EntreContos

Detox Literário.

O Amanhã Obscuro (Abílio Júnior)

Acordou assustado sem saber onde estava. Não conseguia enxergar um palmo  à  sua  frente,  tateou  as  paredes  procurando  um  interruptor  para  que pudesse saber o que estava acontecendo, quando o achou, apertou e fez-se a luz,  mas  naquele  momento  Leonardo  se  arre pendeu  por  alguns  segundos, amaldiçoando estar cego por a luz do cômodo ser tão forte. Quando finalmente conseguiu ver o que estava à  sua volta  ficou assustado, a maiorias das coisas que estavam ali ele nunca havia visto na vida, então tentou se lembrar de como chegou ali, procurou em sua mente onde ele estava horas atrás, mas  àquelas horas  atrás  pareciam  que  haviam  passado  há  séculos,  tentou,  tentou  e  não conseguiu  lembrar-se  de  nada,  então  agarrou  a  maçaneta  da  porta  e  abriu, saindo para um lugar totalmente desconhecido.

Tudo ao seu redor lhe era estranho, Leonardo teve certeza que nunca estivera  naquele  lugar  em toda  sua  vida  e  isso  estava  tornando-se  cada  vez mais realidade a cada  porta que ele passava. Até que viu de longe um cartaz colado na parede, sentiu-se esperançoso, pois no cartaz poderia haver alguma informação sobre o lugar em que ele estava, ou pelo menos indicando como sair dali. Quando chegou perto o suficiente para ler o cartaz decepcionou-se, ele  não  conseguia  entender  nada  do  que  estava  escrito  ali,  era  uma  língua completamente  diferente,  mas  que  ele  nunca  havia  visto,  se  assustou  um pouco,  como  poderia  estar  longe  do  Brasil?  Nada  daquilo  que  estava acontecendo fazia sentido, Leonardo começou a imaginar se poderia estar em um sonho, até se  beliscou para ver se acordava, mas no fundo ele sabia que mesmo  que  estivesse  em  um  sonho  um  beliscão  nunca  iria  acordá-lo,  seria preciso muito mais, mas ele não estava disposto a forjar sua própria morte para descobrir se aquilo era ou não um sonho. Continuou andando até avistar uma placa  verde  pendurada  perto  de  uma  porta,  a  placa  continha  algo  escrito  na mesma língua que havia lido no cartaz alguns metros atrás, mas por ser verde Leo tinha plena certeza de que aquela era a saída, então agradeceu aos céus por  pelo  menos  a  linguagem  informativa  das  placas  não  havia  mudado.  Foi direto em direção à porta e mais uma vez se viu atravessando uma porta rumo ao desconhecido.

O mundo que apareceu a sua frente era algo que Leonardo não podia ter imaginado nos seus  sonhos mais delirantes. Carros passavam voando por uma rodovia aérea, algumas pessoas usavam bolhas em suas cabeças, essas mesmas  pessoas  passeavam  com  animais  que  Leonardo  nunca  havia  visto, olhou mais para cima e percebeu que a maioria dos prédios chegava quase às nuvens, enquanto olhava para o topo  dos prédios percebeu uma luz estranha no céu, tentou olhar, mas a sensibilidade ainda estava presente em seus olhos e  ele  não  conseguiu  olhar  por  muito  tempo.  Nada  daquilo  estava  fazendo sentido para Leonardo, ele não sabia onde estava, mas parecia que conhecia aquele lugar, não entendeu como, mas ainda assim nada lhe parecia familiar.

