EntreContos

Detox Literário.

Entre Nós (Claudia Roberta Angst)

Aquele lugar nunca existiu. Mesas empurradas contra as paredes e algumas cadeiras perdidas pelos cantos. Ana sugeriu que ficassem por ali mesmo. Largou a bolsa sobre uma das mesas e puxou uma cadeira para si. Ele preferiu imitá-la pela conveniência dos seus gestos. Como não possuísse bolsa, deixou um pouco de si sobre a superfície empoeirada do balcão.

Sentaram-se quase ao mesmo tempo. Olhares cronometrados. Ambos sabiam que não teriam muito tempo. Apenas alguns minutos entre um compromisso e outro. Ele com os seus casos, pistas e assombros. Ela mais envolvida em mistérios do que em soluções. Teriam algumas palavras e nada mais. Talvez, uns goles de vinho. Um corte a mais nos pulsos. Sem demoras, sem provas, sem grades.

O homem agitou-se à procura de cigarros. Não os encontrou em parte alguma. Ana acendeu um dos seus e a ele ofereceu em absoluto silêncio.Observou sua cliente como se fosse a primeira vez. A mesma surpresa o golpeou no estômago. Os cabelos escuros, de puro cobre envelhecido, espalhados sobre os ombros lhe davam um ar ensandecido. Os olhos enormes, cor de avelã, sublinhados com traçado negro pareciam perdidos, distantes dali.

Ele admirou sua sensualidade natural. Era mais interessante do que bela, mais misteriosa do que diva. Admirava aquela mulher porque se acostumara a fazê-lo de tempos em tempos. Imaginou como ficaria de chapéu, nua, despida de argumentos contra ele.

− É incrível estar aqui depois de tudo. Não teve medo?

Sempre soube que diria algo assim tão estúpido. Ela com medo? A mulher parecia não sentir nada. Recusou o cigarro. Nunca partilhavam coisa alguma. Não começariam agora. Era tudo como antes. Cenas de um passado insistente. No entanto, estavam ali, a um instante de resolver tudo. Ou nada. Ainda precisavam acertar alguns detalhes importantes como a ocultação ou eliminação das provas.

− Podemos resolver logo isso. Basta um só telefonema.

Fez uma pausa calculada, tragando a fumaça expelida por ela e o pouco de coragem que lhe restava. Ana sorriu ou quase o fez. Era algo entre Mona Lisa e outra arte qualquer.

− Onde está?

Ana suspirou como que entediada com tudo aquilo. Era mesmo necessário? Não podiam simplesmente ignorar o acontecido e seguir em frente? Ao se lembrar do corpo inerte, agora esfriando no piso de mármore, sentiu a náusea voltar. Precisavam mesmo se apressar.

− No banheiro da suíte.

Ele imediatamente fez a chamada necessária. Já sabia quem resolveria aquilo. Perguntou sobre a chave do apartamento. No mesmo lugar de sempre, ela assentiu. Trocaram olhares, enquanto ele dava instruções firmes e pausadas à tal pessoa certa. Sem vestígios, sem ameaças de revelações posteriores. Já haviam feito isso outras vezes. Sempre que necessário. Chegara a pensar em iniciar uma nova carreira na qual obteria sucesso certo. Desistiu por escrúpulos até então adormecidos.

− Pronto. Resolvido.

Celular desligado, o silêncio de novo instalado. Consultavam os relógios de pulso alternadamente. Podiam sentir os segundos perdendo-se pelo salão. O homem olhava para Ana com certo temor. Estalava os dedos das mãos com impaciência de um vício adolescente. Talvez engrossasse além das juntas, a espera.

Estava tenso e alerta, disposto a registrar cada movimento, como um cão fiel. Nada existia entre eles que justificasse compromisso. Ah, talvez houvesse algo a ser ocultado o quanto antes: o corpo.

− Só precisamos aguardar a confirmação.

