EntreContos

Detox Literário.

Lua Cheia (Renata Rothstein)

1851

Naquele outono de 1851, Samira e Tobias casaram-se às escondidas, tendo como testemunhas o céu, as estrelas e a lua.

Amavam-se de verdade, corpo e alma, desde o primeiro instante em que se viram.

Tobias Feijó era um forasteiro, viera dos lados do sul para fazer a vida em Santana de Matapi.

Samira era de tradicional família cigana e foi banida por amar Tobias, um gadgé.

Foram expulsos e renegados, ficaram dias sem teto, comendo quando podiam, vagando pelas estradas em busca do lugar, onde enfim viveriam felizes.

Dizia-se, de boca em boca, que só haviam descoberto o local que viria a ser chamado de Lourdes após um rito feito por Samira, invocando a Grande Deusa Lua.

Samira, olhos negros e profundos, de quem sabe mais do que fala, esperou pacientemente a noite de lua cheia e fecunda, e então saudou a grande Mãe Lua.

Tobias apenas observava. Gostava dos costumes da mulher.

Samira dançou em frente à fogueira, sentindo nas veias o amor pela vida. Fez o ritual que aprendera com seus ancestrais, entoou seus cânticos.

Repetia “a flor, a erva, a fruta boa, é a Deusa que te abençoa. Para onde a água correr, jogue uma pedra para tudo ver…”

Finalmente olhou para o céu e surpreendeu-se ao ver que já amanhecia. Sorria, plena. Estava feito.

Daquele dia em diante toda primogênita que trouxesse uma marca de lua cheia na pele casaria de forma inesperada, com alguém que ninguém suspeitava.

Assim como acontecera com ela.

Era um pacto entre a cigana e a Natureza, para que jamais fosse esquecido seu casamento por amor, sua expulsão, sofrimento e dor, até que encontrasse seu paraíso na terra, a promessa que trazia no coração.

Segurou a mão de Tobias, leu mais uma vez as linhas tão suas conhecidas. Fixou o olhar triste do marido e prometeu que ainda naquele dia encontrariam o lugar prometido pela Deusa.

Mais tarde caminhavam mata adentro, envoltos pela neblina intensa e pelo orvalho que tornava tudo úmido e fértil, ouvindo o maravilhoso canto dos pássaros e o cheiro de mato. Subitamente a neblina cessou. Samira e Tobias detiveram-se, prendendo a respiração.

Estavam diante do lugar mais bonito que já tinham visto ou imaginado, em toda a vida.

Céu azul, árvores frutíferas, a colina rodeada de arbustos floridos, animais silvestres e uma pequena trilha que descia até a praia, de um azul turquesa único. Deslumbrante.

“Aqui será criada nossa Lourdes”, dissera Samira, olhando triunfante para o marido.

Tobias construiu uma imagem em homenagem à Santa Sarah Kali, padroeira dos ciganos.

Samira tornou-se mãe. Ela e Tobias tiveram muitos filhos. Viveram juntos e felizes, até o fim.

E pouco a pouco a cidade foi crescendo.

Pessoas que perdiam-se pelas redondezas entravam na neblina e terminavam encontrando Lourdes. E assim a cidade cresceu, feita quase por mágica, com pessoas especiais que vinham ao encontro de seus destinos, ou melhor, eram por ele escolhidos.

O tempo passou.

1980

Mirela tinha alma de borboleta, olhos de fada, mãos de cura. Tudo o que ela tocava tornava-se mais vivo, mais intenso e mais bonito.

Naquela tarde caminhava pelas redondezas da casa, enfeitada com conchinhas do mar. Mirela dizia a todos que as conchas haviam sido um presente de uma sereia que ao aproximar-se demais da praia para ver os humanos, ficara presa no quebra-mar, nas redes dos pescadores.

Por sorte nenhum deles vira a sereia debatendo-se entre as redes e Mirela pode soltá-la, sem grande esforço.

Lígia, a sereia, nadou alguns metros mar adentro, sua bela cauda prateada refulgindo ao sol, vez ou outra.

Parou. Olhou profundamente para Mirela, na praia. Mergulhou e reapareceu, já na areia, respingando água na menina.

Estendeu as mãos com um belo colar de madrepérolas e as conchinhas, enquanto emitia o som mais belo que Mirela já ouvira. O temido e sonhado canto da sereia.

Telepaticamente a sereia agradeceu, comovida. Jurou amizade eterna e nadando para trás, virou-se e mergulhou de repente, sumindo no mar.

Mirela subiu o caminho até sua casa com o coração aos pulos. Esfuziante, contou toda a aventura daquela tarde aos pais, mas ambos entreolharam-se, sem acreditar na menina.

No entanto, a mãe sabia da história da cigana Samira, do pacto feito há mais de cem anos, e ficava perplexa toda vez que via o sinal de lua cheia nas costas da filha.

Tentava afastar aqueles pensamentos, mas tinha medo que fosse Mirela outra mulher que cumpriria a promessa feita pela cigana. “Ah, são só histórias”, tentava se convencer.