Só  então  que  ele  percebeu  que  estava  no  meio  de  muitas  pessoas  que andavam  por  ali,  mas  elas  andavam  apressadas,  como  se  estivessem  todas atrasadas e aquilo dependesse de suas vidas, ignoravam-no completamente, mesmo  ele  estando  vestido  completamente  diferente  deles.  Leonardo continuou  tentando  se  lembrar  de  como  havia  chegado  ali,  nada  estava fazendo  sentido,  mas  ele  não  teve  mu ito  tempo  para  continuar  pensando naquilo, nesse mesmo momento um carro voador aterrissou quase ao seu lado e dele desceram quatro homens uniformizados, Leonardo sentiu-se aliviado por alguém  ter  percebido  ele  ali,  agora  tudo  seria  esclarecido  e  ele  poderia finalmente saber o que estava acontecendo. Para sua infelicidade os homens que provavelmente eram policiais tiraram uma arma muito estranha do cinto e apontaram para ele, ao invés de sentir segurança, Leonardo sentiu medo e seu primeiro  instinto  foi  sair  correndo  dali,  mas para  onde  iria?  Ele  não  conhecia nada nem ninguém, preferiu então pensar que seria preso e  levado para um lugar onde poderia receber informações do que sair correndo igual um louco e se perder mais ainda, se é que isso era possível.

–  Por  favor,  me  ajudem!  –  Pediu  Leonardo  quase  implorando  aos homens que estavam com armas apontadas para ele.

Leonardo percebeu a expressão de medo nos homens quando ele pediu ajuda, não entendeu o porquê, mas então os homens se reuniram conversando entre  si,  provavelmente  na mesma  língua que estava  naquele  cartaz  que ele tentou  ler.  Esperou  alguns  minutos,  enquanto  parecia  que  as  autoridades decidiam  alguma  coisa.  Quando  finalmente  chegaram  em  um  consenso,  se aproximaram com cautela de Leonardo e colocaram  algemas magnéticas em seus  braços,  antes  mesmo que ele  pudesse  perceber,  mas  aquilo  não podia ser verdade, ele só havia visto aquilo em filmes de ficção científica, para falar a verdade tudo o que ele estava vendo aquele dia ele só havia visto em filmes de ficção  científica.  Eles  falaram  algumas  frases  que  para  Leonardo  não significava  nada,  mas  pelo  menos  parecia  ser  importante.  Leonardo  pensou, “se eles não me estuprarem está bom”, pelo menos seu senso de humor havia voltado.  Entrou  no  carro  voador  com  os  policiais  e  seguiu  viagem  para  o desconhecido,  felizmente  Leonardo  já  estava  se  acostumando  com  ir  para lugares desconhecidos.

Leonardo  ficou  detido  em  um  quarto  com  apenas  uma  mesa  e  duas cadeiras, pelo menos não era um quarto escuro. O estranho  daquele lugar é que  todos  os móveis  eram  transparentes, mas ele  sentou  em  uma  cadeira e esperou pacientemente alguém  aparecer e falar com ele. Depois de algumas horas de espera finalmente alguém entrou na sala, com um óculos esquisito, cabelo  espetado  e  jaleco,  provavelmente  um  cientista,  mas  por que  um  cara desses estaria ali?

–  Você  pode  me  entender?  –  Perguntou  o  homem  com  uma  voz  um pouco esganiçada.

– Finalmente alguém que fale a minha língua! Você também é brasileiro? Onde nós estamos?  Por que tudo  aqui é tão diferente?  –  Leonardo tinha um milhão de perguntas se formando em sua mente, mas aquelas foram as que ele  julgou  de  mais  importância,  o  homem  olhou  pacientemente  para  ele  e tentou lhe explicar.

–  Todos que você encontrou hoje são brasileiros meu  jovem, você está na cidade de São Paulo no Brasil e você pode me explicar o que é diferente para você?  –  Aquilo só podia ser uma brincadeira, como ele poderia estar no Brasil?  Provavelmente  estavam  pregando  uma  peça  nele.  Mesmo  assim  ele continuou a conversa.

– O Brasil é um país com uma imensa riqueza natural, possui árvores em todas as ruas e até agora eu não vi nenhum rastro de vegetação por aqui. Em São Paulo sempre há muitas pessoas pobres mendigando ou tentando ganhar dinheiro  nas  ruas,  não  consegui  ver  nenhuma  dessas  pessoas  e  também  a cidade é muito mais movimentada do que essa.  –  O velho continuou olhando Leonardo com uma expressão curiosa no rosto,  tudo o que ele estava dizendo parecia divertir o velho, mas ele continuou falando calmamente.

