EntreContos

Detox Literário.

Bela (Catarina Cunha)

bela

Hoje é meu aniversário. Mamãe me enfeitou de vestido branco com moranguinhos desenhados. O laço de fita nos cabelos me deixou bem mocinha com os sapatos emprestados da Cinderela.  Meu príncipe encantado me procura neste salão enfeitado de flores recebendo convidados de mansinho.   Será que vai ter refresco de pêssego?  Gosto mais de presente surpresa,  como a cama branca da Bela Adormecida.

Mas que gente sem graça, vamos animar esta festa dançando meu vestido.  Mamãe, tira meus sapatos para não sujar o lençol. Não chora, prometo nunca mais deitar de sapato. Não fecha a cama, papai, fica escuro. Papai?

92 comentários em “Bela (Catarina Cunha)

  1. Ida Vicenzia
    7 de outubro de 2019

    Fazer arte, escrever é coisa bem triste,não? Catarina Cunha. Cedo todos se esquecem de nós! E eu que nem sabia deste teu sucesso, fui saber agora. Entendo porque deixaste a nossa companhia!

  2. Fernando Morgado
    12 de abril de 2018

    Gosto de dançar os seus escritos. Escreve com a elevação do entendimento comum e dá um colorido fantástico aos seus textos. Estou a gostar.
    Este conto, um vestido branco com morangos vermelhos, é bem o seu retrato: a branco da sua capacidade e o vermelho da sua imaginação e criatividade. Parabéns.

  3. Catarina
    29 de janeiro de 2017

    “Bela” nasceu de uma cena que vi da janela de um prédio de frente para o Cemitério São João Batista. Um cortejo fúnebre de um pequeno caixão branco. Destoando das roupas pretas das pessoas havia uma menininha acompanhando o caixão com um vestido branco com pequenos desenhos coloridos e uma fita no cabelo. Ela não poderia estar lá sem ninguém segurando sua mão. O que estaria pensando?

    “Dançar o meu vestido” é uma forma de se mostrar: “Vejam como é lindo o meu vestido novo”. “Levar o terno novo para passear”. Ouvi muito expressões assim no sertão nordestino, onde se dá vida a objetos que se gosta.

    Observem a vírgula: “Mamãe, tira meus sapatos para não sujar o lençol.” Ao lembrar que está deitada, Bela pede à mãe para tirar seus sapatos e acha que a mãe chora porque ela sujou o lençol da cama nova. Dramalhão.

    Agradeço imensamente todo os comentários que muito me ajudam a entender melhor os leitores, o nosso conturbado mundo e, principalmente, eu mesma.

    Grande abraço!

  4. Gustavo Henrique
    27 de janeiro de 2017

    Ficou muito bem escrito, um conto bem triste, não me chamou muito a atenção mas ficou bom. Boa sorte no desafio!

  5. Felipe Teodoro
    27 de janeiro de 2017

    Muito bom, o conto ganha pontos comigo pela forma que foi construido. A narração é sensível, inocente e as pistas que o autor deixa durante o caminho, junto ao desfecho, trazem a tona a realidade. A última cena é extremamante triste. Claro que do ponto de vista narrativo, eu não gosto tanto da escolha pela criança morta contar a história, ainda mais em tempo presente como foi feito, mas ainda assim, um excelente trabalho. Parabéns mesmo.

  6. Victória
    27 de janeiro de 2017

    Seu texto foi o primeiríssimo que li e, como só fui comentar tempo depois, fiquei ansiosa para reler. A narrativa é muito bem construída e a imagem é forte, com a reviravolta final. Parabéns!

  7. Thayná Afonso
    27 de janeiro de 2017

    Surpreendente. Fui lendo com calma e rapidamente comecei a suspeitar do que se tratava, mas ainda assim, o desfecho mexeu comigo. Muito bem escrito, parabéns!

  8. Remisson Aniceto (@RemissonA)
    27 de janeiro de 2017

    Triste e revelador, mas achei que faltou um pouco de força narrativa. A dor dos pais é um fator que enternece e valoriza muito o conto. Abraço.

  9. Gustavo Aquino Dos Reis
    27 de janeiro de 2017

    Gostaria de ter gostado mais desse conto.

    Infelizmente, embora ele denote uma escrita sólida, a premissa é muito batida. A revelação no fim é um choque, mas não foi um suficiente para ressuscitar o meu interesse.

    Triste, verdadeiro, mas um pouco clichê…

  10. Lee Rodrigues
    27 de janeiro de 2017

    Valei-me, Rosa!

    Quando terminei a primeira leitura, corri para ler de novo, porque achei que tivesse viajado mais que o de costume. Mas a verdade é que você me fez enveredar para o lado oposto, para só depois me mostrar o que eu não estava enxergando.

  11. Estela Menezes
    27 de janeiro de 2017

    Quanto mais eu lia e relia, mais ia ficando difícil entender como e em que momento quase todos os colegas perceberam que se tratava de um enterro… O texto, que até então me deixara apenas intrigada e levemente motivada a tentar descobrir a intenção do autor, revestiu-se, de repente, de um alcance assustador. E agora está difícil fazer mais qualquer comentário, porque, se não me é mais possível negar o poder do conto, por outro lado não tenho a menor ideia de como o autor terá conseguido isso…

  12. Leandro B.
    27 de janeiro de 2017

    Oi, Rosa.

