Os dois chegaram de mãos dadas à beira do precipício. Sem ter para onde andar, fecharam os olhos e giraram por alguns segundos. Tontos, ainda de olhos cerrados, pararam, suspiraram fundo e deram um passo à frente.
Depois de girar por alguns segundos, não dá pra saber se a queda foi fatal ou não. Essa brincadeira suicida, obviamente com a intenção de construir uma metáfora, ficou legal. Eu só precisava de uma mínima justificativa para o giro estar acontecendo. Diversão? Enfim, parabéns.
Um minimicro conto, com uma cena memorável. Apenas a construção da frase final deixa dúbio se o passo em frente foi um em direção ao outro ou ao precipício. Boa sorte!
Quem chegou ao precipício? Os dois!
Sem um mínimo de empatia com os personagens essa história é só um relato de fatos acontecidos. Havia espaço pra nos dizer um pouquinho sobre quem eram. Está tão aberto que cabe qualquer coisa.
Abraços.
Só um relato? É uma metáfora, na forma de um microconto, cujo formato deve ser o mais enxuto possível. Dei poucos detalhes pra o leitor escolher, se divertir nas possibilidades. Releia com “olhos de ler”. Viaje nas possibilidades. Seria a representação da viagem da vida? Em alguns momentos nos cansamos e tomamos qualquer direção, apenas por não podermos mais continuar no caminho escolhido. Saia da literalidade e talvez te toque. Abraço e obrigado pela opinião sincera.
Olá, Eça. Pois se essa é de boa ou não, logo se vê no fundo do precipício. Só jovens é que avançam às cegas em semelhante situação. E o resultado, neste caso, fica por conta do leitor. Penso que se entregaram voluntariamente à morte, mas posso estar enganada. Parabéns e boa sorte no desafio.
Chega a ser poético pensar que existem amores tão fortes que fariam ambos os integrantes morrerem um pelo outro.
Esse conto levantou muitas questões… Por que escolheram se matar?
Há um nervosismo muito grande dos personagens e, mesmo com o número limitado de palavras, a hesitação de cada um.
Um ótimo conto.
Um abraço.
Quis usar poucas palavras para deixar a imaginação do leitor trabalhar. Microcontos são assim. Se o escritor dá muitos detalhes, ele tira a chance de imaginar. Fuja da literalidade. Analise a metáfora da história. E obrigado pelo comentário sincero.
Gostei bastante desse conto pela sutileza que ele se utiliza para falar de coisas mais profundas, ao mesmo tempo que mostra uma situação bem tensa. E o final deixa aberto, o que só aumenta a tensão. Parabéns, boa sorte
O grande impacto do texto é a possibilidade de infinitas interpretações. É literal? Possui alguma “pegadinha”? Temos metáforas? Num primeiro momento, pareciam duas crianças brincando de girar de mãos unidas, mas aí não fazia sentido eles “decidirem” dar um passo à frente. A parte ruim, a meu ver, é que a cena em si é tão curta que não consegui me conectar com ela ou com os personagens, mesmo apreciando bastante a forma da narração e a beleza intrínseca da cena trágica.
Caraca, me assustei com a velocidade desta história, adorei isso demais! Acho que poderia ter mais um pouquinho para sentirmos as personagens. porque o que me cativou foi a sua técnica e não as pessoas, entende? Mesmo assim, parabéns!
Duas pessoas resolvem se matar, ficam tontos e não sei se são bem sucedidos no plano, pois podem ter voltado atrás.
Elementos fundamentais do microconto:
Técnica — muito boa. Gera inquietação com simplicidade.
Impacto — ótimo. A interpretação dúbia me encantou.
Trama — muito boa. Todo o charme deste conto está do rodopio dos suicidas.
Objetividade — ótima. Palavras concatenadas com perfeição.
Tem cenário, personagens e um relato, então acho que é um conto. Mas é tão curtinho… faltou nos envolver mais um pouquinho e fazer com que a gente sinta os personagens e o momento que eles estão vivendo.
Olá,
Fiquei pensando numa provável ” pegadinha” nesse texto. Imagino que esse suicídio duplo é tipo uma roleta Russa… eles fecharam os olhos, e giraram…e então deram um passo a frente, pode ter sido para o precipício ou pode ter sido no sentido contrário. Uma nova chance, uma resposta do destino que ambos procuraram. Prefiro acreditar que esse dia foi o dia de sorte deles e que a partir dai venham novas perspectivas.
Gostei do texto, das nuances e desse final impreciso. Parabéns.
Boa tarde! O conto é super curtinho e deixa muitas pontas soltas, quase que entregando na mão do leitor pra interpretar e finalizá-lo. A situação é como uma roleta russa, é saber que as decisões podem dar certo ou errado: continuar em terra firme ou cair do precipício. Mas como não sabemos quem são as personagens e nem seus anseios, não há como se identificar muito.
O intuito foi esse, mesmo. Não dar detalhe para que todos se identifiquem. Pode ser um homem e uma mulher, dois homens, ou duas mulheres. Duas crianças ou dois adolescentes. Nesse caso, todo mundo por se identificar…
É um ponto de decisão. O risco de queda é grande. Estavam de acordo, pactuados e sem enxergarem outra opção tentaram a sorte. Seria esta a história literal? Bom conto, bem escrito, original e em condições de excitar nossa imaginação. Parabéns e boa sorte.
A sensação que tive foi que aqui houve muitos cortes na história. Tantos que acabou dilacerando qualquer possibilidade de interpretação pelo texto em si. No final, cabe ao leitor especular sem certeza alguma do que de fato aconteceu.
Nada muito para falar sobre o seu conto. A cena por si só não diz muita coisa: não sabemos quem eram os personagens e por que foram até ali e se jogaram. Dá para ir além e imaginar que o conto é sobre o poder da união, sobre como um casal que se ama enfrenta qualquer circunstância juntos, mesmo que a mesma os leve para um precipício; cairão juntos.
Mas era isso mesmo que o autor queria dizer? O conto é tão curto e tão aberto a interpretações que pode ser qualquer coisa.
Olá, você quer matar a gente com o suspense? Terminar o microconto no ponto em que deixou foi uma ótima escolha.
Fiquei morrendo de aflição aqui, por saber que fossem eles quem fossem tinham ido juntos para o tal precipício.
Um excelente microconto, bem curtinho, mas muito significativo.