O homem sabia bem do que falava. Havia um protocolo a seguir, medidas a serem tomados com urgência e cuidados extremos. Uma só falha e tudo estaria perdido. Ou achado. Por isso, entregara à missão a pessoa certa. Era melhor para Ana não tomar conhecimento dos meios empregados. Certamente, a revelação lhe reviraria o estômago e o sono.

Ela disse qualquer coisa em um breve murmúrio. Não era possível saber se mentia ou não. Fumava sem parar. Ardia. O homem tudo analisava, certo de sua presença física e longe o bastante dos seus pensamentos.

− Já passou tanto tempo desde a última vez. Enfim, eu pensei que…

Havia entre eles aquele abismo imenso que derrotava qualquer possibilidade de paz. Ele, mais uma vez, culpava-se por tudo, mas principalmente pelas suas próprias palavras. Deixava-se dominar por um vocabulário banal ou se atirava na mediocridade das frases feitas. Qualquer desculpa dada, naquele ou em outro momento, não impediria Ana de descobrir sua embriaguez. Remexeu-se na cadeira, inquieto. Precisava de cigarros, dos seus próprios cigarros.

Lia-se em seus olhos que ela não se importava com coisa alguma. Jamais pretendera chegar até aquele ponto, muito menos com ele. Apenas assistia aos seus atos emocionais por achar que lhe devia isto. Precisava dele naquele momento. O motivo ainda lhe pesava como algo nebuloso, um erro a ser esquecido o quanto antes. Enganava-o. Enganava-o com silêncio, sem planos ou intenções.

Lá estava ele, novamente. Embriagado como um tolo e quase se declarando como um adolescente. Podia sentir os músculos tensos e a boca seca. Partiria se ela lhe pedisse. Partiria quando não pudesse mais suportar o descaso.

− O que me diz, Ana?

Ela mal o notava ali. Parecia gostar do caos em que estava mergulhada. Pensava em algum sonho que tivera, no que faria com a liberdade decerto. Não lhe passava pela cabeça escutar uma única palavra daquele detetive decadente. Preferia mantê-lo assim: assustado com a sua ausência, controlado pela sua indiferença.

Mordia o lábio inferior coberto de batom vermelho. Seduzia-o com os olhos, com a boca, com pensamentos ocultos, com todas as suas forças de mulher. Talvez estivesse zombando mesmo de sua embriaguez. Nunca o vira assim antes. Não poderia tê-lo visto. Seus olhos não pertenciam a ele.

Aquilo teria de acabar. Mais cedo ou mais tarde, ela teria de romper o silêncio. Tentou voltar à total indiferença. Parecia-lhe perigoso demais dar ouvidos ao discurso moroso daquele homem.  Queria que tudo acabasse o quanto antes.

Ana olhou para a janela com insistência. Os vidros cobertos de uma mistura de vapor e poeira. Chovera horas antes. Nada limpara o que insistia em grudar na transparência que antes ali existia.  Foi então que ela compreendeu que era tarde demais. Sentia que tudo ali escurecia. A voz não lhe vinha e a mente não lhe oferecia as respostas tão aguardadas.

Ela o escutara mesmo tendo jurado fazer o contrário. Como se esforçara para representar o papel certo. Inacessível rainha de gelo. Era tarde, tarde demais para qualquer arrependimento. Sem laços ou nós, só lhe vinha a imagem do mármore manchado, respingado de algo que ela não ousara tocar.

Não responderia aos seus apelos, olhares ou promessas. Parecia-lhe impossível fazê-lo. Só possuía capacidade para senti-lo e isso já lhe doía por dentro. Conhecia todos os pontos obscuros, todos os picos gelados das próximas palavras. Por isso queria tanto evitá-las. Tudo lhe parecia totalmente vão.

− Ana…

Ele quase a tocou, mas percebendo o retraimento dela, levantou-se quase em um pulo. Ainda era bem ágil, apesar da idade e do álcool. Sentiu a própria estatura agigantar-se e o eco daquele nome colidir pelos cantos, trincando o silêncio e os vidros.

