EntreContos

Detox Literário.

O Suplício de um Deus (Fil Felix)

 

A Sala Dourada, o cárcere privado de Omthy, mergulhada no cheiro dos incensos de cravo e canela. As Venyusas em êxtase, dançando e contorcendo-se pelo quarto quente e abafado. As janelas fechadas e cobertas por pesadas cortinas, tapetes vindos de toda a Índia forrando o chão. O suor pingando do corpo das mulheres. No centro, uma cama baixa e redonda, sob uma pilha de almofadas coloridas, abrigando a divindade azul que não era homem nem mulher, aquela que auxilia na geração da vida no Reino de Komdira. Ela está em dor, com contrações pelo parto que está prestes a dar. O suor febril escorrendo pela testa ovalada e opaca e, entre suas pernas, o líquido sagrado deslizando pelas coxas, de um vermelho vivo, pingando e manchando os lençóis, formando um rastro até o chão. Do líquido misterioso surge uma vegetação verde e brilhante, criando o botão de lótus que, ao abrir-se, revela um fruto alaranjado e suculento. O líquido, então, resseca e transforma-se num cordão umbilical.

Maravilha”, alguém exclama ao fundo, a figura envelhecida de um homem em trajes reais, escorada na porta da Sala Dourada. Um idoso, carregando uma pesada coroa de diamantes negros na cabeça e uma tesoura de ouro numa das mãos. Shibat, o Rei de Komdira. Ele caminha até a criatura, cortando com a tesoura o seu cordão umbilical, retirando o fruto e o levando ao nariz, sentindo seu aroma adocicado. Shibat morde o fruto, se lambuza com sua seiva, que escorre pelos cantos da boca. Aos poucos cada ruga de seu rosto, cada músculo flácido do seu corpo, todas as marcas causada pelo tempo são curadas como uma doença. Shibat rejuvenesce e volta a ser o mais belo Rei de toda a Índia. Pela fresta de uma janela, a cidade de Komdira perde seu brilho e sua cor, sucumbindo à vaidade do seu governante. Essa era a rotina de Shibat e Omthy a cada ciclo lunar.

 

***

 

Muitas luas atrás o Reino de Komdira vivia em abundância, com fartura de comida e água, suas maravilhas eram narradas nos versos dos poetas e pelas notas dos músicos, agradecendo a criatura conhecida pelo povo como Omthy, um ser misterioso e pouco visto, considerado o guardião e o grande deus da vida na região, enviado pelo próprio Brahma. Era a ele que os enfermos oravam pedindo por cura e as esposas clamavam por um filho. O Rei Shibat de Komdira possuía a fama de ser o maior colecionador de animais silvestres de toda a terra conhecida, abrigando em seu palácio exemplares das espécies mais raras e exóticas já catalogadas. De leopardos a rinocerontes, aquários gigantes com peixes vindos das profundezas, todos vivendo nas Salas especiais do palácio. Numa de suas caçadas pelas densas florestas em torno da cidade, Shibat encontrou dormindo o próprio Omthy. Com o apoio de sua conselheira e conhecida feiticeira local, conseguiu aprisionar a divindade. Em partes graças à sua natureza pacífica e humana. Desde então, ele a mantém sob os efeitos do transe das Venyusas, as dançarinas espirituais.

Com a primeira Lua Cheia após a captura, Shibat descobriu que Omthy gerava um estranho fruto que rejuvenescia todas as células do corpo de quem o consumia. Temendo ser descoberto por outros reis e pelo próprio povo, a trancafiou na Sala Dourada e assassinou sua conselheira. Servindo à sua vaidade, a cada ciclo lunar visitava-a e provava da juventude eterna. Com o passar do tempo, porém, a abundância de Komdira passou a diminuir: menos peixes nos rios, colheitas menores, cidadãos inférteis, doenças se espalhando. Sem o fluxo de vida gerado e guardado por Omthy, o Reino morria. E o próprio corpo de Shibat sentia o peso dos anos, envelhecendo cada dia mais rápido, com a beleza da juventude durando cada vez menos tempo.

Com as crises que a região passava, era comum as reclamações dos habitantes, as inúmeras visitas de ministros tentando marcar reuniões com o Rei a fim de resolverem a situação. Shibat, entretanto, não conseguia se concentrar nos problemas, nas falas dos seus empregados ou em qualquer outra coisa que não fosse o medo de ver a pele envelhecer a qualquer momento. A fronteiras foram fechadas, o comércio com outras regiões foi cancelado. Sempre dispensava todos, quando não os enviava para a forca. Com a ausência da vida, a morte tornou-se um evento recorrente em Komdira. E Shibat divertia-se ao ver todos sucubindo à idade e à doença, enquanto ele próprio se alimentava do fruto da vitalidade.