Um outro ponto original, é que eram duas pessoas indo juntas para esse desconhecido. Geralmente escrevem sobre um personagem só e alguém salvando ele, você fez diferente.
Sua criatividade foi muito bem demonstrada aqui, parabéns!
Olá, Eça, tudo certo? Gostei do conto, por achar que aqui tudo é no sentido figurado e você articulou bem as frases, não extrapolando e nem enfeitando muito. Gostei por isso, mas não foi uma ideia que tenha me empolgado tanto, mas parabéns pelas metáforas. Obrigada.
Oiiii. Um microconto sobre um casal e um precipício que pode ser entendido de várias formas, na minha interpretação ele representa um futuro incerto do qual não se pode fugir, por isso que diz que não tinham mais por onde andar, mas como estavam juntos resolveram o enfrentar juntos. Lembrei de uma frase que diz que um abismo visto de baixo para cima é uma escada para as estrelas, talvez eles encontrassem um novo começo no que parecia ser o fim de tudo. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.
Olá, Eça.
Aí está um micro pequeno e bem trabalhado quando se trata do conteúdo. Tudo que é retratado pode ser interpretado de diversas formas. Num mundo insólito, por exemplo, pode ser literal, como numa espécie de ritual de casais para a morte, pois não se deixa claro se são jovens ou velhos. Pode ser uma analogia de como alguns casais se jogam em seus relacionamentos, de forma confusa, sem controle, caindo num abismo. Etc, etc, etc.
Pode melhorar um pouco, quando se trata da linguagem. O termo inicial, “os dois”, pode limitar a interpretação do leitor. Pode cortar essa parte, começando com “Chegaram”. Não faria falta e não abriria espaço para alguns questionamentos, como já ocorreu nos comentários. O “suspiraram fundo” acaba ficando estranho, creio que funcionaria melhor como “suspiraram profundamente”. Enfim, são detalhes que podem ser melhorados com o tempo e futuras revisões!
Boa sorte e parabéns!
Olá, Eça! Seu conto parece dizer muito mais do que foi expresso em palavras. Pode ser um casal. Pode ser a razão e a emoção. Pode ser a direita e a esquerda brasileiras. Eu vi essa mesma proposta em alguns outros contos e acho que minha reação vai ser sempre a mesma. Deixar tanto da interpretação na mão do leitor acaba deixando pouco a ser contado de fato. Muita responsabilidade minha ao interpretar, pouca do texto. Não é o tipo de conto que me pega, infelizmente. Peço desculpas. Boa sorte no desafio!
Achei um pouco “enjoativo”. Não sei, dá a entender que se trata de um casal que iria se matar junto. Essa ideia de paixão Romeu e Julieta é um pouco, blergh. Não sei, pelo menos pra mim.
Tem uma certa dramaticidade, a ideia é interessante. Mas é como se eu tivesse comido muito doce depois de ler seu conto.
Conto cheio de interpretações. A primeira que me veio a mente é de um casal que decide ir começar um relacionamento apesar de algo muito forte os impedindo, com a certeza de que vai dar merda, mas também pode ser várias coisas. Bom conto!
Roleta russa usando um precipício ao invés de revólver. Doideira. Eu gostei. É bem direto, mas, confesso que fiquei curioso para saber o que os levou a fazer isso. Talvez tivesse gostado ainda mais se soubesse. Boa sorte no desafio!
Conto curto, preciso e certeiro. Revela uma imagem interessante que, de certa forma, traz reflexões sobre a vida, sobre uma jornada imprevisível em direção ao futuro, cheia de incertezas e riscos, que pode levar para o precipício. Só acho que se o(a) autor(a) tivesse colocado outra imagem, mais positiva, na cena, o impacto e a metáfora ganhariam força.
Metáforas a rodo neste conto. Dá para imaginar uma série de motivos pelos quais o casal chegou à beira do precipício. Um precipício imaginário, provavelmente, representando um limite a partir do qual não se sabe o que pode acontecer. Como o amor, por exemplo, que exige de nós um salto no escuro, sem saber o que nos espera. Nesse aspecto o conto ganha pontos, mas eu preferiria algo que desse mais pistas a esse respeito.
Seriam duas pessoas que, sem saída, tomam uma decisão na qual não sabem o que esperar além de saber que o outro estará ao seu lado. Para a morte ou para uma nova vida juntos? Bem escrito. Gostei. Boa sorte no desafio
Olá,
A primeira leitura pode enganar, mas a morte dos personagens não é certa aqui. E é por isso que o micro é muito bom.
Quem disse que o passo adiante, depois de rodarem, foi em direção à queda? Para mim não foi.
Parabéns. Fórmula simples mas bem construída.
Um abraço!
Acho que o fragmento não fornece elementos suficientes para que o leitor elabore uma leitura consistente. Como se trata de um conto bastante despojado de caracterização, parece natural pensar que se trata de uma alegoria, mas mesmo assim… o que significaria o precipício, o ato? A outra opção, a de que não é uma alegoria mas sim um jogo entre duas pessoas, espécie de roleta russa, como disseram abaixo, me parece mais interessante, embora continue um texto enigmático.
Acredito que dentro da linha de Micro contos podemos dividir, os mais interessantes, em dois estilos. Um deles vai dando falsas pistas ao leitor para surpreender com um desfecho inusitado. O outro conta uma história atípica, curiosa ou fantástica, e deixa no seu encerramento uma pulga atrás da orelha do leitor, para que ele pensando sobre aquilo que acabou de ler e o que não leu mas esta ali.
O seu conto com certeza faz parte da segunda opção, e faz isso com muita maestria, a possibilidade deles terem caído ou não, e terem tido esse desejo de estarem ali juntos, caem em um mundo de possibilidades que nos fazem pensar e transportar isso para situações da nossa vida.
Parabéns pelo conto, boa sorte.
Início, meio e fim. Caracterização. Há algum envolvimento com as personagens, o mais próximo disso sendo o detalhe deles estarem de mãos dadas e o gesto sutil de rodopiar antes de pular, denotando, talvez, dúvida e, assim, fazendo o leitor se perguntar se eles vão mesmo pular. Eles pulam. Ou seja, cria-se uma expectativa antes do final, o que serve a um maior… hehe, impacto.
Um texto que acaba se tornando maior, pois convida o leitor a preencher os sentidos. Voltar atrás deixou de ser opção e o passo adiante um precipício. Bastante simbólico para os dilemas da vida.