Mas Mirela era mesmo estranha. Dizia conversar com fadas, ficava hipnotizada olhando o céu, em noites de lua cheia.

A mãe chegava a temer pela sanidade da filha. Já fazia muito tempo daquela história de pactos e certamente tudo não passava mesmo de invenção do povo daquele lugar, distante e misterioso.

Assim, a vida corria sem grandes acontecimentos. Mirela cresceu, aprendendo a esconder seus dons dos olhos das pessoas comuns, procurando agir como todos. Tentava mesmo ser “normal”.

Mas jamais deixou de ver as fadas que entravam em seu quarto e a acompanhavam pelos passeios no bosque, onde costumava se isolar. Juntava as mãos finas e delicadas, e notava que delas saía uma luz verde, que crescia e ia se espalhando pelo bosque, pelas pessoas, para os animais, para toda a humanidade.

Em êxtase, Mirela podia ver o invisível, sentia que seu toque curava, transmutava sentimentos, viajava através de portais para outros mundos.

Mundos bonitos, sem dor ou ganância, mundos em que seus dons eram valorizados, onde não existia sofrimento.

Nessas horas pedia para não voltar, mas sem que pudesse evitar abria os olhos e estava sentada no meio dos arbustos, entre as flores e suas amigas fadas.

1986

Num belo dia de verão, no ano em que completou dezoito anos, Mirela caminhava pela floresta, quando tropeçou na raiz de uma grande árvore. “Estranho, nunca a notei aqui. Será que errei o caminho?”, pensou, olhando para o gigantesco e imponente baobá – e já ia pedir desculpas, quando suas almas entraram em sintonia imediata.

E ambos, fora de suas vestes físicas, flutuavam além do tempo e do espaço.

Além do mundo que podemos ver, o sagrado e a transcendência tomavam forma – e o amor de Mirela e do Majestoso Baobá tornava-se real.

Puros e em sintonia perfeita, os dois amavam-se. A união mais do que perfeita.

Mirela sorria e pensava que agora a marca de lua cheia em suas costas fazia sentido.

Ela e seu grande amor conversavam por horas, a sensação era de que se conheciam de outras vidas, de tantas infinitas vidas.

Noites e dias de felicidade, os apaixonados teciam planos para o futuro, nada mais importava.

Viviam o amor verdadeiro, tinham um ao outro, e isso era o suficiente.

Mas todo grande amor precisa passar pela prova de fogo, o sacrifício final.

Era o que a intuição de Mirela dizia. E estava certa.

Um dia a mãe de Mirela cansou de ouvir as histórias que a filha contava e imaginando que a filha estivesse louca – “apaixonada por uma árvore?!” –, trancou a moça em casa.

Dias e meses passaram-se, Mirela definhava a olhos vistos. Chorava e implorava, mas sua mãe estava irredutível.

O grande Baobá, que na verdade era um Rei, julgou ter sido mesmo esquecido por seu amor.

Fadas amigas de Mirela tentaram explicar o que tinha acontecido, mas Baobá não entendia o que elas diziam.

Chorava. Seus galhos erguidos para o céu clamavam por uma resposta. Suas raízes profundas buscavam na terra a força que perdia dia após dia, frente ao desconsolo.

No fim daquele inverno sobreveio um imenso temporal, o dia virou noite, os animais correram para suas tocas, todos ficaram em casa.

O Baobá Rei, olhos de resignado espanto, viu quando um raio atingiu seu tronco, na altura do coração.

Sentiu a dor lancinante e fechou os olhos. Aceitou seu destino.

Explodiu em chamas, enquanto lágrimas rolavam por seu tronco, o fogo transformando toda dor em amor, ainda maior.

Seu último pensamento foi para Mirela, sua rainha prometida, de quem havia sido separado.

Esqueceu de tudo, perdeu a noção de tempo e lugar. Já não havia espaço, pensamento. Nada.

Dias depois, a mãe de Mirela resolveu que já era hora de deixar a moça sair de casa.

Assim que se viu livre, correu para o bosque, para seu amor. “Vou explicar tudo e ele vai entender, vai saber que não tive culpa…”

Interrompeu os pensamentos, levando a mão até a boca, contendo o grito de horror ao ver os galhos retorcidos, as cinzas pelo chão, o tronco completamente retorcido e as raízes à mostra, mortas. Mortas!

Tentou desesperadamente usar seu poder de cura, mas não conseguiu. Baobá estava perdido para sempre.

Ajoelhou, pegando as cinzas com as mãos, lágrimas de infelicidade profunda rolando por sua face lívida, sofrida.

Tocou mais uma vez aquele que um dia fora seu grande amor, levantou-se, limpou as mãos no vestido.

“Também estou morta”.

Rumou para a praia, entrou no mar e foi avançando, até que não sentiu mais os pés tocando o fundo.

Não sentiu medo. Apenas rendeu-se àquele bem estar estranho e inesperado, logo após uma rápida falta de ar e tontura.

