A escuridão finalmente deixou de ser a única coisa que enxergava quando abriu os olhos e se situou no espaço, e principalmente no tempo. O rapaz, corpulento e musculoso devido à série de exercícios que realizava todos os dias no quartel, se sentou na cama e sentiu-se deveras incomodado com a calça que estava usando.
Ele esfregou o seu rosto, sentido a pele começar a ficar áspera com a barba que já estava nascendo, e sacudiu a cabeça violentamente. As lembranças do dia anterior ainda estavam impressas na sua memória, como se tivessem sido carimbadas com um revolver. O rapaz se levantou, puxando para baixo as calças de couro que estava usando, coisas tão apertadas que deixavam suas outras coisas doloridas.
Ele entrou no banheiro anexo ao quarto e tentou tirar com todo cuidado a calça, tão justa que não permitia nem ao menos a entrada de seus dedos no cós. Ele respirou fundo, louco da vida com aquele uniforme ridículo e sussurrou algumas palavras tão antigas que ultrapassavam em tempo todos os seus anos de vida, e quando terminou de recita-las, como um mantra, a calça ficou larga alguns milímetros, o suficiente para ele conseguir tira-la. Assim que o fez tratou de tomar logo um banho e vestir o seu outro uniforme, porque a partir daquele dia uma nova fase da sua vida estaria finalmente começando.
O rapaz se arrumou, vestindo as roupas que tinha deixado no cabide do banheiro e colocou na cabeça a boina esverdeada do exército. Ele se olhou no espelho, apenas o suficiente para ver que seria preciso fazer a barba assim que chegasse em casa, e fitou os seus próprios olhos azuis, bem mais velhos do que aparentavam ser. Ele era um militar que aparentava ter não mais que vinte e poucos anos de idade, mas que na realidade tinha mais de quarenta anos, e agora sua vida estava arruinada graças à esperteza do aprendiz da sua pupila, o mais novo membro do clã e infelizmente o seu melhor amigo.
Mas ele não precisava pensar nos problemas causados pela moça que ele tinha ensinado e tutelado, e o garoto que agora era o membro mais novo do clã, aprendiz de da pupila dele e recém-sentenciado em centenas de anos. Ele respirou fundo, contendo um pouco da raiva que sentia do seu melhor amigo, pegou a bolsa que estava jogada em cima da cama e saiu.
Percorreu lentamente os corredores escuros e mal iluminados da sede do clã. Aquele lugar era até mais velho que a própria existência humana e ele sabia que precisava sair rápido dali para evitar os olhares suspeitos dos outros membros da sociedade. Ele andou cerca de cinco minutos antes de chegar à porta da frente do lugar. Ele apertou as mãos, sussurrou novamente algumas palavras ininteligíveis e levantou as mãos com as palmas para frente, e em seguida, como um bailarino, ficou novamente reto. A sua frente o portão foi se abrindo com um rangido e o vento do céu quase soprou para longe a sua boina. Ele a segurou e em seguida ouviu um som. Olhando para trás viu sua tutora correndo em sua direção.
Ele largou a bolsa no chão e a pegou no colo, cheirando seus cabelos loiros claríssimos e largando-a no chão, sorriu. Ela vestia o uniforme completo do clã, com calça de couro apertadíssima, valorizando todas as curvas da mulher, uma blusa preta de gola alta e por cima disso tudo um manto escarlate com grandes mangas.
— Jure que não vai ficar com raiva de ninguém aqui quando você voltar. Todos os magos estão falando que você foi o único injustiçado, e tudo isso por culpa do seu amigo.
Ele fitou seus olhos castanhos.
— Eu não vou ficar com raiva, não tanto quanto a tutora dele que também foi julgada por causa da cagada que ele fez. O que eu mais preciso fazer agora é encontrar o que restou da minha família e ficar com eles até a hora da minha morte. Eu sei que não é fácil, mas com certeza vai ser pior para ele do que para mim.
Ela suspirou e colocou a mão sobre a farda do soldado.
— Então saiba que eu estarei aqui te esperando. Porque afinal, eu ainda sou sua tutora.
