Acordou assustado sem saber onde estava. Não conseguia enxergar um palmo à sua frente, tateou as paredes procurando um interruptor para que pudesse saber o que estava acontecendo, quando o achou, apertou e fez-se a luz, mas naquele momento Leonardo se arre pendeu por alguns segundos, amaldiçoando estar cego por a luz do cômodo ser tão forte. Quando finalmente conseguiu ver o que estava à sua volta ficou assustado, a maiorias das coisas que estavam ali ele nunca havia visto na vida, então tentou se lembrar de como chegou ali, procurou em sua mente onde ele estava horas atrás, mas àquelas horas atrás pareciam que haviam passado há séculos, tentou, tentou e não conseguiu lembrar-se de nada, então agarrou a maçaneta da porta e abriu, saindo para um lugar totalmente desconhecido.
Tudo ao seu redor lhe era estranho, Leonardo teve certeza que nunca estivera naquele lugar em toda sua vida e isso estava tornando-se cada vez mais realidade a cada porta que ele passava. Até que viu de longe um cartaz colado na parede, sentiu-se esperançoso, pois no cartaz poderia haver alguma informação sobre o lugar em que ele estava, ou pelo menos indicando como sair dali. Quando chegou perto o suficiente para ler o cartaz decepcionou-se, ele não conseguia entender nada do que estava escrito ali, era uma língua completamente diferente, mas que ele nunca havia visto, se assustou um pouco, como poderia estar longe do Brasil? Nada daquilo que estava acontecendo fazia sentido, Leonardo começou a imaginar se poderia estar em um sonho, até se beliscou para ver se acordava, mas no fundo ele sabia que mesmo que estivesse em um sonho um beliscão nunca iria acordá-lo, seria preciso muito mais, mas ele não estava disposto a forjar sua própria morte para descobrir se aquilo era ou não um sonho. Continuou andando até avistar uma placa verde pendurada perto de uma porta, a placa continha algo escrito na mesma língua que havia lido no cartaz alguns metros atrás, mas por ser verde Leo tinha plena certeza de que aquela era a saída, então agradeceu aos céus por pelo menos a linguagem informativa das placas não havia mudado. Foi direto em direção à porta e mais uma vez se viu atravessando uma porta rumo ao desconhecido.
O mundo que apareceu a sua frente era algo que Leonardo não podia ter imaginado nos seus sonhos mais delirantes. Carros passavam voando por uma rodovia aérea, algumas pessoas usavam bolhas em suas cabeças, essas mesmas pessoas passeavam com animais que Leonardo nunca havia visto, olhou mais para cima e percebeu que a maioria dos prédios chegava quase às nuvens, enquanto olhava para o topo dos prédios percebeu uma luz estranha no céu, tentou olhar, mas a sensibilidade ainda estava presente em seus olhos e ele não conseguiu olhar por muito tempo. Nada daquilo estava fazendo sentido para Leonardo, ele não sabia onde estava, mas parecia que conhecia aquele lugar, não entendeu como, mas ainda assim nada lhe parecia familiar.
Só então que ele percebeu que estava no meio de muitas pessoas que andavam por ali, mas elas andavam apressadas, como se estivessem todas atrasadas e aquilo dependesse de suas vidas, ignoravam-no completamente, mesmo ele estando vestido completamente diferente deles. Leonardo continuou tentando se lembrar de como havia chegado ali, nada estava fazendo sentido, mas ele não teve mu ito tempo para continuar pensando naquilo, nesse mesmo momento um carro voador aterrissou quase ao seu lado e dele desceram quatro homens uniformizados, Leonardo sentiu-se aliviado por alguém ter percebido ele ali, agora tudo seria esclarecido e ele poderia finalmente saber o que estava acontecendo. Para sua infelicidade os homens que provavelmente eram policiais tiraram uma arma muito estranha do cinto e apontaram para ele, ao invés de sentir segurança, Leonardo sentiu medo e seu primeiro instinto foi sair correndo dali, mas para onde iria? Ele não conhecia nada nem ninguém, preferiu então pensar que seria preso e levado para um lugar onde poderia receber informações do que sair correndo igual um louco e se perder mais ainda, se é que isso era possível.