Sentiu-se puxada por alguém, olhou e como num sonho viu Lígia, a sereia.

Percebeu, surpresa, que estava respirando normalmente embaixo d’água, enquanto nadavam mais e mais para as profundezas.

Mirela, mãos dadas com Lígia, de repente deteve-se, ante o cenário que vislumbrava: uma verdadeira cidade feita de luz e energia cintilava diante de seus olhos maravilhados.

Adentraram a cidade. À sua passagem sereias e tritões cumprimentavam-lhe, alegremente.

Enfim chegaram ao que parecia um saguão central, todo feito de cristais que mudavam de cor o tempo todo.

A sereia fechou os olhos e então o canto mais belo de todos os tempos fez-se ouvir.

Os presentes emocionaram-se e a compreensão da vida e da morte veio à mente de todos, de forma única, translúcida.

No centro do saguão, onde havia um altar de madrepérolas, a figura de Baobá Rei foi surgindo, pouco a pouco.

Lígia olhou para Mirela, que entendeu que aquele era o presente de gratidão pelo dia em que salvou a vida da sereia, presa nas redes.

Presente de Princesa Sereia, o amor venceu.

Na terra concluíram que Mirela resolvera partir, viver a vida do jeito que desejava.

Conformaram-se, enfim.

No céu, Samira sorria e dançava ao ver sua história se repetir, com o mesmo final feliz.

“Optchá!”

Um amor inesperado, transmutado, purificado pelo fogo e abençoado pela água.

Mirela e Baobá eram agora sereia e tritão.

E o encontro de suas almas fez nascer milhões de estrelas e outras terras. E nelas fadas, árvores, flores, sereias e tritões, histórias de amores impossíveis, mas todos com finais felizes.

Entrelaçaram as mãos e nadaram juntos para a eternidade do mar, no encontro infinito com o céu, onde uma lua cheia e mágica brilhava, cúmplice e protetora, para todo o sempre.

Fim.

18 comentários em “Lua Cheia (Renata Rothstein)

  1. Wender Lemes
    30 de março de 2019

    Resumo: uma história de amores impossíveis do início ao fim. Tudo começa com o pacto entre a cigana Samira e a Deusa para que finalmente pudesse ter onde viver seu amor com Tobias. Esse pacto acaba criando o lugar chamado “Lourdes”, cercado de mística. No futuro, Mirela estava fada a repetir a saga de sua precursora e sofrer por um amor impossível (neste caso, pelo grandioso Baobá). Após um longo período de separação, a morte da árvore e um sofrimento quase inesgotável, Mirela e Baobá acabam se encontrando em uma nova vida sob as águas, onde podem finalmente cumprir um destino compartilhado.

    Técnica: a narrativa foi bem revisada. O vocabulário usado encontra um bom ponto de equilíbrio entre o rebuscado e o mais simples – assim, é demonstrado o domínio da linguagem sem parecer pedante.

    Conjunto da obra: em geral, não sou muito atraído por histórias que orbitam tragédias amorosas. Entretanto, a tragédia acaba sendo ofuscada pela beleza das descrições e o belo uso das palavras.

    Parabéns, bom trabalho!

  2. Fabio Baptista
    30 de março de 2019

    ———————–
    RESUMO:
    ———————–
    Cigana vive um amor proibido e foge com seu amado, fundando uma cidade. Também realiza um ritual que amaldiçoa/abençoa suas descendentes a viverem um amor “diferente”.
    130 anos depois, Mirela recebe os dons mágicos da antepassada e também cumpre a sina da família ao se apaixonar por uma árvore.
    A árvore queima por causa de um raio e Mirela decide se matar no mar. No entanto, é salva por uma sereia que havia ajudado anteriormente e conduzida ao reino das sereias.
    Lá, encontra seu amado novamente, não mais em forma de árvore, mas de tritão.
    Vivem felizes para sempre.

    ———————–
    ANOTAÇÕES AUXILIARES DO RESUMO DURANTE A LEITURA:
    ———————–
    1851, Samira e Tobias se casam.
    amor proibido, fogem e, com ajuda mágica, encontram um lugar para ficar.
    Samira faz um ritual e a partir dali (não entendi se era esse o objetivo do ritual) todas as primogênitas com a marca da lua se casarão de modo inesperado.
    Eles fundam Lourdes (lembrei um pouco de Macondo) uma cidade quase mágica, que as pessoas perdidas podiam encontrar ao passar pela neblina (São Tomé das Letras feelings? rsrs).

    1980, Mirela encontra uma sereia e a ajuda a se libertar das redes.
    Mirela possui os dons herdados da cigana Samira.

    1986, Mirela tropeça numa árvore e… se apaixona?
    Quando a mãe de Mirela sabe dessa história, tranca a moça em casa.
    A árvore pensa ter sido abandonada, e sofre. Pra acabar de f… piorar, ele (árvore) é atingido por um raio e pega fogo.
    Mirela, liberta do cárcere, vai ao encontro do amor e encontra apenas cinzas. Decide se matar afogada.
    É salva(?) pela sereia, que a conduz até a cidade das sereias.
    No reino das sereias, encontra a árvore, agora em forma de Tritão.