–  Realmente  não  há  mais  nenhuma  riqueza  natural  nesse  país,  você precisará  andar  muito  para  encontrar  uma  árvore,  mas  aqui  continua  sendo São  Paulo  filho.  Quanto  a  questão  da  pobreza,  realmente  não  existem  mais pobres no Brasil. O governo proporcionou uma oportunidade para os brasileiros subirem na vida, tanto que hoje o Brasil é uma potência mundial, juntamente com  a  China  e  os  Estados  Unidos.  São esses  três  países  que  controlam  o mundo meu  caro.  –  Aquilo  com  certeza  era  uma piada,  o  Brasil sempre fora conhecido  por  estar  nos  últimos  níveis  na  maioria  das  pesquisas,  como  não existiam mais pobres? Como o Brasil poderia ser uma potência mundial? Então o doutor fez mais uma pergunta e aquela fez com que Leonardo se assustasse.

– Em que ano nós estamos? Senhor…

–  Leonardo.  Meu  nome  é  Leonardo.  E nós estamos no  ano de 2013 é claro, que pergunta mais boba é essa?  –  O doutor olhou para Leonardo cada vez mais excitado, já com um sorriso no rosto disse.

– Senhor Leonardo, creio que o senhor esteja um pouco equivocado com relação ao tempo, já que nós estamos no ano de 2121, mas considerando seu modo de vestir, onde você foi encontrado e a maneira que você fala, eu posso deduzir que você não é do mesmo tempo que o nosso e que provavelmente você foi “vítima”, se assim podemos dizer, de uma viagem no tempo! Não sei como vocês conseguiram criar uma tecnologia tão moderna para a época de vocês, mas pelo visto o senhor não se lembra de nada, teremos que estuda -lo por mais um tempo, enquanto isso vou pedir  para que se acomode nas  nossas instalações.  –  Leonardo ainda estava tentando processar tudo o que o doutor havia lhe dito, mas era muita coisa para ele entender, como assim uma viagem no tempo? Leonardo estava no futuro? Por que ele não se lembrava de nada que havia  acontecido  antes  de  tudo  isso?  Será que  ele  também  era  um cientista?  Suas questões  se  calaram  quando  ele  chegou  em  um  quarto  com paredes e os móveis também transparentes, era possível ver tudo e todos ali, talvez esse era o motivo de tudo ser transparente, vigilância.  Trancaram a porta quando saíram e então Leonardo sentou-se em uma poltrona para descansar e tentar lembrar-se do passado. Enquanto estava com os olhos fechados ouviu um “psiu” bem baixinho  vindo  do  quarto  ao  lado,  quando  abriu  os  olhos deparou-se  com  um  senhor  bem  de  idade  que  estava  encostado  na  parede

transparente e olhando Leonardo com olhos curiosos. Leonardo aproximou-se do velho e ouviu o que ele tinha para dizer.

–  É  você  que  andam  comentando  que  veio  do  passado?  –  Leonardo assustou-se.

–  Achei que  só o doutor soubesse falar minha língua! Como você sabe?

–  O velho olhou com desgosto por Leonardo fazer outra pergunta ao invés de responder a sua, mas mesmo assim respondeu.

–  Eu tenho mais de cem anos criança, essa “nova” língua começou a ser adotada em 2020 no mundo inteiro para facilitar a comunicação entre os países e  ainda  demorou  mais  uns  vinte  anos  para  todos  aceitarem  uma  língua universal.  Segundo  o  governo,  essa  língua  proporcionaria  um  grau  maior  de envolvimento entre as nações, fazendo com que  o comércio não seja restrito ao  seu  próprio  país,  mas  isso  é  papo  furado,  foi  apenas  uma  desculpa  para facilitar o tráfico de escravos.  –  Escravos? Pensou Leonardo, como poderiam existir escravos no futuro? Então abriu uma dúvida.

–  Mas o doutor disse que o Brasil é uma das maiores potências mundial. Como ele chegou à essa posição tendo escravos?  –  O velho olhou ainda mais mal humorado para Leonardo e respondeu.

–  É  exatamente  esse  o  ponto,  o  Brasil  só  chegou  à  essa  posição  por conta da quantidade de escravos que tinha disponível! Por que você acha que não existem mais pobres nas ruas? – Leonardo olhou confuso.