Olá. Eça é quase do Queiroz hein? Uma roleta russa literária com os próprios corpos. Gostei bastante. Texto curto e que diz muita coisa. Inclusive subentende que não caíram ou não se salvaram juntos, já que soltaram as mãos para girar e um pode ter se virado para um lado contrário do outro (mas isso é viagem demais né?). A mensagem ficou, Bom conto.
Giraram e ficaram tontos, depois deram um passo a frente… Mas quando vc gira e fica tonto você perde a noção, então eles podem ter dado um passo a frente para a terra firme ou para o abismo? Final em aberto eu acho legal, mas fiquei meio que sem entender as motivações dessas pessoas, em todo caso, parabéns pelo conto…
Não entendi bem esse conto. Duas pessoas que desafiam a morte. Por que duas? Uma espécie de roleta russa. Qual o motivo que as fez desprezar a vida? São muitas as perguntas. Não vejo nenhuma arte literária aqui. As pessoas se atiram no precipício, e aí? O que as levou a fazer tal coisa? Não há nenhuma sugestão. Se é uma metáfora, não entendi.
É uma metáfora de como muitas pessoas vagam sem sentido na vida, e, às vezes, apenas fecham os olhos e tomam caminhoa aleatórios, já que seus esforços ( de andar de olhos abertos) não lhes traz avanço algum, mesmo que o passo possa levá-los para o abismo. O final aberto é para a diversão do leitor. Será que caíram?
Se o precipício do conto é uma mera metáfora, gostei bastante da ideia. Por outro lado, caso se trate de um precipício real, acredito que o grande problema da sua história é a previsibilidade, desde o próprio titulo. Afinal, porque motivo pessoas caminhariam até a beira de um precipício se não fosse de fato para se jogar? Em todo caso, fico com a primeira alternativa. Parabéns!
Acertou na mosca. Uma metáfora. Há momentos em que não há sentido na caminhada da vida. Chegamos a um ponto no qual não podemos – ou queremos – mais caminhar. No caso, há pessoas que deliberadamente saltariam do precipício. Outras, viveriam como se não houvesse amanhã, despreocupadas com a morte – ou até mesmo desejando-a, secretamente, e fariam o que o casal(?) fez. O legal é a pergunta: qual dos dois morreu? Ou, teriam os dois morrido? Ou sobrevivido? O microconto é uma “metáfora-brinquedo” para o leitor. Ele pode fazer o que quiser com ela, como um cubo mágico. Essa foi minha intenção…
De início, ainda bem que Eça é da Boa. Triste seria se não fosse de Queirós, mas fosse do Queiroz!!!!!!!!
Vamos falar sério. Eu entendi o conto como se o precipício não tivesse a conotação literal da palavra. Seria um limite, aquele extremo onde não há mais estrada para caminharem juntos. Separaram-se, tristes, giraram muito pelo “mundo” (buscaram outros caminhos). Ao final, caíram? Seguiram caminhos diferentes? Ou ficaram novamente de frente um para o outro?
Viajei?! O texto está bem escrito, concisíssimo, e deixa o leitor de cabeça quente. Cada um pensa num final.
Parabéns pelo trabalho!
Boa sorte no desafio!
Abraços…
O interessante do conto é, sem sombra de dúvidas, o desfecho: de olhos ainda cerrados, o passo à frente pode ser para o abismo ou não, uma vez que rodaram e ficaram tontos. Roleta russa. Cabe ao leitor decidir o final. Eu decidi o meu. Parabéns.
Conto meio nonsense. Está bem escrito e cativa atenção. Parece decrever um pacto ou um ritual de morte, seria? O final aberto valorizou o texto. Gostei do pseudônimo. Parabéns e boa sorte.
O micro conto descreve um possível ritual para a morte, mas fica subentendida alguma covardia ao precisarem girar e ficar tontos antes de se atirarem do precipício. Gostei.
Será que eles queriam o suicídio? Eles giraram de olhos fechados. Ao que parece, não sabiam se morreriam ou não. Talves estivessem cansados de caminhar e quisessem uma resposta do acaso. O passo que tomaram pode ter sido de volta para o mundo. E se ambos voltaram para o mundo, será que eles se reencontraram? Será que um deles morreu e o outro sobreviveu? Penso que um microconto serve pra isso. Para gerar perguntas…e bate papos sobre os porquês.
Achei interessante essa releitura de roleta russa. Faz os leitores se perguntarem sobre como é a vida dessas pessoas ou o que aconteceu para chegarem a esse ponto. Eu adoraria ler ao menos uma pista sobre isso.
Finais abertos funcionam muito bem em microcontos, mas creio que ao menos uma informação de algo do passado que influenciaria esse futuro tão pesado enriqueceria a trama.
Boa sorte!
Olá, Eça, cá estou eu envolto na sua narrativa. Realmente, trata-se de um conto intrigante. Uma interpretação ao pé da letra me diria tratar-se do fim da linha, de um pacto de suicídio que se concretiza. Mas me recuso a ficar somente com esta saída meio que literal e simplista. Então, gosto de me indagar o que seria na verdade, metaforicamente, este precipício? O que pode significar os dois estarem de olhos fechados? Que significado tem o estar girando? E este giro se dá sem que estejam de mãos dadas, parece que sim, e aí teríamos uma terceira possibilidade. Uma roleta russa e nessa hipótese mais plausível, caso algum deles tenha parado estando virado para outro lado que não o do precipício, este não terá caído. Da mesma maneira que os dois podem ter se salvo da morte, ou terem morrido no buraco. Bem, gostei da sua história. Abraços
Um casal tem algum problema sem solução fácil e a decisão é o suicídio. Leitura literal, fácil, rápida, segura, sem nenhuma surpresa final, sem emoção. O leitor fica chocado pelos fatos, não pela narrativa. Gostei do pseudônimo.
Parabéns pela participação e boa sorte! Abraço.
Será que eles queriam o suicídio? Eles giraram de olhos fechados. Ao que parece, não sabiam se morreriam ou não. Talves estivessem cansados de caminhar e quisessem uma resposta do acaso. O passo que tomaram pode ter sido de volta para o mundo. E se ambos voltaram para o mundo, será que eles se reencontraram? Será que um deles morreu e o outro sobreviveu? Penso que um microconto serve pra isso. Para gerar perguntas…e bate papos sobre os porquês.
Olá!