Ele voltou a abraçar ela e soltando-a se virou, pegando a bolsa do chão. Voltando-se para ela só para olhar para o seu rosto, ele disse.
— Que o tempo siga em nosso favor e que os Magos do Tempo prevaleçam sobre todas as terras.
Ela mostrou o antebraço nu em sinal de respeito.
— E que o Destino decida o que será de nós.
Ele respirou profundamente e se virou. Em seguida andou até a saída a sua frente, e diferentemente dos outros castelos aquele não ficava no chão, mas sim no céu.
***
Quando finalmente chegou em casa, largou na sala a bolsa enorme e se dirigiu para o quarto. Seus músculos doíam devido à viagem e ele estava cansado demais para fazer qualquer outra coisa. Ele sabia que poderia ter saído do clã apenas fazendo uma dobra no tempo, mas ele era tão ruim nesse tipo de magia que sair voando de lá era bem mais fácil, porém muito mais cansativo.
Jogou-se na cama enorme na sua frente, e em seguida ouvi os gritos de uma menina pedindo socorro. Ele se levantou num pulo e saiu correndo seguindo o som daquela voz tão familiar e desesperada. Com o coração na boca ele parou na porta do quarto de sua irmã apenas para vê-la gargalhando e tomando cocegas do irmão, que ria igualmente alto. O irmão tinha dezoito anos de idade e a irmã apenas dez. Ele fez um barulho com o fundo da garganta e os dois, que estavam completamente distraídos o olharam assustado.
— Morri. Isso não tem a menor graça.
Disse a irmã dele com a mão no coração. Ela se levantou e foi abraça-lo.
Ele pegou a menina no colo e em seguida olhou para o irmão que agora não estava mais rindo. O rapaz tirou os cabelos pretos que lhe caiam sobre os olhos.
— A gente precisa conversar.
O soldado levantou uma das sobrancelhas com o tom sério do irmão e colocou no chão a mana, sem antes de bagunçar os cabelos castanhos e lisos da menina.
— Não espera nem eu chegar para dizer as novidades? — O outro balançou a cabeça negativamente e o soldado olhou para a menina. — Eu e seu irmão precisamos ter uma conversa de homem para homem. Preciso que você prometa que não vai ouvir. Nós podemos falar coisas que você vai achar nojentas e asquerosas.
Ela deu uma risada e saiu dizendo.
— Não existe nada que vocês possam falar que eu já não tenha ouvido na escola.
Assim que a garota ficou fora de vista, ele viu o irmão se sentar no chão e foi lá sentar-se ao seu lado.
— Pode falar. Sou todo ouvidos.
O outro respirou fundo.
— Desde que mamãe e papai morreram você vem cuidando da gente, nos escutando e nos dando a atenção que os dois juntos dariam. Mas até onde isso vai? Você é meu irmão com quase vinte anos de diferença e não me cobra nada. Por quê?
O soldado franziu o cenho pensando na questão. A vontade que tinha naquele momento era a de viajar no passado e mostrar para o seu irmão do que ele era capaz de fazer e porque os seus pais tinha morrido. Ele respirou profundamente.
— Porque só agora você é maior de idade, e só a partir de agora eu me sinto no direito do cobrar alguma coisa de você. Eu já sou bastante velho, você sabe, e posso ter um ataque a qualquer momento, mas sou seu irmão e não seu pai.
O irmão suspirou.
— Mas não é sobre isso que eu queria conversar. Enquanto você estava fora eu… Eu estou gostando de uma garota ai, e ela me chamou para morar com ela. Nós já combinamos tudo, e eu só preciso da sua permissão.
O militar riu.
— Você não tem a minha permissão.
O outro arregalou os olhos.
— E aquele papo de você não ser o meu pai e sim o meu irmão?
— Bem, — ele pensou um pouco antes de responder. A realidade era que ele iria morrer dali a algumas semanas por isso de nada adiantava deixar o seu irmão ir embora de casa, se depois ele teria que voltar para cuidar da mais nova. — eu sou um soldado e saio em missões todos os dias para proteger o meu país. Eu posso morrer a qualquer momento. Não posso deixar você ir embora com essa perspectiva. E outra, você ainda precisa cuidar da sua irmã enquanto eu estiver fora. Sabe por que também eu nunca te cobrei nada? Porque você cuida da sua irmã enquanto eu não estou, e isso é tudo que eu te pediria.
