diversos. Em terceiro lugar, se o monstro tem um significado que precisa ficar claro ao leitor, deixe claro.

        E eu nao insinuei que você tenha criticado seja lá quem for. E se vc tivesse criticado e eu tivesse insinuado, tenho certeza de que os administradores não poderiam se importar menos.

  41. Rogério Germani
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Rogério Germani

    A metalinguagem sempre carrega no colo seus monstros imaginários. A assombração deste conto é, de certo modo, simpática e traz reflexões claras sobre a labuta pelas palavras exatas em quantidade e significados.

    Boa sorte!

    Rogério Germani

  42. Thata Pereira
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Thata Pereira

    Olá, Caio Verner.

    Contexto pessoal:Li o seu conto assim que foi liberado no desafio, porque entendi que se tratava de um conto metalinguístico. Eu adoro. Escrevi alguns aqui para o desafio do Entre Contos, mas o pessoal não gostava muito, inclusive escrevi em um desafio de microcontos.

    Análise do conto:

    Aqui temos criador e criação. E a criação fica inconformada porque o escritor tem apenas 99 palavras para escrever um conto sobre ela. Achei criativo e muito bem desenvolvido! Talvez um sentimento do próprio autor, que se vê frustrado diante do desafio de microcontos.

    Conclusão:

    Posso estar errada mas suspeito que esse conto foi escrito por um dos autores que não gostaram muito da ideia de escrever um conto com 99 palavras. Tendo isso em mente, transferir esse sentimento de frustração para a sua criação – aqui um monstro – é algo que me encantou bastante. Gostei muito do seu conto. Quero muito que permaneça no meu top 15.

    Desejo um bom desafio!

  43. Raphael S. Pedro
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Raphael S. Pedro

    Achei um conto ousado, fora dos clichês. Fico imaginando se o(a) autor(a) estava passando por isso na hora de faze-lo rsMuito bacana, parabéns.

  44. Victor Viegas
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Victor Viegas

    Olá, Caio!

    Um conto que fala sobre o próprio concurso. Mesmo não sendo uma ideia muito original, essa metalinguagem continua sendo um elemento muito criativo. Fico pensando como seria o desenvolvimento do monstro se pudesse escrever mais palavras rs. Desde o título, a imagem e o próprio micro conto, tudo ficou bem elaborado. Parabéns!

  45. Nilo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Nilo

    Achei interessante, diferente e irreverente. Bem escrito. Não concordo com a avaliação de uma gravura num microconto. Estamos lendo e avaliando microcontos, quem quer figurinha, vá ler historia em quadrinhos. Voltando ao 99 palavras, gostei bastante. Gosto de fantasia e situações fora do usual. Parabéns Caio Verner

  46. Rodrigo Ortiz Vinholo
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Rodrigo Ortiz Vinholo

    A brincadeira metalinguística é ótima, e o acabamento dos diálogos e narração funcionam muito bem. Um conto narrativamente e tecnicamente competente… mas ao mesmo tempo acho que a especificidade do tema apela apenas para escritores, e especificamente para o universo do Entre Contos, o que tira alguns pontos na minha avaliação. Obviamente, não vou esperar que todas as histórias sejam universais, porque tal coisa sequer existe, mas entre o nível de universalidade dessa e de outros, há um peso diferente, que chama atenção.

  47. Thiago Amaral Oliveira
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de Thiago Amaral Oliveira

    Connto engraçadinho com metalinguagem.

    Pra mim a imagem jogou contra, elevando as expectativas e revelando a imagem do monstro. A descrição do bicho no texto se tornou desnecessária, sendo que eu não conseguia tirar a imagem de IA da cabeça. Talvez com outra foto, eu poderia ter criado um monstro mais interessante na minha imaginação.

    No mais, um conto leve, simples. Não me pegou muito, mas valeu pensar fora da caixinha.

  48. geraldo trombin
    21 de janeiro de 2025
    Avatar de geraldo trombin

    Os regulamentos são sempre questionáveis, esse não fugiria à regra, com seu limite de palavras: 99. A forma de apresentar a problemática foi muito legal, criando o mostro questionador. Boa solução. Parabéns e boa sorte.

  49. Givago Domingues Thimoti
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Givago Domingues Thimoti

    99 Palavras (Caio Verner)

    Bom dia, boa tarde, boa noite autor(a)! Espero que esteja bem! Meus critérios de avaliação foram escolhidos baseando-se em conceitos que encontrei sobre o gênero microconto na internet. São eles: utilização do espaço permitido, subtexto, impacto, escrita. Nesse desafio em específico, não soltarei minhas notas no comentário. E, por fim, mas não menos importante, gostaria que você tivesse em mente que microcontos são difíceis de escrever e difíceis de avaliar; logo, não leve tanto para o lado pessoal se o meu comentário não estiver bom o suficiente, por qualquer motivo que seja. Garanto que li com o cuidado e a atenção que seu conto merece, dando o meu melhor para tanto contribuir com a minha opinião quanto para avaliar de uma forma justa você e os demais colegas.