Cada um traz sua experiência de vida para a interpretação e seguimos. Refleti por alguns segundo, entretanto dificilmente ficaria encucado com o conto por muito tempo. Não me impacta muito, mas traz alguma reflexão.
Parabéns pelo trabalho.
Caro, conto roleta-russa.
Um problema de linguagem. Em português, um casal formado por um homem e uma mulher é denominado por “aqueles dois”, o que, em seu conto, acaba remetendo a que possa ou não remeter a dois amantes, dois homens ou uma mulher e um homem, mas nunca duas mulheres. Isso, como posto, embora coloque uma dubiedade interessante, restringe – ou melhor, limita a duas possibilidades.
Fica difícil assumir, baseado na narrativa, algum entendimento de que seriam duas pessoas apaixonadas que fazem um pacto qualquer, dois loucos suicidas e tal, sobrando ao observador a cena crua do evento: duas pessoas que resolvem fazer uma grande merda com suas vidas jogando uma roleta-russa na beira do precipício.
O fato é que, um dos dois – qual deles? – ficará vivo para contar a história.
Boa sorte no desafio.
Muito bom esse final em aberto. Também gosto da ideia de um pacto, onde os dois sofrerão as consequências, diferente da roleta russa original onde só um vai tomar na cabeça. Parabéns e boa sorte.
E se um deles cai e o outro sobrevive? (Cheguei a conclusão de que eles não giraram de mãos dadas já que estavam na beira do precipício, não tem como girar duas pessoas de mãos dadas, elas iriam cair juntas no meio do giro).
Texto simples, sem subjetividade, é apenas um ato narrado .Gostei da forma de escrever. Boa sorte
Muito boa a incógnita. A qual perdura entre uma decisão de vida ou morte em pacto de sangue ou uma brincadeira idiota e de mau gosto como a roleta ruça. Pra que lado terá ido esse passo? Teria sido um passo em falso… Você autor que estava “in loco”, não quer nos contar, após o término do desafio?
Olá, Eça, gostei do seu pseudônimo rsrs. Poucas palavras para contar uma história interessante, gostei. Legal o final aberto, que funciona muito bem nos microcontos. Só tiraria a frase “Sem ter para onde andar” totalmente desnecessária pois já disse que caminharam até a beira. Parabéns pela ideia do precipício russo. Boa sorte no desafio.
Sem esforço nenhum para tentar entender a subjetividade do conto.
Sem vontade de querer saber o que se pretende com as poucas palavras, mas de ação, coerente sobre os personagens.
Agiram e deixaram no ar, a beira de um precipício o segredo pelo motivo.
Enfim, leitura fácil, rápida, segura mas, como é o objetivo desse tipo de relato, sem um fim. Diga qual, leitor!? Parabéns e boa sorte!
Uma escolha corajosa de deixar o conto completamente aberto e simplesmente não entregar mais nada além de uma cena inconclusiva. Mas essa coragem pode ser um problema também, em vista que a falta de qualquer outro elemento na história, pode deixar ela um tanto quanto vazia para o leitor se importar com o que leu.
Olá, Eça! Primeiro, com esse pseudônimo Eça é da boa pensei que em seu texto teria algo relacionado a maconha. Errei, escolha bem humorada, gostei.
Em relação ao micro, o final dele, mais precisamente, é o ponto forte, gosto de finais abertos em microcontos. O autor deixa para o leitor dúvidas e possibilidades, quem decide o que aconteceu é quem realizou a leitura. Parabéns!
Desejo boa sorte no desafio. Abraços!
Olá, Eça!
Então… O micro é instigante, mas não ao ponto de nos importarmos com os personagens, tem muitas perguntas sem resposta, o limite permitia um maior aprofundamento, não com explicações, mas com desenvolvimento de personagens, pq assim como está não gera a empatia no leitor, ou melhor, em mim. De qualquer forma é um micro instigante…
Parabéns e boa sorte!
Quem são os personagens? Mistério! Para qual direção pararam de girar? Se pararam em frente do abismo o destino foi a morte, mas se foi na direção oposta do abismo, qual seria o destino? Novo mistério! Gostei! Parabéns e boa sorte!
Um pacto de morte? À beira do precipício não há como avançar a não ser para a morte. Mas eles giram, e como uma brincadeira, de olhos fechados, dão um passo a frente. Para dentro ou para fora do precipício? Mistério!
Conto que carrega um tom de suspense e terror. Linguagem clara e precisa. Boa sorte!
O micro-conto se desenvolve em uma cena, na qual o fim é indeterminado, aberto………….isso é legal………a aventura transcende limites………..se jogar sem medo………..a falta de um argumento pelo qual estavam ali revela, de alguma forma, a falta de importância de razões…………..
Roleta russa! se eles derem o passo na direção do abismo.. fim dos problemas… as maiores chances sao de q deem o passo em direção de volta à vida..
Gostei!
O conto apresenta duas personagens e nos leva a acompanhar a dinâmica da cena. O passo à frente remete a movimento e busca do novo, já que isso significa vida. O passo à frente simboliza o desafio do novo, a busca pelo extraordinário. Mas não mostra que estão sozinhos. Tem um ao outro.
Fico com Eça.
O absoluto é inevitável, entretanto o abuso do absoluto é cruel para consigo mesmo. Ambos podem ser considerados idiotas. Entretanto, o alvo pode não ser acertando.
Boa sorte!
Depois de girar por alguns segundos, não dá pra saber se a queda foi fatal ou não. Essa brincadeira suicida, obviamente com a intenção de construir uma metáfora, ficou legal. Eu só precisava de uma mínima justificativa para o giro estar acontecendo. Diversão? Enfim, parabéns.
Um minimicro conto, com uma cena memorável. Apenas a construção da frase final deixa dúbio se o passo em frente foi um em direção ao outro ou ao precipício. Boa sorte!
A intenção foi essa…
Quem chegou ao precipício? Os dois!
Sem um mínimo de empatia com os personagens essa história é só um relato de fatos acontecidos. Havia espaço pra nos dizer um pouquinho sobre quem eram. Está tão aberto que cabe qualquer coisa.
Abraços.
Só um relato? É uma metáfora, na forma de um microconto, cujo formato deve ser o mais enxuto possível. Dei poucos detalhes pra o leitor escolher, se divertir nas possibilidades. Releia com “olhos de ler”. Viaje nas possibilidades. Seria a representação da viagem da vida? Em alguns momentos nos cansamos e tomamos qualquer direção, apenas por não podermos mais continuar no caminho escolhido. Saia da literalidade e talvez te toque. Abraço e obrigado pela opinião sincera.