– Por favor, me ajudem! – Pediu Leonardo quase implorando aos homens que estavam com armas apontadas para ele.
Leonardo percebeu a expressão de medo nos homens quando ele pediu ajuda, não entendeu o porquê, mas então os homens se reuniram conversando entre si, provavelmente na mesma língua que estava naquele cartaz que ele tentou ler. Esperou alguns minutos, enquanto parecia que as autoridades decidiam alguma coisa. Quando finalmente chegaram em um consenso, se aproximaram com cautela de Leonardo e colocaram algemas magnéticas em seus braços, antes mesmo que ele pudesse perceber, mas aquilo não podia ser verdade, ele só havia visto aquilo em filmes de ficção científica, para falar a verdade tudo o que ele estava vendo aquele dia ele só havia visto em filmes de ficção científica. Eles falaram algumas frases que para Leonardo não significava nada, mas pelo menos parecia ser importante. Leonardo pensou, “se eles não me estuprarem está bom”, pelo menos seu senso de humor havia voltado. Entrou no carro voador com os policiais e seguiu viagem para o desconhecido, felizmente Leonardo já estava se acostumando com ir para lugares desconhecidos.
Leonardo ficou detido em um quarto com apenas uma mesa e duas cadeiras, pelo menos não era um quarto escuro. O estranho daquele lugar é que todos os móveis eram transparentes, mas ele sentou em uma cadeira e esperou pacientemente alguém aparecer e falar com ele. Depois de algumas horas de espera finalmente alguém entrou na sala, com um óculos esquisito, cabelo espetado e jaleco, provavelmente um cientista, mas por que um cara desses estaria ali?
– Você pode me entender? – Perguntou o homem com uma voz um pouco esganiçada.
– Finalmente alguém que fale a minha língua! Você também é brasileiro? Onde nós estamos? Por que tudo aqui é tão diferente? – Leonardo tinha um milhão de perguntas se formando em sua mente, mas aquelas foram as que ele julgou de mais importância, o homem olhou pacientemente para ele e tentou lhe explicar.
– Todos que você encontrou hoje são brasileiros meu jovem, você está na cidade de São Paulo no Brasil e você pode me explicar o que é diferente para você? – Aquilo só podia ser uma brincadeira, como ele poderia estar no Brasil? Provavelmente estavam pregando uma peça nele. Mesmo assim ele continuou a conversa.
– O Brasil é um país com uma imensa riqueza natural, possui árvores em todas as ruas e até agora eu não vi nenhum rastro de vegetação por aqui. Em São Paulo sempre há muitas pessoas pobres mendigando ou tentando ganhar dinheiro nas ruas, não consegui ver nenhuma dessas pessoas e também a cidade é muito mais movimentada do que essa. – O velho continuou olhando Leonardo com uma expressão curiosa no rosto, tudo o que ele estava dizendo parecia divertir o velho, mas ele continuou falando calmamente.
– Realmente não há mais nenhuma riqueza natural nesse país, você precisará andar muito para encontrar uma árvore, mas aqui continua sendo São Paulo filho. Quanto a questão da pobreza, realmente não existem mais pobres no Brasil. O governo proporcionou uma oportunidade para os brasileiros subirem na vida, tanto que hoje o Brasil é uma potência mundial, juntamente com a China e os Estados Unidos. São esses três países que controlam o mundo meu caro. – Aquilo com certeza era uma piada, o Brasil sempre fora conhecido por estar nos últimos níveis na maioria das pesquisas, como não existiam mais pobres? Como o Brasil poderia ser uma potência mundial? Então o doutor fez mais uma pergunta e aquela fez com que Leonardo se assustasse.
– Em que ano nós estamos? Senhor…
– Leonardo. Meu nome é Leonardo. E nós estamos no ano de 2013 é claro, que pergunta mais boba é essa? – O doutor olhou para Leonardo cada vez mais excitado, já com um sorriso no rosto disse.