 

***

 

Para sua surpresa, porém, numa manhã em que se preparava para a colheita em Omthy, o Rei recebeu uma visita inusitada: a rainha de uma terra distante exigia uma conversa com Shibat. Apesar das suspeitas iniciais, a enorme comitiva que acompanhava-a não deixava mentir: carrocerias ornamentadas, cavalos com elmos prateados, elefantes pintados, jacarés em coleiras, entre inúmeros ajudantes mergulhados na opulência. Com receio de iniciar uma intriga, ele aceitou sua exigência e abriu as portas do palácio. Após as devidas boas-vindas e taças de vinhos, a mulher apresentou-se por Belith. “A fama de sua coleção de animais exóticos e de sua beleza percorre todo o continente, caro Rei Shibat. Como pode ter reparado, já estou com a idade avançada. E também possuo uma coleção de animais que gosto de exibir por onde quer que eu vá.

O tom brando na voz de Belith apaziguou os ânimos do Rei, além de servir para o crescimento e inflação do seu ego. “Dou-lhe o que for preciso, o que quiser, para dizer o segredo que o mantém tão jovem e belo”, disse Belith, mas Shibat riu da situação. Não era a primeira vez que tentavam descobrir sua fórmula da juventude. E como fez com quem tentou antes, negou veemente. “Minha cara Rainha, que veio de terras tão longínquas, esse segredo será enterrado comigo. E como pode reparar, isso levará a eternidade!”.

Mas Belith não deu-se por derrotada tão facilmente. Logo que percebeu que Shibat não cederia, pediu para seus ajudantes, que a acompanharam por todo o percurso, todos em vestes púrpuras, que trouxessem uma enorme caixa coberta por um tecido aveludado. “Não peço que divida sua fórmula comigo. Acredite, eu gosto da ideia de morrer e poder renascer numa nova história. Queria apenas saber como que consegue essa façanha. Sua fama me deixa intrigada!”. Fazendo um sinal com a mão, seus ajudantes retiraram o veludo e revelaram uma ave incrivelmente bela aprisionada, com penas de dois metros de comprimento, reluzentes, que brilhavam em contato com a luz do sol que vinha das janelas do palácio. “Em troca de contar-me seu segredo, darei-lhe este lindo Garuda, umas das criaturas mais raras e cobiçadas em todo o mundo, um ser sagrado. Que com toda a certeza o senhor não possui em sua coleção.

O Rei Shibat foi arrebatado com a visão da ave, arregalando os olhos e se impressionando com a visão multicolorida do bicho. E pela primeira vez em anos, decidiu por mostrar o seu segredo. Mais pelo fato de exibir à Rainha que não, não possui um exemplar de Garuda, mas algo muito mais raro.

Os dois entraram na Sala Dourada. De um lado, Shibat enchia a boca de orgulho e presunção ao falar da incrível caçada que resultou na captura da mais incrível das criaturas, da façanha que o tornava o único homem na terra detentor de um deus. Do outro lado, Belith não conseguia disfarçar uma surpresa, rodeando o corpo de Omthy, que de longe se assemelhava a um menino. Aproximou-se do prisioneiro, riu e assobiou. Em instantes todo o quarto entrou numa profunda escuridão, ficando apenas Belith e Omthy iluminados, como se possuíssem um brilho próprio. “Não acredito que esteja aqui”, disse a Rainha estrangeira, tirando Omthy do seu transe. “Belith? Salve-me, por favor…”, ele respondeu, pausadamente, retomando o fôlego a cada palavra. “Ah, meu caro. Minha especialidade não é salvar, como bem sabe. Curioso, a cada ciclo lunar o querido Rei Shibat surge em minha lista, ele deveria ter morrido há anos. Estou sempre a sua espera, mas nunca faz a passagem. Não aguentei e por isso vim até aqui, trazendo um Garuda a fim de descobrir como ele é capaz de enganar a própria morte.

Omthy conseguiu levantar-se um pouco e segurou nas mãos da mulher. “Por favor… eu sinto a cidade morrendo, sinto a vida sendo tirada de mim. Assim como a vida do povo. Escuto suas preces e não posso ajudá-los.” Belith, por outro lado, soltou uma gargalhada. “Claro que sem vida não há morte. Mas não posso interferir nos assuntos humanos e ceifar a existência do seu carcereiro. Não diretamente, claro. Sendo assim… me dê a vida de Shibat que seu infortúnio cessará!”.

As primeiras contrações do dia tomaram conta de Omthy, indicando o fruto que geraria mais tarde. O que antes era feito com amor e felicidade, nutrindo a terra de Komdira, tornou-se um suplício. “Não posso fazer isso…”, ele respondeu. “Ah, pode sim. Hoje é o grande dia, pequeno deus da vida, enviado de Brahma. O dia que Shibat deveria ser levado por mim aos braços de Shiva, porém ele comerá do seu fruto mais uma vez. Então deixe-me experimentar um pouco da sua carne, provar de sua vitalidade, enquanto experimenta minha matéria. Você é o dois em um. Junte-se a mim e gere um fruto diferente.”

O peso das lamentações, da dor e da infelicidade inundaram o coração de Omthy. Pelo povo de Komdira, somente por eles, o deus da vida se uniu à deusa da morte, sentindo os dedos gelados tocando sua pele, o calafrio e a sensação de início e término de um ciclo.