Olá, Eça. Pois se essa é de boa ou não, logo se vê no fundo do precipício. Só jovens é que avançam às cegas em semelhante situação. E o resultado, neste caso, fica por conta do leitor. Penso que se entregaram voluntariamente à morte, mas posso estar enganada. Parabéns e boa sorte no desafio.
Pode ser que morreram. Ou não. Um deles pode ter morrido. Ou os dois sobrevivido e tomado caminhos diferentes. Ou não. Podem ter se reencontrado…
Chega a ser poético pensar que existem amores tão fortes que fariam ambos os integrantes morrerem um pelo outro.
Esse conto levantou muitas questões… Por que escolheram se matar?
Há um nervosismo muito grande dos personagens e, mesmo com o número limitado de palavras, a hesitação de cada um.
Um ótimo conto.
Um abraço.
Você captou tudo!!!!
Uma boa ideia desperdiçada. Faltou descrever melhor o espaço. Boa sorte no desafio.
Quis usar poucas palavras para deixar a imaginação do leitor trabalhar. Microcontos são assim. Se o escritor dá muitos detalhes, ele tira a chance de imaginar. Fuja da literalidade. Analise a metáfora da história. E obrigado pelo comentário sincero.
Gostei bastante desse conto pela sutileza que ele se utiliza para falar de coisas mais profundas, ao mesmo tempo que mostra uma situação bem tensa. E o final deixa aberto, o que só aumenta a tensão. Parabéns, boa sorte
Olá, Eça.
Um bom micro, com um desfecho enigmático: expressão literal ou não?
Boa sorte no desafio!
O grande impacto do texto é a possibilidade de infinitas interpretações. É literal? Possui alguma “pegadinha”? Temos metáforas? Num primeiro momento, pareciam duas crianças brincando de girar de mãos unidas, mas aí não fazia sentido eles “decidirem” dar um passo à frente. A parte ruim, a meu ver, é que a cena em si é tão curta que não consegui me conectar com ela ou com os personagens, mesmo apreciando bastante a forma da narração e a beleza intrínseca da cena trágica.
Caraca, me assustei com a velocidade desta história, adorei isso demais! Acho que poderia ter mais um pouquinho para sentirmos as personagens. porque o que me cativou foi a sua técnica e não as pessoas, entende? Mesmo assim, parabéns!
Duas pessoas resolvem se matar, ficam tontos e não sei se são bem sucedidos no plano, pois podem ter voltado atrás.
Elementos fundamentais do microconto:
Técnica — muito boa. Gera inquietação com simplicidade.
Impacto — ótimo. A interpretação dúbia me encantou.
Trama — muito boa. Todo o charme deste conto está do rodopio dos suicidas.
Objetividade — ótima. Palavras concatenadas com perfeição.
Tem cenário, personagens e um relato, então acho que é um conto. Mas é tão curtinho… faltou nos envolver mais um pouquinho e fazer com que a gente sinta os personagens e o momento que eles estão vivendo.
Boa sorte!!
Olá,
Fiquei pensando numa provável ” pegadinha” nesse texto. Imagino que esse suicídio duplo é tipo uma roleta Russa… eles fecharam os olhos, e giraram…e então deram um passo a frente, pode ter sido para o precipício ou pode ter sido no sentido contrário. Uma nova chance, uma resposta do destino que ambos procuraram. Prefiro acreditar que esse dia foi o dia de sorte deles e que a partir dai venham novas perspectivas.
Gostei do texto, das nuances e desse final impreciso. Parabéns.
Quatro linhas expressando os dramas de uma trajetória de amor com começo, meio e fim.
Muito bom!!!
Boa tarde! O conto é super curtinho e deixa muitas pontas soltas, quase que entregando na mão do leitor pra interpretar e finalizá-lo. A situação é como uma roleta russa, é saber que as decisões podem dar certo ou errado: continuar em terra firme ou cair do precipício. Mas como não sabemos quem são as personagens e nem seus anseios, não há como se identificar muito.
O intuito foi esse, mesmo. Não dar detalhe para que todos se identifiquem. Pode ser um homem e uma mulher, dois homens, ou duas mulheres. Duas crianças ou dois adolescentes. Nesse caso, todo mundo por se identificar…
É um ponto de decisão. O risco de queda é grande. Estavam de acordo, pactuados e sem enxergarem outra opção tentaram a sorte. Seria esta a história literal? Bom conto, bem escrito, original e em condições de excitar nossa imaginação. Parabéns e boa sorte.
A sensação que tive foi que aqui houve muitos cortes na história. Tantos que acabou dilacerando qualquer possibilidade de interpretação pelo texto em si. No final, cabe ao leitor especular sem certeza alguma do que de fato aconteceu.
Nada muito para falar sobre o seu conto. A cena por si só não diz muita coisa: não sabemos quem eram os personagens e por que foram até ali e se jogaram. Dá para ir além e imaginar que o conto é sobre o poder da união, sobre como um casal que se ama enfrenta qualquer circunstância juntos, mesmo que a mesma os leve para um precipício; cairão juntos.
Mas era isso mesmo que o autor queria dizer? O conto é tão curto e tão aberto a interpretações que pode ser qualquer coisa.
Escrita: Boa
Conto: Médio.
Olá, você quer matar a gente com o suspense? Terminar o microconto no ponto em que deixou foi uma ótima escolha.
Fiquei morrendo de aflição aqui, por saber que fossem eles quem fossem tinham ido juntos para o tal precipício.
Um excelente microconto, bem curtinho, mas muito significativo.
Um outro ponto original, é que eram duas pessoas indo juntas para esse desconhecido. Geralmente escrevem sobre um personagem só e alguém salvando ele, você fez diferente.
Sua criatividade foi muito bem demonstrada aqui, parabéns!
Olá, Eça, tudo certo? Gostei do conto, por achar que aqui tudo é no sentido figurado e você articulou bem as frases, não extrapolando e nem enfeitando muito. Gostei por isso, mas não foi uma ideia que tenha me empolgado tanto, mas parabéns pelas metáforas. Obrigada.
Gosto muito de contos em que o leitor pode entender de várias formas o desfecho. É o que acontece no seu.
Parabéns!