– Senhor Leonardo, creio que o senhor esteja um pouco equivocado com relação ao tempo, já que nós estamos no ano de 2121, mas considerando seu modo de vestir, onde você foi encontrado e a maneira que você fala, eu posso deduzir que você não é do mesmo tempo que o nosso e que provavelmente você foi “vítima”, se assim podemos dizer, de uma viagem no tempo! Não sei como vocês conseguiram criar uma tecnologia tão moderna para a época de vocês, mas pelo visto o senhor não se lembra de nada, teremos que estuda -lo por mais um tempo, enquanto isso vou pedir para que se acomode nas nossas instalações. – Leonardo ainda estava tentando processar tudo o que o doutor havia lhe dito, mas era muita coisa para ele entender, como assim uma viagem no tempo? Leonardo estava no futuro? Por que ele não se lembrava de nada que havia acontecido antes de tudo isso? Será que ele também era um cientista? Suas questões se calaram quando ele chegou em um quarto com paredes e os móveis também transparentes, era possível ver tudo e todos ali, talvez esse era o motivo de tudo ser transparente, vigilância. Trancaram a porta quando saíram e então Leonardo sentou-se em uma poltrona para descansar e tentar lembrar-se do passado. Enquanto estava com os olhos fechados ouviu um “psiu” bem baixinho vindo do quarto ao lado, quando abriu os olhos deparou-se com um senhor bem de idade que estava encostado na parede
transparente e olhando Leonardo com olhos curiosos. Leonardo aproximou-se do velho e ouviu o que ele tinha para dizer.
– É você que andam comentando que veio do passado? – Leonardo assustou-se.
– Achei que só o doutor soubesse falar minha língua! Como você sabe?
– O velho olhou com desgosto por Leonardo fazer outra pergunta ao invés de responder a sua, mas mesmo assim respondeu.
– Eu tenho mais de cem anos criança, essa “nova” língua começou a ser adotada em 2020 no mundo inteiro para facilitar a comunicação entre os países e ainda demorou mais uns vinte anos para todos aceitarem uma língua universal. Segundo o governo, essa língua proporcionaria um grau maior de envolvimento entre as nações, fazendo com que o comércio não seja restrito ao seu próprio país, mas isso é papo furado, foi apenas uma desculpa para facilitar o tráfico de escravos. – Escravos? Pensou Leonardo, como poderiam existir escravos no futuro? Então abriu uma dúvida.
– Mas o doutor disse que o Brasil é uma das maiores potências mundial. Como ele chegou à essa posição tendo escravos? – O velho olhou ainda mais mal humorado para Leonardo e respondeu.
– É exatamente esse o ponto, o Brasil só chegou à essa posição por conta da quantidade de escravos que tinha disponível! Por que você acha que não existem mais pobres nas ruas? – Leonardo olhou confuso.
– Isso não faz sentido, o doutor disse que o governo havia criado uma proposta que ajudou toda a população, por isso não existiam mais pobres no Brasil. – Cada vez mais impaciente o velho continuou.
– Criança ingênua! Você ainda acredita nisso? Por que acha que existem tão poucas pessoas lá fora? O governo criou mesmo uma proposta para ajudar a população a melhorar de vida, ele só não te contou que essa proposta era para apenas para quem já era rico! Os pobres foram todos levados para centros comunitários, sendo obrigados a viver amontoados e serem tratados como lixo, isso foi como um treinamento para se tornar escravo. O governo tirou-os de um lugar relativamente ruim, que era onde eles moravam, trabalhavam oito horas por dia, penavam para comprar coisas, para sustentarem suas famílias, não tinham momentos de lazer nem coisas sobrando e mandou-os para um lugar pior, para viverem como animais e verem que tudo podia piorar! Então o governo surgiu com uma proposta para “melhorar” a vida deles, disse que precisavam de “trabalhadores” e que esses trabalhadores seriam recompensados pelo seu trabalho, eles foram recompensados, com um cubículo para morar com a f amília e onde todos os membros da família trabalham dezoito horas por dia. Você acha que isso é recompensa filho? Eles foram completamente enganados pelo governo para que servissem para o propósito deles de se tornar uma potência mundial! – Leonardo não conseguia acreditar que aquilo era verdade, como o governo poderia ser tão cruel a esse ponto? Mas, pensando bem, ele lembrou de como o governo já manipulava a população em geral em 2013, então acreditou nas palavras do velho, mas tudo aquilo levantou uma dúvida na cabeça de Leonardo.
