Eu corria naquela rua esburacada, uma das ruas quais me levavam anteriormente para casa de Augusto. Augusto! – Eu gritava com essa minha voz de mulher desamparada. Corria em busca de ar, de amor, de beijo, corria em busca da única coisa que me fazia temer a vida, o amor que eu sinto por Augusto, quando perto de mim me deixava sem respostas para tudo, me transformava em uma bela jovem com bochechas avermelhadas, era a minha vergonha de demonstrar amar, amar Augusto.
Augusto! – Eu gritava com essa minha voz de menina desamparada. Corria em direção à casa de Augusto. Corria com um pequeno salto, corria desesperadamente e a minha pequena bolsa cruzada me atrapalhava e quando dei por mim estava caindo ao chão, em câmera lenta caía na esquina da rua onde passei tantas vezes de mãos dadas a um homem, me teletransportei? Porque bem me lembro que nesse mesmo instante me vi em outro lugar, o tempo não passou, mas voltou para trás, o grito me pôs ao lado de quem eu em grito chamava, me pôs o grito ao lado do meu amigo, dentro de sua antiga casa, dentro da sua casa, na cozinha, onde a sós eu com as bochechas avermelhadas, a boca em palavras dizia luz, palavras de luz, onde eu num ato pedi um beijo para o anteriormente amigo. Beija-me Augusto, mas não case comigo! – Brinquei com as palavras, ele as levou a sério, a luz que se podia ver quando minha boca se abria clareou o buraco negro que existia entre seus lábios, o escuro que nem os dentes grandes e brancos podiam clarear o vão do abismo que sua boca aberta denunciava existir ali. Vivemos um ano, uma vida, um sonho naquele momento, e nossos amigos diziam: Quem diria Augusto e… Eu pronunciava sílabas, ele rimas, eu o escrevia poesias, ele compunha músicas com meu nome… Bia. Eu ria, ele me beijava, nos amávamos, eu acordava com ele na espreita a me olhar acordar com a luz forte que a fresta que a janela do quarto do meu amigo deixava entrar. Eu andei aos parques de mãos dadas, almocei na mesa com a família do meu antigo amigo Augusto, e ri várias vezes com ele e seus, nossos amigos. Diziam quão era peculiar nossa vida, e o cotidiano juntos, zombaria! Eu me sentia mal quando diziam, “- São amigos! Mas me parecem mais marido e mulher, e riam.” Disse logo a Augusto, não seja adolescente, o amor não é pra toda vida, que dirá é pra vida. Tentava me esquivar, dizia, amigo! Claramente repetia, amigo! Estava sempre dizendo isto, enquanto um dia ele deixava de ser quieto em relação a isso e me respondia: Não me iluda, somos mais que amigos, já lhe vi com tantos homens, não sei porque se esquiva do nosso compromisso.
Ficava quieta, pensava em fumar, mas resolvia chorar. O que afinal há de errado em sentir tanto amor, amor que foi construído durante anos, primeiramente como amigos, onde ambos demonstravam ser quem eram, sem compromisso, sem aparências, sem enganos, sem mentiras, sem risos forçados, sem medo de ser quem é, sem medo de demonstrar ser quem a vida toda procura saber quem ser, quem é.
Eu julgava o amor um cômodo porque dizia amar quem me aparecia e se aproximava me agradando com presentes, e abrindo a porta do carro, gestos que eu julgava ser indispensáveis por aparências. E por isso deixava alguém quase sempre fútil fazer parte do meu ser. Não era o caso do meu amigo Augusto. Mas foi se o dia em que o amor veio apaziguar minha dor da sôfrega e persistente solidão que minha alma denunciava existir.
Eu vivia a pensar em Augusto, meu amor por ele é infinito. Ele não sabia, eu mentia ou não dizia. Estava revivendo o dia em que sem muito dizer disse não mais o querer, por medo do que o amor, aquele amor podia me causar, sem saber que foi eu quem procurei a dor do fim, fim que podia ser prolongado, sendo separados apenas por uma doença que nos levasse a morte, porque sei que quando se sente amor não há fim, apenas separação.
Era Outubro, dia 16 de 1999, aquele mesmo dia que um eu julguei ser triste, vivia tudo de novo, mas escolhi não viver de novo o que vivi naquele dia. Acordei em casa, esperava Augusto… Vi esse trazer pão e queijo, enquanto na espera eu preparei um café. Ele chegou e viu em meus olhos a melancolia. Claro, como ele não sabia que um dia eu vivi aquele mesmo dia, qual eu coloquei um ilusório fim, uma separação. – E pensava o que fazer para não deixar de novo acontecer o que já aconteceu, como noutro tempo fui impulsionada por algo, não quero ser agora. – Pensava.