–  Isso não faz sentido, o doutor disse que o governo havia criado uma proposta que ajudou toda a população, por isso não existiam mais pobres no Brasil. – Cada vez mais impaciente o velho continuou.

– Criança ingênua! Você ainda acredita nisso? Por que acha que existem tão poucas pessoas lá fora? O governo criou mesmo uma proposta para ajudar a população a melhorar de vida, ele só não te contou que essa proposta era para  apenas  para  quem  já  era  rico!  Os  pobres  foram  todos  levados  para centros  comunitários,  sendo  obrigados  a  viver  amontoados  e  serem  tratados como  lixo,  isso  foi  como  um  treinamento  para  se  tornar  escravo.  O  governo tirou-os  de  um  lugar  relativamente  ruim,  que  era  onde  eles  moravam, trabalhavam  oito  horas  por  dia,  penavam  para  comprar  coisas,  para sustentarem  suas  famílias,  não  tinham  momentos  de  lazer  nem  coisas sobrando e mandou-os para um lugar pior, para viverem como animais e verem que  tudo  podia  piorar!  Então  o  governo  surgiu  com  uma  proposta  para “melhorar” a vida deles, disse que precisavam de “trabalhadores” e que esses trabalhadores  seriam  recompensados  pelo  seu  trabalho,  eles  foram recompensados, com um cubículo para morar com a f amília e onde todos os membros  da  família  trabalham  dezoito  horas  por  dia.  Você  acha  que  isso  é recompensa  filho?  Eles  foram  completamente  enganados  pelo  governo  para que  servissem  para  o  propósito  deles  de  se  tornar  uma  potência  mundial!  – Leonardo  não  conseguia  acreditar  que  aquilo  era  verdade,  como  o  governo poderia ser tão cruel a esse ponto? Mas, pensando bem, ele lembrou de como o governo já manipulava a população em geral em 2013, então acreditou nas palavras  do  velho,  mas  tudo  aquilo  levantou  uma  dúvida  na  cabeça  de Leonardo.

–  Se  as  pessoas  pobres  foram  transformadas  em  escravos,  por  que nenhum  país  da  África  é  uma  potência?  –  O  velho  já  estava  sentado  e Leonardo percebeu sua respiração pesada, mas ele continuou falando.

–  Os  Estados  Unidos  precisavam  de  escravos.  –  A  resposta  foi  curta, mas  Leonardo  conseguiu  entender  completamente  o  que  o  velho  quis  dizer.

Depois de ouvir tudo aquilo e perceber que não conseguia se lembrar do seu passado Leonardo começou pensar em voz alta.

–  Se a situação está assim nós precisamos achar uma forma de reverter tudo isso! Precisamos montar um plano e achar esses escravos! Precisamos mostrar que eles podem ser muito mais do que escravos! Que eles podem ter uma vida!  Precisamos mostrar que eles podem lutar! E precisamos fazer isso logo, porque se o governo descobrir como eu consegui viajar no tempo, eles podem  criar  uma  tecnologia  parecida  e  piorar  toda  a  situação!  Precisamos fazer  alguma  coisa!  –  Após  falar  tudo  isso  olhou  para  o  velho  sentado  na cadeira  e  percebeu  que  seus  olhos  estavam  semicerrados,  quase  fechando, então ele conseguiu pronunciar mais algumas palavras com a voz fraca.

–  Sim,  precisamos.  –  E  naquele  instante  o  velho  que  Leonardo  nem sabia o nome fechou os olhos e dormiu para nunca mais acordar.

28 comentários em “O Amanhã Obscuro (Abílio Júnior)

  1. José Geraldo Gouvêa
    29 de outubro de 2013
    Avatar de José Geraldo Gouvêa

    A história é boa, apesar de alguns clichês. A descrição de cenários é bastante interessante, embora a dos personagens deixe muito a desejar. O ritmo do texto não é satisfatório e a linguagem é repetitiva. O nome do personagem é usado em vão praticamente em todo lugar, além de outras repetições mais sutis. Não é um texto ruim de todo, mas não leva o meu voto.

  2. selma
    29 de outubro de 2013
    Avatar de selma

    é dificil, mas não impossivel e sempre podemos melhorar.