    ———————–
    SOBRE A TÉCNICA:
    ———————–
    É um texto gostoso de ler, com boa gramática e fluidez narrativa. Só o que me incomodou foram as frases curtas quebrando em parágrafos a todo momento.
    Acho que cumpriu bem o papel de contar um bom conto de fadas.

    ———————–
    SOBRE A TRAMA
    ———————–
    Então, autor(a)… sobrou um pouco disso aí que você usou pra escrever esse conto? kkkkkkkkkkkkk
    Tô brincando, mas na verdade a trama é até simples: amor proibido, maldição/bênção de família, amor improvável, tragédia, redenção. Meio Shakespeariano.

    A parte “brisada” fica por conta dos detalhes: fadas, sereias, romances com árvores e tritões, poderes de cura, marcas da lua, cidades em meio ao nevoeiro, etc.
    Justamente essa miscelânea tirou um pouco o foco, abriu vários caminhos sem percorrer muito tempo por nenhum.

    Por exemplo, o romance com a árvore, que é o cerne da história, rolou em um parágrafo (um parágrafo de duas ou três frases!). Ela tropeçou no tronco e quando viu já estava apaixonada. Poderia ter trabalhado melhor esse envolvimento, tornado mais crível essa relação, para que, mais à frente, o leitor sentisse a perda.

    ———————–
    CONSIDERAÇÕES FINAIS
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    Definitivamente é uma história criativa (até demais, como comentei em outro conto do certame).
    A rápida passagem dos eventos prejudicou um pouco, mas não deixou de ser um bom conto de fadas.

    NOTA: 3,5

  3. rsollberg
    28 de março de 2019

    Resumo: A história está dividida em partes, a primeira mostra o amor proibido de um casal, o pacto e o fruto desse relacionamento. Na parte seguinte, mostra o desenvolvimento deste fruto e a realização da profecia.

    Caro, autor. Antes de começar meu comentário peço perdão pois tenho certeza que vou desagradá-lo, em minha opinião resta claro que enxergamos literatura de jeitos bem diferentes. Fiquei muito rabugento com esse conto, porém, não deixarei meu gosto pessoal interferir na sua nota. Ainda sim, reconheço que há méritos na obra e que muitos outros leitores irão gostar desta história.

    É perceptível que o autor teve bastante zelo na revisão do conto, gramaticalmente está muito bem escrito, com uma linguagem simples e direta.

    De Início insisto numa questão que tem aparecido muito aqui nos contos do E.C, uma marcação de espaço e tempo despropositada, aqui ainda mais porque o auto marca o ano e depois repete na história. Penso que esse tipo de ferramenta para situar o leitor, especialmente em um conto (não epistolar) onde a pessoa lê de uma vez só, é uma solução fácil e muito muito singela. É muito mais instigante para o leitor que as informações de tempo e espaço venham no “contar” da história. Sem dúvidas é muito mais trabalhoso para o escritor, mas é um diferencial que coloca sua habilidade em evidência, que separa o ordinário do brilhante. Por óbvio, ninguém é obrigado a ser genial como Saramago ou um Cortazar que, por exemplo, altera o tempo e o espaço de duas história diferentes em um mesmo parágrafo, exigindo sobremaneira da atenção do leitor, como em “Todos os fogos o fogo”. Porém, é preciso confiar um pouquinho mais no leitor e abandonar um pouco a segurança.

    Dito isso, o conto é uma reunião de clichês, história e escrita. Um amor proibido, a profecia de uma criança, “casaram-se às escondidas, tendo como testemunhas o céu, as estrelas e a lua” “corpo e alma” “lua cheia”.O que achei mais interessante foi o fato da personagem ser uma cigana e seu amado um gadje. É criativo, não é comum, porém o autor ao invés de explorar essa diferença cultural, trazendo as peculiaridades e idiossincrasias próprias desse povo, que surgiu lá na índia, prefere não arriscar. (Só no Brasil, dois presidentes eram de origem cigana). Deixo a titulo de curiosidade o “O voo das cegonhas” que explora a vida e os costumes ciganos sem deixara trama e a história de lado.

    Volto a dizer, é um conto que aposta na segurança, correto em suas linhas. Falta ousadia, novidade (que seja na forma, nas analogias, nas descrições). Como exemplo, destaco esse trecho “Mirela caminhava pela floresta, quando tropeçou na raiz de uma grande árvore. “Estranho, nunca a notei aqui. Será que errei o caminho?”” cara, aqui você conta e mostra, parece peça infantil onde é necessário reforçar a ideia o tempo inteiro, ou novela da globo em que está chovendo e a personagem olha pela janela e diz para si “olha, está chovendo”. Depois, tem uma passagem bem legal em que ela faz que vai se desculpar, revelando mesmo sem intenção principal muito da personalidade da protagonista.