O outro bufou e saiu do quarto, mas em seguida voltou.
— Então eu posso trazer a menina pra cá?
Ele ponderou.
— Pode, se ela não for do tipo que deixa as calcinhas penduradas no banheiro.
O irmão sorriu e saiu. O soldado ficou imaginando que as surpresas da vida era um dos motivos que faziam com que os magos do tempo não pudessem viajar no seu próprio futuro. As surpresas das pequenas coisas.
O rapaz saiu do quarto logo em seguida e foi para o banheiro a fim de fazer a barba para não ter nenhum trabalho quando acordasse de manhã. Enquanto ensaboava o rosto, preparando a pele para a gilete, sua tatuagem no antebraço esquerdo acendeu em uma luz alaranjada. A cobra em volta da espada do desenho da tatuagem se mexeu e ele parou por um momento o que estava fazendo. Tratou de fechar a porta do banheiro e em seguida disse, utilizando o braço como um comunicador.
— Pode falar.
A tatuagem se apagou e ele ouviu a voz macia do amigo.
— Eu preciso que você me ensine a viajar para o passado, e para o futuro também. Tenho que salvar da morte um amigo meu, mas pra isso eu preciso saber o que ele é. Você me ajuda?
A tatuagem voltou a acender e ele disse.
— Aquele seu amigo do time? Eu sei o que ele é!
A tatuagem apagou.
— Mas você não pode me dizer, senão vai quebrar as regras, e eu preciso descobrir isso sozinho. Não quero mais meter você e mais ninguém em fria. Eu só preciso que você me ensine…
— Mas você não tem idade para aprender. Mal sabe dobrar o tempo para entrar no clã, muito menos terá capacidade para viajar no tempo.
A tatuagem apagou.
— Mas você também não sabe dobrar o tempo.
Ele riu com a petulância do amigo.
— Eu sei, só não gosto de fazer, tá bom. E por que você não fica com a sua família enquanto isso hein? Vamos ter que nos separar deles daqui a algumas semanas e você insisti em ficar afastado deles. Por que você faz isso?
A tatuagem se apagou novamente.
— Eu estou com eles. — o soldado pode sentir o tom triste do amigo do outro lado. — Você vai me ensinar ou não?
Ele ponderou a possibilidade. O que aconteceria se descobrisse que ele tinha ensinado o amigo a viajar no tempo? Eles poderiam prendê-lo, ou melhor, obriga-lo a ficar ainda menos tempo com sua família. O rapaz colocou as duas mãos na beira do lavatório, o sabão do seu rosto escorrendo pelo seu pescoço e pela farda. A tatuagem voltou a acender e a apagar. Ele a olhou e me seguida falou.
— Vista o uniforme. Vamos sair em missão.
***
Ele havia tirado o sabão do rosto e já tinha colocado o uniforme do clã, com a calça de couro apertada, a blusa preta de gola alta, os coturnos do exercito e o sobretudo vermelho por cima. Ele respirou fundo sentindo falta de um ultimo detalhe e foi até o antigo porta-joias de sua mãe. Lá ele pegou um colar de ouro com um pingente de estrela de Davi e colocou no pescoço. O símbolo era ainda mais velho que a humanidade, por isso desprovido de qualquer significado humano. Ele era o símbolo dos Magos do Tempo. Ele respirou fundo, juntou as mãos e em seguida as soltou com as palmas viradas para cima. Respirou profundamente de novo, odiando ter que fazer esse tipo de magia e voltou a ficar ereto.
O rapaz foi sugado do quarto onde estava, e um segundo depois surgiu no quarto do amigo. O amigo se levantou e o acudiu para que não caísse.
— Você está bem?
Ele olhou para os olhos claríssimos do rapaz e para os seus cabelos pretos. Ele lembrava seu irmão.
— Estou. É por isso que eu não gosto de dobrar o tempo, e vamos logo fazer isso. Ainda preciso ir para casa. Deixei os meus irmãos lá sozinhos.