Então eu comecei dizendo: “Espero que sejas feliz… – E Augusto me olhou tristonho… Ao meu lado, pois não direi mais que gosto de você, porque eu te amo.” Ele me beijou, nos amamos e acabamos namorando. Não contei a ninguém o que o tempo, ou Deus me proporcionou, concertar um erro que me separou do amor.
Me vi logo caída ao chão da rua da casa de Augusto, ralei o joelho na passagem do tempo, chorei logo por pensar ser, não sei, talvez um delírio, como se nada estivesse acontecido. Mas logo enxerguei Augusto correndo em minha direção e me chamando de amor. O tempo passou, mas nada ainda me separou do amor… Nossos amigos depois nos diziam; “Até que enfim casou Bia, casaram! Afirmavam e riam.” Já não achava zombaria porque eu também ria.
Eu não sei o que aconteceu naquele dia, mas eu tenho certeza que algo ocorreu, veio me encontrar, sabia em qual tempo não sei, mas sabia como ainda sei que “Augusto” ele me ouviu gritar… Meu amor ouviu em grito eu o chamar.
Hmmm…não curti muito, acho que eu também não sou o público deste estilo de texto. É um estilo que pode agradar muitos, sei disso, mas não aprecio.
Não curti muito. A ideia ficou confusa, misturada, sufocada no meio das palavras. É bonito, a seu jeito, sim, mas o estilo é muito pesado, e denso, difícil de ler e interpretar.
Não gosto muito desse estilo de texto. Aqui no desafio vi outros dois parecidos, se não me engano. Apesar de curto, a leitura corre muito arrastada, carece de ritmo. De qualquer maneira, consegue passar sua mensagem, e sei que muita gente se identifica com esse tipo de narrativa.
Um texto que fica muito abaixo da média do concurso, o que já se nota pelo linguajar do autor/a e pela sua dificuldade em determinar um ritmo.
É. Um problema de virgulas ai. Um baita problemaço de virgulas. O nome ‘augusto’ foi uma escolha pobre demais. Eu não sei não se a repetição do nome foi proposital. Pelo ‘todo’ do conto, parece que foi mais um dos erros. Vá treinando e leia mais aquilo que escreve. leia em voz alta. Protagonista chata, tudo bem, mas chata para o leitor? Tem que ser chata para quem está naquele universo.
Não me incomodei com a repetição do nome “Augusto”. Achei condizente. É tudo mais relevante que posso dizer, pois essa história tinha tudo para me atrair, mas não foi o que aconteceu. Infelizmente!
Não gosto muito desse estilo. De qualquer modo, é preciso dar uma revisada para que o texto alcance seu potencial!
Achei interessante, mas não gostei muito desse estilo de narrativa, me incomoda um pouco essa sensação de desespero que tive ao fazer a leitura. Achei que poderia ter sido trabalhado um pouco mais, ou de repente penso assim porque não gostei muito do estilo. Precisa de uma revisão, como já disseram, o final eu achei estranho, parece que tem alguma coisa faltando, ou algo está deslocado ali… 😉
O estilo do conto é bastante peculiar… como um desabafo atropelado da protagonista, que relembra o passado, emocionada, e tenta mudar em sua mente o que já houve. O texto está precisando BASTANTE de edição e polimento, mas consigo perceber que, após os devidos reparos, há de advir uma narrativa com potencial de tocar as mulheres mais sensíveis (e alguns homens também). Parabéns!
Estranho!…Jamais pensaria que um dia diria isso a respeito deste tipo de narrativa: Adorei! Como diz uma colega mais acima, deu para sentir a intensidade dos sentimentos que jorram do peito da personagem. E ainda: Principalmente as pontuações devem ser revistas e bastante, para que se faça sentir o que a autora tenta passar ao leitor. Repetições de “Augusto”, não chegaram a me incomodar, mas “talvez”, se fosse eliminados umas duas ou três vezes, tornaria melhor o texto. Um conselho: Ao fazer as revisões, faça-as você mesma, Rosa dos Ventos. Não deixe que ninguém as faça por você, ou sua alma, presente no conto desaparecerá e será uma pena. Abraços.
Achei justificável tantos “Augusto”, afinal ela gritava o nome do amor, como diz o título. Não gostei, mas é porque não aprecio mesmo o estilo. Parabéns pelo conto.
Nossa, desse não gostei, mantenham distância dessa protagonista, rs. Muitas repetições, adjetivos e algumas frases que estranhei. Me lembrei do seriado Adorável Psicose, não sei pq….