  3. Bia Machado
    29 de outubro de 2013
    Avatar de Amana

    Faltou organizar melhor as ideias, mais planejamento, talvez seja essa a palavra… A ideia é boa, mas… Precisa revisar, cortar algumas coisas desnecessárias e tentar melhorar o começo do conto, que não me fisgou. Mas continuei lendo pra ver como a coisa se desenrolaria… Só que o restante do conto me confirmou o que eu tinha pensado lá, no início. É só não ter preguiça pra colocar a mão na massa! ;D

  4. Juliano Gadêlha
    29 de outubro de 2013
    Avatar de Juliano Gadêlha

    A história me pareceu muito confusa. O protagonista é pobremente apresentado, o leitor não chega a realmente conhecê-lo, e de repente ele já está planejando salvar o mundo (?!). Isso me pareceu forçado. A ideia como um todo não é ruim, só foi mal desenvolvida. Além do mais, o conto em si parece apenas uma introdução para algo maior, o que não me parece interessante dentro da proposta do desafio. O modo como foi escrito também atrapalha. Muitos erros de pontuação e até de gramática, além de uma certa falta de concatenação de ideias. Tudo isso dificulta a leitura. Uma boa revisada daria cabo de muitos desses problemas.

  5. Isabella Beatriz Fernandes Rocha
    28 de outubro de 2013
    Avatar de Isabella Beatriz Fernandes Rocha

    Não entendi o objetivo do conto… Não teve moral nenhuma, não teve um final adequado.,. Foi uma visão do autor sobre o futuro sob o pseudônimo do narrador observador, somente.

  6. Sérgio Ferrari
    28 de outubro de 2013
    Avatar de Sérgio Ferrari

    Olha, tem uma idéia boa dentro do conto. Ele está incompleto. E um pouco ingênuo e apressado para ligar referências e dar objetivos as citações. Os diálogos foram a parte boa. Muita coisa errada no começo, vc usa demais o “se”. Reescreva todos os paragrafos de uma forma diferente e compare. Elimine gordura. Vai te dar um estalo em como a coisa melhora. E… como disse antes…atropelo de coisas:

    “se eles não me estuprarem está bom”

    Humor de paraquedas. tsc tsc. Quase, ok?

  7. Andrey Coutinho
    28 de outubro de 2013
    Avatar de Daryen

    Esse conto me traz à mente como a ficção brasileira carece de utopias e distopias futurísticas. As escolhas narrativas no conto são bem “lugar comum” desse tipo de história, mas realmente não temos muitas que se passam em território nacional.

    Fiquei meio perdido no final, vou ter que admitir. O velho morreu do nada. Se a narrativa fosse se desenvolver ainda mais a partir daí, isso seria um bom cliffhanger para prender o leitor. Mas a dúvida suscitada não é forte o suficiente para ser vislumbrada como um “final aberto satisfatório”, pelo menos ao meu ver. O final aberto satisfatório convida e dá ferramentas para que o leitor naturalmente busque refletir sobre o que foi deixado em aberto. De qualquer forma, arrisco que a intenção do autor seja exatamente desenvolver mais a narrativa depois disso.

  8. Thata Pereira
    28 de outubro de 2013
    Avatar de Thata Pereira

    O clichê fica evidente e é impossível não ressaltar, mas a história é boa, muito boa! Fiquei muito interessada em terminá-la, mas aí veio o fim… não me agradou. Se ao menos terminasse com a fala do velho me surpreenderia mais e não ficaria tão aberto, como muitos comentariam, pois o que eles poderiam fazer? Nada. Agora ele morrer após a conversa não me agradou. Invista na história, é muito boa!

  9. Frank
    28 de outubro de 2013
    Avatar de Frank

    O conto está repleto de clichês (tanto na forma de escrever quanto em argumentos expostos). O ponto forte é a ideia de uma trama brasileira. Precisa ser muito lapidado e o potencial do conto se materializará.