O outro sorriu.
— Vamos logo então.
Os dois arrumaram as posturas e o soldado olhou para ele.
— Me explica o que foi que o Mestre disse para você sobre isso?
O garoto espremeu os olhos tentando se lembrar.
— Nós não podemos viajar no nosso próprio passado ou futuro. Somos incapazes também de viajar no passado e no futuro de qualquer outro mago do tempo e somos incapazes de tentar viajar para o passado ou futuro de pessoas que estão no nosso presente. Acho que isso é tudo.
— Por que somos incapazes?
— Porque o destino quis assim. Imagine a vida sem surpresas e desafios?
O rapaz deu uma risada e o outro ficou sério.
— Não é só por isso rapaz! Não seriamos quem nós somos de verdade sem os acontecimentos da vida. Imagine o que aconteceria se eu soubesse que poderia salvar da morte os meus pais? Eu seria muito mais covarde e idiota se fizesse isso, salvando da morte certa um humano. Imagine se eu quisesse simplesmente que eles vivessem todos os anos que eu vou viver? O cérebro humano…
— Ficaria atrofiado.
O outro terminou espantado. O mestre dele tinha apenas pincelado o assunto nos seus primeiros dias de clã.
— Isso. É por esse motivo também que nós não mechemos no tempo dos humanos. Eles reagem com qualquer mudança que nós fazemos. — o amigo balançou a cabeça concordando e em seguida ele segurou suas mãos. — Até este presente momento você não era capaz de viajar no tempo, mas a partir da hora que eu levar você para o passado, você, apenas com a força do pensamento vai conseguir viajar e sentir as mesmas sensações que eu sinto. É uma das magias mais fáceis. Parece difícil quando se tem aulas e um monte de deduções e compilações a serem feitas, mas depois da sua primeira vez, bem, eu não preciso dizer muita coisa sobre isso. Eu diria que é como andar de bicicleta.
O rapaz deu uma risada.
— Ou como sexo!
Ele riu também e segurou a mão do rapaz.
— Não solte por nada nesse mundo, senão você vai parar em outro lugar e não vai voltar mais.
O rapaz concordou com um balanço de cabeça e em seguida ambos sentiram um frio na barriga tão intenso e opressivo que teria colocado as tripas de ambos para fora pela boca, mas logo o aperto parou e eles se viram em um local úmido e frio. Era de noite e eles estavam no topo de um prédio.
O amigo do soldado se ajoelhou quando olhou em volta e colocou a mão na barriga fazendo ânsia para vomitar. Era a primeira viagem do rapaz, e era normal que os novatos passassem mal na primeira vez. Até ele tinha passado mal.
— Você está bem?
Ele levantou a mão e em seguida se levantou.
— É, estou bem sim. Pensei que seria pior. Onde estamos? Que ano?
O militar foi até o parapeito e observou tentando encontrar as pessoas que queria ver.
— Estamos em 15 de novembro de 2002, na cidade onde eu nasci.
— Onde você nasceu?
Perguntou curioso.
— Não interessa onde eu nasci. Não vou contar de onde eu vim pra você.
O jovem fez um muxoxo, mas não reclamou mais.
— Esse não é o seu passado porque nós não conseguimos viajar no nosso próprio passado, mas é o passado de quem?
O outro molhou os lábios.
— É o passado de meus pais. Vou precisar dele para te explicar mais algumas coisas. — Ele avistou as pessoas que queria ver e observou o relógio. Faltavam alguns minutos. Seus pais se sentaram no banco da praça. — Lembra quando eu disse que o destino não deixaria que a gente viajasse no nosso próprio tempo por causa da nossa identidade? Eu não seria quem eu sou hoje se não fosse pela morte daqueles dois. — ele apontou para os dois sentados na praça conversando. — Talvez eu nem fosse seu amigo. O que quero dizer é que as pessoas mudam com base no que acontece ao seu redor, e isso é ainda mais suscetível aos humanos. Para as criaturas mágicas, a mudança na membrana do tempo ou na camada de proteção não faz tanta diferença, só se os resultados forem mais desastrosos.
O jovem observou a calçada e encostou-se ao parapeito.