Como num segundo, a Sala Dourada voltou a ser iluminada, com as Venyusas dançando, o incenso no ar e o calor abafado fazendo todos suarem. O Rei Shibat continuava a gabar-se de ter enganado o universo, de ter em suas posses um deus. De volta ao transe induzido das dançarinas, Omthy entrou em seu processo de floração, sentindo as contrações em todo o corpo, deixando escorrer o líquido da vida, como um rio de águas calmas. O botão da lótus abriu e revelou um fruto diferente, mais opaco, sem o brilho alaranjado de sempre. O Rei estranhou a princípio, abaixando e analisando de perto, com uma expressão de dúvida no rosto. Mas não deixaria sua convidada sem ver o espetáculo que a natureza lhe concedera. “Vê essas marcas em meu rosto, essas rugas que teimam em aparecer? Em instantes elas sumirão e serei jovem de novo por mais um ciclo.” Ele tirou a tesoura de ouro do bolso e cortou o cordão umbilical que se formara, arrancando o fruto, mordendo-o com ferocidade.

Passado alguns instantes, o velho Rei permanecia o mesmo. “Que estranho, não costuma demorar tanto…”, ele se indagou. Indo para um canto do quarto, procurou por um espelho de mão e horrorizou-se ao olhar para a própria face. As rugas e a pele flácida estavam cada vez mais fortes. Sua mandíbula começou a desprender-se, os ossos das pernas ficaram fracos, não aguentando o peso do corpo e levando o Rei abaixo. A dor aguda de tantos anos acumulados veio como um golpe. A sentença de Belith, representante da dança mortal de Shiva, estava dada.

Assustadas, as Venyusas correram para fora da Sala Dourada. Shibat contorceu-se de dor, enquanto sua própria carne aos poucos virava pó, varrido pelo sopro da deusa da morte. Entre as vestes caídas ao chão, Belith retirou uma pérola negra e reluzente. Mais uma para a sua coleção, sua verdadeira coleção. Com a ausência dos efeitos das dançarinas, Omthy saiu de seu suplício e observou o quarto à sua volta, o carcereiro finalmente encontrara seu carma. Levantou da cama e viu a cidade pela fresta da janela. Sentiu as preces de homens e mulheres, a vida retomando seu fluxo natural. Perdera a inocência e gerou um fruto infértil, mas concedeu o livramento ao povo, retornando à floresta e aos versos dos poetas.

18 comentários em “O Suplício de um Deus (Fil Felix)

  1. Leandro Soares Barreiros
    29 de março de 2019

    Rei encontra divindade em uma floresta e a aprisiona. Descobre que pode tomar para si a energia que a divindade utilizava para proteger o reino. No final, a divindade é “resgatada” por outra, sua oposta.
     
    Oi, autor. Começo pelo o que não me agradou na história: a informação é oferecida de maneira gratuita e deveras expositiva. Talvez a opção tenha se dado pela dificuldade de incorporar as informações na história por conta da quantidade de palavras. Mas o fato é que se tira um pouco da diversão do texto, já que o leitor perde a possibilidade de juntar as peças aqui e ali.
     
    Ora, toda a primeira parte da história, até a chegada de Belith, é basicamente uma exposição do mundo e de suas regras. Em um texto tão curto a narrativa acaba se perdendo. Senti como se precisasse ler um manual para então conhecer a história, aí quando chego na história (que por sinal é interessante) o limite de palavras já está acabando, então nem posso aproveitar tanto.
     
    Como positivo, destaco que toda a primeira parte do texto demonstra um excelente World Building. A imagem troca entre Belith e Omthy, com uma se alimentando da outra é interessantíssima, tanto simbólica quanto imageticamente.
     
    A premissa toda do conto também é muito interessante. A ideia de se capturar um deus, dele ter uma graça única, mas também limites e fragilidades é muito boa. A troca do benefício do seu fruto, do reino para uma pessoa também é um diferencial. O que pegou mesmo para mim foi o exagero de exposição.
     
    Se puder fazer uma sugestão:
    “Não peço que divida sua fórmula comigo. Acredite, eu gosto da ideia de morrer e poder renascer numa nova história. Queria apenas saber como que consegue essa façanha. Sua fama me deixa intrigada!”. 

    Ela estava sendo sincera aqui? Não conheço muito da mitologia em questão para saber se deuses também renascem, especialmente a deusa da morte. Se sim, tudo bem, mas se não, seria interessante trocar a frase por algo verdadeiro que servisse como prelúdio para a revelação final. “Acredite, a morte não me preocupa”, ou qualquer coisa assim.  
     
    No mais, uma boa premissa, criativa, com imagens bem construídas, mas que perde pontos por conta do número excessivo de informações. Recebe 3 o um anéis.