  10. Marco Nazar
    27 de outubro de 2013
    Avatar de Marco Nazar

    A idéia é boa, o leitor é facilmente tansportado ao cenário, até porque o tipo está presente em muitos filmes de ficção científica (batido, mas tudo bem). Gostei muito da ambientação no Brasil, e na minha opinião, deveria valer alguns pontos extras no concurso. Mas o conto é maçante. Faltou ação e sobraram lacunas. Com as mil e tantas palavras que faltavam para extrapolar as 3.500, você poderia ter detalhado e explicado algumas coisas que ficaram pendentes. O desfecho deixou a desejar. Quando e se um dia for criado o link “contos revisados” aqui na página do Entre Contos, espero ver seu conto lá. Parabéns pelo conto.

  11. Martha Angelo
    26 de outubro de 2013
    Avatar de Martha Angelo

    Eu curti a ideia de uma distopia no Brasil, mas como já disseram nos comentários, o texto precisa ser trabalhado, tanto do ponto de vista da argumentação, como da revisão. Aproveite as sugestões dos colegas e mãos à obra. Escrever é isso : reescrever, reescrever , reescrever…Creio que o material pode render um bom conto ou até mesmo um romance se for lapidado sem pressa.

  12. Sandra
    25 de outubro de 2013
    Avatar de Sandra

    A ideia é interessante, mas ainda falta sair do rascunho. Não consegui acompanhar a história, senão com um “ter que…” Ficou meio morno, mas dá pra ficar melhor: potencial tem.

  13. Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
    24 de outubro de 2013
    Avatar de Claudia Roberta Angst - C.R.Angst

    Os períodos muito longos me incomodam um pouco, mas nada que comprometa a leitura. Uma revisão seria bem-vinda, como já apontaram os colegas. Gostei da narrativa, da história de trama política-social, mas não sei se convence totalmente o leitor. O final ficou interessante, quase em aberto.

  14. fernandoabreude88
    23 de outubro de 2013
    Avatar de fernandoabreude88

    A história é boa e fica gravada na cabeça, mas fiquei com muitas dúvidas a respeito que, mesmo numa segunda leitura, não fora sanadas. Achei o final meio estranho, além de algumas frases mal feitas. Looooongas, loooooongas demais, rs. Mas é um texto com potencial.

  15. mportonet
    22 de outubro de 2013
    Avatar de mportonet

    Uma trama que teria mais a oferecer se o autor não emulasse tanto os filmes americanos de ficção cientifica. Caso a premissa fosse mais pé mais no chão e sofresse uma “tropicalização” sairia um texto mais consistente.

    A ideia é boa, porém não convence. Cento e poucos anos é muito pouco para uma mudança tão radical, o visual clean dos ricos também é muito clichê e a critica social é rasa.

    Dá uma boa distopia se o autor esquecer os carros voadores e a cidade envidraçada e investir nos escravos, nos cubículos dos pobres e nos conflitos gerados pela evolução proposta no conto.

    Gostei também de não haver explicação para a viagem no tempo, isso abre um leque de possibilidades.

    Não precisa dizer que uma boa revisão se faz necessária.

  16. charlesdias
    22 de outubro de 2013
    Avatar de Charles Dias

    Ideia interessante para um conto, gostei do grande contraste entre o passado e o futuro e tb do plano para acabar com a pobreza … mas o final foi abrupto, sem levar a lugar algum …

  17. Ricardo
    22 de outubro de 2013
    Avatar de Ricardo

    Ideia boa, porém mal executada;
    crítica ácida, mas escrita melada;
    história promissora, contudo inacabada.
    Em suma: um conto-promessa!

    Tem potencial, mas vai dar muito mais trabalho! 😉

  18. Gina Eugênia Girão
    21 de outubro de 2013
    Avatar de Gina Eugênia Girão

    Lugares comuns e estruturas a corrigir: o que poderia ser panaceia se tornou xarope sem qualquer efeito terapêutico. E difícil de engolir…

  19. rubemcabral
    21 de outubro de 2013
    Avatar de rubemcabral

    Achei ruim. A escrita está cheia de problemas, o conto abre com o “clichê dos clichês” (sujeito que acorda sem saber de nada num lugar estranho), os diálogos estão esquemáticos, o nome do protagonista é muito repetido… Enfim, sugiro ao autor mais capricho na revisão e mais leituras.