— No futuro não funciona dessa maneira, não é mesmo?
— O futuro não aconteceu ainda, mas as mudanças podem ser feitas no presente, e não lá. Por isso nós evitamos grandes guerras entre os humanos, entre os seres mágicos e tudo mais.
O amigo respirou profundamente.
— Você está bem?
Ele franziu o cenho com a pergunta.
— Por que não estaria?
— Porque estamos no dia da morte de seus pais. Isso não mexe com você?
— Não como antes. Eu já vi essa cena tantas vezes que sei de cada detalhe.
— Você poderia salva-los. Eles não fazem mais parte do seu presente.
— Poderia mais não vou. Pense no que eu acabei de te falar.
Ele respirou fundo e em seguida ambos ouviram tiros. O outro se virou assustado.
— Nossa, eu lamento tanto. Meu Deus, isso é péssimo de se ver.
— Não lamente. Eu não seria o que sou hoje se não fosse por aqueles dois. A mudança, para mim foi tão absurda naquela época, que só de pensar em ficar sem eles eu já ficava sem folego. Eu me perguntava por que isso tinha acontecido justamente comigo. Desde então eu penso que posso fazer um futuro grandioso. Com a morte deles eu melhorei.
O outro se voltou para os pais do amigo caídos no chão lá embaixo, com um homem ao lado.
— Você sabia que o assassino de seus pais é um ser mágico.
Ele balançou a cabeça positivamente e disse.
— Há alguns anos eu ouvi falar de um boato na terra mágica sobre um profeta que estava chegando e que ele acabaria com a opressão que os magos do tempo fazem contra aquele povo. Por que você acha que um ser mágico matou os meus pais? Eu acho que eu não entraria na causa deles se isso não tivesse acontecido, e depois de muito tempo pensando…
— Você acha que é o profeta?
O soldado deu uma risada com o palpite do amigo.
— Não. Eu acho que vou fazer grandes coisas, e que os próximos anos serão os mais quentes do clã. O passado muda o futuro, mas para mudar o nosso futuro nós temos de fazer do presente aquilo que acharmos melhor.
O outro balançou a cabeça.
— E você já está pronto para morrer para os humanos, e viver o restante dos seus anos preso naquele castelo?
— Não, nós nunca estamos prontos para a morte, mas para nós isso não é a morte. É outra etapa da vida.
***
O rapaz acordou na manhã seguinte a fim de aproveitar o pouco tempo que lhe restava com a sua família, com seus amigos e fazendo as coisas que havia nascido para fazer. Ele havia nascido para matar, para aprender e para viver muito mais do que qualquer ser humano, porque afinal ele não era um deles.
Olha, ler eu li, mas confesso que “boiei” em algumas partes… O início achei o mais complicado de tudo, aquela história toda da calça apertadérrima, foi sem intenção, mas logo me veio à mente o Luciano, irmão do Zezé, e isso foi péssimo, depois o cara era o Luciano, não tinha jeito… e eu não sou nem um pouco fã do “cantor”… =P Mas falando sério, o texto parece ser uma introdução, o início de algo, e certamente, depois de bem, bem estruturado mesmo, os diálogos mais criativos, ou melhor pensados, haverá público certo para ele, como algo maior… E é como o pessoal falou, nada de desanimar!
A história é um pouco confusa. Como disse o Marcelo, mais parece o prólogo para algo maior, pois faltam muitas peças, e sem elas a narrativa não faz muito sentido. Talvez na sua cabeça você já tenha a história redondinha, mas isso não foi passado aqui para o conto. Mas continue, desenvolva essa história, pois parece ter algo de bom aí. Tome cuidado com a construção das frases e com alguns erros gramaticais, como o mas/mais. Revise bem seus textos. Siga escrevendo e sucesso.
Isso não é um conto.
Talvez um prologo, mas está com cara de ser fragmentos. Tê-lo colocado como um conto, complicou a narrativa, ficou um quebra cabeças em que faltam muitas peças.
Talvez se tivesse apenas focado na viagem do soldado e o outro para o dia da morte dos pais do militar, e obviamente, desse o caminho ou concluísse a história, poderia melhorar muito para nós leitores. Do jeito que está, vejo alguns bons momentos de uma história ainda em construção.