  2. RenataRothstein
    27 de março de 2019

    Conto de fantasia onde um Deus hindu é capturado por um rei que se recusa a envelhecer e morrer, ou seja, o ciclo natural da vida.
    Através da visita de outras deusa, a deusa da morte, a divindade é liberta, causando a morte de seu algoz.
    Gostei. A mitologia hindu me fascina, as características de suas divindades, que podem ter várias facetas, também.
    Bonito e bem escrito!
    Parabéns e boa sorte!

  3. Priscila Pereira
    26 de março de 2019

    O Suplício de um Deus (Rogan)
    Sinopse: Um rei de um dos reinos da Índia conseguiu capturar, colocar em transe e aprisionar uma divindade que a cada ciclo lunar paria um fruto que rejuvenescia quem dele comia. A deusa da morte, intrigada com a longevidade do rei, se fez passar por uma rainha de uma terra distante e conseguiu que o rei lhe contasse seu segredo. Quanto entrou em contato com a divindade prisioneira, ela alterou seu fruto para poder colher a alma do rei. O rei comeu o fruto alterado pela morte, morreu, e a divindade ficou enfim livre para poder gerar vida para o reino.

    Olá autor(a)!

    Seu conto é muito interessante e original. Acho que é o primeiro com esse tema que eu leio aqui. Muito bom! A história é boa, os personagens são verossímeis, está bem escrito e ambientado, é bem colorido e rico em descrições. Parabéns!
    Essa frase ficou bem estranha:
    “Ela está em dor, com contrações pelo parto que está prestes a dar. “
    Um pequeno erro de digitação:
    “A fronteiras foram fechadas”
    Boa sorte no desafio!

  4. Fabio D'Oliveira
    24 de março de 2019

    O corpo é a beleza, a forma, o mensurável, o moldável. A alma é a sensibilidade, os sentimentos, as ideias, as máscaras. O espírito é a essência, o imutável, o destino, a musa. E com esses elementos, junto com meu ego, analiso esse texto, humildemente. Não sou dono da verdade, apenas um leitor. Posso causar dor, posso causar alegria, como todo ser humano.

    – Resumo: Rei Shibat goza da vida eterna. Enquanto todos envelhecem e morrem ao seu redor, ele permanece jovem. Em seu palácio, prende inúmeros animais exóticos. E seu maior troféu está escondido na Sala Dourada. Omthy, um pequeno deus da vida, que nutria a região que agora morre aos poucos. O rei recebia visitas constantes de curiosos, mas nunca revelava seu segredo, mas tudo mudou quando Belith, uma rainha de terras longínquas, apareceu e ofereceu uma bela Garuda em troca do segredo de sua juventude. Impressionado com a ave majestosa, Shibat revela Omthy e seu fruto da vida. Acontece que, infelizmente para o rei, Belith era uma deusa da morte. E ansiava pela sua alma. Une-se, por instante, ao pequeno deus aprisionado e gera um fruto da podridão. Shibat come, numa tentativa de impressionar a rainha, e é acometido pela velhice num golpe só. Belith vai embora com seu prêmio. E Omthy se vê livre, pronto para nutrir a terra de Komdira novamente.

    – Corpo: Gostei muito da forma como você escreveu esse conto. A leitura é leve, até natural, diria, e a narrativa possui um tom épico e lírico, lembrando muito uma lenda autêntica. A única coisa que desfoca essa tonalidade são os diálogos. Acho, sinceramente, que poderia ter ficado melhor se você contasse a história inteira, com detalhes do que os personagens discutiram e sentiram, mas sem os diálogos. Combina com esse tipo de história. Na verdade, encarei isso como uma falha, pois a qualidade cai um pouco quando você começa a mostrar a história, meio que tira o transe da leitura, pois as mudanças são inevitavelmente bruscas. Fora isso, a escrita se mostrou impecável, para mim. Não encontrei nenhum erro e a leitura fluiu naturalmente, um feito que ganha muitos pontos comigo.

    – Alma: A moral da história, por assim dizer, já foi abordada incansavelmente na literatura. Em resumo, trata-se do egoísmo do ser humano. Shibat rouba a vitalidade de seu reino para manter sua juventude e adicionar um belo troféu pra sua coleção. Ele é egóico em todos os pontos do conto. A forma que a história é contada é boa, com execução de qualidade, pecando apenas em alguns pontos, que já expus acima. Você narra essa lenda com tanta propriedade, com tanta firmeza, que, sinceramente, acreditei que já existia e talvez estava diante uma releitura. Fui até pesquisar e se existe algo do tipo, bem, não achei. Isso é um baita elogio que posso te dar! Parabéns!

    – Espírito: O tema abordado é fantasia. Senti falta de uma ambientação melhor, pois temos contato com as entidades e um animal mitológico, apenas, e o ambiente em si não me transmitiu uma imagem fantástica. Imaginei tudo muito colorido, bonito, mas queria ter visto um pouco mais sobre esse mundo. Talvez apresentar outras seres mitológicos da coleção do Rei Shibat. Mas posso te dizer uma coisa: você é um autor sensível. Apesar de todas as falhas que citei, pequenas, por sinal, seu conto me proporcionou uma leitura agradável e apreciável. Obrigado por isso!

    – Conceito: Platina!