  20. Lucas
    20 de outubro de 2013
    Avatar de Lucas

    Muito legal! 😀

  21. Mateus
    20 de outubro de 2013
    Avatar de Mateus

    Muito bom! Parabéns mesmo! A história me segurou até o final e retratou muito bem um futuro que não será maravilhoso como dizem e sim um futuro que será maquiado pelo governo, mas que nós podemos mudar, nós cidadãos iremos mudar o rumo da injustiça e da “beleza para inglês ver”. Parabéns pela criatividade!

  22. Gustavo Araujo
    20 de outubro de 2013
    Avatar de Gustavo Araujo

    A ideia inicial é bacana, mas receio que o autor tenha se perdido no momento de transcrevê-la. Há muitos, muitos erros de concordância e pontuação – sinal de que o texto foi produzido às pressas, sem a devida revisão. Isso trava a leitura, ainda mais quando se denota os longos parágrafos adiante. Mas o que realmente torna o conto pouco atraente é que tudo não passa de uma introdução: jovem viaja no tempo e se depara com o aprofundamento de injustiças sociais. Não há nada além disso, a não ser uma vaga promessa de que o conto pode ter uma continuação. Sinceramente, não gostei. A ideia que era boa morreu na casca. No entanto, dá para perceber que o autor tem potencial. Se souber trabalhar melhor seus argumentos, sem parecer afoito demais, poderá evoluir e muito. Este conto mesmo, se devidamente trabalhado, pode levar a uma trama bastante interessante.

  23. Sabrina
    20 de outubro de 2013
    Avatar de Sabrina

    Muito bom! *.*

  24. Odete Alves
    20 de outubro de 2013
    Avatar de Odete Alves

    Muito interessante a história, mistura ficção e realidade tratando de um assunto atual e polêmico! Nos leva a questionar as consequências da dominação econômica e ideológica. Parabéns!

  25. Marcellus
    20 de outubro de 2013
    Avatar de Marcellus

    O problema de se ler os vários contos de um desafio como este é que a expectativa do leitor vai aumentando à medida em que bons textos vão aparecendo. O efeito colateral é uma amplificação dos defeitos em textos que não são assim tão bons. A crítica social rasa aliada a parágrafos enormes, concatenadas por vírgulas às vezes mal colocadas acaba com qualquer prazer na leitura.

    Mas é uma ideia que pode ser trabalhada.

  26. Elton Menezes
    20 de outubro de 2013
    Avatar de Elton Menezes

    Sobre a história… Uma boa idéia, principalmente por envolver uma crítica sociopolítica forte. Mas sinto falta de maiores explicações. Como se procedeu a viagem, já que hoje não temos tecnologia para isso (dito no texto)?
    Sobre a técnica… Períodos gigantes entre um ponto e outro! Um texto de suspense, como é a proposta deste, deve ter períodos bem curtos, com várias pausas, para alimentar mais o mistério. Acelera o ritmo do texto e gera o suspense. Isso também facilita o uso de frases um pouco desconexas, como essa (a mais estranha do texto): “forjar sua própria morte para descobrir se aquilo era ou não um sonho”.
    Sobre o título… Ficou interessante.

  27. Lau Paza May
    20 de outubro de 2013
    Avatar de Lau Paza May

    Muitoo boom!!! Parabéns 😀 Só me deixou curiosa querendo parte II

    • Régis Messaco.
      27 de outubro de 2013
      Avatar de Régis Messaco.

      Amigo A.A.F,

      Achei boa a idéia, principalmente os políticos honestos que você conseguiu encontrar.(me conta depois onde os achou). Porém penso, como já foi dito aqui pelos colegas, que o principal erro foi as frazes longas demais. Pegue o conto, vá revisando palavras que podem ser eliminadas sem que isso altere o texto e verá como ficará mais “leve” de se ler. Reveja as repetições que foi a segunda falta e depois, ainda veja adjetivos supérfluos. Seu conto é bom e merece ser trabalhado. Abraços.

Deixar mensagem para Odete Alves Cancelar resposta

Informação

Publicado às 19 de outubro de 2013 por em Viagem no Tempo e marcado .