    Achei a abordagem bem original e a surpresa no impacto não foi gratuita, sendo bastante comovente, não apenas pela revelação de morte, mas pelo sentimento de solidão ao se separar da família.

    É ótimo quando elementos do texto recriam seus significados após o final. Isso, foi feito com maestria.

    Pra piorar gosto muito de contos de fadas, e as diversas referências que dão significado ao título (bela adormecida) me conquistaram.

    Enfim, gostei bastante. Parabens.

  13. Vanessa Oliveira
    26 de janeiro de 2017

    Caramba, li e reli pra ver se era aquilo mesmo. Adorei. Uma perspectiva de criança inocente, que não sabe o que aconteceu com ela; já pensou se um morto consegue ver, ouvir e sentir, mesmo estando morto? Espero que ela descanse em paz e não fique atormentada sem entender o que aconteceu.
    Boa sorte!

  14. Srgio Ferrari
    26 de janeiro de 2017

    Palmas pra você. Depois de tantos contos morosos e piegas eu já estava pronto pra dizer: suquinho de pêssego é o C#$%@…mas eis que o ponto de vista se abre e impacta, como deve ser.

  15. Glória W. de Oliveira Souza
    26 de janeiro de 2017

    A história me remeteu a um enterro de uma menina, ainda criança e cujo pais trataram o féretro como de um anjo. A personagem trava diálogo em forma de pensamentos e a narrativa é descritiva, sem contudo, ter apelo dramático. A finalização da história não tem grande impacto, mas surpreende pelo fato de tratar a morte de uma criança de forma sutil, respeitosa e não violenta. Me agradou.

  16. Rubem Cabral
    26 de janeiro de 2017

    Olá, Rosa.

    Um bom conto. O tema é um tanto batido, mas funcionou bem a comparação entre cama e caixão, entre o baile e a cerimônia fúnebre.

    Nota: 7.

  17. Vitor De Lerbo
    26 de janeiro de 2017

    Que pesado. O conto sob o ponto de vista da criança, com toda a sua inocência, deixa a trama ainda mais densa. Reli algumas vezes para entender tudo, mas quando entendi, foi quase um soco no queixo. Ótimo.
    Parabéns e boa sorte!

  18. Davenir Viganon
    25 de janeiro de 2017

    Agonia de se descobrir morto já é por demais apavorante, descobrir isso quando a tampa do caixão está baixando. PQP, que imagem forte! Você não deixa em aberto o final, mas o prosseguimento do sofrimento é jogado no colo do leitor e o terror continua sendo contado em nossa cabeça. Esse efeito é o coração do seu conto. Muito bom!!!

  19. Cilas Medi
    25 de janeiro de 2017

    Um texto particularmente confuso e sem saber, realmente, do que se trata. Um final mais intrigante ainda. Enfim, não tenho como comentar, que seria minha obrigação, por mais esforçado que fui e não conseguir entender nada. Faço a minha confissão que só entendi com a leitura de outros comentários, mas a minha opinião prevalece.

  20. Anderson Henrique
    25 de janeiro de 2017

    Porrada esse conto. Fui lendo, meio distraído, já sem esperar algo acontecer… Mas acontece. Reviravolta que não vi chegando. Mandou bem. Gostei das palavras no diminutivo, condizentes à fala de uma menina e das referencias de Cinderela e etc. Tudo muito bem arrumado. Parabéns.

  21. Simoni Dário
    25 de janeiro de 2017

    Um conto bem escrito e triste. Final impactante. O autor é talentoso e sabe fazer bom uso das palavras. Durante a leitura do conto, fui compreendendo seu objetivo, então fiz uma releitura do texto para, enfim, ler o final impactante.
    Bom desafio!

  22. Paula Giannini - palcodapalavrablog
    25 de janeiro de 2017

    Oi Rosa,

    Tudo bem?

    Seu conto dói. Com sua frase final você consegue causar no leitor, ou ao menos em mim, uma dor quase física. Arrepiante. Uma daquelas frases que nos toca em algum lugar recôndito.

    Ao ler o fim, precisei voltar ao conto a fim de descortinar a inocência da criança morta, pensando estar em uma festa, e, ainda pior, de aniversário. Muito triste. Um trabalho de alguém maduro e seguro no manejo das palavras, da prosa.

    Parabéns por seu texto e boa sorte no desafio.

    Beijos

    Paula Giannini

  23. Givago Domingues Thimoti
    25 de janeiro de 2017

    Conto forte e triste. A narrativa foi bem construída.
    Gostei da criatividade do autor.
    Parabéns!

  24. Daniel Reis
    25 de janeiro de 2017

    Parabéns, autor(a)! Um texto opressivo, envolvente, manipulador até. Apesar do desfecho não ser imprevisível, o choque para o leitor é inevitável – pela construção da personagem, a quem a gente, em poucas linhas, já vai se apegando… Como questão unicamente de estilo, a pergunta da última frase poderia ser uma expressão mais enfática de desespero se fosse uma súplica, reforçando o pedido anterior… Mas isso é só a minha opinião. Um trabalho excelente!