As frases estão construídas de uma forma tão estranha que me peguei tonto de tanto voltar para entender o conto. Acho que a demarcação de personagens está falha, assim como do cenário. Talvez por isso tenha sentido essa tonteira ao ler. Acho que precisa de uma boa revisão.
Uau! Incrível! Adorei!
Você vai desenvolver a história? Me mande notícias! Eu adoraria ler mais! Ficção científica e fantasia, meus dois gêneros favoritos! Já tem o meu voto!
Agora, uma coisinha: Procure trabalhar no dinamismo dos seus diálogos. Está tudo muito certinho, inflexível, as pessoas só falam o necessário. Tente fazer uma coisa mais viva. Também tente usar nomes além só de “o rapaz”, “o amigo”, esse tipo de coisa.
— É o passado de meus pais. Vou precisar dele para te explicar mais algumas coisas. — Ele avistou as pessoas que queria ver e observou o relógio. Faltavam alguns minutos. Seus pais se sentaram no banco da praça. — Lembra quando eu disse que o destino não deixaria que a gente viajasse no nosso próprio tempo por causa da nossa identidade? Eu não seria quem eu sou hoje se não fosse pela morte daqueles dois. — ele apontou para os dois sentados na praça conversando. — Talvez eu nem fosse seu amigo. O que quero dizer é que as pessoas mudam com base no que acontece ao seu redor, e isso é ainda mais suscetível aos humanos. Para as criaturas mágicas, a mudança na membrana do tempo ou na camada de proteção não faz tanta diferença, só se os resultados forem mais desastrosos.
hehehehehe sério, tem um episódio de Naruto em que a Sakura vai ao passado. É muito essa passagem! 😀
Bon sconceitos, eu acho q um roteirista de hollywood daria uma polida nisso e mandaria para aquelas produções bagaceiras dos anos 90. Disse bagaceira no bom sentido (tipo: KERUAK – O EXTERMINADOR DE AÇO) Tbm encurtaria um pouquinho.
Gostei da ideia – bem criativa – mas o conto fica prejudicado por falta de revisão gramatical, excessos na narração/descrição de atos/fatos, confusão por escassez de fluidez lógica entre fatos (já que o narrador é onisciente) e final abrupto e incoerente.
O autor é bastante imaginativo e, por meio do conto, esboçou a criação de um universo fantástico com potencial. Admito que tive um pouco de dificuldade com a leitura, a ortografia está precisando de reparos e as construções frasais estão ora muito repetitivas, ora muito vagas. No entanto, tentei ao máximo abstrair os detalhes técnicos durante a leitura e imaginar a história que o autor estava tentando passar. É necessário ficar atento para isso: a maioria dos leitores não vai ter essa paciência e pode desistir do texto por conta desses aspectos, por melhor que seja a história.
No mais, eu diria que os escritos podem e DEVEM ser aproveitados como rascunho para uma versão mais longa e polida da história. Fantasia e Viagem no Tempo são uma combinação sempre bem-vinda.
Boa sorte e parabéns pela criatividade.
Esse texto padece de dois problemas: um é o escopo, o outro é a linguagem.
Esta história definitivamente não cabe no tamanho máximo determinado para os contos do desafio, e saber escolher uma história que se possa contar dentro do limite de palavras faz parte da qualidade do texto. Então, não posso deixar de notar esse defeito.
Quanto à linguagem, os primeiros parágrafos são realmente muito confusos. Os diálogos são bastante apressados e não se nota muito caráter nos personagens. Esse descompromisso que apontaram faz com que o texto soe irônico, farsesco, quando deveria ser mais mais dramático.
Acho que existe um potencial no universo aqui pincelado, mas eu não voto no texto como ele está porque o autor ainda precisa aprimorar bastante sua linguagem. Porém, este texto fica na melhor metade, fácil.
Sobre a história… O narrador onisciente é descompromissado, conta a história sem muito envolvimento. Talvez por isso eu não tenha me apegado ao protagonista. O relato é interessante, mas incompleto. Parece um pedaço de algo maior, que dessa forma não coube no limite do desafio, e assim acabou ficando pouco expressivo. O uso da viagem ao tempo foi bem legal.