Oiiii. Um microconto sobre um casal e um precipício que pode ser entendido de várias formas, na minha interpretação ele representa um futuro incerto do qual não se pode fugir, por isso que diz que não tinham mais por onde andar, mas como estavam juntos resolveram o enfrentar juntos. Lembrei de uma frase que diz que um abismo visto de baixo para cima é uma escada para as estrelas, talvez eles encontrassem um novo começo no que parecia ser o fim de tudo. Parabéns pelo texto e boa sorte no desafio.
Olá, Eça.
Aí está um micro pequeno e bem trabalhado quando se trata do conteúdo. Tudo que é retratado pode ser interpretado de diversas formas. Num mundo insólito, por exemplo, pode ser literal, como numa espécie de ritual de casais para a morte, pois não se deixa claro se são jovens ou velhos. Pode ser uma analogia de como alguns casais se jogam em seus relacionamentos, de forma confusa, sem controle, caindo num abismo. Etc, etc, etc.
Pode melhorar um pouco, quando se trata da linguagem. O termo inicial, “os dois”, pode limitar a interpretação do leitor. Pode cortar essa parte, começando com “Chegaram”. Não faria falta e não abriria espaço para alguns questionamentos, como já ocorreu nos comentários. O “suspiraram fundo” acaba ficando estranho, creio que funcionaria melhor como “suspiraram profundamente”. Enfim, são detalhes que podem ser melhorados com o tempo e futuras revisões!
Boa sorte e parabéns!
Olá, Eça! Seu conto parece dizer muito mais do que foi expresso em palavras. Pode ser um casal. Pode ser a razão e a emoção. Pode ser a direita e a esquerda brasileiras. Eu vi essa mesma proposta em alguns outros contos e acho que minha reação vai ser sempre a mesma. Deixar tanto da interpretação na mão do leitor acaba deixando pouco a ser contado de fato. Muita responsabilidade minha ao interpretar, pouca do texto. Não é o tipo de conto que me pega, infelizmente. Peço desculpas. Boa sorte no desafio!
Achei um pouco “enjoativo”. Não sei, dá a entender que se trata de um casal que iria se matar junto. Essa ideia de paixão Romeu e Julieta é um pouco, blergh. Não sei, pelo menos pra mim.
Tem uma certa dramaticidade, a ideia é interessante. Mas é como se eu tivesse comido muito doce depois de ler seu conto.
O que significa “blergh”?
Conto cheio de interpretações. A primeira que me veio a mente é de um casal que decide ir começar um relacionamento apesar de algo muito forte os impedindo, com a certeza de que vai dar merda, mas também pode ser várias coisas. Bom conto!
Roleta russa usando um precipício ao invés de revólver. Doideira. Eu gostei. É bem direto, mas, confesso que fiquei curioso para saber o que os levou a fazer isso. Talvez tivesse gostado ainda mais se soubesse. Boa sorte no desafio!
Apesar de curto, o texto apresenta ótimas metáforas! Adorei!
Conto curto, preciso e certeiro. Revela uma imagem interessante que, de certa forma, traz reflexões sobre a vida, sobre uma jornada imprevisível em direção ao futuro, cheia de incertezas e riscos, que pode levar para o precipício. Só acho que se o(a) autor(a) tivesse colocado outra imagem, mais positiva, na cena, o impacto e a metáfora ganhariam força.
Metáforas a rodo neste conto. Dá para imaginar uma série de motivos pelos quais o casal chegou à beira do precipício. Um precipício imaginário, provavelmente, representando um limite a partir do qual não se sabe o que pode acontecer. Como o amor, por exemplo, que exige de nós um salto no escuro, sem saber o que nos espera. Nesse aspecto o conto ganha pontos, mas eu preferiria algo que desse mais pistas a esse respeito.
Seriam duas pessoas que, sem saída, tomam uma decisão na qual não sabem o que esperar além de saber que o outro estará ao seu lado. Para a morte ou para uma nova vida juntos? Bem escrito. Gostei. Boa sorte no desafio
Olá,
A primeira leitura pode enganar, mas a morte dos personagens não é certa aqui. E é por isso que o micro é muito bom.
Quem disse que o passo adiante, depois de rodarem, foi em direção à queda? Para mim não foi.
Parabéns. Fórmula simples mas bem construída.
Um abraço!
Acho que o fragmento não fornece elementos suficientes para que o leitor elabore uma leitura consistente. Como se trata de um conto bastante despojado de caracterização, parece natural pensar que se trata de uma alegoria, mas mesmo assim… o que significaria o precipício, o ato? A outra opção, a de que não é uma alegoria mas sim um jogo entre duas pessoas, espécie de roleta russa, como disseram abaixo, me parece mais interessante, embora continue um texto enigmático.
Acredito que dentro da linha de Micro contos podemos dividir, os mais interessantes, em dois estilos. Um deles vai dando falsas pistas ao leitor para surpreender com um desfecho inusitado. O outro conta uma história atípica, curiosa ou fantástica, e deixa no seu encerramento uma pulga atrás da orelha do leitor, para que ele pensando sobre aquilo que acabou de ler e o que não leu mas esta ali.
O seu conto com certeza faz parte da segunda opção, e faz isso com muita maestria, a possibilidade deles terem caído ou não, e terem tido esse desejo de estarem ali juntos, caem em um mundo de possibilidades que nos fazem pensar e transportar isso para situações da nossa vida.
Parabéns pelo conto, boa sorte.
Olá!
Lindo e trágico, este conto permite várias interpretações e possibilidades.
Bem estrutura e conciso.
Parabéns!
Nossa!! Amei!! Me deu um frio na barriga imaginar o final!
Texto bem escrito e com margem para preenchermos os espaços que faltaram. Ótimo tema. Parabéns!
Início, meio e fim. Caracterização. Há algum envolvimento com as personagens, o mais próximo disso sendo o detalhe deles estarem de mãos dadas e o gesto sutil de rodopiar antes de pular, denotando, talvez, dúvida e, assim, fazendo o leitor se perguntar se eles vão mesmo pular. Eles pulam. Ou seja, cria-se uma expectativa antes do final, o que serve a um maior… hehe, impacto.
Boa sorte!
Um texto que acaba se tornando maior, pois convida o leitor a preencher os sentidos. Voltar atrás deixou de ser opção e o passo adiante um precipício. Bastante simbólico para os dilemas da vida.