  25. Amanda Gomez
    25 de janeiro de 2017

    Olá,

    Eu imaginei que seria esse o desfecho já na primeira frase, o tom melancólico deu a pista, mesmo que a personagem narradora esteja feliz, como uma criança deve ser.

    Não sei se o impacto seria diferente se isso fosse demonstrado só no fim, mas mesmo assim eu gostei do texto, da forma que o autor resolveu contá-lo. As imagens são tristes e bem nítidas. A mãe aprontando a filha, escolhendo o vestido predileto, arrumando a filha amada pela ultima vez. É realmente comovente.

    A parte em que a menia se vê presa, sem entender nada, dá uma agonia… mesmo que soe estranho ela está no corpo sem vida, a história não perde o brilho.

    Parabéns, e boa sorte no desafio.

  26. Pedro Luna
    25 de janeiro de 2017

    Penso que se trata de um velório, pois a cama fechada no final me remeteu a um caixão, e o zango da personagem com a festa sem graça ajudou a reforçar que não tinha nada de festa ali. Achei interessante, mas as nuances do texto no primeiro parágrafo não ficaram claras como a do segundo. O aniversário, vestido de moranguinhos, sapatos emprestados da cinderela, meu príncipe encantado… interpretei esses termos como uma pessoa adulta contando uma história para a criança, disfarçando o horror da morte. Mas se a personagem está morta, então isso não faz sentido. Me deixou confuso..rs

    É um bom texto, mas que tem um início meio nebuloso que não condiz muito com o final. Minha opinião.

  27. Gustavo Castro Araujo
    24 de janeiro de 2017

    Confesso que não entendi de primeira. Imaginei que se tratava de uma festa infantil ou algo assim. Somente no fim me dei conta de que havia algo de errado. Voltei, li de novo. Putz, um velório… A garota morta é quem narra o conto. O terror mistura-se à candura, tudo se encaixa. O vestido, o lençol, os sapatos. A tristeza. A arrebatadora tristeza de descobri-la sem vida, incomunicável para sempre. Um conto muito, muito bom. Parabéns ao autor pela maneira como contou a história. Excelente!

  28. Laís Helena Serra Ramalho
    24 de janeiro de 2017

    Gostei de como você construiu a narrativa. É simples no início, tanto que achei que fosse voltada ao público infantil, até que você fez a revelação. Foi de forma sutil, e não exatamente inovadora (afinal, histórias narradas por mortos não são grande novidade), mas ainda assim foi um ótimo final para o conto, que encaixou muito bem. A narrativa me agradou bastante, foi eficiente em me levar até o final da história, dando o tom adequado a ela.

  29. Thiago de Melo
    24 de janeiro de 2017

    Amigo autor,

    seu conto é muito triste e está muito bem escrito. é o segundo conto neste desafio que me leva a um lugar para onde eu não quero ir. As metáforas foram suficientes para passar a sua mensagem. você tem talento. parabéns.

  30. vitormcleite
    24 de janeiro de 2017

    excelente conto que deixa o leitor a procurar segurança, parabéns

  31. Matheus Pacheco
    24 de janeiro de 2017

    Lindo, lindo e tocante, demostrando a inocência de uma criança que não entendeu sua morte, no final mostrando ligeiramente a dor dos pais.
    Isso me lembrou que uma das vezes que eu passei na frente do velório da minha cidade e vi um pequeno caixão rodeado de flores, eu não conhecia a pequena que foi enterrada mas se para mim que não tinha ideia de quem era me pesou os ombros, imagine os pais.
    Um grande abraço ao escritor.

  32. Miquéias Dell'Orti
    24 de janeiro de 2017

    Oi,

    Reli algumas vezes sua história pois achei o final de uma densidade muito peculiar. Adorei o início do conto, a beleza com que a garota é vestida pela mãe. Você achou as palavras certas e as colocou do jeitinho que elas deveriam. Foi como uma foto, bem nítida.

    A reviravolta inicia quando a cama aparece e aí a leitura fica mais densa, com a tensão do desfecho aumentando até descobrirmos que a festa na verdade era seu enterro. Você fez as coisas se unirem com muita habilidade. O resultado ficou ótimo.

    Parabéns.

  33. Thata Pereira
    24 de janeiro de 2017

    Confesso que só entendi quando busquei respostas nos comentários, pois algumas coisas atrapalharam minha compreensão, a principal delas foi a mãe retirando os sapatos da menina. Ela foi sepultada sem os sapatos? Como nunca vi algo do tipo, imaginei que ela realmente estava sendo levada para dormir e a conclusão que tirei disso foi um caso de violência sexual.

    Quando li que o presente que ela estava mais aguardando era a cama branca da Bela Adormecida, temos a impressão, também, de que não está deitada ainda.

    O termo “dançando meu vestido” também me levou a entender que a menina estava brincando e dançando com o próprio vestido, portanto, nunca deitada, sem poder se movimentar.

    O que me fez imaginar: que ela estava ali em espírito e não deitada no caixão, mas o ato de fechá-lo e ela falar que é escuro remete que ela está sim deitada.

    É um lindo conto, apesar do tema, uma criatividade gigantesca. Contudo, esses pontos que citei acima pecaram na sua construção, para mim, infelizmente,

    Boa sorte!