– Se as pessoas pobres foram transformadas em escravos, por que nenhum país da África é uma potência? – O velho já estava sentado e Leonardo percebeu sua respiração pesada, mas ele continuou falando.
– Os Estados Unidos precisavam de escravos. – A resposta foi curta, mas Leonardo conseguiu entender completamente o que o velho quis dizer.
Depois de ouvir tudo aquilo e perceber que não conseguia se lembrar do seu passado Leonardo começou pensar em voz alta.
– Se a situação está assim nós precisamos achar uma forma de reverter tudo isso! Precisamos montar um plano e achar esses escravos! Precisamos mostrar que eles podem ser muito mais do que escravos! Que eles podem ter uma vida! Precisamos mostrar que eles podem lutar! E precisamos fazer isso logo, porque se o governo descobrir como eu consegui viajar no tempo, eles podem criar uma tecnologia parecida e piorar toda a situação! Precisamos fazer alguma coisa! – Após falar tudo isso olhou para o velho sentado na cadeira e percebeu que seus olhos estavam semicerrados, quase fechando, então ele conseguiu pronunciar mais algumas palavras com a voz fraca.
– Sim, precisamos. – E naquele instante o velho que Leonardo nem sabia o nome fechou os olhos e dormiu para nunca mais acordar.
A história é boa, apesar de alguns clichês. A descrição de cenários é bastante interessante, embora a dos personagens deixe muito a desejar. O ritmo do texto não é satisfatório e a linguagem é repetitiva. O nome do personagem é usado em vão praticamente em todo lugar, além de outras repetições mais sutis. Não é um texto ruim de todo, mas não leva o meu voto.
é dificil, mas não impossivel e sempre podemos melhorar.
Faltou organizar melhor as ideias, mais planejamento, talvez seja essa a palavra… A ideia é boa, mas… Precisa revisar, cortar algumas coisas desnecessárias e tentar melhorar o começo do conto, que não me fisgou. Mas continuei lendo pra ver como a coisa se desenrolaria… Só que o restante do conto me confirmou o que eu tinha pensado lá, no início. É só não ter preguiça pra colocar a mão na massa! ;D
A história me pareceu muito confusa. O protagonista é pobremente apresentado, o leitor não chega a realmente conhecê-lo, e de repente ele já está planejando salvar o mundo (?!). Isso me pareceu forçado. A ideia como um todo não é ruim, só foi mal desenvolvida. Além do mais, o conto em si parece apenas uma introdução para algo maior, o que não me parece interessante dentro da proposta do desafio. O modo como foi escrito também atrapalha. Muitos erros de pontuação e até de gramática, além de uma certa falta de concatenação de ideias. Tudo isso dificulta a leitura. Uma boa revisada daria cabo de muitos desses problemas.
Não entendi o objetivo do conto… Não teve moral nenhuma, não teve um final adequado.,. Foi uma visão do autor sobre o futuro sob o pseudônimo do narrador observador, somente.
Olha, tem uma idéia boa dentro do conto. Ele está incompleto. E um pouco ingênuo e apressado para ligar referências e dar objetivos as citações. Os diálogos foram a parte boa. Muita coisa errada no começo, vc usa demais o “se”. Reescreva todos os paragrafos de uma forma diferente e compare. Elimine gordura. Vai te dar um estalo em como a coisa melhora. E… como disse antes…atropelo de coisas:
“se eles não me estuprarem está bom”
Humor de paraquedas. tsc tsc. Quase, ok?