Olá. Eça é quase do Queiroz hein? Uma roleta russa literária com os próprios corpos. Gostei bastante. Texto curto e que diz muita coisa. Inclusive subentende que não caíram ou não se salvaram juntos, já que soltaram as mãos para girar e um pode ter se virado para um lado contrário do outro (mas isso é viagem demais né?). A mensagem ficou, Bom conto.
Os dois juntos? Que tragico…Bastante enigmatico pelo contexto. Se levar em consideração, vivemos todos, na beira do precipicio. Boa Sorte
Giraram e ficaram tontos, depois deram um passo a frente… Mas quando vc gira e fica tonto você perde a noção, então eles podem ter dado um passo a frente para a terra firme ou para o abismo? Final em aberto eu acho legal, mas fiquei meio que sem entender as motivações dessas pessoas, em todo caso, parabéns pelo conto…
Eça de Boa,essa foi muito boa!!! Você deixou um leque aberto para complexas reflexões… Parabéns!!!
Não entendi bem esse conto. Duas pessoas que desafiam a morte. Por que duas? Uma espécie de roleta russa. Qual o motivo que as fez desprezar a vida? São muitas as perguntas. Não vejo nenhuma arte literária aqui. As pessoas se atiram no precipício, e aí? O que as levou a fazer tal coisa? Não há nenhuma sugestão. Se é uma metáfora, não entendi.
É uma metáfora de como muitas pessoas vagam sem sentido na vida, e, às vezes, apenas fecham os olhos e tomam caminhoa aleatórios, já que seus esforços ( de andar de olhos abertos) não lhes traz avanço algum, mesmo que o passo possa levá-los para o abismo. O final aberto é para a diversão do leitor. Será que caíram?
Se o precipício do conto é uma mera metáfora, gostei bastante da ideia. Por outro lado, caso se trate de um precipício real, acredito que o grande problema da sua história é a previsibilidade, desde o próprio titulo. Afinal, porque motivo pessoas caminhariam até a beira de um precipício se não fosse de fato para se jogar? Em todo caso, fico com a primeira alternativa. Parabéns!
Acertou na mosca. Uma metáfora. Há momentos em que não há sentido na caminhada da vida. Chegamos a um ponto no qual não podemos – ou queremos – mais caminhar. No caso, há pessoas que deliberadamente saltariam do precipício. Outras, viveriam como se não houvesse amanhã, despreocupadas com a morte – ou até mesmo desejando-a, secretamente, e fariam o que o casal(?) fez. O legal é a pergunta: qual dos dois morreu? Ou, teriam os dois morrido? Ou sobrevivido? O microconto é uma “metáfora-brinquedo” para o leitor. Ele pode fazer o que quiser com ela, como um cubo mágico. Essa foi minha intenção…
De início, ainda bem que Eça é da Boa. Triste seria se não fosse de Queirós, mas fosse do Queiroz!!!!!!!!
Vamos falar sério. Eu entendi o conto como se o precipício não tivesse a conotação literal da palavra. Seria um limite, aquele extremo onde não há mais estrada para caminharem juntos. Separaram-se, tristes, giraram muito pelo “mundo” (buscaram outros caminhos). Ao final, caíram? Seguiram caminhos diferentes? Ou ficaram novamente de frente um para o outro?
Viajei?! O texto está bem escrito, concisíssimo, e deixa o leitor de cabeça quente. Cada um pensa num final.
Parabéns pelo trabalho!
Boa sorte no desafio!
Abraços…
Romântico, eu o compreendi como dois amantes que se entregam ao amor sem saber o que o futuro os reserva. Gostei!
O interessante do conto é, sem sombra de dúvidas, o desfecho: de olhos ainda cerrados, o passo à frente pode ser para o abismo ou não, uma vez que rodaram e ficaram tontos. Roleta russa. Cabe ao leitor decidir o final. Eu decidi o meu. Parabéns.
Conto meio nonsense. Está bem escrito e cativa atenção. Parece decrever um pacto ou um ritual de morte, seria? O final aberto valorizou o texto. Gostei do pseudônimo. Parabéns e boa sorte.
O micro conto descreve um possível ritual para a morte, mas fica subentendida alguma covardia ao precisarem girar e ficar tontos antes de se atirarem do precipício. Gostei.
Será que eles queriam o suicídio? Eles giraram de olhos fechados. Ao que parece, não sabiam se morreriam ou não. Talves estivessem cansados de caminhar e quisessem uma resposta do acaso. O passo que tomaram pode ter sido de volta para o mundo. E se ambos voltaram para o mundo, será que eles se reencontraram? Será que um deles morreu e o outro sobreviveu? Penso que um microconto serve pra isso. Para gerar perguntas…e bate papos sobre os porquês.
Em tempo: Talvez.
Achei interessante essa releitura de roleta russa. Faz os leitores se perguntarem sobre como é a vida dessas pessoas ou o que aconteceu para chegarem a esse ponto. Eu adoraria ler ao menos uma pista sobre isso.
Finais abertos funcionam muito bem em microcontos, mas creio que ao menos uma informação de algo do passado que influenciaria esse futuro tão pesado enriqueceria a trama.
Boa sorte!
Olá, Eça, cá estou eu envolto na sua narrativa. Realmente, trata-se de um conto intrigante. Uma interpretação ao pé da letra me diria tratar-se do fim da linha, de um pacto de suicídio que se concretiza. Mas me recuso a ficar somente com esta saída meio que literal e simplista. Então, gosto de me indagar o que seria na verdade, metaforicamente, este precipício? O que pode significar os dois estarem de olhos fechados? Que significado tem o estar girando? E este giro se dá sem que estejam de mãos dadas, parece que sim, e aí teríamos uma terceira possibilidade. Uma roleta russa e nessa hipótese mais plausível, caso algum deles tenha parado estando virado para outro lado que não o do precipício, este não terá caído. Da mesma maneira que os dois podem ter se salvo da morte, ou terem morrido no buraco. Bem, gostei da sua história. Abraços
Um casal tem algum problema sem solução fácil e a decisão é o suicídio. Leitura literal, fácil, rápida, segura, sem nenhuma surpresa final, sem emoção. O leitor fica chocado pelos fatos, não pela narrativa. Gostei do pseudônimo.
Parabéns pela participação e boa sorte! Abraço.
Será que eles queriam o suicídio? Eles giraram de olhos fechados. Ao que parece, não sabiam se morreriam ou não. Talves estivessem cansados de caminhar e quisessem uma resposta do acaso. O passo que tomaram pode ter sido de volta para o mundo. E se ambos voltaram para o mundo, será que eles se reencontraram? Será que um deles morreu e o outro sobreviveu? Penso que um microconto serve pra isso. Para gerar perguntas…e bate papos sobre os porquês.