Sobre a técnica… Houve muito jogo de palavras que tornou o texto lento, cansativo. Sem falar em algumas expressões esquisitas para um texto sério e MUITO eco… sentir 3x nos primeiros parágrafos; “coisas tão apertadas que deixavam suas coisas doloridas” e mais mil vezes ditas que a calça apertava; aprendiz de pupila 2x (informação repetida sem necessidade); largou a bolsa no chão/largando-a no chão… Enfim. Merece uma revisão para dar uma enxugada, e assim tornar a leitura mais dinâmica, menos amarrada. Os diálogos são curiosos, mas a pessoa se perde pela falta de uma narrativa entre um e outro. Chega uma hora em que fica difícil saber quem está falando.
Sobre o título… Ficou legal!
Acho que esse escritor fez uso da técnica de William Burroughs, o cut-up, na qual um texto é cortado e colado em outra parte aleatória para a criação de novos rumos para a história. No entanto, vi aqui uma total falta de vontade de contextualizar o fragmento criado após a colagem, com as frases anteriores, deixando o conto muito confuso e difícil de ler. Parabenizo o autor pela técnica utilizada, só que seria necessário um desenvolvimento melhor aplicado.
Bom, também gostei da ideia de viajar no tempo através de magia, mas não gostei do conto em si. Os diálogos não prendem e a narrativa muitas vezes ficou corrida. Mas não desanime. Escrever se aprende escrevendo. Pratique, leia bastante. E participe dos próximos desafios, analisando as criticas do pessoal que passa por aqui. Só não desanime!
Concordo com a Thata! Tá ruim, mas tá bom! (rs!) Agora você já sabe o que foi que não agradou em seu texto e já pode melhorar para o próximo! É como aquele filme do Jean Claud Van Damme, “Retroceder nunca, render-se jamais”!
Siga em frente porque potencial não lhe falta!
🙂
Isso aí mesmo, como disse o Ricardo: Retroceder nunca, render-se jamais!
A perspectiva de viajar no tempo via magia ficou bem legal. Achei o conto interessante, mas tive a impressão de que ao omitir o que o tal aprendiz havia feito condenando o protagonista a morte deixou a história confusa (não pelo que ela mostra, mas pelo que não mostra). Enfim, o conto pode ser trabalhado para atingir seu potencial máximo. Eu, de modo geral, gostei.
Mais uma vez senti a narrativa se arrastar em explicações sem necessidade. Os diálogos poderiam ser mais suscintos para assim não perderem a força. Uma revisão mais apurada também seria bem-vinda.
muito chato, confuso, não acompanhei.
Confesso que, logo no título, fiquei com uma certa preguiça de ler. Mas fui em frente, apenas para constatar que a trama tenta nos prender sem muito sucesso. Sinto muito. Achei desnecessariamente longo. Li até quase o final, pulei algumas partes e fui ver como terminava. Não curti o final.
Lamento, mas o conto é confuso, tem muitos erros e é, no final das contas, um fragmento e não um conto com inicio, meio e fim. Alguns diálogos, como o do protagonista e seu irmão mais novo, estão ruins (explicativos).
Faço das palavras do Gustavo minhas: continue praticando, lendo e escrevendo muito.
Este conto é uma montanha russa, com perdão pela analogia surrada. O autor alterna momentos muito bons com outros fracos demais. O mote da história é interessante, ficção científica pura, bem criativo e que certamente há de conquistar admiradores. Há trechos do desenvolvimento, porém, que pecam pela pressa, pelo açodamento e pela falta de revisão – há erros de português daqueles doídos de tão feios. O que posso imaginar é que a pessoa que escreveu este conto tem um enorme potencial. É dona de ideias muito interessantes, mas sucumbe à pressa de colocá-las no papel e deixá-las parecidas demais com os autores que admira e segue. A sugestão que faço é que o autor continue praticando, escrevendo e lendo muito. Só que exerça também o dom da paciência. Certamente todos ganharemos com isso.
Confesso que não consegui chegar até o final… 😦
Sorry…