Indiferente à voz que se repetia, Ana esquecia-se de tudo ali mesmo. Olhava para aqueles olhos como quem já os amara, mas era mentira. Era só a pressa de se ver livre de tudo o mais. Quis relaxar, mas nada seria possível entre aquelas paredes inexistentes.

Antes que começassem a se perder naquele labirinto de pensamentos sem palavras, o celular tocou. Ou vibrou. Ela não tinha certeza do que ocorria, pois escolhera permanecer sem qualquer sentido.

− Tudo certo. O problema não existe mais, querida.

O homem engoliu a última palavra receando que ela percebesse a extensão do seu temor. Seus olhos eram um misto de lágrimas e vodca. Sentia necessidade de agredi-la, mas sabia que suas mãos atravessariam linhas fantasmas.

Ana fechou os olhos. O acúmulo de palavras não ditas a deixava tonta. Quis se levantar, mas suas pernas cruzavam-se como serpentes. Não havia outra alternativa a não ser permanecer ali.

Ela já não suportava mais. Encolheu os ombros e acendeu outro cigarro. Sacudiu a cabeça em sucessivas negativas. Mechas de cobre invadiram o colo descoberto.  Murmurou algo sobre o calor excessivo. Sorriu, finalmente.  O calor e o álcool deviam estar entorpecendo seu raciocínio.

Não tentou encará-lo novamente. Sentia seus olhos percorrerem suas mãos cobertas de anéis. Nenhum deles dado por ele. Respirou fundo. Seria o momento final? A última cena?

Que mulher era aquela? Ele esquadrinhou todo o salão, como se dali pudessem surgir as respostas. Esperava por uma única palavra, um único gesto. Por que a desejava tanto?

Ana descruzou as pernas. Precisava de um gole de vinho. Ou de algo mais forte. Nada havia ali nem líquido nem sólido que pudesse chegar a seus lábios. Não aprendera a respeitar aquele homem, muito menos a lhe dar razão. Só podia lhe agradecer pela ajuda e isso era tudo. O resto estava fora de questão.

Transtornado, ele pensou em acusá-la de fria ou insensível, mas seria inútil. Ele conhecia suas chamas. Sabia que ela estava queimando. Não por sua vontade, mas pela sua natureza febril. Nada a impediria de ir. Ele sabia.

Sua voz revelava cansaço. Tentava conter as lágrimas e a frustração. Calou-se diante do pavor dos próximos segundos

− Preciso ir. – Foi tudo o que disse, de uma vez só, com aquela voz rouca que revelava fluência em lençóis de cetim.

Então, ela levantou-se repetindo a mesma frase. O homem a fez recuar, segurando-lhe o braço. Ana cedeu diante de sua força algo alcoolizada. Sentou-se novamente. Sacudiu o braço até se soltar das mãos que a ameaçavam.

Seus olhos já embaçados pediam sua presença. Deixou então que as lágrimas surgissem. Ele a decorava toda para si. Repetia sua imagem com a autoridade de amante infeliz. Ainda a amaria mil vezes. Ainda teria nela parte de si mesmo.

Ela ameaçou uma palavra, mas se deteve. Conhecia o óbvio da situação. Como tudo lhe parecia claro. Apenas interpretaria aquele papel quantas vezes fossem necessárias.

− Tem razão, Ana. Precisa mesmo ir. Agora!

Os gritos não a surpreenderam. Estava preparada para tudo aquilo e muito mais. Confiava no seu talento de mulher fatal. Era o que era, apesar do clichê absurdo.

Olhou para aquele homem com orgulho. Era, enfim, um homem. Não sabia ao certo se pelos gritos ou pelas lágrimas. Abençoou aquela ordem atirada, pois não poderia fazer nada melhor do que partir. Levantou-se e dirigiu o olhar para a porta. Afastou-se e levou seu olhar para a porta, na urgência sem escapatória.