    É isso! Chega de enrolação e vamos para o meu comentário:

    Ø  Breve resumo:

    Ou o Gustavo ou o Fábio foram assombrados por esse monstrinho com TOC.

    Ø  Utilização do espaço permitido:

    O microconto teve seu espaço muito bem utilizado. A história está redonda e fechada. Trabalho bem competente.

    Ø  Subtexto:

    Não tem algo implícito nas entrelinhas. Nem todo microconto precisa ter também e me parece ter sido esse o caso.

    Ø  Escrita:

    Em termos de escrita, a gramática do conto está irretocável. Muito bem escrito, cada palavra bem colocada.

    Ø  Impacto:

    O impacto em si do conto foi relativamente baixo, pelo menos para mim. É um microconto de humor, com uma proposta leve e irreverente que infelizmente não me fez rir.

    De positivo, achei bem interessante a metalinguagem aplicada no contexto do desafio. Uma criativa escolha do autor.

    Boa sorte com o desafio!

  50. antoniosodre
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Antonio Sodre

    Aqui encontramos um bom uso da ironia, um microconto que tende ao humor, mas sem ser escrachado. Conciso, direto e funciona bem.

  51. andersondopradosilva
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de andersondopradosilva

    99 Palavras é um microconto sobre o despotismo do Gustavo Araújo na criação das regras deste desafio e sobre as vozes na cabeça dele, que são nós entrecontistas a reclamar e a chatear ininterruptamente. Também é um micro sobre o amor, porque só o amor explica essa trabalheira toda de ficar sendo atormentado perenemente por esse monstro na janela. Não percebi como um conto de terror; percebi mais como um conto de humor, uma peça de comédia. Contém metalinguagem: literatura sobre literatura.

  52. cyro fernandes
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de cyro fernandes

    Conto criativo, irônico e agradável.

    Bem desenvolvido e a ilustração potencializa o impacto do monstro (eu teria visto o monstro mesmo sem a ilustração).

    Cyro Fernandes

    cyroef@gmail.com

  53. Juliana Calafange
    20 de janeiro de 2025
    Avatar de Juliana Calafange

    Um monstro com TOC? Kkkkkk Muito divertido. Seria o terror de muitos escritores que conheço. 😁

  54. bdomanoski
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de bdomanoski

    Bom demais esse. Funcionaria um pouco até sem o contexto do certame. O monstro pareceu super real da forma como foi escrito, mas também poderia ser imaginário, representando uma espécie de “diabinho” que tenta convencer a pessoa a fazer algo diferente. No geral, seu conto me divertiu bastante, parabéns.

  55. Thales Soares
    19 de janeiro de 2025
    Avatar de Thales Soares

    Este conto provavelmente será o meu top 1! Ler algo assim era tudo o que eu queria neste desafio, então que bom que alguém o escreveu! Um conto de terror, divertido, cheio de criatividade, e muito bem escrito. Eu mesmo tentei produzir algo nesse estilo, de terror e diversão, mas acabei falhando, e aí mandei outra coisa.

    Mesmo com um limite monstruosamente pequeno de palavras, o autor aqui conseguiu criar seu universo. Gustavão, o protagonista, está criando as regras do nosso certame. Então ele é surpreendido por uma criatura bizarra (será que nos outros desafios isso também acontece? Não sei… mas o de começo, meio e fim provavelmente aconteceu, pois as regras daquele foram malucas e impiedosas… e o próprio monstro voltou para devorar o Gustavão na hora dos resultados).

    O monstro, presente na narrativa, lava a alma de nós, participantes. Afinal, 99 palavras no lugar de 100, é revoltante! É um limite de palavras tão insano, que até mesmo o monstro fica com medo e se retira, diante de um louco desses, que criou este desafio. Adorei a forma como o conto explorou esse aspecto curioso da situação na qual estamos agora.

    A imagem de capa do conto também é uma das melhores do desafio! Apesar de claramente ter sido produzida por IA, ela combina perfeitamente com o tom que vemos aqui, e a ilustração do monstro é muito boa!

    O gênero abordado aqui eu acho que é realismo mágico… algo que a galera do EC é muito fã, já que nos últimos dois desafios esse gênero vem aparecendo em primeiro lugar.

    Parabéns pelo ótimo conto! (Gustavão, faça um desafio bem da hora, com um limite de palavras guloso para o próximo certame, ein… senão o monstro pode voltar, e ainda mais impaciente!)

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Informação

Publicado às 19 de janeiro de 2025 por em Microcontos 2025 e marcado .