  34. Mariana
    24 de janeiro de 2017

    Triste, muito triste, é errado os pais enterrarem seus filhos..

    Acredito que “dançando meu vestido” deve ter sido algum erro que acabou passando batido… Realmente, não consegui entender o sentido da frase que me parece ser a única falha do texto

  35. Luiz Eduardo
    24 de janeiro de 2017

    Muito bem escrito. Demorei um pouco para entender que a personagem estava morta, mas realmente se trata de uma narrativa bem construida. Parabéns, principalmente pela criatividade. Boa sorte

  36. Sabrina Dalbelo
    24 de janeiro de 2017

    Acho que está tarde. Tenho que descansar, pois não saquei o enredo sem a ajuda dos outros comentários.

    O que dizer? Demais!
    Que baita reviravolta (no meu caso, lenta…rsrsrsrsr).
    A menininha assistindo ao seu próprio funeral.
    A linguagem está perfeita, super bem construída, sob a ótica infantil.
    Adorei a narrativa toda ser o monólogo dela. Isso deu mais suspense.

    Só não gostei de “vamos animar esta festa dançando meu vestido.” Isso, sim, não fez sentido pra mim.

    Parabéns!

  37. Juliano Gadêlha
    23 de janeiro de 2017

    Belo conto. Bem escrito, e, principalmente, bem desenvolvido. Uma abordagem diferente para um tema que tem sido bastante explorado aqui no desafio. Parabéns!

  38. Lohan Lage
    23 de janeiro de 2017

    Sutil, arrebatador!
    Numa primeira leitura, interpretei talvez um ato de abuso (o pai pedófilo, talvez); mas logo em seguida me caiu a ficha. Um velório!

    Bela a sua “Bela”, Rosa.

  39. Jan Santos
    22 de janeiro de 2017

    Apesar de ser previsível, gostei bastante das imagens que trouxe para ilustrar a “festa da morte”. É de perturbar um claustrofóbico.

  40. Fil Felix
    22 de janeiro de 2017

    Pelo tom da imagem e do narrador eu meio que deduzi que estávamos num enterro e, no caso, ela era a enterrada. Acabei por não me surpreender tanto assim no final, mas a construção do conto está muito boa e traz um contraste muito interessante entre o mundo inocente das crianças e o conturbado dos adultos. Gostei das referências às fábulas, também, deu um toque especial.

  41. Patricia Marguê Cana Verde Silva
    22 de janeiro de 2017

    Contrastante. O espírito da criança é inocente, imaginativo… Uma criança que morre não sente a mesma emoção que um adulto que morre. Para elas pode até soar uma brincadeira (no caso, a menina pensou em se divertir). Eu achei lindo… a morte também é muito linda e deveria ser celebrada… assim como a Bela sonhava… Parabéns!

  42. Luis Guilherme
    22 de janeiro de 2017

    Nossa, que triste!

    Demorei pra entender que a coitadinha tava morta.
    A revelação final é meio chocante, quando percebida.

    Mas não me envolveu tanto enquanto conto.
    Algo na narrativa não me prendeu, não sei.

    Acho que o ponto forte é o plot twist, criativo e bem conduzido.

    Parabéns e boa sorte!

  43. lidiaduartec
    22 de janeiro de 2017

    A chave para entender o texto está no desfecho… confesso que fiquei bem surpresa, não imaginava que era algo tão triste…
    Gostei de como você deu voz à criança de uma maneira tão leve, tão infantil, e de como ela se comparou a uma princesa…

    Belo conto! Boa sorte!

  44. Tatiane Mara
    22 de janeiro de 2017

    Olá….

    texto triste sobre uma criança falecida.

    POssui algumas construções que atrapalharam a narrativa:

    “… me procura neste salão enfeitado de flores recebendo convidados de mansinho.”

    “… COMO a cama branca da Bela Adormecida.”

    ” … dançando meu vestido”

    ” … tira meus sapatos para não sujar o lençol.”

    Boa sorte.

    • mariasantino1
      24 de janeiro de 2017

      Oi!

      Essas construções atrapalharam a narrativa por quê? Como vc acha que o texto ficaria melhor neste sentido?

      • Rosa
        25 de janeiro de 2017

        Oba! Uma advogada para Rosa! Obrigada, Maria. Pensei em perguntar a mesma coisa dançando meu vestido para todos verem sua beleza.

  45. Tiago Menezes
    21 de janeiro de 2017

    Olá Rosa. Adorei o conto. Início meigo e doce contrastando com a revelação de um final triste. Parabéns, curti muito.

  46. elicio santos
    21 de janeiro de 2017

    Bem trabalhado. Carrega o leitor para um lado e lhe mostra outro ao final. A antítese entre doçura e terror também me agradou. Boa sorte!

  47. waldo gomes
    21 de janeiro de 2017

    Conto ” criança morta que emociona” sobre uma defuntinha que não se tocou de sua condição.

    Tema velho, mas esse possui falhas que atrapalha muito:

    – Meu príncipe encantado me procura neste salão enfeitado de flores recebendo convidados de mansinho.

    Faltou sentido. Acho que faltam vírgulas aqui e ali.

    – Dançando meu vestido ? como assim ?

    Boa tentativa.