Esse conto me traz à mente como a ficção brasileira carece de utopias e distopias futurísticas. As escolhas narrativas no conto são bem “lugar comum” desse tipo de história, mas realmente não temos muitas que se passam em território nacional.
Fiquei meio perdido no final, vou ter que admitir. O velho morreu do nada. Se a narrativa fosse se desenvolver ainda mais a partir daí, isso seria um bom cliffhanger para prender o leitor. Mas a dúvida suscitada não é forte o suficiente para ser vislumbrada como um “final aberto satisfatório”, pelo menos ao meu ver. O final aberto satisfatório convida e dá ferramentas para que o leitor naturalmente busque refletir sobre o que foi deixado em aberto. De qualquer forma, arrisco que a intenção do autor seja exatamente desenvolver mais a narrativa depois disso.
O clichê fica evidente e é impossível não ressaltar, mas a história é boa, muito boa! Fiquei muito interessada em terminá-la, mas aí veio o fim… não me agradou. Se ao menos terminasse com a fala do velho me surpreenderia mais e não ficaria tão aberto, como muitos comentariam, pois o que eles poderiam fazer? Nada. Agora ele morrer após a conversa não me agradou. Invista na história, é muito boa!
O conto está repleto de clichês (tanto na forma de escrever quanto em argumentos expostos). O ponto forte é a ideia de uma trama brasileira. Precisa ser muito lapidado e o potencial do conto se materializará.
A idéia é boa, o leitor é facilmente tansportado ao cenário, até porque o tipo está presente em muitos filmes de ficção científica (batido, mas tudo bem). Gostei muito da ambientação no Brasil, e na minha opinião, deveria valer alguns pontos extras no concurso. Mas o conto é maçante. Faltou ação e sobraram lacunas. Com as mil e tantas palavras que faltavam para extrapolar as 3.500, você poderia ter detalhado e explicado algumas coisas que ficaram pendentes. O desfecho deixou a desejar. Quando e se um dia for criado o link “contos revisados” aqui na página do Entre Contos, espero ver seu conto lá. Parabéns pelo conto.
Eu curti a ideia de uma distopia no Brasil, mas como já disseram nos comentários, o texto precisa ser trabalhado, tanto do ponto de vista da argumentação, como da revisão. Aproveite as sugestões dos colegas e mãos à obra. Escrever é isso : reescrever, reescrever , reescrever…Creio que o material pode render um bom conto ou até mesmo um romance se for lapidado sem pressa.
A ideia é interessante, mas ainda falta sair do rascunho. Não consegui acompanhar a história, senão com um “ter que…” Ficou meio morno, mas dá pra ficar melhor: potencial tem.
Os períodos muito longos me incomodam um pouco, mas nada que comprometa a leitura. Uma revisão seria bem-vinda, como já apontaram os colegas. Gostei da narrativa, da história de trama política-social, mas não sei se convence totalmente o leitor. O final ficou interessante, quase em aberto.
A história é boa e fica gravada na cabeça, mas fiquei com muitas dúvidas a respeito que, mesmo numa segunda leitura, não fora sanadas. Achei o final meio estranho, além de algumas frases mal feitas. Looooongas, loooooongas demais, rs. Mas é um texto com potencial.
Uma trama que teria mais a oferecer se o autor não emulasse tanto os filmes americanos de ficção cientifica. Caso a premissa fosse mais pé mais no chão e sofresse uma “tropicalização” sairia um texto mais consistente.
A ideia é boa, porém não convence. Cento e poucos anos é muito pouco para uma mudança tão radical, o visual clean dos ricos também é muito clichê e a critica social é rasa.
Dá uma boa distopia se o autor esquecer os carros voadores e a cidade envidraçada e investir nos escravos, nos cubículos dos pobres e nos conflitos gerados pela evolução proposta no conto.
Gostei também de não haver explicação para a viagem no tempo, isso abre um leque de possibilidades.
Não precisa dizer que uma boa revisão se faz necessária.