    Quando a personagem tece planos de futuro com árvore, pensei que tinha sido demais, ou que teríamos uma reviravolta genial pansexualismo. Gritei aqui, “vai vir um negócio ao estilo “A Vegetariana” da Sul Coreana Han Kang e esse vai ser o conto mais foda do certame” . Ledo engano, viro fofo novamente, com toda a fauna e flora encantada; árvore falante, sereia, fade, senti falta dos unicórnios.

    Quando a árvore encantada morre e Mirela vai se suicidar, urrei novamente “agora vai, o autor vai trazer uma reviravolta ousada, num dreamworks shakespeariano”. Nada. Ao contrário, volta a segurança do ordinário, seguindo o manual da Disney, no clichê máximo de “para todo o sempre” e com um “Fim”, isso mesmo, daqueles de aparecem na tela esmaecida indicando o óbvio.

    Enfim, mais uma vez peço desculpas pelas impressões, que também foram doloridas para mim, principalmente porque percebo que não se trata de um iniciante, mas sim de alguém que tem conhecimento da técnica. Aproveitando o contexto, alguém que optou pela segurança da beira rasa firme, ao invés de pular de cabeça no vórtice da tromba d’água deixando um louco, porém, memorável, manuscrito numa garrafa.

  4. Fil Felix
    28 de março de 2019

    Resumo: a origem de uma cidade a partir da magia e do amor de um casal. Em seguida a paixão inusitada da protagonista por uma árvore, que passa por uma tragédia, para depois evoluir no fundo do mar.

    Considerações: é quase a evolução do “abrace uma arvore”. Um conto que beira a ingenuidade, por trazer um romance inusitado desses, mas sem apelar, apostando na felicidade e no final feliz. É bastante mágico e bonito, com suas sereias e fadas. Eu gostaria de ver algo mais visceral em relação ao namoro, mas porque gosto do exagero e do choque (gosto meu), mas sei que não é a pegada do conto, que aposta na delicadeza e acerta. Gostei.

  5. Jowilton Amaral da Costa
    28 de março de 2019

    O conto narra a história de Mirela, uma menina com dons especiais e que nasceu com a marca da lua cheia, que se casa com uma árvore, um majestoso baobá.

    Achei o conto médio. A primeira parte, a que conta a história da cigana, poderia ser resumida em um parágrafo, na minha opinião. Achei a trama simples, apesar da menina se casar com uma árvore. Nunca imaginei que Mirela fosse se casar com uma árvore, kkkkkkkk, doideira, tá certo que o baobá era na verdade um rei, mais foi estranho e engraçado ao mesmo tempo. Dava para sacar que Mirela ia ser salva pela sereia que ela ajudou. É um conto de fantasia com final feliz, original até e tá bem escrito, mas não me empolgou muito. Boa sorte no desafio.

  6. Daniel Reis
    26 de março de 2019

    BREVE RESUMO: o casamento de Samira e Tobias, fugidos. Ela, cigana pagã, ambos renegados, criaram Lourdes, um local que guardou o pacto de ambos com a natureza, e a marca na pele dos predestinados. A cidade cresceu, cercada de neblina, atraindo pessoas especiais. Salto para 1980, história de Mirela e o dom da cura. Ela salva uma sereia, Lígia. Mirela tinha a marca e vários poderes, como invisibilidade, etc. Seis anos depois, com dezoito anos, Mirela se apaixona por uma árvore (baobá? Fora do deserto?). Separados pela mãe de Mirela, o baobá acaba atingido por um raio, mas, ao entrar no mar para se afogar, é salva pela sereia Lígia e se une à sua árvore amada no fundo do mar.
    PREMISSA: uma sina, ou tradição, é passada para gerações sobre o amor dos predestinados.
    TÉCNICA: a construção da história, ainda que dentro de uma lógica mágica e de contos de fadas, é um tanto confusa – parece que a sereia foi e voltou no final, como deus ex-machina, para resolver tudo.
    EFEITO: uma história bastante romantizada, que infelizmente não conseguiu me cativar pelo lirismo excessivo. Desejo sorte no desafio.

  7. Catarina Cunha
    26 de março de 2019

    O que entendi: Uma ciganinha trazia a marca do amor inusitado e incompreendido. Era também uma fada muito fofa protegida por uma sereia. Se apaixonou por um baobá parrudo e tiveram momentos intensos. A mãe proibiu o namoro e o baobá morreu de tristeza e fogo. Liberta a fadinha entrou no mar, encontrou o baobá e foram felizes para sempre.

    Técnica: Ótima, enxuta, de conto de fadas. Ideal para crianças “viajandonas”.

    Criatividade: Embora com uma premissa bem comum, tem seu encanto no desenvolvimento. O rei baobá aquático foi a cereja do bolo.

    Impacto: A luxúria com o baobá realmente deu uma temperada na trama.

    Destaque: “Mirela dizia a todos que as conchas haviam sido um presente de uma sereia que ao aproximar-se demais da praia para ver os humanos, ficara presa no quebra-mar, nas redes dos pescadores.”