  48. Andreza Araujo
    20 de janeiro de 2017

    Impactante e muito bem conduzido. Aos poucos a figura do aniversário da garotinha vai mudando de figura. Quando li sobre as flores no salão logo pensei que se tratava de um velório, mas não imaginei que seria o próprio velório dela. Somente percebi que era o dela quando ela cita os sapatos sujando o lençol.

    Depois de reler, penso que talvez nem fosse o aniversário dela, ela apenas poderia ter concluído assim por estar num vestido de festa (não tem nada no texto que sugere isto, mas eu pensei assim mesmo :P). A parte do presente eu não entendi muito bem, o autor quis dizer que ela ganhou de presente (em algum tempo passado ao narrado) uma cama de brinquedo da Bela Adormecida? Mas bem, não interfere em nada isto, só uma pequena dúvida minha.

    Certamente irá figurar no meu top 20. Em tempo: muito triste ela pedir pro papai não fechar a “cama”, referindo-se ao caixão onde ela estava deitada.

    • Andreza Araujo
      20 de janeiro de 2017

      Ou a cama branca que citei na minha dúvida é o próprio caixão? Ahhh só caiu agora a ficha!

  49. Tiago Volpato
    20 de janeiro de 2017

    Bom texto. O problema é que a gente já leu tanto coisas do tipo nesse desafio que já nem faz a gente sentir nada. O texto foi muito bem desenvolvido. Foi um bom contraste entre doçura e desgraça. Abraços!

  50. Renato Silva
    20 de janeiro de 2017

    Olha, gostei do texto. Quando mais novo, em minha fase “ultra romântica”, lia muitos contos mórbidos, poemas de Álvares de Azevedo (e Noite na taverna) e coisa do tipo; por isso não fiquei surpreso. Logo no começo, eu já “pressentia” que se tratava de algo mórbido.

    A última frase trouxe o impacto esperado para este formato de conto, um dos itens mais relevantes para o desafio.

    Boa sorte.

  51. mariasantino1
    20 de janeiro de 2017

    Oi, autot (a)!

    Não peguei de primeira e achei “fecha a cama” um erro (pensei ser fecha a tampa).

    Confesso que olhei nos comentários depois que li e daí veio a revelação, o sapato da Cinderela foi usado para caber a cama da bela adormecida, que na verdade é um caixão. Triste e com uma linguagem adequada para uma criança (isso é bom pela verossimilhança e também para se imaginar a idade e se doer pela perda — Poxa, é uma criança). Imaginar que é o aniversário dela dói, pensar que é aniversário e velório dói mais ainda, mas imaginar que ela achava ser aniversário quando na verdade é velório, hum… corta o coração.

    Boa sorte no desafio.

  52. juliana calafange da costa ribeiro
    19 de janeiro de 2017

    Q mórbido, hein? Muito bem escrito, bem estruturado, linguagem simples e precisa. Mantém o mistério até o fim, com uma sutil ironia na última fala “Papai?”. Muito bom conto, parabéns!

  53. catarinacunha2015
    19 de janeiro de 2017

    MERGULHO de cabeça na piscina vazia numa linda tarde de sol. A delicadeza do momento especial de Bela em contraste com o desfecho gerou um IMPACTO de pura maldade com o leitor. Chute na boca do estômago.

  54. Leo Jardim
    19 de janeiro de 2017

    Minhas impressões de cada aspecto do microconto:

    📜 História (⭐⭐▫): boa, parece uma menina narrando uns festa, mas levei um susto no final e tive que reler para entender tudo: Caramba! Tadinha dela 😥

    📝 Técnica (⭐⭐▫): boa, não vi problemas. Só não entendi “dançando meu vestido”.

    💡 Criatividade (⭐⭐): achei criativo pela inversão de expectativa e pela narração da criança morta.

    ✂ Concisão (⭐⭐): informações soltas nos momentos corretos.

    🎭 Impacto (⭐⭐⭐): um ótimo impacto no fim, cheguei a gelar quando percebi o que significava aquilo 😱

  55. Guilherme de Oliveira Paes
    18 de janeiro de 2017

    Parece haver uma ruptura na narrativa no último parágrafo; a clareza com a qual o conto vinha se desenvolvendo se perde. O início não permite uma segunda interpretação, não há metáforas ou sentido figurado. Tudo parece girar em torno da criança e da festa – o que me agrada enquanto tema, acho que esse universo lúdico é terreno fértil pra contos. No entanto isso mudo no final, abrindo margem pra muitas duvidas e prejudicando o entendimento da conclusão e, por conseguinte, do próprio conto.

  56. Edson Carvalho dos Santos Filho
    18 de janeiro de 2017

    Bonito conto, de uma singeleza tocante. O ponto de vista de uma criança em seu próprio velório, vendo tudo pelo seu ponto de vista lúdico. Bem escrito e tocante. Só um trecho que vejo que poderia ser melhor lapidado: “vamos animar esta festa dançando meu vestido”. Parabéns!

  57. Bruna Francielle
    17 de janeiro de 2017

    Bem, gostei.
    O jeito de narrar foi assertivo, bem entrelinhas, mas de forma que não é impossível entender a proposta
    Porém confesso estranheza para duas frases, como essa:
    “vamos animar esta festa dançando meu vestido”
    ?
    Eu concordo que é legal escrever em entrelinhas , mas não distorcer o português, risos
    Pelo menos, me soou errado.
    Mas o texto tem vida própria, graças a narração. Parabéns

  58. Victor F. Miranda
    17 de janeiro de 2017

    Boa jogada. Preparou o terreno com sutileza e botou o caixão. Gostei.