Dá para sentir a intensidade dos sentimentos da narradora, mas a repetição do nome Augusto cansa um pouco. Parece que nós, os leitores, estamos sendo chamados aos berros. Alguns erros precisam desaparecer do texto, uma boa revisão e pronto, tudo melhora. Gostei da imagem da moça com o joelho ralado em frente à casa do amado.
Não aprecei o gênero do conto e a forma como foi escrita … um atropelo de palavras. Creio que o intento do autor de criar uma determinada sensação ou sentimento no leitor não foi alcançada.
Esse Augusto hein?!
Fui atropelado pela torrente palavras e pelos parágrafos repletos de Augusto.
Não sei se foi proposital, mas não foi confortável ler esse conto. O estilo mais atrapalhou que ajudou.
Não vi amor… Vi paixão. Uma escrita apaixonada, embora não apaixonante.
😉
Em histórias de amor, poucos enredos causam surpresas – esse não foi diferente. Apesar de curto, o texto não flui, talvez pela extensão dos parágrafos – mas compreendo que, neste caso, a narrativa meio confusa em primeira pessoa indica o pensamento jorrando, e tão rapidamente que tinta e papel se tornam quase obsoletos. Mas, sendo o caso, porque estruturas oracionais tão rebuscadas? Lamento, também, a necessidade de revisões gramatical e ortográfica.
eu gostei, senti a profundidade que a autora desejava dar. tirando os errinhos e repetições, coisas que podem ser corrigidas sem duvida, principalmente quando os comentarios são positivos, construtivos, acho que a ideia em si é boa.
amor, ein! afinal apareceu nos contos.
valeu, parabens!
Uma boa característica do conto é que ele fluiu rápido, mesmo com seus parágrafos grandes e descritivos. Achei-o meio açucarado; mas valeu pelo conteúdo.
Achei o conto muito fraco: excessivas repetições, história rala, muitos erros a revisar.
O texto abusa de repetições, mil vírgulas e cortes para emular o desespero da apaixonada. Obtém certo êxito nessa tarefa e, até mesmo, consegue criar a imagem de uma mulher obsessiva, carente e meio psicótica que quer o tal Augusto, Augusto, Augusto! O conto é irritante, mas não sei se isso o faz um ruim.
O problema mesmo é a utilização de alguns lugares comuns e descrições meio batidas. Mas, enfim, parece mesmo com uma mulher louca pelo amor de um cara. Que coisa insana.
Torço o nariz para esse tipo de narrativa. Talvez por preconceito, mas minha tendência é apreciar contos, isto é, histórias que conduzem o leitor de A a B. O que temos aqui é o retrato de um momento, uma imersão bem descrita de emoções, de frustrações, sem, contudo, explicações que nos fizessem conhecer melhor os personagens. Como disse o Marcellus, há público para textos como este, mas eu realmente não me encaixo. Acho que o nome “Augusto” foi usado excessivamente. Além disso, a falta de revisão apropriada terminou por me deixar com aquela sensação de que o texto precisa de algo a mais.
Não é o tipo de conto que me atraia, mas tem seu público. Infelizmente, a repetição do nome, alguns erros crassos (“voltar pra trás”, “concertar”) e outras pequenas “derrapadas” só dificultaram minha leitura.
Mas, como disse, tem seu público.
sobre o comentário do Elton, quando diz que se repete muito o nome do Augusto, creio ser na realidade bem eficiente, quando se lê o texto imaginando uma cena teatral.
Sobre a história… Simples mas efetiva. Nada como uma boa história de amor salva pela nova chance da volta ao tempo, certo? A narração em primeira pessoa abusa de sentimentalismo, bem colocado para justificar a personagem.
Sobre a técnica… Adorei muitas das metáforas utilizadas. Embora se justifique pela tentativa de dar desespero à personagem, achei alguns períodos longos demais. Poderia interromper com mais pontos. Além disso, houve MUITA repetição do nome Augusto. Acho que também foi proposital, mas a intenção se perdeu e quase abusa ler de novo e de novo o nome dele.
Sobre o título… Simples, mas também fez seu papel.
As palavras são bem colocadas com a simplicidade que a Rosa demonstra ao escrever, me emocionei, pois parece um pouco comigo, um pedaço de uma das minhas histórias de amor, não a mais bonita, mas a mais verdadeira se eu pudesse como ela voltar ao tempo e ter todo esse amor, com certeza eu voltaria, o nome não é Augusto, é …
Parabéns, me deleitei em suas doces palavras!!!