  5. Tiago Volpato
    22 de março de 2019

    Resumão:

    Em um reino, o rei safadão tranca uma divindade para consumir suas crias, frutas que o fazem ser jovem e ter a tão sonhada vida eterna.
    Depois temos um flashback, mostrando como o reino era supimpa, cheio de flores e vida e como o rei deu um grandessíssimo dane-se para tudo isso e ficou obcecado pela divindade que capturou certo dia na floresta e fez prisioneira (respira). Tudo que ele se importa agora é em ser jovem e eterno e o resto que se dane!
    Certo dia uma rainha aparece querendo saber porque o rei não envelhece e morre como todo mundo. Ela oferece uma criaturinha bonitinha e o rei, falastrão, dá nos dentes e resolve mostrar o deus para rainha, mas aí vem o plot twist, a rainha na verdade é a deusa da morte que quer saber como o rei safadão consegue escapar dela. Ela se une com o deus aprisionado (que é o deus da vida) e ambos criam uma fruta especial para o rei, que ao comer fica velho e finalmente bate as botas.

    Considerações:

    Texto muito bem escrito, rico em detalhes. Legal a abordagem da mitologia indiana que a gente não vê muito por aí. A história foi bem construída, só achei que o uso do flashback podia ter sido evitado e ficado uma história linear mesmo, na minha opinião achei ele desnecessário, para mim o texto deu uma caída com essa quebra da estrutura narrativa, mas como eu disse, é opinião minha, talvez esteja falando besteira. Enfim, gostei do conto, funciona como uma lenda, nesse aspecto você conseguiu construir bem. Como ponto negativo, achei ele pouco criativo, o texto é tecnicamente muito bom, mas achei que faltou alguma novidade para fazer o texto ter maior destaque.
    Por exemplo, a parte que o rei resolve mostrar o deus pra deusa da morte, achei um pouco forçada, só pra fazer a história chegar no fim, porque depois de tanto tempo ele resolve entregar seu segredo assim por causa de um animal raro? Você podia ter achado uma saída mais crível.
    Enfim, o texto funciona muito bem pro desafio. E merece uma boa nota.
    Abraços!

  6. Pedro Paulo
    20 de março de 2019

    RESUMO: Um rei captura o Deus da Vida e o exaure para manter a própria juventude, ao sacrifício do seu reino. Visitado por uma rainha, é convencido a levá-la até a sua fonte, sem chegar a descobrir que se tratava da Deusa da Morte. Reencontrados, os dois deuses discutem sobre aquilo e decidem se juntar para derrubar o rei, ainda que para o desgosto do Deus da Vida. Juntos, concebem o fruto infértil que devolve o rei à sua verdadeira idade, matando-o e libertando o Deus da Vida, que encerra a história olhando o rejuvenescimento devido do reino

    COMENTÁRIO: Há pontos específicos que merecem ser comentados no conto. A escrita flui e as descrições dão um entendimento das imagens retratadas. A ambientação intriga bastante, recorrendo à mitologia indiana, o que demonstrou o comprometimento do autor ao nos ilustrar algo que não é comum, pelo menos para mim, que venho percebendo cada vez mais o meu fraquíssimo contato com o Oriente.

    A narrativa é coesa, bem fechadinha, mas acredito que nela cabe uma crítica, pois a história não tem um protagonista bem definido, tendo mais uma “situação” a ser resolvida. De modo algum advogo pela perspectiva em que é necessário um personagem central para que o enredo prenda o leitor, mas o que denoto aqui é que o conflito da história não deixou muito espaço para surpresas. Tudo se resume aos excessos do ego de um homem, que demonstrado unicamente por esse traço, fica como um personagem a ser “resolvido”. Isto é, lê-se o conto esperando apenas quando e como o Rei terá o que merece, de modo que o final fique um pouco previsível. O modo como a narrativa progride traz a reviravolta da rainha, do encontro entre os deuses, mas deve ser o ponto alto da trama, sem mais nada que verdadeiramente surpreenda ou entusiasme, a história resumindo-se mesmo à chegada do “carma” do Rei.

    De todo modo, a história ainda se dá consistentemente. Boa sorte!

  7. Fheluany Nogueira
    19 de março de 2019

    O Deus supliciado é Omthy, que a cada ciclo lunar, gerava um fruto, que mantinha jovem o rei Shibat, de Komdira; por isso é aprisionado, sob os efeitos do transe das dançarinas espirituais. A fartura anterior do reino, assim como o rejuvenescimento do rei, passou a diminuir com a prisão da divindade azul. A morte tornou-se corriqueira. Até que apareceu Belith, idosa rainha que também colecionava animais raros e queria saber do segredo de Shibat, para manter a vitalidade, em troca, daria a ele uma ave sagrada. Belith era a morte, que ajudaria Omthy a se libertar, se lhe entregasse o rei. Morte e vida se juntaram para gerar um fruto diferente que matou o rei e fez a vida, no reino, retomar o fluxo natural.