  59. José Leonardo
    16 de janeiro de 2017

    Olá, Rosa.

    Essa técnica adaptada à linguagem de uma criança que não se percebe NAQUELE lugar e NAQUELE estado, realmente, foi de arrepiar. Bom, não me causou emoção, mas os pelos do braço…

    É tocante como ela descreve suas vontades, sua alegrias, as expectativas. Se pudermos projetar para além do velório, como ficaria essa “falecida consciente”, esse espectro incapaz de se situar como tal?

    Boa sorte neste desafio.

  60. Fernando Cyrino
    16 de janeiro de 2017

    Nossa, que conto forte. Fizeram meus olhos brilharem. Gostei muito. Sem mais comentários, a não ser trocar enfeitado, ou mamãe me enfeitou. Um cuidado que melhoraria ainda mais o que está bom. Parabéns pela imagem forte e intensa que conseguiu gerar. Belo conto. Abraços de sucesso.

  61. Wender Lemes
    16 de janeiro de 2017

    Olá! Um conto que se sustenta em duas bases fortes: a primeira é o fator emocional de uma criança que faleceu e não se deu conta; a segunda é justamente a técnica com que quem escreveu nos faz acompanhar a perspectiva da menina, sugerindo a morte apenas ao final. É uma história fechada, não propõe grandes reflexões nem deixa pontas soltas, mas conquista pela sensibilidade. Seria apelativo, se não fosse tão bem escrito.
    Parabéns e boa sorte.

  62. Jowilton Amaral da Costa
    16 de janeiro de 2017

    Eu devo dizer que dá para saber que a menina está morta desde o comecinho. No entanto, este final fodeu comigo, véi. Sou pai de duas meninas e a imagem da “cama” se fechando e a menina falando com o pai me arrebentou. Achei fodástico. Boa sorte.

  63. Ceres Marcon
    16 de janeiro de 2017

    Bateu uma tristeza profunda, aqui, Uma amiga perdeu a filha pequena. Faz mais de 10 anos e não esqueço. O vestido da festa, o sapato, tudo arrumadinho. O caixão branco e o aniversário que nunca aconteceu.
    Parabéns pela história.

  64. Marco Aurélio Saraiva
    16 de janeiro de 2017

    O conto depende exclusivamente do elemento surpresa para despertar alguma emoção no leitor, mas sem conhecer a história da menina ou de sua família, a sua morte não é impactante. A revelação foi muito bem feita, deixada para o último instante, fazendo o leitor reler o texto para pegar as nuances. Mas a escrita me soou corrida, sem muita emoção.

    Enfim, uma boa premissa mas um pouco mal explorada.

  65. Fabio Baptista
    16 de janeiro de 2017

    Muito bom!

    Preparou o clima, como um mágico desviando a atenção ao fazer gestos com uma das mãos enquanto a outra realiza o truque.

    Daí, no final, tirou o coelho da cartola, fazendo a plateia pensar um “ai, caralho…” quando se deu conta do que aconteceu.

    Abraço!

  66. andré souto
    15 de janeiro de 2017

    Bem escrito,envolvente.Parabéns.

  67. Olisomar Pires
    15 de janeiro de 2017

    Bom conto. Fala do velório de uma criança, inconsciente de sua morte.

    Bem escrito, fluido, leve.

    Algumas frases parecem meio deslocadas, mas não tiram o mérito do conto: ” meu principe encantado me procura… recebendo convidados” (?) – “dançando meu vestido”.

    Bom conto.

  68. Eduardo Selga
    15 de janeiro de 2017

    Um velório narrado pela própria defunta, a tal ponto alienada da realidade (não sabe que está morta) que em alguns leitores poderá causar sentimento de compaixão, para o que contribui fundamentalmente a habilidade do(a) autor(a) em esconder o velório do leitor, sobretudo no primeiro parágrafo, cuja primeira informação é que o dia em que a ação se passa é aniversário da protagonista. Por extensão, tudo o que ocorre fica atrelado à sensação de ser uma festa comemorativa. É um saudável jogo de ilusão, com frases aparentemente inocentes, como “meu príncipe encantado me procura neste salão enfeitado de flores recebendo convidados de mansinho”. Ele não está recepcionando convidados de uma festa, e sim os presentes no velório. Por isso o “de mansinho”, o silêncio exigido pela ocasião.

    Da atitude completamente passiva da alienação ela vai a um comportamento ligeiramente ativo, ainda dentro do deslumbramento, no segundo parágrafo. É quando surge uma frase estranha (“vamos animar esta festa dançando meu vestido”), cujo significado me é obscuro, mas talvez possa ser traduzido por “vamos animar esta festa fazendo meu vestido dançar”. Seria uma metonímia, em que “vestido” seria a extensão do corpo dela, mas não estou muito seguro dessa interpretação.

    De todo o modo, nossa Bela fica menos adormecida, não percebendo que seu corpo está sendo preparado para o enterro; que a “cama branca” na qual está deitada não é um presente, e sim um caixão.