O homem alto e embriagado torceu as mãos e golpeou com o punho uma das mesas. Os nós de seus dedos lívidos represavam sangue e emoção.

Ana estremeceu com o barulho e sorriu ligeiramente. Consultou novamente o relógio. Era tarde. Quis beijá-lo com um desejo repentino, mas o momento havia se perdido. Recolheu armas e palavras, piscando os olhos de forma quase criminosa.

Ele suspirou mais de uma vez. Buscava o ar como náufrago em desesperado epílogo. Que mulher era aquela? Mesmo que a matasse ali mesmo, jamais se livraria da sua presença. Nem mesmo com o telefonema certo. Não poderia entregá-la nem mesmo censurá-la. Tudo havia sido feito sem o conhecimento dele. Não precisava saber dos detalhes para concluir que era ela a culpada. Tudo nela caia tão bem como uma noite de tempestade.

Ana atirou o cigarro inacabado ao chão e o apagou com o sapato. Vermelho como o inferno deveria ser. Olhou pela janela. Seria uma bela noite. Passos de salto alto multiplicaram-se ao longo do salão. Ela o estava abandonando. Talvez para sempre.

A porta abriu-se e logo se pôde ouvir o barulho do motor e das rodas rasgando o asfalto.

O homem ali ficou sem nome e sem razão. Uniu as duas cadeiras e se virou para a janela. Tocou o vidro embaçado e escreveu um nome. Quase uma acusação. Então, passou a mão sobre o balcão e guardou o pouco que restava de si.

45 comentários em “Entre Nós (Claudia Roberta Angst)

  1. Alana das Fadas
    4 de dezembro de 2013

    Olá, Lorena! Sua escrita é ótima, mas definitivamente o enredo não prendeu a atenção e também não se encaixa muito ao tema proposto. Nem de forma sutil vislumbrei o noir no seu conto. Mas de qualquer forma está de parabéns, valeu a pena a leitura só para apreciar sua escrita!

    • Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
      6 de dezembro de 2013

      Obrigada pelo comentário, Alana. Realmente, não me envolvi muito com o tema, mas tentei. Acho que agora aprendi algo a respeito. Desafios são pra isso mesmo, né? Até a próxima.

  2. Frank
    4 de dezembro de 2013

    Um conto muito bem escrito. Contudo, a excessiva atmosfera de mistério não me atrai muito. Gosto à parte, o talento e a habilidade da autora são evidentes.

    • Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
      6 de dezembro de 2013

      Obrigada pelo comentário, Frank. Sou mesmo uma exagerada nessa coisa de mistério, aí me perco.

  3. Leandro B.
    3 de dezembro de 2013

    Concordo com alguns camaradas. Achei o texto bem escrito, parece que o autor tem domínio no que faz, mas não gostei da história criada. Senti muita falta de mais elementos Noir.

    De toda forma, achei um bom conto. Espero ler mais do autor(a).

    • Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
      6 de dezembro de 2013

      Obrigada pelo comentário, Leandro. Acho que não tenho domínio de nada. Eu é que sou dominada pelas palavras. Até a próxima.

  4. Andrey Coutinho
    3 de dezembro de 2013

    Nesse desafio, resolvi adotar um novo estilo de feedback para os autores. Estou usando uma estrutura padronizada para todos os comentários (“PONTO FORTE” / “SUGESTÕES” / “TRECHO FAVORITO”). Escolhi usar esse estilo para deixar cada comentário o mais útil possível para o próprio autor, que é quem tem maior interesse no feedback em relação à sua obra. Levo em mente que o propósito do desafio é propriamente o aprendizado e o crescimento dos autores, e é isso que busco potencializar com os comentários.

    Além disso, coloquei como regra pessoal não ler nenhum comentário antes de tecer os meus, pra tentar dar uma opinião sincera e imediata da minha leitura em si, sem me deixar influenciar pelas demais perspectivas.

    Dito isso, vamos aos comentários.