    A narrativa é madura, consciente, com ares de fábula, cuja lição de moral é “a morte não pode ser enganada”. Fantasia? Simbologia? A inquietude da vida é construída num clima que traz o sentimento do escorrer do tempo, com uma sensibilidade repleta de sutilezas, de fenômenos sobrenaturais, mágicos, vagando por sensações e condições impostas.

    As imagens de vida e morte são exploradas de forma cativante, emotiva, desde o título. A graduação dos fatos serve para provocar sentimentos crescentes, sem se prender a detalhes descritivos ou narrativos de cenas impactantes e, sim, à dinâmica extensiva do texto. O final feliz traz uma mensagem de esperança.

    Dica: “Shibat morde o fruto, SE lambuza” – não iniciar oração com pronome átono.

    Parabéns pela premissa e pela técnica! Um dos favoritos. Abraço!

  8. Gustavo Araujo
    18 de março de 2019

    Resumo: rei hindu aprisiona uma entidade mística cujo fruto lhe concede a juventude eterna; o problema é que a sanha pelo fruto termina por relegar o reino à miséria.

    Impressões: o autor usa muito bem um tema recorrente na literatura, a busca pela juventude, para tratar de cobiça, de sacrifício, de egoísmo, de resignação. São temas universais e que por isso conseguem atrair muitos leitores. A maneira como o conto está escrito também colabora para que a trama se mostre instigante, já que o autor passeia muito bem entre as diversas nuances, inclusive no apelo levemente erótico que domina a primeira parte. A atmosfera indiana muito bem criada é outro fator positivo, o que me faz pensar que houve aí um ótimo trabalho de pesquisa, pois eu me senti perfeitamente presente às sessões, digamos, de concepção do fruto. Em outros pontos, porém, a leitura se tornou um tanto pesada, algo enfadonha, talvez por conta do excesso de descrições, mas o bom ritmo do início foi recuperado quando do arremate do texto. Acima da média, é um conto que merece parabéns. Boa sorte no desafio.

  9. Jorge Santos
    17 de março de 2019

    Resumo: conto de inspiração hindu, onde rei guarda para si entidade que antes dava a vida ao reino. Metáfora bem idealizada sobre a morte e a vida, ou o bem e o mal, sendo que aqui o mal surge para resolver o problema da vida. Narrativa segura, com um bom equilíbrio entre momentos descritivos e narrativos, que sabe prender o leitor. O(a) autor(a) está de parabéns e que venham mais iguais.

  10. MARIANA CAROLO SENANDES
    14 de março de 2019

    Resumo: Shibat era um rei que mantinha presa uma criatura divina, com o objetivo de manter-se sempre jovem, mesmo que custasse o seu reino. A chegada de uma ilustre visitante fará com que um novo fruto nasça. Acontece a libertação de um povo.
    A ideia do texto é legal, utilizar a mitologia hindu. Fui procurar os nomes em busca de significados e histórias que eu não conhecia… A cena inicial me pareceu a descrição de uma pintura, de tão marcante que foi. A fantasia está presente nas descrições mágicas dos frutos da vida e da união entre o deus da vida e a deusa da morte. Porém, o final me decepcionou. Não que ele esteja ruim, mas não teve o mesmo ânimo e expressão que o começo. Um segundo olhar mais carinhoso do autor cabe para um texto tão cheio de estilo (que cansou um cadinho as descrições, mas eu reconheço que coube na proposta e foi bem empregado). Parabéns pelo texto!

  11. Luis Guilherme
    12 de março de 2019

    Boa tarrrde! Td em paz?

    Resumo:

    Rei, embriagado pelo desejo de juventude, aprisiona entidade capaz de gerar um fruto que o mantém jovem. Seu reino, carente das bênçãos da entidade, começa a perecer e definhar. O Deus da morte decide investigar o motivo do rei nunca morrer, e com uma artimanha, consegue ceifar o sapequinha do rei.

    Comentario:

    É um bom conto. A história é boa e envolvente, e rapidamente me cativou. Me lembra um pouco a estrutura das histórias antigas indianas, mesmo, você conseguiu reproduzir bem. Me lembrou o estilo de parábola e anedota muito usado em textos do budismo, brahmanismo e hinduísmo, que usavam muito esse recurso.

    Me pareceu, inclusive, uma metáfora ao nosso próprio governo, que cego pela ganância, suga para si toda a riqueza, deixando o povo perecer na miséria.

    Enfim, divagações à parte, é um conto bom, com uma escrita competente e segura e fluidez. O único porém, para mim, é o final, que além de meio previsível, careceu de algum conflito ou clímax. Achei que tudo aconteceu muito rápido e fácil.

    Os personagens são muito bom, bem construídos e retratados, e gostei da ambientação, também.

    Enfim, um conto bom em muitos aspectos, de leitura agradável e que abre espaço para interpretações metafísicas, mas que ao meu ver perdeu um pouco com o fim sem alguma emoção ou conflito.

    Parabéns e boa sorte!