    Sugestão: Dar um título mais exótico; como o conto.

  8. Marco Aurélio Saraiva
    25 de março de 2019

    A história de Mirela, que nasceu com o dom de comunicar-se com a natureza, curar tudo o que é vivo e ver o invisível, e que teve uma paixão repentina por uma árvore, coisa que vem desde um pacto que uma cigana no passado fez com a própria natureza. Tentando viver o amor proibido, ela acaba proibida de mantê-lo e, no final, após saber que seu amado faleceu em uma reviravolta a la Romeu e Julieta versão árvore-menina, jogou-se ao mar para morrer. Lá, descobriu que poderia viver para sempre com o seu amor em forma de tritão.

    Foi difícil resumir o conto sem parecer grosseiro, rs. É muita informação e o conto é uma fábula tão densa que foi difícil resumir.

    Gostei muito desta fábula. Ela é bem escrita, fechada e com personagens bem criados. Tem um clima etéreo de conto de fadas muito bem elaborado, deitado delicadamente em palavras bem escolhidas, resultando em uma leitura divertida e imaginativa.

    Seu estilo é um pouco incômodo com essas centenas de parágrafos de uma frase só, mas no fim a boa escrita compensa e tudo fica bem.

    Parabéns!

  9. Evandro Furtado
    6 de março de 2019

    A história de uma casal que foge e funda uma cidade mágica no meio do nada. Vem depois uma menina que se apaixona por uma árvore, que é resultado, na verdade, de uma profecia conjurada pela cigana que fazia parte daquele casal. A árvore é atingida por um raio. Ela vai pra Atlântida, ou sei lá.

    Pra ser sincero, achei a história muito louca, tipo viagem de LSD mesmo. Acho que a trama faz sentido, com uma clara estrutura e noção de objetivo. No entanto, creio que se prejudique pelos parágrafos curtos e rápidos. Considerando a natureza da história contada e o impacto desejado, descrições mais profundas em um texto mais complexo poderiam proporcionar uma densidade maior aos personagens, algo que não aconteceu, infelizmente.

  10. Leo Jardim
    4 de março de 2019

    🗒 Resumo: no passado, uma cigana faz um pacto com a Lua. Anos depois, uma menina com a marca da Lua e poderes da natureza acaba se apaixonando por um baobá. A mãe dela a impede de sair de casa e, neste período, a árvore é atingida por um raio e morre. No fim, uma amiga sereia que ela salvara no passado reúne os dois apaixonados, menina e baobá, como sereia e tritão no fundo do oceano.

    📜 Trama (⭐⭐⭐▫▫): é um conto um tanto inchado num espaço tão curto. A primeira parte, com Samira e Tobias, acaba tendo pouquíssima importância para a trama principal, de Mirela e o baobá. A parte da sereia aparece no meio e depois, no fim, acaba parecendo um Deus Ex, por ela ser uma princesa sereia e salvar o casal. Achei poder demais, mesmo pra uma princesa sereia, quase um poder divino.

    Outro ponto a se destacar é que o conto, por querer contar uma história muito longa, acaba desenvolvendo pouco as cenas e os personagens. Acaba contando mais que mostrando. Assim, não consegui me apegar a nenhum personagem, não cheguei a sentir pena do baobá qdo morreu, nem enguli muito bem o amor da menina por uma árvore. Isso era, infelizmente, essencial para o aproveitamento completo do texto.

    📝 Técnica (⭐⭐⭐⭐▫): faz o trabalho direitinho de contar a história, sem erros. Não chega a se destacar por si só, mas é uma técnica muito boa.

    🎯 Tema (⭐⭐): fadas, sereias e mágicas da natureza [✔]

    💡 Criatividade (⭐⭐▫): são muitos elementos que mostram que o(a) autor(a) teve criatividade para pensar em toda a história, mas como ficou tudo muito difuso, acabou não dando para perceber todas as camadas.

    🎭 Impacto (⭐⭐▫▫▫): como o texto acabou sendo contado muito à distância e como eu acabei não comprando de forma alguma a relação da menina com a árvore (precisava de mais cenas entre os dois para isso), o impacto foi morno, distante. O final, inesperado, mas um tanto forçado para tudo dar certo, também não ajudou.

  11. Rubem Cabral
    28 de fevereiro de 2019

    Olá,Gnomo.

    Resumo da história.

    Casal formado por cigana e um não cigano foge para viver seu amor. A cigana faz um acordo com a lua e funda uma cidade mágica. Muitos anos depois, conhecemos a história de Mirela, moça com poderes mágicos, que vê fadas, conversa com sereias. Mirela fica apaixonada por um baobá, que em verdade é um rei. A árvore é destruída por um raio, mas Mirela reencontra seu amor no reino sob as águas, onde passa a viver como sereia.

    Prós: história criativa, que cria sua própria mitologia.