    PONTO FORTE

    Não sei nem por onde começar! As metáforas e imagens sensacionais, a prosa poética muito bem elaborada… cada passagem do texto ficou “fotogênica”, por assim dizer. Tive imensa dificuldade em escolher um só trecho favorito. A atmosfera de constrangimento e angústia é quase palpável de tão bem construída.

    SUGESTÕES

    Em “Levantou-se e dirigiu o olhar para a porta. Afastou-se e levou seu olhar para a porta, na urgência sem escapatória.”, a repetição foi proposital, ou se trata de um pedaço de texto furtivo que sobreviveu à edição? Fora isso, nenhuma sugestão. Achei simplesmente bom demais!

    TRECHO FAVORITO

    “Uma só falha e tudo estaria perdido. Ou achado.”

    • Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
      6 de dezembro de 2013

      Adorei a sua forma de comentar – clara e objetiva. Também achei seus comentários generosos e incentivadores. Quanto à repetição, foi erro mesmo de revisão. Eu tinha eliminado uma frase mentalmente e não deletei realmente…rs. Valeu pela dica. Até a próxima!

  5. Felipe Falconeri
    27 de novembro de 2013

    Tive que me esforçar muito para não dispersar durante a leitura. O conto é até bem escrito, mas muito monótono. Para a pouca trama que tem, o achei demasiadamente longo, se arrastando demais em alguns trechos, muitas vezes até se repetindo. Acho que o texto ficaria melhor se fosse mais enxuto.

    Não curti, mas a autora tem habilidade com as palavras. Talvez se focar um pouco mais no enredo pode ter resultados mais interessantes, com mais “substância”.

    Só não consigo ver como o conto pode se encaixar no tema… =\

    Abs.

    • Lorena Prado
      28 de novembro de 2013

      Agradeço pelo seu esforço de terminar a leitura. Os personagens me arrastaram até o final. No geral, sou bem mais econômica com as palavras, mas quis tentar me estender um pouco mais desta vez.. Hummm, acho que não deu muito certo, mas valeu. 🙂

  6. fernandoabreude88
    26 de novembro de 2013

    Não gostei. Parecem dois fantasmas em uma DR infinita. O pior é que o autor tem talento, pois o texto flui. Não achei elementos de noir, nenhum. Os personagens são chatos e a história não prende.

    • Lorena Prado
      26 de novembro de 2013

      Adorei o DR infinita. Ri muito quando li. Pior é que concordo com você, mas tenho de respeitar a relação do casal. Eles não sabem o que fazem, falam ou escondem. Valeu pelo comentário, Fernando.

  7. rubemcabral
    23 de novembro de 2013

    Texto bem escrito, mas achei a trama pobre. Não é o tipo de conto que arraste o leitor ou que empolgue. Um bom conto, no entanto.

    • Lorena Prado
      26 de novembro de 2013

      Obrigada pelo seu comentário, Rubem. Não trabalhei muito a trama mesmo. A princípio nem ia participar deste desafio, mas a teimosia falou mais alto. Valeu!

  8. marcellus
    19 de novembro de 2013

    O conto foi trabalhado, lapidado por um autor que escreve bem. Talvez a frustração venha dos leitores que esperam uma literatura mais “pulp”, mundana.

    Talvez um ritmo um pouco mais ágil deixasse o texto mais palatável. Mas mesmo assim não há como negar que foi muito bem escrito. Parabéns!

    • Lorena Prado
      19 de novembro de 2013

      Obrigada pelo comentário, Marcellus. Concordo que um ritmo mais ágil seria mais confortável e atraente. 🙂

  9. Gunther Schmidt de Miranda
    19 de novembro de 2013

    A leitura eu achei muito pesada, maçante…

    • Lorena Prado
      26 de novembro de 2013

      Poxa, espero que você não tenha sofrido muito com a leitura. A intenção era criar um clima denso. Pesei na mão, né? Valeu pelo comentário. 🙂

  10. charlesdias
    18 de novembro de 2013

    Perdão ao autor, mas não gosto do estilo de “prosa poética” utilizado. Acho que pegou forte demais na intenção de mostrar pouco ao leitor, tornando o texto maçante.

    • Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
      18 de novembro de 2013

      Valeu! Vou tentar fugir da prosa poética numa próxima oportunidade. É um desafio e tanto, mas hei de vencer…rs.

    • Lorena Prado
      19 de novembro de 2013

      Valeu! Vou tentar fugir da prosa poética numa próxima oportunidade. É um desafio e tanto, mas hei de vencer…rs.

  11. Pedro Luna Coelho Façanha
    17 de novembro de 2013

    Conto diferente. Bem escrito. Só não me empolgou muito. Um dia desses li um texto com um estilo parecido. Será que conheço quem escreveu? rs

    • Lorena Prado
      17 de novembro de 2013

      Será???

  12. Sandra
    17 de novembro de 2013

    Creio que o (a) autor(a) apreendeu um breve instante num universo imenso, denso, fechado. Embora com as lentes voltadas ao interior dos personagens (ao mundo caótico, geralmente, silencioso nas tramas convencionais), a narrativa carrega consigo uma força meio clariceana, aqueles mergulhos que a gente dá sem saber se consegue voltar o mesmo.
    Escrita sensacional, nada de exageros, de escorregadelas…
    Apreciada!

    • Lorena Prado
      17 de novembro de 2013

      Agradeço pela leitura e comparação honrosa com a força clariceana. Sou mesmo de mergulhar e esqueço às vezes de verificar se dá pé ou não. Em geral, dá confusão. 🙂

  13. Thata Pereira
    17 de novembro de 2013

    Uau! Adorei o conto! O modo como foi escrito pode desviar o leitor da trama, pode sentir o texto cansativo, mas é exatamente como eu gosto. Quase como ler uma poesia e nesse caso as rimas mencionadas pela Cláudia não me incomodam — eu até faço uso intencionalmente, vez ou outra. Parabéns!

    • Lorena Prado
      17 de novembro de 2013

      Thata, agradeço a atenção e boa vontade com o meu conto…rs. Não consigo me desviar muito da prosa poética. É um vício. 🙂

  14. Jefferson Lemos
    14 de novembro de 2013

    Achei o conto muito bem escrito, porém cansativo. Não gostei, mas no meu caso é questão de gosto, pois o autor soube descrever os fatos muito bem, e com um escrita densa e misteriosa.
    Enfim, parabéns!

    • Lorena Prado
      17 de novembro de 2013

      Até eu me canso dos meus contos…rs. Mas adorei saber que a escrita é densa e misteriosa. Tipo areia movediça. 🙂

  15. Evelyn Postali
    13 de novembro de 2013

    Eu gostei do que li. Diferente e denso. Parabéns ao autor.

    • Lorena Prado
      17 de novembro de 2013

      Agradeço a sua generosidade! 🙂

  16. Masaki
    12 de novembro de 2013

    Conto muito interessante! O clima de mistério flutuou em torno dos personagens o tempo todo. Os próprios personagens são outros pontos altos deste texto. Eles conseguem mostrar que possuem vida, sentimento, eles “gritam”, enfim… Mais um destaque é a visão que a autora sugere do gênero Noir, o lado dos criminosos. Minha única observação: os diálogos poderiam ser trabalhados mais um pouco, contudo creio ser intencional. Parabéns pela obra!

    • Lorena Prado
      17 de novembro de 2013

      Não sei muito sobre noir, por isso dei uma patinada no estilo. Ao escrever, acabei me apegando aos personagens mesmo eles sendo criminosos frios. Vou observar melhor a construção dos diálogos. Agradeço pela dica. 🙂

  17. Gustavo Araujo
    12 de novembro de 2013

    Uma leitura para poucos, eu diria. A prosa poética que permeia todo o conto empresta a ele um peso enorme, às vezes desviando a atenção do leitor da trama principal. Eu mesmo me vi perdido em meio às descrições (muito bem) elaboradas que por vezes tive que retornar um parágrafo ou dois para retomar o fio da meada. Talvez essa perícia incomum seja ao mesmo tempo a maior virtude e o maior defeito do conto. Também achei bacana a maneira como a narrativa alterna os pontos de vista do homem e da mulher. Ficou muito bom. Parabéns ao autor.