    Um horror.

    Uma maravilha.

  69. Iolandinha Pinheiro
    15 de janeiro de 2017

    O texto é muito bonito. A ideia é excelente, e é sutil o suficiente para dar margem à interpretações, como de fato deu. Mas achei que algumas coisas estavam incongruentes. A menina estava viva e morreu? Porque se estava morta desde o começo não tinha sentido tirar os sapatos dela. Quem iria colocar os sapatos numa pessoa durante o velório para depois tirá-los para enterrar? E porque colocar sapatos emprestados na defunta? Só faz sentido se a menina fosse muito pobre e a mãe tivesse que devolver os sapatos para a dona antes de enterrar. A frase “dançando meu vestido”,acho que faltou um “com” aí. Para resumir, a ideia foi boa e para mexer com as emoções do leitor, mas achei a execução dela um pouco mal feita.Vale uma revisão depois do resultado para deixar a narrativa mais coerente e bem escrita. Abraços e sorte no desafio.

  70. Tom Lima
    15 de janeiro de 2017

    A cama da bela adormecida é a melhor parte pra mim! O toque essencial, ela achar que o próprio caixão é o seu presente.
    Mas me parece que ela estava fora do caixão, brincando entre os convidados, e depois entro, presa. Esse estranhamento racional me atrapalhou na conexão com a personagem, mas o conto é muito tocante, parece ter como objetivo fazer o leitor sofrer.
    Um conto muito bom e muito intenso, parabéns!

    Abraços.

  71. Nina Novaes
    15 de janeiro de 2017

    Que beleza e que tristeza, ao mesmo tempo.

    Segundo o espiritismo seu conto é amplamente plausível. O que o torna ainda mais interessante e melancólico. Filmes como “Os outros” e “O sexto Sentido” abordam com maestria essa questão do morto não saber que partiu.

    Tudo se torna ainda mais intenso ao perceber a inocência que prevalece durante toda a narrativa. A ingenuidade de não perceber o que acontece, a própria questão de sentir-se culpada, achando que é alguma punição por conta dos sapatos.

    Gostei demais do seu conto. Excelente! Meus parabéns! =D

  72. Virgílio Gabriel
    14 de janeiro de 2017

    “Dançando meu vestido”, é correto esse termo? É que nunca ouvi. Mas deixando essa minúcia de lado, conto sensível. Só de envolver criança, já trava um pouco a garganta, e quando esta é trancafiada em um caixão, pior ainda. A coitadinha ainda acha que está viva, e fica pedindo atenção. Se queria tocar, conseguiu. Ótimo trabalho.

  73. Andre Luiz
    14 de janeiro de 2017

    Achei muitíssimo interessante a forma como você desabrochou o texto aos poucos, revelando os detalhes ao leitor pé-ante-pé, fazendo apegar-se à personagem lentamente. O final foi marcante e surpreendente, apesar de que a imagem denunciou o desfecho.

    -Originalidade(9,0): Gostei do todo, e o tema me apeteceu. Por mais que eu tenha descoberto o desfecho antes da hora, achei que a sacada foi muito boa e bem executada.

    -Construção(Uso do limite de contos para formar um enredo)(8,5): Já dei os detalhes no comentário acima. A forma como você foi revelando aos poucos a trama contou muitos pontos ao seu texto.

    -Apego(9,0): Por ser criança e tratar de um tema tão sério, repleto de eufemismo, eu acabei tendo dó da personagem, da forma como tudo terminou, e até senti que foi um pouco sufocante aquele fechamento da tampa do caixão. Gostei!

    Parabéns pelo conto!

  74. Fheluany Nogueira
    14 de janeiro de 2017

    Na primeira leitura, não entendi nada. Depois fui juntando pedaços e consegui notar que se tratava da visão da menina sobre seu próprio velório. E, já que seria enterrada não poderia ir mesmo com os sapatos emprestados do conto-de-fadas para o cemitério… Muito emocional, emocionante e muitíssimo aberto.

    Está parecendo que apresentei somente defeitos, mas gostei muito no geral e da inventividade. Bom trabalho. Abraços.

  75. Gustavo Henrique
    13 de janeiro de 2017

    Muito bom! adoro esse tipo de texto meio macabro, pesado e forte. Foi bem criativo.

  76. rsollberg
    13 de janeiro de 2017

    Um conto que sabe explorar a surpresa. Cria a atmosfera para o arremate final. Assim sendo, começa a narrativa como um “conto de fadas” e termina como um conto da cripta, pesado, com um dedo de Nelson Rodrigues. A garota morta consciente, observando seu funeral através de uma perspectiva absolutamente diversa da habitual.

    Um micro conto em toda sua plenitude, bem escrito, com reviravolta e uma ótima sacada. Pobre bela adormecida.

    Parabéns e boa sorte no desafio.