    Contras: parágrafos muito curtos, muito “contar”, pouco “mostrar”. Descrições simples, construção de trama e personagens pouco eficiente.

    Nota: 2,5

  12. Gustavo Araujo
    27 de fevereiro de 2019

    Resumo: Namorados se casam escondidos, inaugurando uma tradição: toda mulher que tiver uma marca de lua cheia passará por um matrimônio diferente, fora dos padrões. Salto no tempo: Mirela salva uma sereia das redes de pescadores e depois se apaixona por um baobá que na verdade é um rei. A mãe dela fica sabendo e não aprova esse romance. O baobá morre e Mirela é levada pela sereia para o fundo do mar, onde reencontra o baobá-rei. Ambos se transformam em seres aquáticos e vivem felizes para sempre.

    Impressões: trata-se de uma fábula infantil bem construída, com personagens simples que transmitem ideias simples, no caso, de que o amor sempre prevalecerá. É uma trama sensível, que contém os elementos clássicos desse tipo de literatura, como a mãe implacável, o príncipe (no caso o rei) metamorfoseado e o casal, no início, que luta contra tudo e todos para ficar junto. Certamente, qualquer criança gostará da história — e eu tenho certeza de que as meninas aqui de casa não serão exceção. Mas creio que faltou alguma coisa mais instigante, fora do lugar, que pudesse pôr os pequenos para pensar. Tudo é muito plano, tudo dá certo, os bons são bons e os maus são maus. É como um filme da Disney. Creio que mesmo a literatura infantil deve provocar. Há méritos, claro, na escrita plana e segura, o que leva a concluir que a pessoa que escreveu sabe muito bem conduzir esse tipo de narrativa. Porém, às vezes é bom fugir do lugar comum, da segurança, da zona de conforto e ousar. Os resultados podem ser surpreendentes. Enfim, um bom conto, mas seguramente com espaço para melhorar.

  13. angst447
    26 de fevereiro de 2019

    RESUMO: Samira e Tobias viveram um amor proibido, sendo ela expulsa da comunidade cigana. Prometeu à Deusa que toda mulher que nascesse com a marca da lua cheia na pele, teria um casamento diferente, estranho. Foi o que aconteceu com Mirela que, depois de salvar uma sereia, apaixonou-se por um baobá que era um rei. A mãe da moça atrapalhou o romance e o baobá recebeu um raio e pereceu. Como recompensa pelo seu salvamento, a sereia levou Mirela ao fundo do mar para viver seu amor com o rei Baobá (agora sereia e tritão). Final Feliz.

    AVALIAÇÃO: O conto é uma doce fantasia, que poderia ser facilmente encarado como um conto de fadas. Que criança não adoraria ouvir essa história? Elementos fantásticos – lua cheia, sereia, baobá – trazem leveza e encanto ao enredo, que também traz o pesar dos desafios enfrentados pelos casais. Não encontrei falhas de revisão, a não ser um PODE no lugar de PÔDE (no pretérito, o verbo ganha acento circunflexo). A linguagem empregada para dar vida à trama é fluída, simples e delicada. O ritmo de leitura é agradável, sem voltas desnecessárias. E ainda por cima, o conto apresenta um final feliz para todos.
    Até a próxima rodada. Boa sorte!

  14. Paula Giannini
    26 de fevereiro de 2019

    Olá, autor(a),

    Tudo bem?

    Resumo:

    Cigana apaixonada por um Gadje lança um feitiço, e, toda mulher apaixonada por um amor inusitado, trará a marca da lua cheia na pele. O que de fato ocorre e o leitor se depara com a história de amor entre uma humana e uma árvore.

    Meu ponto de vista:

    Sou apaixonada pela cultura cigana, o livro “Enterra-me em pé, pois estou cansado de viver de joelhos” marcou minha vida. Já trabalhei de perto com um grupo de ciganos bem urbanos, e, gostei muito de ler aqui expressões como o gostoso Optchá, que eles gritam em suas danças circulars, toda vez que algo de bom acontece em suas vidas.

    O ponto alto da trama, ao menos para mim, é a criatividade do(a) autor(a), ao criar um romance entre uma humana e “alguém” do mundo vegetal.

    A trama é toda bem conduzida, agradável de ler e o leitor sofre quando a árvore é queimada, o que demonstra a capacidade do(a) escritor(a) em criar empatia entre o leitor e seus personagens.

    Parabéns por escrever.
    Desejo sorte no desafio.