  12. Fernando Cyrino
    4 de março de 2019

    Caro, Rogan, você me apresenta uma fantasia calcada no sonho humano, desde todo o sempre, da eterna juventude. O rei que aprisiona um deus que lhe gera a cada mês um fruto mágico que lhe repõe a energia, a vitalidade e a juventude enfim. Só que comendo dessa fruta, ele gerava um efeito colateral terrível. O reino perdia a vida que ele ganhava. Tudo ia assim, o rei novo (apesar que o seu ciclo juvenil cada vez passava mais rápido) e o reino em pandarecos. Isto até que ele é visitado pela deusa velha que lhe traz a morte. E o rei, em seu orgulho, acaba contando para ela o seu segredo. Em conluio com o deus aprisionado pelo rei ela ajuda a que gere um fruto diferente, estéril, poderíamos supor e, de imediato, o rei perde toda a sua vitalidade e, de uma vez, ganha a velhice que tentava atrasar. Sem dúvidas, Rogan, que você cumpre bem o tema. Traz-me uma fantasia. Tem bom uso do idioma, apesar de que precisa rever algumas ênclises e uso de expressões. Achei que “dar o parto”, por exemplo, ficou um tanto estranho. Apresenta uma técnica literária legal, sabe contar uma história e gerou uma trama criativa em sua simplicidade. O impacto da sua história, caro Rogan, não foi alto. Classifico-o como mediano. Recebe o meu abraço.

  13. Rafael Penha
    3 de março de 2019

    RESUMO: Um ambicioso rei aprisiona um deus para se servir do fruto da vida eterna em detrimento do sofrimento do povo e da vida da cidade, que definha sem o deus. A deusa da morte visita o Rei para descobrir seu desejo e, em conluio com o deus cativo, sabotam o fruto da vida eterna para fazer o rei pagar pelo seu ato.

    COMENTÁRIO: Um conto extremamente belo. Bem narrado e descrito. Com uma narrativa fácil e fluída, sem deixar de lado o tom lírico que o enredo exige. Uma verdadeira história mitológica. A gramática é excelente, os personagens não são muito desenvolvidos, mas é algo típico neste tipo de história. O enredo é lento, mas não chato e leva ao final esperado, mas nem por isso, ruim. Gostei muito!

  14. Givago Domingues Thimoti
    2 de março de 2019

    O Suplicio de um Deus
    Caro(a) autor(a),

    Desejo, primeiramente, uma boa primeira rodada da Liga Entrecontos a você! Ao participar de um desafio como esse, é necessária muita coragem, já que receberá alguns tapas ardidos. Por isso, meus parabéns!

    Meu objetivo ao fazer o comentário de teu conto é fundamentar minha nota, além de apontar pontos nos quais precisam ser trabalhados, para melhorar sua escrita. Por isso, tentarei ser o mais claro possível.

    Obviamente, peço desculpas de forma maneira antecipada por quaisquer criticas que lhe pareçam exageradas ou descabidas de fundamento. Nessa avaliação, expresso somente minha opinião de um leitor/escritor iniciante, tentando melhorar, assim como você.

    PS:Meus apontamentos no quesito “gramática” podem estar errados, considerando que também não sou um expert na área.
    RESUMO: “Suplicio de um Deus” aborda, com aquele clima de lenda que seu avô ou avó conta na nobre missão de transmitir os conhecimentos, a narrativa sobre a ganância do Rei Belith.

    IMPRESSÃO PESSOAL:CONTAÇO com letras maiúsculas, garrafadas. Não sei se vou conseguir reproduzir o quanto gostei desse conto.
    Primeiramente, o autor foge dos espaços tão usados. A cultura oriental é bastante rica e esquecida pelos ocidentais. A Índia possui um lindo background, poderosíssimo e inexplorado. E, com muita competência e habilidade, o escritor conseguiu trazer com uma habilidade maestral.

    PARABÉNS!!

    ENREDO: Um enredo que ouso dizer, beira a perfeição. Ótimo, bem desenvolvido, com construções de cenas belíssimas e fidedignas ao pouco que conheço das divindades indianas. A leitura é fluída, prendendo a atenção do leitor.
    GRAMÁTICA: Nada a destacar
    PONTOS POSITIVOS:
    • Um conto que usa competentemente um espaço diferente. Foi ótimo ler algo diferente, com muita qualidade.
    • Técnica de escrita muito apurada. ME ENSINA A ESCREVER ASSIM, POR FAVOR!
    • Leitura fluída e enriquecedora.
    PONTOS NEGATIVOS
    NENHUM

  15. Matheus Pacheco
    28 de fevereiro de 2019

    RESUMO: conto de Fantasia Medieval com um tom árabe (?) onde um rei conseguiu capturar um ser com habilidades Majestosas de conceder vida e de regenerar a vida semanalmente. Tudo isso acarretando a um conflito com outro reino acarretando na morte do Rei aprisionador pela própria ação do tempo e da Deusa da Morte vindo busca-la.
    Comentário: Eu percebi uma pequena, só pequena, influência do filme “Apóstolo” da netflix, filme muito bom por sinal, onde há um lugar que há um tempo atrás havia sido fértil e generoso e com o tempo de enclausuramento do Deus/Deusa da Natureza aos poucos foi ficando salgado e infértil.
    Um ótimo Conto e um abração