Em tempo: Talvez.
Olá!
Cada um traz sua experiência de vida para a interpretação e seguimos. Refleti por alguns segundo, entretanto dificilmente ficaria encucado com o conto por muito tempo. Não me impacta muito, mas traz alguma reflexão.
Parabéns pelo trabalho.
Caro, conto roleta-russa.
Um problema de linguagem. Em português, um casal formado por um homem e uma mulher é denominado por “aqueles dois”, o que, em seu conto, acaba remetendo a que possa ou não remeter a dois amantes, dois homens ou uma mulher e um homem, mas nunca duas mulheres. Isso, como posto, embora coloque uma dubiedade interessante, restringe – ou melhor, limita a duas possibilidades.
Fica difícil assumir, baseado na narrativa, algum entendimento de que seriam duas pessoas apaixonadas que fazem um pacto qualquer, dois loucos suicidas e tal, sobrando ao observador a cena crua do evento: duas pessoas que resolvem fazer uma grande merda com suas vidas jogando uma roleta-russa na beira do precipício.
O fato é que, um dos dois – qual deles? – ficará vivo para contar a história.
Boa sorte no desafio.
Rodaram e rodaram de olhos fechados. Cairam ou era apenas uma metáfora? Não sabemos o final dessa roleta russa. Bom conto. Boa sorte no desafio.
Muito bom esse final em aberto. Também gosto da ideia de um pacto, onde os dois sofrerão as consequências, diferente da roleta russa original onde só um vai tomar na cabeça. Parabéns e boa sorte.
E se um deles cai e o outro sobrevive? (Cheguei a conclusão de que eles não giraram de mãos dadas já que estavam na beira do precipício, não tem como girar duas pessoas de mãos dadas, elas iriam cair juntas no meio do giro).
Texto simples, sem subjetividade, é apenas um ato narrado .Gostei da forma de escrever. Boa sorte
Muito boa a incógnita. A qual perdura entre uma decisão de vida ou morte em pacto de sangue ou uma brincadeira idiota e de mau gosto como a roleta ruça. Pra que lado terá ido esse passo? Teria sido um passo em falso… Você autor que estava “in loco”, não quer nos contar, após o término do desafio?
Caíram ou o passo foi para trás? muito bom. gostei da duvida.
Olá, Eça, gostei do seu pseudônimo rsrs. Poucas palavras para contar uma história interessante, gostei. Legal o final aberto, que funciona muito bem nos microcontos. Só tiraria a frase “Sem ter para onde andar” totalmente desnecessária pois já disse que caminharam até a beira. Parabéns pela ideia do precipício russo. Boa sorte no desafio.
Sem saída, os dois arriscaram tudo para recomeçar. Bem, a sorte está lançada para a dupla, espero que não caiam no abismo. Boa sorte.
Sem esforço nenhum para tentar entender a subjetividade do conto.
Sem vontade de querer saber o que se pretende com as poucas palavras, mas de ação, coerente sobre os personagens.
Agiram e deixaram no ar, a beira de um precipício o segredo pelo motivo.
Enfim, leitura fácil, rápida, segura mas, como é o objetivo desse tipo de relato, sem um fim. Diga qual, leitor!? Parabéns e boa sorte!
Uma escolha corajosa de deixar o conto completamente aberto e simplesmente não entregar mais nada além de uma cena inconclusiva. Mas essa coragem pode ser um problema também, em vista que a falta de qualquer outro elemento na história, pode deixar ela um tanto quanto vazia para o leitor se importar com o que leu.
Olá, Eça! Primeiro, com esse pseudônimo Eça é da boa pensei que em seu texto teria algo relacionado a maconha. Errei, escolha bem humorada, gostei.
Em relação ao micro, o final dele, mais precisamente, é o ponto forte, gosto de finais abertos em microcontos. O autor deixa para o leitor dúvidas e possibilidades, quem decide o que aconteceu é quem realizou a leitura. Parabéns!
Desejo boa sorte no desafio. Abraços!
Olá, Eça!
Então… O micro é instigante, mas não ao ponto de nos importarmos com os personagens, tem muitas perguntas sem resposta, o limite permitia um maior aprofundamento, não com explicações, mas com desenvolvimento de personagens, pq assim como está não gera a empatia no leitor, ou melhor, em mim. De qualquer forma é um micro instigante…
Parabéns e boa sorte!
Um texto simples e preciso, mas que ainda deixa dúvidas sobre se eles despencaram no abismo ou não. Boa sorte no desafio.
Acho que a dúvida foi a intenção do cara…rs. O precipício é de verdade? Seria uma metáfora? Gostei da provocação.
Adorei o pseudônimo e gostei do texto de linguagem simples e objetiva com boa mensagem.
Quem são os personagens? Mistério! Para qual direção pararam de girar? Se pararam em frente do abismo o destino foi a morte, mas se foi na direção oposta do abismo, qual seria o destino? Novo mistério! Gostei! Parabéns e boa sorte!
Um pacto de morte? À beira do precipício não há como avançar a não ser para a morte. Mas eles giram, e como uma brincadeira, de olhos fechados, dão um passo a frente. Para dentro ou para fora do precipício? Mistério!
Conto que carrega um tom de suspense e terror. Linguagem clara e precisa. Boa sorte!
O micro-conto se desenvolve em uma cena, na qual o fim é indeterminado, aberto………….isso é legal………a aventura transcende limites………..se jogar sem medo………..a falta de um argumento pelo qual estavam ali revela, de alguma forma, a falta de importância de razões…………..
Roleta russa! se eles derem o passo na direção do abismo.. fim dos problemas… as maiores chances sao de q deem o passo em direção de volta à vida..
Gostei!
O conto apresenta duas personagens e nos leva a acompanhar a dinâmica da cena. O passo à frente remete a movimento e busca do novo, já que isso significa vida. O passo à frente simboliza o desafio do novo, a busca pelo extraordinário. Mas não mostra que estão sozinhos. Tem um ao outro.
Fico com Eça.
O absoluto é inevitável, entretanto o abuso do absoluto é cruel para consigo mesmo. Ambos podem ser considerados idiotas. Entretanto, o alvo pode não ser acertando.
Boa sorte!