Ideia interessante para um conto, gostei do grande contraste entre o passado e o futuro e tb do plano para acabar com a pobreza … mas o final foi abrupto, sem levar a lugar algum …
Ideia boa, porém mal executada;
crítica ácida, mas escrita melada;
história promissora, contudo inacabada.
Em suma: um conto-promessa!
Tem potencial, mas vai dar muito mais trabalho! 😉
Lugares comuns e estruturas a corrigir: o que poderia ser panaceia se tornou xarope sem qualquer efeito terapêutico. E difícil de engolir…
Achei ruim. A escrita está cheia de problemas, o conto abre com o “clichê dos clichês” (sujeito que acorda sem saber de nada num lugar estranho), os diálogos estão esquemáticos, o nome do protagonista é muito repetido… Enfim, sugiro ao autor mais capricho na revisão e mais leituras.
Muito legal! 😀
Muito bom! Parabéns mesmo! A história me segurou até o final e retratou muito bem um futuro que não será maravilhoso como dizem e sim um futuro que será maquiado pelo governo, mas que nós podemos mudar, nós cidadãos iremos mudar o rumo da injustiça e da “beleza para inglês ver”. Parabéns pela criatividade!
A ideia inicial é bacana, mas receio que o autor tenha se perdido no momento de transcrevê-la. Há muitos, muitos erros de concordância e pontuação – sinal de que o texto foi produzido às pressas, sem a devida revisão. Isso trava a leitura, ainda mais quando se denota os longos parágrafos adiante. Mas o que realmente torna o conto pouco atraente é que tudo não passa de uma introdução: jovem viaja no tempo e se depara com o aprofundamento de injustiças sociais. Não há nada além disso, a não ser uma vaga promessa de que o conto pode ter uma continuação. Sinceramente, não gostei. A ideia que era boa morreu na casca. No entanto, dá para perceber que o autor tem potencial. Se souber trabalhar melhor seus argumentos, sem parecer afoito demais, poderá evoluir e muito. Este conto mesmo, se devidamente trabalhado, pode levar a uma trama bastante interessante.
Muito bom! *.*
Muito interessante a história, mistura ficção e realidade tratando de um assunto atual e polêmico! Nos leva a questionar as consequências da dominação econômica e ideológica. Parabéns!
O problema de se ler os vários contos de um desafio como este é que a expectativa do leitor vai aumentando à medida em que bons textos vão aparecendo. O efeito colateral é uma amplificação dos defeitos em textos que não são assim tão bons. A crítica social rasa aliada a parágrafos enormes, concatenadas por vírgulas às vezes mal colocadas acaba com qualquer prazer na leitura.
Mas é uma ideia que pode ser trabalhada.
Sobre a história… Uma boa idéia, principalmente por envolver uma crítica sociopolítica forte. Mas sinto falta de maiores explicações. Como se procedeu a viagem, já que hoje não temos tecnologia para isso (dito no texto)?
Sobre a técnica… Períodos gigantes entre um ponto e outro! Um texto de suspense, como é a proposta deste, deve ter períodos bem curtos, com várias pausas, para alimentar mais o mistério. Acelera o ritmo do texto e gera o suspense. Isso também facilita o uso de frases um pouco desconexas, como essa (a mais estranha do texto): “forjar sua própria morte para descobrir se aquilo era ou não um sonho”.
Sobre o título… Ficou interessante.
Muitoo boom!!! Parabéns 😀 Só me deixou curiosa querendo parte II
Amigo A.A.F,
Achei boa a idéia, principalmente os políticos honestos que você conseguiu encontrar.(me conta depois onde os achou). Porém penso, como já foi dito aqui pelos colegas, que o principal erro foi as frazes longas demais. Pegue o conto, vá revisando palavras que podem ser eliminadas sem que isso altere o texto e verá como ficará mais “leve” de se ler. Reveja as repetições que foi a segunda falta e depois, ainda veja adjetivos supérfluos. Seu conto é bom e merece ser trabalhado. Abraços.