  16. Regina Ruth Rincon Caires
    28 de fevereiro de 2019

    O Suplício de um Deus (Rogan)

    Resumo:

    Shibat, o Rei de Komdira, busca a juventude perpétua. Para conseguir a proeza, mantém Omthy, uma divindade que ele encontrou na floresta. Omthy vive sob os efeitos do transe proporcionado pelas dançarinas espirituais (Venyusas). A divindade gera um fruto que é parido na Lua Cheia. Este fruto, devorado pelo Rei, transforma a pele flácida e as rugas em pele saudável. Esconde o envelhecimento. O parto é extremamente doloroso para Omthy. Enquanto o Rei fica mais moço, o reino vai morrendo, as pessoas adoecendo, a natureza se desfazendo. Então aparece Belith, uma rainha de terra distante (que na realidade teria a missão de levar o Rei para os braços de Shiva, para a morte). A rainha pergunta ao Rei qual era o segredo daquela vitalidade e ele não quis responder. Então, como ela sabia que ele era apaixonado por animais e aves exóticas, ofereceu a ele uma espécie tão rara que ele se dispôs a falar. O Rei levou a rainha para a Sala Dourada, onde vivia Omthy, como se fosse um segredo. A rainha e Omthy eram velhos conhecidos e tramaram a morte do Rei. Depois de executado o plano, Rei morto, a natureza se refez, o reino reviveu. Tudo voltou à normalidade.

    Comentário:

    Um enredo interessante, inovador. A fantasia está muito bem reproduzida, a estrutura bem dividida. Muito bem narrado está o parto do fruto e muito bem construída está a imagem da expectativa do Rei.

    Agora, o texto necessita de uma acurada revisão. A começar da pontuação, indo pela colocação pronominal, concordâncias verbal/nominal e ortografia. Parece-me que há vários e constantes deslizes na escrita. A leitura fica truncada quando o leitor encontra essas incorreções.

    Gostei da criatividade, da ideia, da construção da narrativa.

    Rogan seria o Mestre Espadachim?

    Boa sorte no desafio!

    Abraços…

  17. Antonio Stegues Batista
    26 de fevereiro de 2019

    Suplício de um deus- conta a história de Shibat, um rei indiano que um dia prende o deus Omthy. Omthy gera um fruto a cada ciclo de lua, o rei come o fruto e fica jovem novamente. Certo dia chega ao palácio a rainha Belith que lhe dá de presente uma ave rara em troca do segredo da juventude. O rei conta o segredo e é traído pela rainha. Ao comer o fruto, o rei morre e Omthy é libertado.

    O enredo é simples, rei que não fica velho, um deus que lhe dá a essência da juventude, a Morte, disfarçada de rainha, o engana e ele morre. O deus Omthy poderia ser também uma árvore. Ficou meio estranho ele ter uma aparência de menino e parir uma fruta. No entanto tudo é fantasia, uma história baseada na mitologia hindu, ficou legal. Inclusive a invenção de alguns nomes. A escrita é boa. A história não me impressionou, não foi nada original, porém foi uma boa ideia, bem executada. Boa sorte no próximo tema.

  18. Angelo Rodrigues
    21 de fevereiro de 2019

    Caro Rogan,

    Resumo: rei Shibat, vaidoso, aprisiona uma entidade capaz de parir um fruto que dá a quem o come o poder do rejuvenescimento. Seu reino sucumbe. Chega até ele uma rainha que quer saber o seu segredo. É Belith, uma representante de Shiva, a deusa da destruição. Belith salva Omthy, o reino volta ao normal, o rei vira pó e é varrido pelo sopro dos ventos.

    Avaliação: um conto legal. Busca um clima das Mil e Uma… ou de Malba Tahan quando não fala acerca de curiosidades matemáticas, e não faz feio.
    Há alguns (poucos) problemas de revisão que podem ser corrigidos com facilidade.
    Além, se me permite, há, talvez, um problema de refinamento conceitual:
    (…)
    “O Rei Shibat de Komdira possuía a fama de ser o maior colecionador de animais silvestres (…) e exóticas já catalogadas. De leopardos a rinocerontes, aquários gigantes com peixes vindos das profundezas, (…).”
    (…)
    Animal silvestre é aquele não habituado ao convívio humano, abrangendo, portanto, leopardos e rinocerontes, mas, creio, para esses, seria mais acertado usar o termo selvagem, mais corrente, dado que não domesticáveis, e não o termo silvestre, que no imaginário remete a animais de pequeno porte.
    O texto remete com facilidade ao ambiente que o autor deseja reproduzir, sem problema, usando como pano de fundo a mitologia Hindu, manifestado na trimúrti: Brahma, Vishnu e Shiva.
    Parabéns e boa sorte na Liga!!

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Informação

Publicado às 17 de fevereiro de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 1, Série A e marcado .