    Beijos
    Paula Giannini

  15. Victor O. de Faria
    26 de fevereiro de 2019

    RATO (Resumo, Adequação, Texto, Ordenação)
    R: Ri com o pseudônimo, mas o texto se provou um belo drama. A confusão inicial se desfez depois que percebi que isso não foi intencional. Bem, temos uma história de gerações (um tanto resumidas) permeadas por uma benção/maldição e seres mágicos que só aparecem para determinadas pessoas. Na primeira parte fica estabelecido a promessa. Na segunda vemos seu desenrolar. E na terceira chegamos ao inevitável fim anticlimático. Uma promessa transformada em paixão pela natureza que logo se revela um laço (nos dois sentidos: familiar e de morte, praticamente).
    A: Tem uma estética singela, com ar quase infantil. A fantasia se faz bem presente. O texto contém camadas de melancolia e tristeza nas entrelinhas. Gosto disso, mas aqui faltou uma motivação maior. O enredo é muito blasé, do tipo “então tá”, “ok, então”, “ah tá”. Faltou uma impulsão maior para a protagonista. Talvez se focasse mais em sua rebeldia e no âmbito família/prisão/árvore bizarra, tornaria tudo mais empolgante. – 3,0
    T: É um texto de alguém que escreve bem, mas que precisa aprimorar a coesão de ideias. A poesia se destaca, mas como mencionado acima, a dramédia romântica revelou-se bastante clichê (ciclo de promessa familiar – segredos escondidos – paixão proibida – partida – morte/redenção – final feliz(ou nem tanto assim), etc). – 3,0
    O: A história contém alguns pulos que atrapalham um pouco a compreensão geral. O melhor seria focar em apenas poucos acontecimentos e desenvolver a partir dali. Apesar da divisão anual cair bem, os saltos ainda acontecem dentro dos próprios eventos. Como sugestão, elaborar um cenário mais “fechado”, geralmente melhora o desenvolvimento. – 3,0
    [3,0]

  16. Felipe Rodrigues
    24 de fevereiro de 2019

    Casal de ciganos que, por não poderem se casar, tornam-se desertores. Foram viver em ulha ilha, onde tiveram filhos. Anos depois, Mirela, provável filha do casal, que possui uma lua na pele, salva a sereia, que se sente em dìvida com ela. Logo sua mãe acha estranho o comportamento e as histórias de Mirela, apaixonada por uma árvore, então a tranca em casa por muito tempo. A árvore fica triste e após uma tempestade é atingida por um raio, então Mirela é libertada, vê a árvore morta e grita que também está morta e se joga no mar. A sereia aparece e a leva para um mundo no mar, onde a árvore-rei surge e eles viram sereia e tritão.

    Não gostei da forma como a narrativa se desenvolve, um estilo muito floreado, exagerado. É um texto para crianças, mas com muitos clichês do gênero, atrelados a uma trama com pouco aprofundamento ao momento inicial, do casal de ciganos. O lance da paixão pela árvore também me soou um pouco forçado e o final me pareceu uma maneira fácil demais para a conclusão do conto.

  17. Davenir da Silveira Viganon
    22 de fevereiro de 2019

    – Samira e seu amado, vivem um amor proibido e fogem, fundando uma cidade. Mais de século depois, Mirela vive um amor proibido com Baobá, uma árvore. Quando está morre, Mirela desiste de viver mas é salva por uma sereia que a leva até Baobá no fundo do mar, onde existe um mundo mágico.
    – Conto de Fantasia, com sereias e também. Não sei se baseou-se em algo existente mas achei bem criativo. A escrita é sucinta, sincera e elegante. Gostei do tom de história contada a beira da fogueira. Ficou leve, simples e bonito. Gostei.

  18. Ricardo Gnecco Falco
    20 de fevereiro de 2019

    Olá Gnomo; tudo bem? 😉

    O seu conto é o oitavo trabalho que eu estou lendo e avaliando. Gostei do seu estilo de escrita; da construção do texto com base em pequenos parágrafos e pontuação marcante. Isso deu um jeitão de ‘documentário’ ao trabalho; imprimiu um ritmo fixado ao conto, onde a apresentação pura dos fatos e ações se torna o fio condutor da narrativa. Ficou bem interessante, mesmo que essa escolha tenha custado um pouco da imersão na história por parte do leitor. Mas, pela constante, acaba soando mesmo com um estilo do/a autor/a, não impedindo, portanto, o mergulho necessário durante a leitura.

    COMENTÁRIOS GERAIS: A história apresentada também ficou bem bacana. Temos o casal que dá início ao povoado e a constatação da forma cíclica (como a imagem da Lua Cheia que ilustra o conto) na qual atua o Destino, independentemente dos limites temporais. A passagem do tempo, também, foi bem explorada no enredo e trouxe o ‘link’ necessário para fechar, também de forma redondinha, a trama. Gostei da leitura! Parabéns pelo bom trabalho e boa sorte no Desafio!

    Finalizando, para cumprir com as regras da Natureza Entrecontista…

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    RESUMO DA HISTÓRIA:
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    O conto mostra a origem e desenvolvimento de um povoado chamado Lourdes, situado em local dotado de uma aura mística, assim como seus moradores. Nesta localidade, uma sofrida história de amor puro e imune a limitações físicas se desenvolveu e, conforme pacto feito com a Lua, repete-se, comprovando assim a existência de poderes mágicos, oriundos da invocação feita por sua pioneira moradora.

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Informação

Publicado às 17 de fevereiro de 2019 por em Liga 2019 - Rodada 1, Série B e marcado .