    • Lorena Prado
      17 de novembro de 2013

      Espero que pelo menos poucos curtam a leitura. Preciso mesmo focar melhor na trama principal, vou desviando e acabo me perdendo um pouco. Nem tinha percebido que havia revelado os pontos de vista do homem e da mulher. Aconteceu naturalmente. Obrigada mais uma vez. 🙂

  18. Agenor Batista Jr.
    12 de novembro de 2013

    Conto denso, obscuro e cortante como enseja o tema. Personagens perfeitos que não pecam pela espalhafatosa exposição: discretos e imersos em pensamentos. Como todo conto que se preza este termina com as reticências devidas embora não grafadas. Ponto fina é apenas um detalhe em um texto limpo, correto e transbordante de talento.

    • Lorena Prado
      17 de novembro de 2013

      Obrigada pelo generoso comentário, Agenor. 🙂

  19. Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
    12 de novembro de 2013

    Suspiro cada vez que vejo um texto longo. Ainda bem que há diálogo para agilizar a narrativa. Final estranho, com rima infantil então-mão-balcão. No mais, mistério e curiosidade não saciada. Boa sorte!

  20. selma
    12 de novembro de 2013

    meio confuso e inacabado. tem misterio, porem não se revela, não une.
    bem escrito, entretanto, parabens.

    • Lorena Prado
      17 de novembro de 2013

      Selma, obrigada pelo seu comentário. O inacabado é por conta dessa mania de querer que o leitor construa o seu próprio final. 🙂

  21. Ricardo Gnecco Falco
    12 de novembro de 2013

    Um conto muito bem escrito. Misterioso, denso, nebuloso. Ficamos o tempo todo querendo descobrir o mistério. Aparece o corpo. Não; o corpo não é o mistério. Nem o mistério é mistério para as personagens. Assim como as personagens também não parecem personagens, o mistério nunca foi mistério. Para mais ninguém, exceto o leitor.
    Parabéns pela obra. Não gostei do final, mas o conto todo é espinhoso e escorregadio, talvez este seja exatamente o final mais de acordo com todo o montante.
    Vale a (longa) leitura. Mesmo sem ter o desejo atendido ao final, o leitor se deleita em apenas deixar os olhos reféns de uma história tão cinza quanto o gênero em questão pede.
    E o autor atendeu!
    😉

    • Claudia Roberta Angst - C.R.Angst
      12 de novembro de 2013

      Suspiro cada vez que vejo um texto longo. Ainda bem que há diálogo para agilizar a narrativa. Final estranho, com rima infantil então-mão-balcão. No mais, mistério e curiosidade não saciada. Boa sorte!

    • Lorena Prado
      17 de novembro de 2013

      Adorei seu comentário tão generoso e abrangente. Quanto ao final, sempre tenho vontade de largar o que escrevo antes do tempo e tenho uma queda por finais abertos, sem grandes explicações, para cutucar mesmo o leitor. Meu lado rebelde. Valeu! 🙂

      • Ricardo Gnecco Falco
        18 de novembro de 2013

        Parabéns, Lorena! Sua escrita é muito boa. Este complexo emaranhado de seilaoque que existe no caminho entre nossas ideias e a ponta de nossos dedos é por muito poucos bem desfiado. E você já mais do que provou fazer parte deste seletíssimo grupo. Obrigado por dividir seus “fios” por aqui e parabéns pelo seu dom. Gostei de conhecer sua escrita.
        😉
        Abrax!

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Informação

Publicado às 11 de novembro de 2013 por em Noir e marcado .