  77. Bianca Machado
    13 de janeiro de 2017

    Caramba, que conto! Em uma primeira leitura, já imaginei pedofilia. Depois compreendi aquela festa, a cama da Bela Adormecida… Nossa, que triste, parte o coração mesmo. Fosse o que pensei primeiro cortaria o coração também. Esse é um daqueles textos que vai demorar pra eu esquecer, pra sair da cabeça. Lembrei de mim mesma, eu também tenho uma Bela Adormecida… =\

  78. angst447
    13 de janeiro de 2017

    Misturar elementos lúdicos (coisas de princesas) com o lado macabro e pesado da vida foi realmente um golpe de mestre. O começo revela a delicadeza e alegria de uma menina curtindo sua festa de aniversário. Bem vestida, com seus sapatinhos emprestados da Cinderela. Até que percebemos que a mãe tira os sapatos porque ela não precisaria mais deles ali (e deviam mesmo ser emprestados) – Talvez a menina tenha morrido durante a sua festa de aniversário, quem sabe?
    Enredo tocante, até mesmo provocando uma certa repulsa. Sou mãe, fica difícil imaginar uma menina morta e sem consciência disso.
    Bem escrito, o conto não apresenta erros de revisão. Ritmo adequado que facilita a leitura.
    Boa sorte!

  79. Douglas Moreira Costa
    13 de janeiro de 2017

    Eu me perdi um pouco no segundo parágrafo, mas depois de ler os comentários eu entendi e dai: BUM. É incrível a ideia, apesar de não ter sido muito clara pra mim, eu gostei muito de como o texto dá um salto de conto de fadas pra uma cena trágica de velório infantil.
    Se tivesse ficado um pouco menos confuso o último parágrafo eu teria gostado muito mais. Parabéns, uma excelente ideia, nos fazendo sentir tanto em tão pouco.

  80. Evandro Furtado
    13 de janeiro de 2017

    Tem gente que desperta inveja na gente. Incrível como o autor do texto consegue colocar tanta coisa em um espaço tão curto. Como história de terror, é fascinante e assustador pra caralho. Tem uma tom meio gótico que funciona muito bem. A narrativa em primeira pessoa, desenvolvida pela visão de uma criança, torna tudo ainda mais assustador. A trama tem o balanceamento certo e o plot twist é uma bicuda na barriga.

    Resultado – Outstanding

  81. Priscila Pereira
    13 de janeiro de 2017

    Oi Rosa, nossa!! Que conto tenebroso… se entendi bem é uma criança que pensa ser seu aniversário quando na verdade é o ser velório… é bem chocante… muito bem pensado e a execução está ótima… Parabéns e boa sorte!!

    • Anorkinda Neide
      13 de janeiro de 2017

      gente! é isso!! nossa! velorio.. ai q agonia

      • Tom Lima
        15 de janeiro de 2017

        Vai ver é o aniversário e o velório…

  82. Brian Oliveira Lancaster
    13 de janeiro de 2017

    GOD (Gosto, Originalidade, Desenvolvimento)
    G: Um texto que começa infantil e se revela ao final um conto bastante macabro. Interessante. Gostei do tom ingênuo que nos dá um tapa ao final. – 9,0
    O: É um conto de fadas quase como os reais, de séculos atrás. Dá até pena da criança após chegarmos ao fim. É original? Sim, em nosso contemporâneo. Mas a ideia é antiga. – 8,5
    D: Retirar os travessões das falas foi arriscado. Ousado, mesmo assim é possível entender a troca de fluxo de pensamentos. A divisão inicial e final caíram como uma luva (de pelica). – 8,5
    Fator “Oh my”: texto que prende pelo tom mórbido, mas que falta algumas coisinhas. O impacto compensa as faltas. Quase.

  83. Evelyn Postali
    13 de janeiro de 2017

    Eita… Tem que comentar? Eu meio que engasguei aqui. O primeiro parágrafo é entendível. O segundo, me remeteu a várias coisas ruins. Se fosse pelo meu sentimento, não comentava. Então, não vou comentar interpretando. Vou dizer que a primeira parte ficou clara e objetiva, mesmo nos remetendo a muitas imagens. Coisas que crianças sonham, se iludem, sei lá. A segunda ficou tenebrosa e incerta, insuportável para mim.

  84. Anorkinda Neide
    13 de janeiro de 2017

    sei lá.. o primeiro parágrafo foi bem, viajei nele.. mas veio o segundo e nao entendi mais nada.. parece coisa de doidos, será pedofilia?
    nao ficou nada claro.. tá escuro..papai?
    rsrs
    boa sorte ae

    • Nina Novaes
      13 de janeiro de 2017

      É um caixão. A “festa é o velório”. 😦

  85. Zé Ronaldo
    13 de janeiro de 2017

    Micro ultra aberto, deixa o leitor totalmente sem rumo a que seguir e isso é ótimo, as opções pululam de todos os lados. O uso dos termos da carochinha auxiliam a um lugar seguro a se chegar. Texto forte, denso, pesado. Excelente trabalho de elaboração.

    • chrisdatti
      17 de janeiro de 2017

      Pensei que fosse cair num lugar comum, mas que boa surpresa! a revirada bem bolada da menininha que parece sonhar… A linguagem infantil parece deixar uma luz de ternura a permear pelo conto até o choque da morte. A falta de consciência da situação, a inocência diante da própria morte embala-nos em agonia… Contito que tocou fundo.

Deixar mensagem para Anorkinda Neide Cancelar resposta

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.

Informação

Publicado às 13 de janeiro de 2017 por em Microcontos 2017 e marcado .